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Centro-Sul da Índia: de Mumbai a Calcutá via kanyakumari, com parada de 4 dias em Dubai


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Considerações Gerais:

 

Não pretendo aqui fazer um relato detalhado, mas apenas descrever a viagem com as informações que considerar mais relevantes para quem pretende fazer um roteiro semelhante, principalmente o trajeto, preços, acomodações, meios de transporte e informações adicionais que eu achar relevantes.

 

Sobre os locais a visitar, só vou citar os de que mais gostei ou que estiverem fora dos roteiros tradicionais. Os outros pode-se ver facilmente nos roteiros disponíveis. Os meus itens preferidos geralmente relacionam-se à Natureza e à Espiritualidade.

 

Informações Gerais

 

Minha viagem foi pelo centro-sul da Índia, de Mumbai a Calcutá, via Kanyakumari. Foram 51 dias, sendo 2 dias de voo, 45 dias na Índia e 4 dias de parada em Dubai na volta. Optei por parar na volta e não na ida por causa dos horários dos voos e para poder ficar o máximo de tempo dentro das 96 horas permitidas pelo visto de trânsito. O objetivo foi espiritual.

 

Foi necessário visto para entrar na Índia e nos Emirados Árabes. O visto para a Índia eu consegui remotamente com o próprio Consulado da Índia em São Paulo (http://www.indiaconsulate.org.br). O visto para os Emirados Árabes via Dubai eu tirei pela Internet, através da VFS Global (http://www.vfsglobal.com/services_solutions/dubai_visa_processing_centre.asp), empresa credenciada pela Emirates para tirar visto para seus passageiros.

 

A moeda da Índia era a rúpia, que eu não consegui comprar em São Paulo. A moeda dos Emirados Árabes era o dirham, que eu não quis comprar em São Paulo por achar a taxa de câmbio desfavorável.

 

A língua e o alfabeto na Índia e nos Emirados Árabes eram diferentes dos nossos. Na Índia mudava-se de língua conforme a região, o que fazia a comunicação mais difícil, posto que boa parte da população não falava inglês, principalmente no interior. Nos Emirados Árabes boa parte da população falava inglês, principalmente nos locais centrais.

 

Achei que os preços na Índia continuavam muito mais baixos do que os de São Paulo, embora tenham subido relativamente aos que vi em 1999 e 2008. Achei na média os preços dos Emirados Árabes um pouco menores em alguns itens (pão, salgados, doces árabes, gasolina, etc.) e um pouco maiores em outros (metrô, frutas, verduras, etc.) do que os de São Paulo.

 

Na Índia fiz boa parte dos deslocamentos de trem (http://www.indianrailways.gov.in, http://www.indianrail.gov.in). Era interessante comprar a passagem com alguma antecedência nos trechos mais concorridos e longos, pois de outro modo era necessário ir na classe genérica, que muitas vezes era superlotada, não havendo lugar nem para ficar em pé direito (talvez fosse semelhante à Linha Vermelha do Metrô de SP em horário de pico). Em Dubai, para se pagar menos e poder escolher o horário de preferência, se fosse desejado ir ao Burj Khalifa (edifício mais alto do mundo na época), era interessante agendar com antecedência pela Internet. Para os deslocamentos de transporte público municipal e até para algumas outras cidades dos Emirados era interessante adquirir o cartão NOL (https://www.nol.ae).

 

Em toda a viagem houve bastante sol e calor. Chuva de média a forte intensidade e prolongada só peguei uma noite em Bangalore, uma tarde-noite em Kanyakumari, uma tarde em Puri e uma noite em Calcutá. As temperaturas para o meu gosto estiveram altas, chegando próximas a 40 C ou talvez até passando. À noite a temperatura caía até cerca de 25 C (algumas poucas vezes caiu mais, mas creio que não desceu abaixo de 20 C). O sol estava muito forte e chegou a me incomodar, trazendo uma sensação de cansaço durante as horas mais quentes do dia.

 

Na Índia a população de uma maneira geral foi muito cordial e gentil, mas houve algumas situações em que foi um pouco rude. Em 1999 havia estado no centro-norte da Índia e em 2008 nas montanhas do norte, e a população de lá foi mais gentil do que a do sul. Nos Emirados Árabes a população foi bastante cordial.

 

As paisagens agradaram-me muito, principalmente de locais naturais como montanhas, praias, rios, vegetação, etc., ainda mais quando vistas do alto de montes ou locais elevados ::otemo::. Os templos e locais religiosos também agradaram-me muito ::otemo::. Em especial gostei muito do Vivekananda Kendra em Kanyakumari ::otemo::, de Tirumala em Tirupati ::otemo::, das obras da Madre Tereza em Calcultá ::otemo:: e das mesquitas nos Emirados Árabes ::otemo::.

 

Na Índia e nos Emirados Árabes a população frequentava as praias com a roupa do dia a dia, sendo raros os habitantes locais que usavam roupa de banho. Eles não costumavam entrar muito no mar. Parte dos que entravam no mar iam com roupas sociais mesmo (camisa e calça comprida). Na rua, fora dos locais de hotéis de estrangeiros, não vi ninguém com trajes de banho, como é comum nas cidades litorâneas brasileiras. Numa das vezes em que entrei no mar com ondas e fui numa profundidade maior do que a minha altura, em Puri, uma mulher perguntou-me como eu conseguia lidar com aquilo, numa demonstração clara da total falta de hábito das pessoas locais de fazer o mesmo. Nesta mesma praia havia placas dizendo que era perigoso entrar no mar (em qualquer ponto - e não achei a praia brava no raso), não por poluição ou tubarões, mas sim por questões de afogamento. Numa outra vez em que entrei no mar, o salva-vidas foi até a areia na direção de onde eu estava e ficou esperando-me na praia até que eu retornasse a bem perto da areia, sem falar nada.

 

Fiquei em vários dormitórios, a maioria nas próprias estações de trem, com quartos compartilhados. Na maioria esmagadora as instalações foram bem aceitáveis para o meu padrão de qualidade ::cool:::'>. Mas em Bhubaneswar havia muitos mosquitos e o ventilador não era forte o suficiente para espantá-los. Havia também muitos percevejos na cama ::essa::. Em alguns outros achei o ar condicionado um pouco forte, principalmente em Mumbai e em Sharjah (onde usava cobertor por causa dele ::Cold::). Houve hotéis que não aceitavam estrangeiros por não terem a permissão do governo ou alguns talvez porque não se sentiam confortáveis com estrangeiros. Muitos pediam depósitos caução que eram devolvidos na saída.

 

Levei cloro, que era distribuído gratuitamente nos postos de saúde de São Paulo, para colocar na água e poder beber água que não fosse mineral. Perto do fim da viagem, meu frasco de cloro quebrou e eu decidi beber a água da estação de trem diretamente ::putz::, imaginando que fosse potável, como indicado em várias placas de várias estações. Isso fez com que eu passasse mal ::essa::, deu-me indisposição estomacal e diarreia , que só cessou totalmente quando alguns dias depois consegui comprimidos purificadores para por na água.

 

Na Índia achei que o trânsito continuava caótico, muito mais do que o brasileiro, mas melhorou em relação a 1999. Achei que retiraram muitos animais que antes havia nas ruas, além de construírem ruas e estradas bem melhores, algumas com pista dupla. Nos Emirados Árabes achei as vias de primeira linha e o trânsito pareceu-me muito organizado.

 

Na Índia achei que a pobreza diminuiu muito. Eu fui para áreas diferentes das anteriores, sendo Mumbai a única cidade que já conhecia. Porém mesmo assim, pareceu-me que houve um enorme progresso no combate à miséria, comparado ao país que conheci 16 anos atrás. Porém, pareceu-me que ainda havia um longo caminho a percorrer e a miséria continuava muito maior do que a do Brasil. Nos Emirados Árabes achei que havia muita riqueza, maior do que a que tinha visto em alguns países europeus ocidentais. Vi somente uma pessoa que achei ser morador de rua. Chamou-me atenção como o país mudou em pouco tempo, provavelmente fruto do petróleo.

 

Pareceu-me que a Índia continuava muito mais segura do que o Brasil, apesar da imensa miséria. A segurança nos Emirados Árabes pareceu-me muito grande, comparável aos locais mais seguros que já conheci.

 

Houve vários templos em que não pude entrar por não ser hindu ou muçulmano. Houve outros em que a fila para entrar era de horas e eu não quis enfrentá-la. Na Índia houve 2 de que fui expulso (uma das vezes com gritos) após ter entrado, pois não eram permitidos para não hindus e eu não havia percebido ou eu não quis realizar o ritual obrigatório.

 

Não encontrei nenhum brasileiro na Índia nesta viagem (nas anteriores havia encontrado). Em Dubai encontrei um grupo de brasileiros.

 

Gastei na viagem R$ 4.714,31, sendo R$ 1.086,94 com a Índia, R$ 979,98 com os Emirados Árabes e R$ 2.647,39 com as passagens aéreas e taxas de embarque para ir e voltar a SP. Sem contar o custo das passagens aéreas e das taxas de embarque o gasto foi de R$ 2.066,92. Mas considere que eu sou bem econômico.

 

A Viagem:

 

Minha viagem foi de SP (aeroporto de Guarulhos) a Mumbai em 08/04/2015 pela Emirates (http://www.emirates.com), com conexão em Dubai. O voo saía às 00:05 e chegava às 21:50 horas em Dubai. Depois saía às 3:30 de Dubai e chegava às 8:10 em Mumbai. A volta foi de Mumbai a Dubai em 24/05/2015 pela Emirates. O voo saía às 10:10 e chegava às 11:40. Fiz uma parada de 4 dias em Dubai. Voltei para SP em 28/5, com voo saindo às 8:35 e chegando às 16:30. Paguei parcelado em 9 vezes.

 

Índia:

 

Dos R$ 1.086,94 que gastei na Índia, foram R$ 120,44 com alimentação, R$ 373,45 com hospedagem, R$ 188,80 com transporte durante a viagem, R$ 57,65 com atrações, R$ 4,67 com acesso a Internet, R$ 0,26 com cópias, R$ 0,21 com guarda de sapatos, R$ 0,10 com uso de banheiros, R$ 2,60 com corte de cabelo, R$ 1,04 com gorjeta, R$ 57,13 com compras para trazer para o Brasil, R$ 24,00 com tarifas de caixas eletrônicos, R$ 45,57 com IOF e R$ 211,00 com o visto. Sem contar o custo do visto, dos caixas eletrônicos e do IOF, o gasto foi de R$ 806,37 em 45 dias (média de R$ 17,92 por dia). Mas considere que eu sou bem econômico.

 

O voo de ida teve paisagens bem interessantes ::otemo::, especialmente na África e na entrada do Mar Vermelho. Pena que na Península Arábica já havia anoitecido. Mas na volta pude apreciá-la com a luz do dia. Ao chegar em Dubai aproveitei para obter mapas e informações turísticas para economizar tempo quando voltasse. O aeroporto me pareceu muito bom.

 

Assim que cheguei ao aeroporto de Mumbai na 5.a feira 09/04, fiz um saque de Rs 10.000,00 (10 mil rúpias) com o cartão Visa Electron com a taxa de Rs 18,55/R$ 1,00. Saí andando de lá, peguei um rickshaw por Rs 30,00 até a estação de trem mais próxima (Andheri). De lá peguei um trem local até a estação central (CST) de Mumbai por Rs 10,00.

 

Fui até o guichê que atendia estrangeiros e me informei sobre como ir até Pattadakal. Descobri que só havia trem para Badami (a estação mais perto de Pattadakal) aos domingos. Para Guntakal (estação mais próxima de Hampi por aquela linha) havia trens diariamente às 15:45. Em vez de procurar um local para dormir e pegar o trem no dia seguinte, decidi comprar a passagem para aquele dia mesmo. Paguei Rs 415,00 pela segunda classe leito. Antes de pegar o trem passei no mercado Crawford (http://www.crawford-market.com), comprei pepino, cenoura e tomates e na frente da estação comprei pão para servir de jantar, café e almoço, pagando Rs 47,00.

 

Pouco antes do trem sair veio o coordenador de uma excursão estudantil pedindo-me para trocar de vagão, pois precisava manter todos os alunos juntos. Aceitei, mas fiquei preocupado com a troca de bilhetes poder gerar alguma confusão. Primeiramente trocamos de bilhetes, mas depois fui correndo para procurá-lo e destroquei o bilhete, pois meu nome estava nele. Mas quando o fiscal chegou, não houve problemas e os outros passageiros ajudaram-me a lhe explicar o ocorrido. Durante a viagem, um nigeriano chegou e disse que eu estava em seu lugar. No início não conseguimos nos entender, pois meu bilhete estava com número de outro vagão, mas depois, com a ajuda de um indiano vimos que o lugar dele era o do meio e o meu era o de baixo.

 

Cheguei em Guntadakal 10/04 de manhã, perto de 10 horas. De lá peguei um ônibus para Bellary por Rs 60,00. De Bellary peguei outro ônibus para Hospet por Rs 60,00. De Hospet peguei um ônibus local para Hampi por Rs 13,00. Cheguei em Hampi no início da tarde. Lá fiquei hospedado na Guest House Hamsa por Rs 200,00 a diária, com quarto privativo, ventilador e banheiro coletivo. Aproveitei e comprei tomates, pepinos, cebola, bananas e pão por Rs 57,00 para as refeições. Fui dar uma pequena volta no local para conhecê-lo antes do anoitecer e obtive no templo principal informações de locais a visitar, horários, preços, possíveis itinerários, etc. Ainda pude apreciar o templo por fora e ver alguns dos monumentos da colina Hemakuta, que ficava atrás do templo e de lá apreciar o pôr do sol ::cool:::'>.

 

Para as atrações de Hampi veja http://wikitravel.org/en/Hampi, http://whc.unesco.org/en/list/241, http://www.karnataka.com/hampi/ e https://en.wikipedia.org/wiki/Hampi. Os pontos de que mais gostei foram os templos, as áreas naturais ::otemo::, o pôr do sol e a vista a partir da Colina Matanga ::otemo::.

 

No sábado 11/4, fui descalço logo de manhã ao templo, quando havia menos turistas e a entrada era gratuita. Um membro do templo chamou-me a atenção para uma projeção na parede de uma imagem de Shiva invertida feita pela claridade. Depois do templo fui conhecer vários outros monumentos em direção a Ugra Narasimha, Badavilinga, Templo Subterrâneo e Banho da Rainha. No final do dia ainda pude ver novamente o pôr do sol, mas desta vez havia muita nebulosidade, o que o tornou menos interessante. Comprei 3 bananas e 6 tomates por Rs 15,00.

 

No domingo 12/4 fui juntamente com Esperanza, uma espanhola de Badajoz que estava hospedada no mesmo local que eu e trabalhava na área social, assistir uma cerimônia com uma elefanta no rio em frente ao templo. Ficamos esperando por quase uma hora até que membros do templo vieram com ela, entraram no rio, começaram a fazer rituais e banhá-la. Depois fui sozinho conhecer monumentos em direção ao Rio Tungabhadra, que apreciei, e ao templo de Vitthala, no qual não entrei. Por fim na volta dos monumentos, após conhecer o Monolito do Touro, vi numa placa que existia uma colina chamada Matanga, na qual decidi subir e de cuja vista global e ampla muito gostei ::otemo::.

 

Antes de deixar Hampi, comprei 3 bananas por Rs 10,00. Numa das compras recebi como troco uma nota danificada, que os outros não aceitaram nas compras seguintes ::bad::, o que me fez ter que trocá-la num banco governamental posteriormente. No meio da tarde fui com destino a Badami, para isso pegando um ônibus local até Hospet por Rs 13,00, de lá um ônibus até Ilkal por Rs 113,00 e de lá um ônibus até Badami por Rs 54,00. Gostei das paisagens da viagem e me chamaram atenção a boa qualidade e os pedágios de algumas rodovias. No ônibus para Ilkal encontrei Sidu, um jovem indiano formado em engenharia de eletricidade que me deu várias informações sobre a viagem. Cheguei em Badami no início da noite. Como Pattadakal, que era o destino das atrações que eu desejava, era muito pequena, resolvi ficar hospedado em Badami. Fiquei no Hotel Anand Deluxe (http://hotelananddeluxe.com) pagando Rs 200,00 por uma diária de 24 horas num quarto com ventilador e banheiro externo. Ainda comprei tomates, berinjelas, cebolas, pão e doces por Rs 50,00.

 

Para as atrações de Pattadakal veja https://en.wikipedia.org/wiki/Pattadakal e http://whc.unesco.org/en/list/239. Os pontos de que mais gostei foram os templos.

 

Na 2.a feira 13/4 peguei um ônibus de manhã por Rs 25,00 para Pattadakal, onde desci em frente ao conjunto de monumentos da UNESCO. Paguei Rs 250,00 pela entrada, Gostei do conjunto de templos, ainda mais porque alguns eram usados por devotos para rituais e orações. Aproveitei para conhecer também o rio e 2 templos que ficavam fora do conjunto principal, sendo que para chegar a um deles foi necessário caminhar por estradas ao lado das aldeias locais, o que permitiu conhecer melhor as aldeias.

 

Quando estava esperando o ônibus para voltar, uma família estava indo embora e a caminhonete aparentemente teve problemas para ligar. Então provavelmente o patriarca começou a empurrá-la. Quando vi a cena fui ajudá-lo, mesmo sem ele me pedir. A caminhonete pegou e eles aparentemente se foram. Mas, quando perceberam que eu estava esperando o ônibus, resolveram voltar e me perguntaram para onde eu pretendia ir. Quando respondi que era para Badami, ofereceram-me carona e ao saber que eu iria para a estação de trem, alteraram seu percurso em 1 Km para me deixar na porta dela. No caminho, vi que sua família, como típico na Índia, era enorme. A caminhonete nova, que tinha 3 filas de bancos, estava lotada. Então percebi que seu filho e sua filha, ambos com cerca de 10 anos, estavam deslumbrados por conhecerem um estrangeiro. Fui conversando com eles e descobri que o menino desejava seguir carreira de engenheiro. O patriarca trabalhava com jóias.

 

Após me informar sobre a passagem para Bangalore, voltei a pé para Badami (cerca de 6 Km). No caminho vi uma placa para cavernas de Shildipadi (ou algum nome parecido) e resolvi segui-la, montanha acima, por uma trilha. Não sei se achei as cavernas, mas pude andar por um ambiente montanhoso semi desértico que apreciei e lá de cima ter uma vista bastante interessante de parte da área ::cool:::'>. As possíveis cavernas que achei também me pareceram interessantes, mas talvez não fossem as da placa.

 

Depois disso voltei para Badami e fui a um cabeleireiro, que passou máquina zero na minha cabeça por Rs 50,00. Quando cheguei ao hotel o atendente recebeu-me como se fosse um novo hóspede e eu até brinquei com ele dizendo "Você se lembra de mim?", do que ele riu. Tomei banho, arrumei-me, jantei, comi um doce por Rs 5,00 e caminhei em direção à estação para pegar o trem que passava no início da noite. Paguei Rs 175,00 pela passagem na classe genérica (a estação não possibilitava a compra de segunda classe leito). No caminho, como minha cabeça estava completamente sem cabelos, muitos motoristas, passageiros e transeuntes gritaram para mim (acho que não foi nenhum xingamento, mas sim palavras de saudação). A cabeça completamente branca chamava muita atenção. Talvez devesse ter passado máquina 1. Ainda foi possível visitar um pequeno templo familiar numa pequena chácara, que achei muito interessante pela sua autenticidade e simplicidade.

 

A viagem foi difícil ::bad::. Passei uma noite na classe genérica, lotada, sem lugar para sentar. Acabei encontrando um local para deitar no chão, perto do banheiro do vagão, em que pude dormir algumas horas, um pouco espremido, pois havia outros também em pé ou sentados no chão naquela área. Mas acabei chegando em Bangalore sem grande cansaço, considerando as condições da noite.

 

Na 3.a feira 14/4, após chegar em Bangalore, depois da noite dura, decidi comprar a passagem de antemão, para evitar ficar na classe genérica novamente. Paguei Rs 185,00 pela passagem para Thrissur em 2.a classe com direito a assento (a viagem era durante o dia). Depois fui procurar um lugar para ficar. Logo na saída da estação encontrei um membro da Igreja Católica Menino (Infant) Jesus, que após eu explicar sobre minha viagem, disse que iria ajudar-me a encontrar um local para ficar e me convidou para ir visitar a igreja. Conforme passávamos em alguns hotéis e os preços estavam acima do que eu achava que poderia conseguir, ele me dizia que naquela área não conseguiria nada por menos de Rs 400,00 e já se mostrava cansado (ele tinha um pouco de massa corporal acima da média). Com dor no coração :( eu agradeci muito, mas pedi a ele para me deixar procurar sozinho. Achei que ele ficou decepcionado por não ter conseguido o local para eu ficar e por eu ter pedido para procurar sem ele. Tentei não magoá-lo, pois pela própria falta de costume em fazer aquele tipo de pesquisa de preços e por ter mais dificuldade de locomoção do que eu, principalmente naquele calor, devido ao peso, era uma situação desconfortável para ele e se ficássemos juntos, ele não iria aguentar ou eu teria que abreviar minha procura. Por coincidência, logo após eu me separar dele encontrei a Neha Guest House (http://www.justdial.com/Bangalore/Neha-Guest-House-%3Cnear%3E-Near-Cottonpet-Circle-Cottonpet-Main-Road/080PXX80-XX80-110121110535-Q1C7_BZDET), com dormitório compartilhado, por Rs 110,00 a diária.

 

Para as atrações de Bangalore veja http://wikitravel.org/en/Bangalore e http://www.karnataka.com/bangalore. Os pontos de que mais gostei foram os edifícios públicos ::cool:::'>, os parques ::otemo:: e os templos ::otemo::.

 

Após instalar-me no dormitório, com o mapa da cidade que havia conseguido na estação de trem, perguntei a alguns dos outros hóspedes sobre sugestões de locais a visitar. Um deles, que era de Varanasi e trabalhava com informática, falou-me sobre o jardim Lalbagh (http://www.horticulture.kar.nic.in/lalbagh.htm), o ISKON (Templo Hare Krishna) e Arte de Viver (http://www.artofliving.org/br-pt) de Ravi Shankar. Como a cidade era muito grande, saí primeiramente em direção a uma praça central, próxima à estação ferroviária, depois passei por um parque e fui em direção aos edifícios do Legislativo, da Suprema Corte e da Casa do Governador, chegando ao Parque Cubbon e seus edifícios internos, como a Biblioteca Central e depois fui em direção à Fonte Musical Indira Gandhi e ao Palácio de Bangalore, no qual não entrei, mas passeei por seus jardins externos. Na volta para o dormitório tomei chuva média e me molhei razoavelmente. Comprei tomates, chuchus, cenouras, berinjelas, bananas e pão por Rs 65,00 para as refeições.

 

Na 4.a feira 15/4, depois de tirar cópias do passaporte para a Guest House por Rs 4,00, assisti um ritual de mais de 2 horas no Templo Kote Venkataramana (https://en.wikipedia.org/wiki/Kote_Venkataramana_Temple,_Bangalore) ::otemo::, ao lado do Palácio do Sultão Tipu. A entrada foi gratuita, mas precisei pagar Rs 2,00 para guardar os sapatos. Depois fiquei mais de 2 horas no Jardim Botânico Lalbagh, de que muito gostei ::otemo::. Paguei Rs 10,00 pela entrada. Alguns visitantes indianos chamaram-me atenção para o fato de que havia uma cobra, que um deles disse ser venenosa, sob um dos bancos públicos do parque. A seguir fui em direção a Basavanagudi, onde havia vários templos de que gostei por sua peculiaridade (imagem enorme de touro, imagem de Ganesha, templo dentro de caverna, etc.) ::cool:::'>. Paguei Rs 2,00 para guardar os sapatos em um deles. Lá visitei também o Parque Bugle (https://en.wikipedia.org/wiki/Bugle_Rock), que no anoitecer tinha muitos morcegos (e talvez corvos também) em suas árvores. Ao longo do dia comprei salgados e 2 bananas por Rs 18,00.

 

Eu me arrependi de não ter ficado mais um dia em Bangalore, pois ficaram faltando alguns locais a visitar, como o templo Hare Krishna, O Templo de Krishna, O Lago Ulsoor, a Igreja do Menino Jesus e alguns outros templos. Mas como tinha comprado a passagem, ficou inviável estender a permanência. No dormitório, o rapaz que me deu as informações sobre as atrações a visitar pareceu decepcionado pelo fato de eu não ter ido nem ao templo Hare Krishna nem ao Arte de Viver. Os hóspedes indianos ainda me perguntaram se eu não gostava da comida indiana, pois só me viam comer sanduíches, ao que respondi que apenas não gostava das especiarias (chili, pimenta, etc.).

 

Na 5.a feira 16/4 peguei o trem às 6:15 para Thrissur. Meu destino era Guruvayur, onde havia um dos templos mais procurados por peregrinos hindus. No trem sentei ao lado de uma arquiteta indiana, que me deu muitas informações sobre a Índia e disse que geralmente fazia o trajeto durante a noite, achando que provavelmente tinha sido destino mudar naquele dia para me encontrar. Também havia um jovem rapaz indiano com quem conversei bastante. Durante a viagem comprei numa das paradas em uma estação um prato chamado biryani de ovo, que consistia em arroz temperado com especiarias acompanhado de 2 ovos cozidos. Até que as especiarias não estavam tão fortes e eu o apreciei. Paguei Rs 45,00 por ele e mais Rs 5,00 por um bolo. Ao chegar em Thrissur perto das 15:30h, descobri que havia um trem perto de 18h para Guruvayur e então decidi esperá-lo, ao invés de pegar um ônibus. No intervalo, fui dar um passeio pela cidade. Não me foi permitido entrar no templo hindu, que parecia enorme. Gostei muito de conhecer a Igreja de Nossa Senhora das Dores (https://en.wikipedia.org/wiki/Our_Lady_of_Dolours_Syro-Malabar_Catholic_Basilica) ::otemo::, principalmente pela sua arquitetura, pelo seu astral e pela escultura da Pietá, que me lembrou a existente na Basílica de São Pedro. Comprei pão, tomate, berinjela, cebola e bananas para as refeições, pagando Rs 66,00. Paguei Rs 10,00 pela passagem de trem e a viagem durou cerca de 45 minutos. Em Guruvayur descobri algo que me foi muito útil durante toda a viagem. Descobri que existiam acomodações (dormitórios ou quartos) nas estações de trem, que poderiam ser usados por quem chegasse a elas de trem, mediante pagamento da tarifa, que geralmente era bem competitiva. Foi muito cômodo sempre que consegui vagas, pois chegava já diretamente onde iria me hospedar e quando ia pegar um trem muito cedo ou muito tarde, já estava na própria estação. A hospedagem no dormitório da estação de Guruvayur custou-me Rs 210,00 a primeira diária.

 

Para as atrações de Guruvayur veja https://en.wikipedia.org/wiki/Guruvayur e http://www.guruvayur.com. Os pontos de que mais gostei foram os espetáculos de dança ::cool:::'> no templo principal e os elefantes no santuário ::cool:::'>.

 

Na 6.a feira 17/4 fui tentar conhecer o Templo de Guruvayur (http://www.guruvayurdevaswom.nic.in), mas havia muita gente e não era permitida a entrada de não hindus. Assim sendo, pude conhecer todas as estruturas externas e laterais, mas não pude entrar nos corredores principais. Alguns indianos até me disseram que eu poderia entrar se vestisse os trajes típicos tradicionais que os próprios hindus precisavam vestir para entrar. Como a espera na fila era de cerca de 4 horas e não havia aqueles trajes para aluguel (só para venda), eu decidi não entrar e ficar assistindo os espetáculos de dança típica indiana ::cool:::'> que aconteciam periodicamente num palco montado ao lado do templo. Assisti também a várias cerimônias de casamento típico realizadas na entrada do templo. Gostei tanto dos espetáculos que até perdi a hora para ir ao Santuário do Elefantes e acabei ficando parte do sábado só para visitá-lo. Comprei pão, bananas, manga, doces, tomates e berinjela por Rs 66,00 e paguei Rs 270,00 pela 2.a diária no dormitório (a 2.a geralmente era 25% a mais do que a 1.a).

 

No sábado 18/4 fui ao Santuário dos Elefantes (http://www.keralatravelpal.com/anakotta.html) ::cool:::'>, pagando Rs 10,00 pela entrada, depois voltei e fiquei assistindo mais alguns espetáculos de dança até o horário de saída do trem para Thrissur, cerca de 13 hs, que custou Rs 10,00, onde peguei outro trem para Kotayam, perto de 14:30, pelo qual paguei Rs 60,00. Cheguei em Kottayam no início da noite e fiquei hospedado no dormitório da estação por Rs 220,00. Jantei uma Masala Dosa (espécie de massa de pão com acompanhamento de vegetais temperados) num restaurante em frente à estação por Rs 40,00.

 

Para as atrações de Kottayam veja http://wikitravel.org/en/Kottayam, https://en.wikipedia.org/wiki/Kottayam, http://kottayam.nic.in/ e http://www.kottayam.com/. Os pontos de que mais gostei foram os templos (hindus, cristãos e islâmicos).

 

No domingo 19/4 sai para passear pela cidade, fui em direção ao centro e depois em direção a templos hindus, igrejas e seminários cristãos e mesquitas, uma das quais muito antiga, mas ainda em uso. Nesta mesquita antiga vários meninos e rapazes fizeram questão de mostrar as várias dependências e as partes mais antigas, com séculos de existência. Perto do seminário e de uma igreja cristã havia uma paisagem natural interessante com um rio e vegetação na margem. Comprei 3 bananas, pães, bolo, tomates, pepino e cebola para as refeições por Rs 92,00. Paguei Rs 220,00 pela 2.a diária no dormitório da estação (o atendente disse-me que como era período de férias, não havia acréscimo de 25%).

 

Na 2.a feira 20/4 peguei um trem para Mavelikara bem cedo por Rs 30,00. Cheguei em Mavelikara por volta de 9 hs, onde peguei um ônibus local para Haripad por Rs 12,00. De Haripad fui caminhando até Mannarasala, que era meu destino, para conhecer o templo das serpentes. Gostei do Templo de Mannarasala (http://www.mannarasala.org) ::cool:::'>, porém imaginava que haveria serpentes vivas, mas somente havia ídolos de serpentes. De qualquer modo achei o templo interessante, apesar de pequeno. Havia uma área no seu entorno que também podia ser visitada e o fluxo de pessoas era razoavelmente grande, considerando o tamanho do local. Na volta para Haripad peguei 3 mangas caídas de uma árvore no chão e aproveitei para conhecer o templo de Haripad (http://haripadtemple.org), que achei interessante também. Na porta do templo aproveitei para assistir música religiosa indiana por algum tempo, da qual muito gostei ::cool:::'>. Peguei o ônibus local de volta para Mavelikara por Rs 12,00 e ainda pude dar um passeio em Mavelikara e conhecer alguns templos. Comprei pão, tomates, pepino, cebola e bananas por Rs 63,00. Fiquei hospedado no Hotel Lekshmi Lodge (http://www.quickerala.com/aleppey/mavelikara/dxn-herbal-cosmetics-and-personal-care/sbct-4020:lcty-896) por Rs 300,00 a diária num quarto individual com banheiro ocidental e chuveiro quente (estavam um pouco sujos, mas não havia mosquitos).

 

Na 3.a feira 21/4 peguei um trem para Kanyakumari, o ponto mais ao sul da Índia. Paguei Rs 75,00 pela passagem. Saí perto de 10 horas e cheguei por volta de 15 horas. Durante a viagem começou a chover forte. Em Kanyakumari fiquei hospedado no dormitório da estação por Rs 150,00 a primeira diária, em quarto individual com ventilador e banheiro coletivo com chuveiro quente. Saí para dar uma volta em kanyakumari quando estava garoando e eu estava usando uma pequena sombrinha, já bastante danificada pela sua fragilidade frente às chuvas com vento de uma viagem anterior. Logo que saí da estação uma mulher, aparentemente mendiga, pediu-me a sombrinha e eu lhe dei. A chuva engrossou um pouco e eu fiquei bastante molhado. Comprei pão salgado, pão doce de coco (delicioso) ::cool:::'>, 2 bananas, tomates, berinjelas e cebola por Rs 82,00 para as refeições.

 

Para as atrações de kanyakumari veja http://wikitravel.org/en/Kanniyakumari, https://en.wikipedia.org/wiki/Kanyakumari, http://www.kanyakumari.tn.nic.in/tourist.html e http://www.kanyakumari.ind.in/. Eu gostei muito desta cidade ::otemo::. Os meus pontos preferidos foram o Ashram de Vivekananda ::otemo:: e tudo relacionado a ele, o Ponto do Pôr do Sol ::otemo::, o nascer do sol ::cool:::'>, as praias, o mar e o Templo Jain ::otemo::.

 

Na 4.a feira 22/4 comecei o dia vendo o nascer do sol no terraço da estação ::cool:::'>, que descobri por acaso e de que muito gostei. Depois fui ao Ashram de Vivekananda (http://www.vivekanandakendra.org/). Gostei muito dele, de sua entrada, de todo seu ambiente físico e espiritual, de suas exposições, da praia, do templo, dos locais de meditação e oração ::otemo::. Fiquei várias horas nele todos os dias. Neste primeiro dia, passei toda a manhã nele, inclusive assistindo uma cerimônia em homenagem ao idealizador e condutor do Memorial de Vivekananda nas Rochas, realizada num local de meditação chamado Samadhi ::cool:::'>, inclusive com filmagem profissional, parcialmente feita por um drone. Depois do almoço fui em diração às atrações do centro, memoriais, construções e templos, onde passei pelo encontro dos 3 oceanos (Baía de Bengala, Oceano Índico e Mar da Arábia). Terminei o dia no Ponto do Pôr do Sol no Mar da Arábia ::otemo::. Paguei Rs 190,00 pela 2.a diária no dormitório da estação e Rs 42,00 por tomates e mais um pão doce de coco. Reservei passagem em 2.a classe leito para Rameswaram na 6.a feira à noite por Rs 275,00, tendo ficado em lista de espera.

 

Na 5.a feira 23/4 retornei ao Ashram e fui conhecer as exposições ::otemo::. Paguei Rs 10,00 pelo conjunto de 4 exposições. Comecei pelo Parque Gramodaya, onde fiquei cerca de 2 horas e depois fui ao Centro de Exibições ver "Levantem-se! Despertem!" (Arise! Awake!), que não consegui acabar de ver antes do fechamento no início da tarde. Depois do almoço verifiquei que minha reserva para Rameswaram ainda estava em lista de espera e fui a uma praia de pescadores banhada pela Baía de Bengala, que tinha um mar muito bom para nadar. Vários indianos usavam a praia para fazer cocô, aproveitando a água do mar para se limparem. Fiquei próximo a alguns habitantes ou pescadores locais, que me receberam cordialmente ::cool:::'>.

 

Depois da praia retornei ao dormitório para reservar mais um dia de estadia. Havia falado com a atendente anteriormente que o trem somente sairia na 6.a feira e ela disse que seria possível fazer a reserva. Mas quando a estava concluindo, descobri que não a poderia ter feito, pois o prazo máximo para se ficar no dormitório era de 2 dias. Assim como no Brasil, as normas aqui não eram seguidas firmemente. Creio que a atendente não entendeu que a minha pergunta do dia anterior de "Não há problema?" englobava "Isso é permitido?" após ela dizer que eu poderia ficar por mais 2 dias. Como já contava com o dormitório (não havia procurado outro local) e estava no meio do processo de reserva, apesar de não ser permitido, decidi continuar mesmo assim. Mas não repeti isso mais nas estadias futuras. Paguei Rs 150,00, pois foi considerada uma nova estadia.

 

Após a reserva fui passear pelos monumentos próximos à praia, principalmente templos e igrejas, do qual me chamaram atenção a vista do mar, a vista do alto da Igreja de Nossa Senhora das Mercês (Ransom) (http://ransomchurchkanyakumari.org/) e a existência de uma igreja para Nossa Senhora das Neves (http://www.ladyofsnowsstk.org/), numa cidade que fica no Equador no nível do mar e que provavelmente nunca viu neve na atual era do planeta, a menos que o nome possa ter outro significado que eu desconheça. Depois fui nadar na confluência dos oceanos, mais para o lado do Índico. Havia muita gente e muitas pedras, o mar era um pouco bravo e a faixa de areia era quase inexistente, o que fazia a praia não muito interessante nem para banho nem para descanso. Terminei o dia indo em direção ao Ponto do Pôr do Sol para apreciá-lo novamente, mas antes aproveitei para um banho nas águas do Mar da Arábia. Aqui também havia muitas pedras, o que fazia o banho não muito agradável. A faixa de areia porém era ampla, comportando a grande quantidade de gente que foi para lá neste horário. Na ida e na volta aproveitei para ver ou rever alguns pontos turísticos e apreciar a praia e o mar. Comprei 3 bananas, pão doce de coco e pão salgado por Rs 65,00 para as próximas refeições.

 

Na 6.a feira 24/4 comecei o dia indo descalço até o Templo Amman (http://www.kanyakumari-info.com/kumari_amman_temple.html). Acabei equivocando-me na entrada e paguei desnecessariamente Rs 20,00 para fazer uma visita expressa. Depois fui conhecer a Exibição do Monge Errante (Wandering Monk), que fazia parte das 4 do Vivekananda. Em seguida fui pela última vez à praia, no mesmo local de pescadores do dia anterior. Desta vez o tratamento de alguns não foi muito cordial e um deles chegou perto do final da minha permanência, falou bastante em sua língua e eu não entendi (talvez estivesse pedindo algo ou perguntando porque eu estava ali). Pareceu irritar-se comigo por não responder ou não dar o que ele estaria querendo (talvez meu boné). Quando saí o homem continuou falando e percebi pelo semblante que alguns pareciam não estar muito contentes comigo ::bad::. Após aproveitar a praia fui almoçar. Depois do almoço, vi que minha reserva continuava na lista de espera e fui conhecer o final das exposições do Vivekananda que faltava. Completei a visita ao Centro de Exposições, dei uma passada na praia do Ashram no horário em que estava aberta, visitei a exibição Gangotri e fui dar uma última olhada na vista da cidade a partir da praia à noite. Voltei para a estação, descobri que minha reserva tinha sido confirmada e por volte de 22 hs embarquei no trem para Rameswaram.

 

No sábado 25/4 de manhã, perto de 5:30 hs cheguei em Rameswaram. Como tinha conseguido leito, até que a noite foi razoável. Gostei muito desta cidade ::otemo::. Para as atrações veja http://wikitravel.org/en/Rameswaram, https://en.wikipedia.org/wiki/Rameswaram, http://www.virtualtourist.com/travel/Asia/India/State_of_Tamil_Nadu/Rameswaram-1088458/Things_To_Do-Rameswaram-TG-C-1.html, http://www.rameswaram.com/plcvisit.html e http://www.rameswaram.co.in/. Os pontos de que mais gostei foram os templos ::otemo:: e a vista do mar, vegetação, lagoas, canais e da cidade a partir do Templo Ramar Padam (http://www.tripadvisor.com/LocationPhotoDirectLink-g303894-d4139108-i84644526-Gandamadana_Parvatham-Rameswaram_Tamil_Nadu.html#84644512) ::otemo::, que ficava no alto de uma colina.

 

Logo que cheguei fui em direção ao Templo Ramanathaswamy (https://en.wikipedia.org/wiki/Ramanathaswamy_Temple). Achei-o grandioso e interessante, mas não pude conhecer algumas de suas partes que eram restritas a hindus. Havia dentro dele um elefante realizando rituais e locais de banhos ritualísticos para os hindus. Depois fui passear pela cidade e logo no início ouvi uma cantiga vinda de uma casa e resolvi olhar pela porta. Eram mulheres (provavelmente várias gerações de uma família) cantando um mantra. Convidaram-me para entrar na sala e fiquei lá sentado por cerca de 30 minutos apreciando seus cânticos ::cool:::'>. Prossegui e acabei conhecendo vários templos, sendo que um que tinha imagens em espelhos em boa parte das paredes muito me agradou ::otemo::. Num Templo Sikh fui muito bem tratado e fizeram questão que eu tomasse uma chícara de chá ::cool:::'>. Outro templo possuía uma imagem negra de Hanuman que muito apreciei ::cool:::'>. Outro tinha uma piscina com peixes em seu interior ::cool:::'>. No Templo Ramar Padam fiquei apreciando a vista de 360 graus por muito tempo ::otemo::. Havia também uma árvore de 200 anos e a orla, com um mar que achei lindo, com peixes perto da areia. Gastei Rs 45,00 com salgados para o café da manhã e o almoço. Após um dia que muito me agradou voltei para a estação para pegar o trem para Madurai, que saía perto de 16 hs. Custou Rs 65,00. Na viagem passamos pela ponte que liga Rameswaram ao continente, o que proporcionou uma visão magnífica do mar, da ponte ferroviária e da ponte rodoviária ::otemo::.

 

Cheguei em Madurai perto de 19 hs. Lá fiquei hospedado no dormitório da estação por Rs 175,00. Comprei 3 bananas, tomates, berinjelas, cebolas e pão por Rs 80,00 para as próximas refeições. Enquanto procurava por hotéis encontrei um jovem coreano que me acompanhou na procura, depois na compra de alimentos e foi conhecer o dormitório para ver se poderia ficar em um semelhante em uma próxima vez. Ele deu-me um pequeno folheto do hotel em que estava com algumas atrações da cidade e um pequeno mapa, o que me ajudou a conhecer Madurai.

 

Para as atrações de Madurai veja http://wikitravel.org/en/Madurai, https://en.wikipedia.org/wiki/Madurai, http://www.madurai.tn.nic.in/ e http://www.madurai.com. Os pontos de que mais gostei foram os templos.

 

No domingo 26/4 fui conhecer o Templo Meenakshi (http://www.maduraimeenakshi.org), onde fiquei por algumas horas. Paguei Rs 50,00 pela entrada por ser estrangeiro. Depois fui passear pela cidade onde pude conhecer alguns outros templos e áreas naturais. A noite encontrei um casal de espanhóis num provedor de acesso à Internet, que me falou que havia gostado de Pondicherry, principalmente devido à meditação relacionada ao Ashram Aurobindo. Como estava em dúvida sobre minha próxima parada, decidi ir para lá. Falaram-me também do terremoto no Nepal e norte da Índia, o que me convenceu a entrar em contato com a família no Brasil assim que possível, para dizer que tinha sido bem longe de mim e que eu estava bem. Neste dia consegui apenas enviar duas frases de mensagem pelo skype. Comprei 4 bananas por Rs 10,00. Paguei Rs 219,00 pela 2.a diária no dormitório da estação.

 

Na 2.a feira 27/4 de manhã peguei um trem para Villupuram por Rs 130,00. Em Villupuram peguei outro trem para Pondicherry por Rs 10,00, chegando lá no início da tarde. Fiquei hospedado no dormitório da estação por Rs 100,00 a 1.a diária. Encontrei algumas pulgas na cama ::bad::. Comprei 6 bananas, berinjelas, cebolas, cenouras, tomates, pão, pepinos, bolo e 1 pastel por Rs 88,00. Consegui um mapa turístico gratuito da cidade no escritório de turismo que ficava na estação ferroviária.

 

Para as atrações de Pondicherry veja https://en.wikipedia.org/wiki/Pondicherry, https://en.wikipedia.org/wiki/Puducherry, http://wikitravel.org/en/Pondicherry e http://www.pondytourism.in. Os pontos de que mais gostei foram o Ashram Aurobindo (http://www.sriaurobindoashram.org) ::cool:::'>, o Templo Manakkula Vinayakar ::otemo::, a estátua de Gandhi ::cool:::'> e a orla marítima ::cool:::'>.

 

Depois de instalado no dormitório saí para dar um passeio pela cidade. Fui em direção à orla para apreciar o mar e conhecer os monumentos e atrações indicados no mapa. No fim da tarde fiz uma visita ao Ashram Aurobindo, informei-me sobre horários de meditação pública e assisti a uma exposição sobre Aurobindo e Mother ::cool:::'> num local próximo. À noite fui a um provedor de internet e consegui enviar e-mails e mensagens pelo skype reforçando que estava tudo bem comigo, além de resolver questões pela Internet. Paguei Rs 25,00 por 1,5 h.

 

Na 3.a feira 28/4 fui conhecer outros pontos indicados no mapa, como igrejas, mesquitas, templos, construções históricas e parques. Numa das mesquitas fiquei conversando com um sacerdote, que me pareceu bastante receptivo a não muçulmanos, embora na conversa deixasse clara sua posição religiosa. Achei muito belo o Templo Manakkula Vinayakar (http://www.manakulavinayagartemple.com) ::cool:::'>, que me pareceu ter grande quantidade de ouro e prata em suas imagens e construções, embora achasse que este dinheiro poderia ser usado para ajudar os mais pobres. No fim da tarde passei no Ashram para fazer meditação, mas como estava um pouco cansado devido à noite não ter sido completamente boa, acabei ficando sonolento em parte do tempo. À noite voltei ao provedor de Internet para continuar a resolver questões, como agendar visita ao Burj Khalifa em Dubai. Paguei Rs 20,00 por 1 hora. Paguei Rs 125,00 pela 2.a diária no dormitório da estação.

 

Na 4.a feira 29/4, após comprar um delicioso coco ::otemo:: por Rs 20,00, com muita água e massa, peguei um ônibus para Mamaliapuram por Rs 75,00. Cheguei no trevo a 2 Km da cidade perto da hora do almoço. Fui caminhando até o centro, onde consegui um mapa turístico gratuito no escritório de turismo da cidade. Achei o Hotel Five Rathas (D Neelakandan Dhevari - http://www.lonelyplanet.com/india/tamil-nadu/mamallapuram-mahabalipuram/hotels/hotel-five-rathas) no interior de uma vila local, onde fiquei hospedado pagando Rs 350,00 por 2 diárias. Ele tinha chuveiro e vaso sanitário ocidentais, boa vista do terraço, era um pouco sujo, tanto quarto como banheiro, mas meu sono foi bom. Quando falei ao proprietário que iria andar um pouco mais e talvez voltasse para ficar hospedado ali, ele pareceu sentir-se rejeitado e me perguntou seguidamente se eu não tinha gostado do local e porque iria procurar por outros. Quando voltei ele pareceu aliviado.

 

Para as atrações de Mamaliapuram veja http://wikitravel.org/en/Mamallapuram e https://en.wikipedia.org/wiki/Mahabalipuram. Os pontos de que mais gostei foram os monumentos históricos, a vista natural e a praia ::otemo::.

 

Após estar instalado no hotel saí para conhecer um dos sítios de monumentos que ficava em uma área rochosa de colinas, onde havia muita gente. Gostei dos monumentos e da vista de cima das colinas. Um rapaz na entrada dos monumentos falou que minha calça (que tinha um rasgo), toda minha roupa e meu chinelo pareciam muito velhos e sujos e que eu deveria comprar roupas melhores. Só elogiou meu boné. Comprei 3 bananas, berinjelas, cebolas, tomates e pão por Rs 75,00 para as refeições. À noite pude ficar apreciando a lua quase cheia e o lago a partir do terraço do hotel ::cool:::'>.

 

Na 5.a feira 30/4 comecei o dia indo conhecer o grupo de monumentos Five Rathas (http://www.mahabalipuram.co.in/panch_rathas_at_mahabalipuram.php) e agregados. Paguei Rs 250,00 pela entrada com direito a conhecer também o Templo da Praia (Shore Temple - http://www.mahabalipuram.co.in/shore_temple_at_mahabalipuram.php). Achei que não valeu a pena o custo x benefício, embora tenha apreciado ambos. Após conhecer o Templo da Praia e o que restava dos monumentos das colinas, almocei e fui a pé em direção à Caverna do Tigre (cerca de 6 km). No caminho para lá passei por um jardim de esculturas sacras dentro de um hotel, mas com visitação aberta ao público. Achei as esculturas variadas, grandiosas, belas e com detalhes ::cool:::'>. Após visitar a Caverna do Tigre e o outro monumento na mesma área, voltei caminhando pela praia, que achei muito boa, apreciando o mar e a paisagem. Cheguei até os fundos do Templo da Praia, tendo-o cruzado por trás através das pedras existentes. Comprei 3 bananas e bolo por Rs 25,00.

 

Na 6.a feira 01/05 aproveitei para ir à praia. Inicialmente caminhei na direção oposta à Caverna do Tigre por cerca de uma hora, até chegar a uma vila de pescadores em que me disseram que dali não poderia passar, pois logo a frente existia uma usina nuclear (que eu já estava vendo a algum tempo, mas não sabia o que era). Voltei então para a praia próxima ao hotel e fiquei lá contemplando o mar e toda a paisagem. Depois de um tempo um casal de indianos chegou para ficar na mesma sombra que eu. Tomaram conta das minhas coisas quando fui nadar. Ofereceram-me água, mas não quis. Gostei muito da praia ::otemo::, tanto da paisagem, quanto da aproveitabilidade para banho de mar e caminhada na areia.

 

Voltei da praia perto de 14:30 hs e peguei um ônibus para Chennai perto de 16 hs, pagando Rs 85,00 (era um ônibus com ar condicionado - o ônibus normal custava cerca de Rs 25,00, mas demorava mais de 3 horas para chegar). Cheguei em Chennai no fim da tarde. Após procurar por vários hotéis, encontrei o dono do Hotel EVM na rua, de uns 60 a 70 anos, que me falou que faria um preço que aceitei. Fiquei hospedado no Hotel Torre EVM (EVM'S Tower Guest House) perto da estação de trem, por Rs 200,00 a diária com quarto privativo e banheiro coletivo. Comprei pão e vegetais por Rs 55,00. O mesmo dono do hotel falou-me que tinha ido a Tirupati há pouco tempo e tinha ficado 4 horas na fila para entrar no templo. Numa das noites, quando voltava de meus passeios, o seu filho estava atendendo uma russa quando cheguei e disse a ela "Ele é do Brasil", provavelmente como forma de fazer propaganda do hotel, mostrando que era frequentado por estrangeiros.

 

Para as atrações de Chennai veja http://wikitravel.org/en/Chennai, https://en.wikipedia.org/wiki/Chennai e http://www.chennai.org.uk. Achei Chennai muito grande. Os pontos de que mais gostei foram os templos, as construções históricas, clássicas e modernas, os monumentos e memoriais, a orla ::cool:::'> e a praia.

 

No sábado 02/05 fui conhecer as construções e monumentos da orla. Primeiramente errei o caminho e fui parar numa área pobre, semelhante a uma favela. Como gosto de conhecer a realidade social dos locais foi interessante passar por ali, não sentir nenhum tipo de ameaça e ainda ser ajudado pela população local, que mesmo sem falar inglês procurou ajudar-me a achar os locais que eu desejava. Depois que consegui encontrar o caminho pude ver várias construções clássicas e memoriais existentes na orla. Comprei 3 bananas, salgados, vegetais e pão doce por Rs 92,00 para as refeições.

 

No domingo 03/05 primeiramente fui ao Templo Kandaswamy (http://www.chennai.org.uk/religious-places/temples/kandaswamy-temple.html), perto do hotel. Gostei bastante dele, com suas imagens e sua bela piscina ritualística ::otemo::. Depois fui conhecer a parte central da cidade. Logo de início passei por uma ponte que propiciou uma bela vista de boa parte da cidade. A seguir estava havendo uma espécie de festividade religiosa indiana com uma aglomeração de pessoas em uma barraca grande improvisada numa das pistas de uma avenida, que aproveitei para assistir. Achei um coco na rua, fora do templo e o peguei para comer. Num dos templos indianos e no Gurudwara Sikh que fui visitar ofereceram-me almoço ::cool:::'>, que educadamente recusei. No centro encontrei um templo da Igreja Universal do Reino de Deus. Troquei US$ 26,00 por Rs 1625,00 (Rs 62,5/US$ 1,00). Comprei pão por Rs 40,00. Quando fui agradecer ao comerciante que havia me ensinado onde eu acharia um pão de forma grande (800 g) ele ofereceu-me bananas como agradecimento pelo meu agradecimento. Eu delicadamente e insistentemente recusei.

 

Na 2.a feira 04/05 fui conhecer parte do bairro de volta do centro para o hotel que não tinha podido no dia anterior porque havia escurecido. Já no caminho para a orla passei por uma igreja da CSI (Church of South India) que tinha ao lado um jardim com quadros da vida de Jesus ::cool:::'>. Depois conheci a Basílica de São Tomé, onde estava sua tumba (http://santhomechurch.com) ::cool:::'>, a Catedral de São Jorge (https://en.wikipedia.org/wiki/St._George%27s_Cathedral,_Chennai), um templo de Sai Baba e o Templo Kapaleeshwarar (http://kapaleeswarartemple.com/), onde após a visita, acompanhei cânticos de mantras ::cool:::'>. Durante o dia um comerciante chamou-me atenção para o rasgo da minha calça, que com o caução de banho usado por baixo, tornava-se aparente. No fim da tarde fui tomar um banho de mar. Apesar da praia estar cheia eu fui o único a entrar no mar (e a temperatura estava alta). Comprei 2 bananas por Rs 11,00 e usei meia hora de internet por Rs 15,00.

 

Na 3.a feira 05/05 peguei um trem local para Tirupati, pagando 35,00. Em Tirupati fiquei no Hotel Venkataramana, perto da estação, por Rs 200,00 a diária.

 

Para as atrações de Tirupati veja https://en.wikipedia.org/wiki/Tirupati, http://www.tirumala.org/, http://gotirupati.com/ e http://tirumala-tirupati.com. Os pontos de que mais gostei foram a peregrinação para Tirumala ::otemo:: e os templos ::otemo::.

 

Após instalar-me no hotel fui passear por Tirupati. Inicialmente conheci o Museu de Arte de Templos ::cool:::'> e depois alguns outros templos. No fim do dia fui ao Templo Hare Krishna ::otemo::, onde acompanhei mantras para Krishna, de que muito gostei. Depois fui ao templo Kapileswara Swamy (http://gotirupati.com/sri-kapileswara-swamy-temple-tirupati) ::otemo::, que tinha uma cachoeira dentro de sua área e era encostado nas montanhas. Achei-o único na viagem e muito me agradou. Na volta comi uma Dosa (espécie de pão em forma de pizza) pura por Rs 6,00 e comprei 4 bananas, tomates, pepinos e cebola por Rs 31,00.

 

Na 4.a feira 06/05 fui inicialmente comprar a passagem para Bhubaneswar, mas como não consegui boas opções, comprei uma passagem para uma cidade intermediária chamada Visakhapatnam por Rs 205,00, com saída à noite. Não consegui 2.a classe leito e tive que comprar passagem para classe genérica. Depois fui procurar um local para deixar minha mochila, pois não queria subir com ela, o hotel não aceitou guardá-la e o centro de peregrinos não tinha vaga para guardá-la. O Templo Govindaraja Swamy (http://gotirupati.com/sri-govindaraja-swamy-temple-tirupati), próximo à estação, aceitou ficar com ela. Fui então caminhando até o início do caminho para Tirumala. Decidi fazer o percurso a pé, com cerca de 3600 degraus e 11 Km de distância. Apesar de ser uma subida íngreme e cansativa, gostei muito do percurso, pela paisagem, vista, imagens e templos ao longo do caminho ::otemo::. Perto da metade do percurso comi e repeti uma refeição simples oferecida gratuitamente ::cool:::'>. Ganhei um identificador biométrico para ter acesso a facilidades em Tirumala, mas acabou não sendo útil. O ambiente natural durante todo o percurso agradou-me muito. Em Tirumala fiz nova refeição gratuita, desta vez completa ::cool:::'>, e depois fiz uma visita aos diversos pontos, incluindo ruas, pequenos templos, áreas naturais, jardins, piscinas ritualísticas, etc, menos ao templo principal, pois após entrar na fila especial (mais rápida) para os que faziam a peregrinação a pé, descobri que o tempo de espera para entrar no templo seria de aproximadamente 4 horas. Aí desisti e fui aproveitar para conhecer o que ainda restava do local. Desci também a pé, aproveitando para utilizar o banheiro perto da chegada, pois iria passar a noite no trem. Cheguei lá embaixo um pouco atrasado, mas andei rápido, peguei minha mochila guardada no templo e consegui chegar em cima da hora para pegar o trem. Depois das refeições gratuitas não comi mais nada à tarde não jantei nem tomei café da manhã.

 

A viagem de trem iniciou-se cerca de 20 horas até cerca de 11:30 horas do dia seguinte, 5.a feira 07/05. Foi bastante desconfortável, pois a classe genérica estava lotada ::bad::. Não consegui lugar para sentar e somente consegui um lugar para deitar no chão na madrugada, assim mesmo no meio do corredor, apertado. Após chegar em Visakhapatnam fui verificar a possibilidade de passar um dia na cidade, mas como a estação era longe de locais com hotéis, decidi prosseguir viagem no mesmo dia para Bhubaneswar. Tive dificuldades de comunicação na estação para saber que trem pegar. A estação não tinha máquinas de informação automáticas, como várias das anteriores. Peguei o trem para Bhubaneswar perto do início da tarde, pagando Rs 155,00 na classe genérica, pois não havia lugar na 2.a classe com assento nem com leito. Como o destino final do trem era Calcutá, a classe genérica estava mais cheia do que a da viagem anterior. Foi difícil até entrar. Fui literalmente espremido durante boa parte da viagem, mal conseguindo colocar as duas pornas no chão ::bad:: ::bad::. Depois do meio da viagem consegui uma ponta de banco para sentar, o que melhorou consideravelmente a situação. Quase nenhum passageiro falava inglês, o que dificultou consideravelmente a comunicação. Cheguei em Bhubaneswar perto de 21 hs. Consegui gratuitamente folhetos informativos sobre vários locais de Orissa (estado em que estava) no escritório de turismo da estação. Fiquei no dormitório da estação por Rs 125,00. Durante a noite descobri que o dormitório tinha pulgas e percevejos na cama e o ventilador era muito fraco para espantar os mosquitos ::bad:: ::bad::. Acordei todo picado e mal dormido. Na estação de Visakhapatnam na hora do almoço comprei um Puri (espécie de massa de pão em forma de mini pizza com batatas) por Rs 20,00. À noite, já em Bhubaneswar, comprei chapati (espécie de pão italiano em forma de pizza grande) com vegetais e pão doce por Rs 20,00. Depois de 1 mês que já havia voltado ao Brasil, descobri que neste dia, que foi tão complicado para mim, um amigo de uma ONG morreu subitamente.

 

Meu frasco de cloro havia acabado (começou a vazar e acabou rapidamente), mas eu confiei que a água dita potável da estação seria segura ::putz::. Foi um grande erro! Isso gerou-me diarreia e mal estar durante alguns dias, até eu decidir que o problema era a água e buscar purificadores para ela.

 

Para as atrações de Bhubaneswar veja http://wikitravel.org/en/Bhubaneswar, https://en.wikipedia.org/wiki/Bhubaneswar e http://www.orissatourism.gov.in/bbsr.html. Os pontos de que mais gostei foram os templos e as áreas naturais.

 

Na 6.a feira 08/05, depois da noite muito ruim e de acordar todo picado, confirmei os itinerários e meios de transporte no escritório de turismo da estação (a atendente ficou assustada ao me ver todo picado após a noite) e saí para conhecer a cidade. Antes passei em alguns hotéis próximos para ver a possibilidade de mudar, pois aqueles percevejos realmente estavam além do que eu considerava aceitável. Mas não tive sucesso. Saí para visitar os templos e monumentos históricos. No caminho, como nos últimos 2 dias havia comido pouco, por estar muito bem alimentado com as refeições de Tirumala, resolvi comer alguns salgados, doces e pratos indianos nos quais gastei Rs 77,00. Fiz uma mistura de alimentos muito grande. Isso, combinado com a água sem cloro e com a noite mal dormida foi um desastre ::bad::! E posteriormente confundiu-me para descobrir qual a origem do mal estar e da diarreia. Mas pelo menos durante boa parte do dia não tive nenhum problema e pude visitar os locais que desejava. No meio da tarde comecei a sentir mal estar estomacal que atribuí à mistura de alimentos. Sentei na beira de um lago usado para rituais e fiquei contemplando-o enquanto esperava um possível vômito, mas acabei melhorando e ainda pude visitar o templo principal, Lingaraj (http://www.lordlingaraj.org.in), no qual não pude entrar por não ser hindu, mas que pude ver de uma plataforma específica para tal. No fim do dia fui a um provedor de acesso à Internet e paguei Rs 10,00 por meia hora. Acabei também pagando Rs 2,00 por ir sem saber a um banheiro pago em um templo (isso não teve nada a ver com o mal estar). Decidi permanecer no dormitório da estação, pagando Rs 123,00, porém fazendo uma limpeza completa na cama, no colchão e pedindo um lençol adicional para a atendente, de modo a ficar totalmente coberto. Isso ajudou bastante e a noite foi bem melhor, mas ainda bem longe de ser aceitável, pois com o ventilador fraco os mosquitos faziam a festa ::bad::. As pulgas e percevejos praticamente desapareceram após minha limpeza e reorganização. Eu tomei alguns banhos durante a noite por causa do corpo molhado de suor.

 

No sábado 09/05 tive diarreia de manhã. Como estava abatido pelo mal estar e pela noite mal dormida, resolvi sair mais tarde e fazer um programa mais curto. Fui apenas a Dhauli para conhecer as ruínas, inscrições históricas, o Templo (Pagoda) da Paz (http://www.go2india.in/orissa/dhauli.php) e o templo anexo. Peguei um ônibus por Rs 10,00 e saltei na rodovia na entrada da rua que levava até lá. No caminho a pé de cerca de 3 Km da estrada até a colina ainda pude apreciar a paisagem natural e um pequeno mausoléu. Gostei bastante da Pagoda da Paz ::otemo:: e da vista lá de cima. Um homem que cuidava do templo recebeu-me muito bem e me convidou à meditação. Fiquei meditando no templo menor antes de subir as escadas e depois contemplando a paisagem natural lá de cima. Depois caminhei até a estrada, visitando no percurso um jardim com estátuas religiosas ::cool:::'> e voltando ao sítio histórico para localizar precisamente as inscrições de antes de Cristo. Peguei um rickshaw de lotação de volta para Bhubaneswar por Rs 10,00. Não comi nada nem tive mais diarreia ao longo do dia. Por isso suspeitei que o problema eram os alimentos e não a água. No final da tarde peguei um trem para Puri por Rs 40,00. Cheguei lá no início da noite. Fiquei hospedado no Maria Lodge (Chakratirtha Road, predip.maria@gmail.com, tels 9853664380, 9437489595, 9658049037) por Rs 200,00 a diária. Comprei 2 bananas por Rs 10,00. Posteriormente descobri que o Albergue da Juventude (https://www.hihostels.com/hostels/puri-youth-hostel) oferecia camas em dormitórios por Rs 100,00 a diária.

 

Para as atrações de Puri veja http://wikitravel.org/en/Puri, https://en.wikipedia.org/wiki/Puri, http://www.orissatourism.org/travel-to-orissa/puri/ e http://orissatourism.gov.in/puri.html. Gostei bastante daqui ::otemo::. Os pontos de que mais gostei foram os templos, as praias ::otemo::, a Pagoda Negra ::otemo:: em Konark e o ambiente natural principalmente em Konark e arredores. As quedas de energia foram constantes, porém geralmente breves.

 

No domingo 10/05 não tive diarreia, o que fortaleceu a suspeita de que o problema não era a água e sim a mistura de alimentos a que eu não estava acostumado que eu havia feito. Assim sendo comprei pão, tomates, berinjelas, pepinos, cenouras, cebolas e bananas por Rs 84,00 para as próximas refeições e voltei a pegar água dita potável na estação de trem ::putz::, onde comprei minha passagem para Calcutá em 2.a classe com direito a assento por Rs 186,00. Saí para passear pela cidade e fui em direção aos pontos mais próximos do hotel. Em especial gostei do Templo Sri Ram ::otemo::, no caminho para a estação ferroviária. Não pude entrar no Templo de Gundicha por não ser hindu. Gostei muito da praia. Na volta resolvi pagar mais 4 diárias (Rs 800,00) para o hotel, pois já sabia até quando iria ficar depois da compra da passagem.

 

Na 2.a feira 11/5, comecei o dia indo tomar um delicioso banho de mar ::cool:::'>, pois a praia era bem perto do hotel. Para minha decepção, a diarreia voltou. Aí eu concluí que tinha boas chances de ser a água e que, na realidade, o mal estar não havia sido causado pela mistura de alimentos e sim pela água contaminada colocada no estômago cheio. Decidi procurar por cloro para a água ao longo do dia, mas não tive sucesso. Saí para conhecer outros pontos, começando por algumas igrejas e templos. Numa delas pedi ao sacerdote para ir ao banheiro pois a diarreia havia voltado no meio do dia. Não pude entrar no Templo de Jagannath (http://jagannath.nic.in/) por não ser hindu. Sem ter percebido que não podia entrar, fui expulso com gritos do Templo Lokanath (http://www.shreekhetra.com/lokanatha.html) por não ser hindu. No fim do dia consegui gratuitamente 100 comprimidos purificadores de água com um escritório de saúde governamental ao lado do Templo de Jagannath ::cool:::'> :8):. Após usá-los na mesma água das estações não tive mais diarreia nem nenhum problema. Concluí então que o problema realmente foi a água. Enquanto esperava pelos purificadores começou uma enorme chuva e acabei ficando no escritório cerca de 1:30 h até ela diminuir. Faltou luz por 3 horas e a cidade ficou bem escura. Eu precisava resolver uma pendência financeira pela Internet e a luz só voltou às 19h, porém o provedor em que eu estava disse que o provedor geral de Internet da cidade informou que ela estaria disponível somente no dia seguinte. Voltei para o hotel e lá perto achei outro provedor, que para minha surpresa tinha internet ativa. Paguei Rs 20,00 por meia hora. Comprei pão por Rs 36,00.

 

Na 3.a feira 12/5 novamente comecei o dia indo tomar um banho de mar. A diarreia tinha parado ::cool:::'>. Minha suspeita de ter sido a água reforçou-se. Depois do café da manhã (mini almoço) tomei um ônibus para Konark por Rs 25,00. Gostei da paisagem de mata e praias do percurso ::cool:::'>.

 

Para as atrações de Konark veja http://wikitravel.org/en/Konark, https://en.wikipedia.org/wiki/Konark, http://www.konark.org/ e http://www.konark.nic.in/index.htm. Os pontos de que mais gostei foram o Templo do Sol ::otemo:: ::otemo::, a reserva florestal ::cool:::'> e as praias ::cool:::'>.

 

Logo após chegar fui diretamente ao Templo do Sol ou Pagoda Negra. A entrada custou Rs 250,00. Achei o templo espetacular ::otemo::. Fiquei cerca de 3 horas conhecendo-o, contemplando-o e o admirando, além de contemplar a paisagem ao redor a partir de algumas de suas estruturas elevadas. Depois fui conhecer pequenos templos ao redor. Num deles, numa chácara ao lado do Templo do Sol, após eu perguntar se poderia pegar mangas das árvores, moradores deram-me 4 deliciosas ::cool:::'>, 3 das quais pegaram na hora atirando pedras nos galhos (eu provavelmente passaria horas atirando-as e não conseguiria pegar nada). Depois fui andando (cerca de 3 km) em direção à Praia de Chandrabhaga, passando no caminho por uma reserva florestal com vegetação bem preservada, onde peguei muitos cajus ::cool:::'> caídos no chão da estrada. Fiquei contemplando o mar por algum tempo, visitei um templo na praia e voltei, passando por outro templo e um parque no início da estrada. Quando cheguei, dei uma volta pelo vilarejo e pude conhecer alguns pontos, entre os quais um parque com fontes ::cool:::'> que achei muito belo. Voltei ao Templo do Sol para vê-lo no entardecer e depois de escurecer, com a iluminação artificial. Peguei o ônibus de volta para Puri por Rs 25,00. Lá comprei tomates, cebolas e pepinos por Rs 17,00.

 

Na 4.a feira 13/5 após o banho de mar costumeiro fui conhecer o que restava de Puri. Depois de visitar os templos restantes e algumas ruínas, almocei e fui para a praia. Caminhei por ela em direção ao centro turístico, onde fiquei por algum tempo vendo atrações e caminhando num parque. Neste parque havia uma espécie de torre abandonada que permitia uma bela vista da cidade ::cool:::'>. No entardecer voltei pela praia e fui conhecer o Templo Satsang Thakunbari (https://www.facebook.com/stbpuri) ::otemo::, de que muito gostei. Lamento apenas ter perdido o horário da meditação coletiva.

 

Na 5.a feira 14/5 retornei ao Templo Satsang Thakunbari e depois fui aproveitar a praia até o horário para ir à estação pegar o trem, que saía às 11:50. No caminho ainda comprei um pão de 800g por Rs 36,00. Cheguei à estação de Howrah, cidade separada de Calcutá pelo Rio Hooghly, perto de 20:30 hs. Comprei pepinos, berinjelas e tomates por Rs 15,00. Encontrei com dificuldade o hotel da estação (Yatri Nivas - http://www.justdial.com/Kolkata/Sampath-Rail-Yatri-Niwas-%3Cnear%3E-Near-Railway-Station-/033PXX33-XX33-110901120546-T9D4_BZDET) e me disseram que naquele momento o dormitório estava lotado e deveria voltar depois das 22 hs para verificar de novo. Fui neste intervalo procurar hotéis próximos e não encontrei nenhum por menos de Rs 400,00, que achei muito caro. Voltei ao dormitório da estação e me disseram que não havia vagas. Dado o adiantado da hora, resolvi não ir procurar em outros locais e passar a noite na estação, uma prática habitual na Índia, que abrangia não só pessoas com poucos recursos, mas famílias de classe média (levavam até lençóis, travesseiros e cobertores para tal). Depois de jantar, tomar água e organizar algumas coisas, consegui um banco grande, suficiente para deitar, pedi permissão para o faxineiro da noite, pedi para outro homem que estava esperando trem e iria passar a noite na estação para que, quando possível, olhasse a minha mochila ao meu lado e dormi. Já eram mais de meia noite e o movimento estava bem menor e o barulho também. Acordei cerca de 5 horas, com o movimento aumentando e logo me sentei para dar lugar aos passageiros que começavam a aumentar para os trens da manhã. A noite até que não foi ruim, bem mais razoável do que eu esperava quando decidi dormir na estação.

 

Para as atrações de Calcutá veja http://www.360meridianos.com/2012/04/calcuta-india-madre-tereza.html, https://en.wikivoyage.org/wiki/Kolkata, http://wikitravel.org/en/Kolkata e http://westbengaltourism.gov.in/web/guest/kolkata-activities. Depois da chegada difícil, gostei muito de Calcutá ::otemo::. Os pontos de que mais gostei foram os parques ::otemo::, a orla do rio ::otemo:: e as construções típicas ::cool:::'>.

 

Na 6.a feira 15/5, após tomar café da manhã e ir ao banheiro da estação, procurei por informações turísticas de Calcutá e consegui algumas indicações de locais a visitar no escritório de turismo da estação. Depois fui até o escritório para estrangeiros da companhia de trens para tentar reservar a passagem para as Cavernas de Ajanta. Atravessei o rio de barco por Rs 5,00 e após espera de cerca de 3 horas (1 h na rua e 2 hs dentro do escritório) consegui comprar a passagem de 2.a classe leito para Jalgaon, que era a estação mais próxima de Ajanta, por Rs 630,00. Lá um passageiro canadense deu-me algumas sugestões de locais a visitar. Um outro americano falou-me que tinha uma amiga em Fortaleza e eu lhe dei informações sobre alguns locais na Índia. Voltei caminhando em direção ao dormitório da estação para tentar uma vaga. No caminho visitei uma feira com muitas flores e artigos típicos locais ::cool:::'> que ficava embaixo da ponte que cruzava o rio. Na ponte encontrei um homem vendendo uma espécie de doce de leite, que adorei ::otemo::. Paguei Rs 10,00 por um pedaço de 100 g. Consegui a vaga no dormitório por Rs 150,00 a diária, podendo ficar até 3 diárias. Gostei do dormitório, que tinha água 100% potável à vontade gratuita ::cool:::'>, porém achei o ventilador um pouco forte. Após estabelecido lá, fui sacar dinheiro num caixa eletrônico, Rs 3.300,00 com taxa de Rs 19,47/1 R$. Achei e peguei um pedaço de bolo em bom estado em cima da máquina. Já no meio da tarde, cruzei novamente o rio e fui visitar o mercado, alguns templos, igrejas e construções. No meio da visita encontrei irmãs das Missionárias da Caridade de Madre Teresa. Elas me informaram os horários e como ir até o Centro de Madre Teresa de Calcutá (http://motherteresa.org/03_learn/pilgrimage-to-Mother-Teresa-tomb.html). No fim do dia comprei pepinos, berinjelas, pimentão, cenouras e tomates por Rs 50,00.

 

No sábado 16/5, depois de ganhar chá de cortesia ::cool:::'> quando os funcionários passaram para cobrar o valor da próxima diária, tomei café e fui pegar o ônibus para o Centro das Missionárias de Madre Teresa. Paguei Rs 8,00. Deveria ter ido a pé, pois não era tão longe e o ônibus estava muito cheio. Gostei muito de lá ::otemo:: ::otemo::. Conhecia por alto a história de Madre Teresa e passei a admirá-la ainda mais depois de conhecer sua vida mais detalhadamente e ver como eram seus hábitos, ações e pensamentos. Em especial o museu, o quarto em que dormia e a sala de meditação e contemplação onde está a sua tumba agradaram-me muito ::otemo::. Ofereci a minha calça rasgada para as irmãs doarem, porém como não tinham ninguém para consertar, não aceitaram. Fiquei cerca de 3 horas lá e depois fui em direção à Igreja de Santa Teresa. Enquanto andava achei um costureiro e, com a ajuda de uma moça que abordei na rua para ser minha tradutora, expliquei para ele que desejava dar-lhe a calça para que ele a consertasse e a doasse. Ele aceitou e ficou com a calça e eu espero que ele a tenha consertado e doado. Daí fui conhecer o Memorial de Vitória (http://www.victoriamemorial-cal.org/) por fora, pagando Rs 10,00. Antes, visitei um parque próximo ao memorial e algumas construções típicas ou históricas. Depois ainda pude conhecer outro parque próximo. Gostei muito dos jardins do memorial e de todos os parques ::otemo::. Gastei no almoço Rs 27,00 e comprei um pão por Rs 18,00. Na volta pude conhecer parte da orla do rio à noite, que era frequentada por bastante gente e tinha uma vista das pontes e das construções iluminadas que muito me agradou ::otemo::.

 

No domingo 17/5, após tomar café, achar e pegar um pacote de bolacha quase fechado em bom estado que estava no lixo do dormitório, fui conhecer a parte restante do centro histórico e da orla do rio. Quando passei pela ponte encontrei o homem que vendia doces e comprei um pedaço de um doce de amendoim por Rs 10,00. Passei pelas construções do centro e depois fui até o Princep Ghat (https://en.wikipedia.org/wiki/Prinsep_Ghat - ghat é uma espécie de escada para um local com água, neste caso um rio) pela orla do rio. Após ficar contemplando as pontes, principalmente a mais próxima, voltei parte da orla e fui em direção a uma reserva florestal ::cool:::'> que tinha visto por acaso no dia anterior. Após ficar nela por quase duas horas, fui para outro parque e para a Catedral Anglicana de São Paulo e depois, tomando uma chuva razoável no caminho, fui para o Templo de Kalighat (http://kalighattemple.com). Conheci este último somente por fora porque a fila para entrar era de cerca de 1 hora. Por fim, passei no hospital que Madre Teresa havia idealizado para que as pessoas sem casa pudessem morrer dignamente (https://en.wikipedia.org/wiki/Kalighat_Home_for_the_Dying), mas não pude conhecê-lo, pois havia acabado o horário de visitas. Voltei à noite uma vez mais pela orla, admirei a paisagem novamente e retornei para o dormitório.

 

Na 2.a feira 18/5, após o procedimento de saída do dormitório, ganhando novamente um chá de cortesia, fui andar na outra margem do rio, do lado de Howrah, para conhecer um pouco dali. Havia vários templos pequenos no caminho de que muito gostei ::cool:::'>. Após chegar ao fim da rua que ladeava o rio (começava uma espécie de caminho de terra na continuação) voltei e parei numa área livre com vários bancos, onde fiquei admirando a paisagem do rio e do outro lado (Calcutá) por cerca de 2 horas ::cool:::'>. Depois atravessei a ponte para comprar um pão por Rs 18,00 e aproveitei para comprar mais Rs 20,00 no homem dos doces (gostei muito deles, principalmente do doce de leite). Peguei o trem para Jalgaon por volta de 13:50. Fui sentado em um compartimento com uma família de várias pessoas. Durante a noite troquei de cama com uma das mulheres que preferia dormir na cama baixa. A mulher mais velha estava indo para Mumbai para fazer uma cirurgia. Ela tinha cerca de 50 anos e me chamou atenção o fato dela começar a rir quando me viu usar a escova de dentes. Interessante que ela tinha todos os dentes (ou a maioria) e aparentemente não escovava os dentes nunca e na Índia havia muitos doces.

 

Na 3.a feira 19/5 cheguei a Jalgaon perto de 13:30. Para ficar no dormitório precisei antes comprar a passagem para Kalyan (perto de Mumbai) por Rs 135,00 em 2.a classe com direito a assento. Precisei também tirar uma cópia do passaporte por Rs 1,00. Paguei Rs 100,00 pela diária no dormitório, sendo que as atendentes deixaram-me entrar um pouco antes e sair 3 horas depois no dia seguinte. Depois fui tentar conhecer um pouco da cidade. Para as atrações de Jalgaon veja https://en.wikipedia.org/wiki/Jalgaon. Tomei um sorvete por Rs 10,00 e comi 6 bananas por Rs 10,00. Passei por alguns monumentos no centro e fui ao Templo de Rama (http://shrirammandirjalgaon.com), de que muito gostei ::otemo::. Ele possuía parede espelhada com imagens, quadros e 2 estátuas de elefantes brancos, além de um ambiente que achei bastante convidativo à meditação ou reflexão. Na volta comprei pão, tomates, pepinos, cebolas e bananas por Rs 65,00. Antes de dormir ainda atravessei a ponte sobre a linha do trem para dar uma olhada do outro lado e lá comi uma mistura de grãos (amendoim, etc) por Rs 10,00.

 

Na 4.a feira 20/5 peguei um ônibus para as Cavernas de Ajanta (http://asi.nic.in/asi_monu_whs_ajanta.asp) por Rs 76,00. Chegando lá, fui ao Centro de Visitantes ver as exposições, que achei muito interessantes. Mas quando acabei de ver as exposições internas achei melhor ir para as cavernas, pois já era perto de 11:30, as cavernas fechavam por volta de 17 hs e eu não sabia quanto tempo levaria para conhecê-las (eram quase 30). Assim, não consegui ver as réplicas das cavernas que existiam no Centro de Visitantes. Então resolvi pegar o caminho de 4 Km para as cavernas. Havia um ônibus pago, mas eu preferi ir a pé e não me arrependi, apesar do sol e calor. Achei boa parte da paisagem bastante interessante e bela ::cool:::'>. Havia alguns pássaros silvestres e um pequeno templo no caminho, que era cercado por vegetação natural em boa parte. Ao chegar lá dei uma rápida olhada nos arredores, comprei o ingresso por Rs 250,00 e me dirigi às cavernas. Gostei bastante delas ::otemo:: ::otemo::, de sua estrutura nas montanhas, da vista delas de longe, da vista do entorno a partir delas e das imagens e esculturas do seu interior. Não se podia usar calçados dentro das cavernas e eu havia ido de tênis. Decidi deixar o tênis próximo à 1.a caverna e ir descalço às outras. Foi bem mais prático, mas sofri um pouco devido à temperatura do chão sob o sol inclemente. Levei aproximadamente 3 horas para conhecer as 26 que estavam abertas (eu sou lento) e depois subi uma colina que ficava em frente a elas e tinha uma espécie de mirante em seu topo ::cool:::'>. Fiquei lá cerca de 45 minutos contemplando a paisagem nos vários lados da colina e depois desci por uma outra trilha que cortava caminho e ia para a saída. Ainda fiquei assistindo uma exibição sobre as cavernas num telão na entrada e peguei a estrada de volta, tentando chegar a tempo de ver as réplicas das cavernas que eu não tinha conseguido. Quando cheguei o Centro de Visitantes estava fechando, mas conversei com o porteiro e depois com o supervisor de segurança, que me deixaram entrar para ver as que ainda não estivessem fechadas. Só havia 1 ainda aberta e a réplica era muito parecida com a original.

 

Depois de sair de lá, fui até a estrada esperar o ônibus de volta para Jalgaon, porém os ônibus não paravam no ponto em frente às cavernas para pegar passageiros, a menos que alguém fosse descer. Dei sinal para 3 e nenhum parou. Então comecei a andar pela estrada os 2 Km que me separavam da parada de ônibus do vilarejo vizinho. Um rapaz de moto percebeu e me ofereceu carona na garupa. Aceitei e desci no ponto de ônibus após agradecê-lo. Peguei um ônibus alguns minutos depois pagando Rs 63,00. Chegando no dormitório confirmei com a atendente que poderia ficar até as 20 horas, como combinado com a atendente do dia anterior (a hora de saída acho que era cerca de 18 hs). Saí do banho perto das 20 hs e fui falar com a atendente se poderia ficar até as 21 hs para poder jantar. Ela concordou. Jantei, descansei até as 21 hs e fui para a plataforma esperar o trem para Mumbai que estava previsto para 00:53. Peguei o trem que estava lotado. Apesar de ter assento reservado, fui espremido e não consegui dormir direito ::bad::. Vários deitaram no chão.

 

Cheguei em Kalyan perto de 8 hs da manhã de 5.a feira 21/5. Fui então procurar a bilheteria para comprar passagem de trem local para Mumbai. Paguei Rs 15,00 por uma passagem até a CST (estação central de Mumbai). Cheguei lá perto de 9:30 e fui procurar por uma vaga no dormitório. Porém ele estava lotado. Então fui procurar por hotéis nas proximidades e não consegui nenhuma vaga por preço inferior a Rs 600,00. Desisti deles e decidi passar a noite na estação. Reservei o dormitório da estação por 2 noites, 6.a feira e sábado, pagando Rs 563,00 pelas duas (Rs 250,00 pela 1.a e 313,00 pela 2.a) e fui visitar a cidade, pelo centro em direção ao Portão da Índia. Como eu já havia estado em Mumbai em 1999 e já havia visitado vários pontos da cidade, desta vez resolvi visitar apenas alguns pontos específicos, rever outros de que havia gostado, descansar e fazer algumas compras.

 

Para as atrações de Mumbai veja https://en.wikipedia.org/wiki/Mumbai, http://wikitravel.org/en/Mumbai e http://www.ftd.travel/tourist-places-mumbai/. Os pontos de que mais gostei desta visita foram o Portão da Índia ::otemo::, a orla ::cool:::'>, o mar ::cool:::'>, as construções típicas e da época da ocupação britânica ::cool:::'>, a Mesquita Haji Ali ::otemo:: e o Museu Mani Bhavan de Gandhi ::otemo::.

 

Após sair da estação, almocei numa espécie de trailler por Rs 20,00, passei por várias construções típicas, algumas da época da ocupação britânica, pelos Jardins Circulares de Horniman (Circle Garden - http://www.mumbai.org.uk/parks-gardens/horniman-circle-gardens.html), pela Catedral de São Tomé, pelo Portão do Leão da Marinha e cheguei ao Portão da Índia, talvez o ponto turístico mais conhecido de Mumbai e de que eu havia muito gostado na minha viagem anterior. Fiquei ali algum tempo, contemplando a construção, o mar e a orla e depois resolvi passear um pouco nas ruas próximas, rever algumas construções e ir à Galeria de Arte Jehangir (http://www.jehangirartgallery.com) ::cool:::'>, que também já conhecia, para ver suas exposições. A entrada foi gratuita e os próprios autores das obras estavam nas salas, sendo que fiz questão de cumprimentá-los pessoalmente após acabar de ver suas exposições. Peguei informações de como chegar ao Museu de Gandhi e depois fui andar pela orla após o Portão da Índia em direção ao Ponto do Pôr do Sol, que haviam dito que era naquela direção. No caminho para ver o pôr do sol um homem gritou para mim se eu desejava um albergue (guest house), eu perguntei o preço imaginando que naquela região o que estivesse vago seria ainda mais caro que na CST e ele me disse que era Rs 330,00. Aí eu vi uma oportunidade de evitar de dormir na estação e aceitei a oferta do homem e fui com ele até onde ele me levou. E acabei sendo bem sucedido e encontrei o Delight Guest House (http://yellowpages.sulekha.com/mumbai/delight-guest-house-colaba-mumbai_contact-address) pelo preço dito pelo homem, com leitos vagos no dormitório ::cool:::'>. Fiquei hospedado lá. Dei Rs 20,00 de gorjeta para o homem, pois neste caso ele prestou serviço relevante. Após acomodado, comprei berinjelas, cebolas, tomates, pepinos, pão e 3 bananas por Rs 69,00. Ainda fui apreciar a orla, o Portão da Índia e o Hotel Taj à noite, com iluminação artificial ::cool:::'>. À noite o sono foi bom, só achei o ar condicionado um pouco forte ::Cold::.

 

Na 6.a feira 22/5 após me mudar para o dormitório da estação que havia reservado, saí para conhecer a área próxima ao Mercado Crawford, especialmente os templos e construções. De lá fui para o Museu Mani Bhavan de Gandhi (http://www.gandhi-manibhavan.org/), de que muito gostei ::otemo:: principalmente pelas cenas e informações da vida cotidiana de Gandhi em Mumbai. De lá fui para o Templo Mahalakshmi (http://mahalakshmi-temple.com), que possuía uma sacada para o mar com uma vista que muito apreciei ::cool:::'> da orla e do próprio mar e de onde vi um possível templo muçulmano ligado à orla por um pequeno caminho mar a dentro. Realmente era a Mesquita Haji Ali (http://www.hajialidargah.in), de que muito gostei ::otemo::, tanto por ela em si como pela vista dela de longe e pela vista do mar e da orla a partir dela. Havia muita gente visitando-a e no caminho. Após sair de lá retornei ao dormitório. Gastei Rs 133,00 entre almoço, bananas e doces. Comi muitos doces, pois acho que estava com saudades e exagerei na quantidade. Achei o dormitório bom, apenas para mim o ar condicionado era muito forte, tanto que havia cobertor para dormir ::Cold::.

 

O sábado 23/5 eu havia reservado para fazer compras. Pretendia comprar e comprei incensos (5 pacotes - cerca de 1.000 palitos - Rs 50,00 cada - Rs 250,00 os 5) que minha prima Bernadeth havia encomendado (até ganhei 3 palitos de um tipo mais caro como amostra), duas calças esportivas por Rs 550,00 (Rs 275,00 cada) e um tênis por Rs 300,00. Ainda tive tempo para visitar novamente o Portão da Índia e ver o espetáculo noturno de luzes projetadas em suas paredes ::cool:::'>. Gastei Rs 85,00 entre almoço, jantar, bananas e doces.

 

No domingo 24/5, após o café da manhã, peguei o trem para Andheri por Rs 10,00. Após chegar na estação, gastei minhas últimas rúpias comprando um salgado e um doce por Rs 25,00 e fui caminhando cerca de 4 Km até o aeroporto. Eu não havia impresso meu bilhete, pois achei que, como em quase todo lugar, bastaria ter o código da reserva. Porém a segurança não me deixou entrar sem ter o bilhete impresso. Após cerca de 20 minutos, quando eu já me preocupava com o horário, chegou um funcionário que me acompanhou até a triagem da Emirates, onde a atendente, num tom meio transtornado, repetiu algumas vezes para que eu mostrasse o bilhete, até que eu lhe desse o passaporte ::bad::. Após consultar o sistema, claramente decepcionada, ela mudou o tom, falou que o bilhete era válido e pediu que da próxima vez eu o trouxesse impresso. Acho que ela pensou que eu era terrorista :lol: :lol:. Foi a única vez em toda a viagem que um funcionário da Emirates não me atendeu bem.

 

Emirados Árabes:

 

Cheguei em Dubai perto de meio dia. Na checagem de segurança do aeroporto, quando disse aos policiais que tinha vindo da Índia eles pediram para que eu abrisse minha mochila e revistaram tudo, até a sacola em que eu guardava meus produtos de higiene pessoal. Após rearrumar minha mochila fui até os postos de atendimento do metrô (http://dubaimetro.eu), informei-me e comprei o cartão NOL (https://www.nol.ae) para poder usar o transporte público de Dubai de modo mais econômico, rápido e eficiente. Carreguei-o com 24 dirhams (AED) e paguei 6 AED pela emissão, totalizando 30 AED, usando cartão de crédito. Daí fui até a estação Deira Center de metrô e de lá peguei um ônibus até Sharjah (outro Emirado Árabe), onde era o Sharjah Heritage Youth Hostel (http://www.booking.com/hotel/ae/sharjah-heritage-youth-hostel.html), em que eu tinha reserva. Ao descer do ônibus, antes de qualquer coisa, passei protetor solar, pois havia pesquisado que a temperatura poderia chegar a 50 C e a incidência de raios UV era muito alta. Mesmo com o protetor 30 FPS achei o sol forte. Depois de procurar um pouco achei o hotel, que ficava atrás da Mesquita Al-Zahra (https://www.facebook.com/pages/Masjid-Al-Zahra/209172035777347), da corrente iraniana xiita. O atendente recebeu-me bem, mas disse que não havia registro do meu pagamento de 1 diária e que eu teria que pagar por aquele dia e, no dia seguinte, se fosse confirmado o meu pagamento de 1 diária pela reserva através da Internet, eu não precisaria pagar. A diária era de 75 AED. Ao contrário do dito no site eles não aceitavam cartão de crédito e eu precisei ir sacar. Saí, saquei 300 AED ao câmbio de 1,11 AED/1 R$ e aproveitei para passar em 2 supermercados e comprar 13,40 AED por pão, tomates e assemelhados, laranjas e doces árabes. Passei por algumas agências de turismo para saber informações e fazer cotações sobre o passeio no deserto. Ainda dei um pequeno passeio pela área e vi por fora um museu dentro de um forte, um parque e depois fui à praia no entardecer, onde pude, já no escuro, tomar um delicioso banho de mar. Na volta ainda visitei uma mesquita que achei espetacular ::otemo::. No hotel conheci um espanhol que estava morando e trabalhando lá, que me deu várias informações dos Emirados, ressaltando para eu ter cuidado com o sol, pois ele em 15 minutos fumando no sol havia tido uma insolação.

 

Para as atrações e informações de Dubai veja http://www.visitdubai.com/, http://www.dubai.ae/en/visitors/pages/default.aspx?category=Visitors e http://wikitravel.org/en/Dubai. Os pontos de que mais gostei foram as mesquitas ::otemo::, os edifícios ::otemo::, os mercados específicos ::cool:::'>, o conjunto histórico ::cool:::'> e as praias ::cool:::'>.

 

Para as atrações de Sharjah veja http://www.sharjah.com/, http://wikitravel.org/en/Sharjah, https://en.wikipedia.org/wiki/Emirate_of_Sharjah e https://en.wikipedia.org/wiki/Sharjah. Os pontos de que mais gostei foram as mesquitas ::otemo::, os edifícios ::otemo::, o conjunto histórico ::cool:::'>, as praias ::cool:::'> e o passeio no deserto ::otemo::.

 

Na 2.a feira 25/5 peguei o ônibus para Dubai, desci na Estação Deira da linha vermelha do metrô e fui para a Estação Dubai Marina. A viagem de metrô em si agradou-me muito ::otemo::, pois cruzava por via suspensa o meio da principal avenida, com prédios gigantescos e arrojados e paisagens naturais ao redor. Lá comecei um passeio a pé pelos pontos turísticos em direção a Jumeirah, passando pela Marina, por prédios de arquitetura bem moderna, chegando até a praia e voltando pelo calçadão da orla. Achei muito bonitos e arrojados o tamanho e a arquitetura dos prédios ::otemo::. Depois retornei em direção a Palm Jumeirah, a ilha em formato de palmeira, mas como havia agendado minha visita ao Burj Khalifa http://www.burjkhalifa.ae/) para as 17 horas, e já eram mais de 14 horas, decidi voltar a partir da entrada da avenida que levava em direção à ilha, para não correr o risco de perder a hora. Cheguei cedo ao edifício Burj Khalifa pela linha vermelha do metrô, o que me permitiu emitir meu ingresso com calma, pois não havia impresso o comprovante pela Internet. Havia pago 130 AED (incluindo taxa de serviço) pelo ingresso comprado antecipadamente (comprando na hora o preço mais que dobrava). Aproveitei o tempo de espera para conhecer o entorno no Burj Khalifa, o local do espetáculo das fontes e a entrada do prédio. Subi um pouco depois das 17 hs, devido à quantidade de gente e fiquei lá até cerca de 20 hs, o que me permitiu apreciar bastante a paisagem, tanto com luz do sol como à noite, além de ver o pôr do sol e o espetáculo das fontes lá de cima. Achei a vista espetacular ::otemo:: ::otemo::. Após descer vi uma vez mais o espetáculo das fontes ::otemo::, agora sob outra perspectiva, tomei o metrô de volta e o ônibus até Sharjah. Neste dia carreguei o cartão com 50 AED e gastei 2,75 AED no café da manhã e num pão à noite.

 

Na 3.a feira 26/5 depois de ver a mesquita xiita iraniana da porta (não me foi permitido entrar), que ficava perto do hotel, voltei a Dubai para tentar conhecer o que faltava, pois 4.a feira seria meu último dia aproveitável e eu desejava ir ao deserto ou a Abu Dhabi. Peguei um ônibus diretamente até a área do centro velho. Ali fui conhecer construções e mesquitas modernas e antigas, os museus de especiarias e do ouro (http://www.dubai-online.com/malls/gold-souk) ::cool:::'>, onde estava exposto o maior anel do mundo. Depois fui para as vilas históricas (http://www.dubai-online.com/sights/heritage-diving-village/) ::cool:::'>, com ambientes que preservavam ou reproduziam a vida dos habitantes antes das grandes transformações advindas com a riqueza do petróleo. Passei pelo Museu do Camelo (http://www.dubaiculture.gov.ae/en/Live-Our-Heritage/Pages/Camel-Museum.aspx) ::cool:::'>, pelo Porto e por mais construções históricas e mesquitas e finalizei o dia indo de metrô, bonde e monotrilho até o extremo da ilha em formato de palmeira Palm Jumeirah, onde ficava o complexo de entretenimento Atlantis. Lá não fui ao complexo, mas sim apreciar a vista e a orla. Decepcionou-me um pouco a vista a partir do monotrilho não ser ampla o suficiente para ver o formato de palmeira da ilha. Voltei pouco depois das 20 hs, após ter apreciado a vista no entardecer, no pôr do sol e à noite. Neste dia gastei 6 AED com alimentação ao longo do dia, carreguei 30 AED no cartão NOL de transporte e paguei 25 AED pela passagem de ida e volta ao Atlantis em Palm Jumeirah.

 

Na 4.a feira 27/5 fui logo cedo procurar a agência de turismo para ver se era viável o passeio no deserto ou se eu iria a Abu Dhabi. Para minha surpresa foi possível reservar o passeio no deserto. Comprei o pacote na agência Al Neel Al Wataniya (http://www.natatourism.com) Paguei 154 AED por ele com o resto do dinheiro que tinha sacado e cartão de crédito. Gastei antes 2 AED com o café da manhã. Como precisava chegar para o passeio às 14 hs, aproveitei a manhã para conhecer a parte histórica de Sharjah. Comecei pelo Museu do Forte Al Hisn (http://www.sharjahmuseums.ae/Our-Museums/Sharjah-Hisn-Museum.aspx) ::cool:::'>, passei pelo Museu da Escola Al Eslah (http://www.sharjahmuseums.ae/Our-Museums/Al-Eslah-School-Museum.aspx) ::cool:::'> e a área histórica (heritage) ::cool:::'>, incluindo a Fundação de Artes de Sharjah (http://www.sharjahart.org) e as exibições da Bienal ::cool:::'>. As entradas foram gratuitas. Achei interessante a história da área, que me chamou atenção pelos registros serem recentes (séculos 19 e 20) comparados com outras áreas do mundo. O modo de vida local há alguns anos comparado com o atual mostrava uma enorme mudança. Além disso, a hospitalidade foi enorme ::cool:::'> :8):. No Museu da Herança Histórica (Heritage - http://www.sharjahmuseums.ae/Our-Museums/Sharjah-Heritage-Museum.aspx), mesmo sem eu entrar ofereceram-me doces. No Museu do Forte, quando tinha ido apenas saber o horário no domingo, ofereceram-me degustação de café árabe com doces. Na 2.a oportunidade, após fazer a visita, ofereceram-me uma mesa completa com salgados e doces, tudo gratuitamente.

 

Como já havia comido muito no forte, não comi mais nada, passei no hotel rapidamente e fui para a agência de turismo, onde esperei cerca de 1 hora pelo motorista da excursão. Saímos cerca de 15 horas e ainda passamos para pegar mais um grupo das Filipinas que iria conosco. Gostei bastante do passeio ::otemo:: ::otemo::, mas teria dispensado as manobras radicais na areia. Primeiramente fomos para uma espécie de supermercado no caminho, onde algumas pessoas aproveitaram para comprar água ou alguns outros suprimentos. Eu aproveitei o tempo para ficar admirando a imensidão do deserto, apesar da ventania. Depois entramos no deserto e o motorista começou a fazer manobras radicais com a caminhonete. Uma turista de outra caminhonete (no deserto formou-se um comboio de veículos com os turistas) passou mal e chegou a vomitar. Paramos algumas vezes por algum tempo, em que aproveitei para explorar um pouco mais a imensidão e a paisagem, subindo em dunas ou montanhas mais altas. Perto do pôr do sol chegamos ao acampamento Atlanta (http://www.atlantasafaridubai.com), em que foi oferecido passeio de camelo, vista de falcão domado, doces na recepção, fumo de shisha, jantar com várias bebidas inclusas e espetáculo de Belly Dance ::otemo::. Gostei muito do pôr do sol visto de cima de uma duna ::otemo::. Eu nunca havia fumado na minha vida e resolvi experimentar a shisha. Não sei se por uso errado ou por falta de costume, depois de uns 20 minutos fumando, quando quis levantar e parar, percebi que estava razoavelmente tonto. Levantei bem devagar e fui tomar café, para tentar amenizar o efeito, que após uns 5 minutos passou. O jantar agradou-me bastante ::cool:::'>. Tinha várias opções vegetarianas. O espetáculo de Belly Dance também achei interessante. Antes de sair ainda voltei à duna para admirar o deserto à noite e depois retornamos. Na volta houve bastante conversa entre mim, o motorista, de origem paquistanesa, e os filipinos. Fui o último a ser deixado no hotel por volta de 23 hs.

 

Na 5.a feira 28/5 acordei perto de 5 horas, com ajuda de um rapaz que estava no hotel e tinha retornado da oração da manhã na mesquita, conforme eu havia lhe pedido na noite anterior. Peguei o ônibus até o metrô e depois fui até o aeroporto. Após descer na estação do aeroporto, dei meu cartão NOL para um rapaz que morava em Dubai. Procurei por alguém que achasse possuir menos recursos, mas na estação do aeroporto em Dubai isso não era muito viável. Resolvi procurar por alguém de origem africana, que achei que poderia ter menos recursos. A saída do voo estava prevista para 8:35 hs e a chegada para 16:30 hs, sendo 14:55 hs de viagem. Gostei bastante do voo, que durante boa parte do trajeto na Península Arábica e na África permitiu ver as paisagens (região por onde eu nunca tinha passado) ::otemo::. Depois de chegar em São Paulo começou uma garoa fina com temperatura inferior a 20 C, constrastando com os cerca de 40 C dos dias da viagem.

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