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DIAS DE FRIO EM MELBOURNE

 

Então saímos cheios de dor no coração da ensolarada Gili para o frio de Melbourne. Essa mudança foi ainda mais acentuada porque, excetuando-se Cingapura, agora estávamos indo para um país desenvolvido, com transporte eficiente e serviços irrepreensíveis.

 

Melbourne foi eleita a cidade com melhor qualidade de vida do mundo, segundo o The Economist, e isso se reflete na atitude de seus habitantes e no excelente sistema de transporte público. Pode-se ir a qualquer lugar da cidade e, mesmo no horário de rush, não há engarrafamentos.

 

Mesmo avisados e atentos a este possível choque cultural, ainda assim é de se destacar a amabilidade e a simpatia que TODOS os australianos tiveram para conosco. Fossem eles caixas de supermercado, garçonetes, guias de turismo, locais, taxistas, não importa.

 

Nossa amiga Jemima, proprietária do apartamento que alugamos pelo AirBnb e que fugiu do frio viajando para o verão Europeu, também foi de uma cordialidade extrema, ainda que via WhatsApp. Ficamos encantados com nossa hospedagem, um quarto e sala simples, bonito e aconchegante, diante do Jones Park, no qual podíamos correr e ver as crianças brincando no parquinho e cachorros, sem coleira, se divertindo com seus donos.

 

Nota: como bem definiu nossa amiga, Liv Brandão, um de nossos status de viagem é “assediando cachorros na rua”.

 

Ficamos duas semanas, então deu tempo para passear por Melbourne e ver muita coisa bacana. Fomos no ACMI (Australian Centre for the Moving Image), no qual havia uma exposição interativa fantástica sobre a história do cinema e seus efeitos especiais; no mesmo local, uma lojinha super cool com produtos e livros variados sobre cinema, de todas as nacionalidades, repleta de camisas, buttons e outros artigos da vindoura exposição de David Bowie; a loja Minotaur, de cultura pop, que faria o fã de histórias em quadrinhos, séries de TV e rock pesado chorar de comoção; uma loja de DVDs (sim, DVDs) raríssimos que também emocionaria o mais frio coração; um brechó chamado “Lost and Found” que, assim como a loja de cultura pop, misturava sentimentos de espanto e frustração por ser impossível comprar TODO o seu estoque; Queen Victoria Market, cheio de tendinhas de artesanato e de produtos dos mais variados, industrializados ou não; uma loja somente de produtos de cânhamo comandada por uma velhinha simpática; uma outra de rock’n’roll, com um manequim na vitrine com uma jaqueta de couro etc.

 

Melbourne é especialmente interessante pela arte de rua, que pode ser vista por toda a cidade. A pequena rua Hosier Lane é uma galeria a céu aberto na qual é comum encontrar artistas grafitando na hora.

 

Fomos ainda na praia de St Kilda, ao lado do famoso Luna Park. Presenciamos um belíssimo pôr-do-sol no píer em frente ao Esplanade Hotel, enquanto tremíamos de frio. O local é conhecido por ser habitat de pinguins e outros animais, mas infelizmente não conseguimos ver nenhum.

 

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Um passeio extremamente recomendável que fizemos foi o tour na Great Ocean Road. Acordamos ainda de noite, embarcamos às 7h, vimos cangurus e tomamos um café da manhã congelante. Geralmente, esse lanche é feito na praia, mas como estava muito frio comemos num parquinho mais protegido, o que não significa que o clima estava agradável.

 

De lá, pegamos a estrada novamente e fomos parando em vários mirantes pela orla. Ainda pudemos ver koalas numa parada e fazer uma pequena caminhada pela rain forest. No fim do tour, chegávamos até os 12 Apóstolos, conjunto de rochas imensas ao longo da costa australiana. O frio era o tempo todo muito intenso, sendo necessário o traje completo: gorro, cachecol e luvas, além é claro de casacos ou jaquetas eficientes.

 

O passeio inclui almoço e jantar, e chegamos em casa perto das 22h30. Cansados, mas felizes.

 

Poucas vezes nos sentimos tão recompensados em tomar um banho quente, ligar o aquecedor e ir para baixo das cobertas para assistir bobagens como o Masterchef ou o The Voice australianos.

 

Quando chegou a hora de nos despedirmos de Melbourne, levantando mais uma vez às 6h da manhã, os termômetros marcavam 2 graus. Gostamos de frio, mas também não precisava chegar a tanto, né?

 

Ainda assim, adoramos nossa estadia e aproveitamos bastante. Com certeza, Melbourne parece ser um ótimo lugar para se viver. Imaginamos no verão…

 

Dica: Baixe o aplicativo do transporte público de Melbourne. É simples, fácil e ajuda a chegar em qualquer lugar da cidade indicando a melhor rota. http://ptv.vic.gov.au/getting-around/mobile-apps/

 

Apartamento Jemima

Preço: R$ 180 a diária

Endereço: 9/23 Balmoral Avenue, Brunswick East

Site: https://www.airbnb.com.br/rooms/5620654?eluid=1&euid=aa32a060-8bbc-e18c-df63-4db01421e105

 

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UMA SEMANA NA ENSOLARADA WHITSUNDAY

 

Foi gratificante sair da gélida Melbourne e chegar na ensolarada Whitsunday. Descendo a escada do avião, já fomos tirando nossos casacos. Pegamos um barco confortável ainda no pequeno aeroporto da ilha de Hamilton e chegamos ao porto de Airlie Beach, que era bastante próximo de nossa hospedagem.

 

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Reservamos um quarto pelo AirBnB na casa de um simpático casal. Nosso anfitrião é piloto de um barco que faz passeios pelas praias da região e nos deu várias dicas locais. A casa é grande e possui vários quartos, alugados por temporada ou para quem quer ficar um longo período. O nosso era no primeiro andar, tinha uma entrada separada, uma quitinete compartilhada e uma vista linda para o mar.

 

Airlie Beach é o centro comercial, com hotéis, agências de turismo, bares e muitas áreas verdes perto da marina. A praia não é tão atraente, mas há uma lagoa artificial onde as crianças brincam. Nas tardes ensolaradas, os gramados ficam lotados de jovens em piqueniques, pegando sol ou simplesmente lendo.

 

As pessoas costumam ir até Whitsunday para conhecer a Grande Barreira de Corais, e conosco não foi diferente. Há somente uma agência que faz o tour de um dia, saindo de Airlie Beach: a Whitsunday Cruises. O passeio é imperdível e, no trajeto, ainda tivemos a sorte de presenciar quatro baleias nadando ao lado de nossa embarcação.

 

O mergulho, mesmo usando roupas de borracha, pode ser um desafio. Afinal, ainda que debaixo de sol, estamos no inverno australiano. Mas como ir até a Grande Barreira de Corais e não mergulhar?

 

Em relação ao mergulho em si, valeu pelos peixes enormes que vimos. Esperávamos corais mais coloridos, mas um dos guias nos informou que quanto mais cores mais estresse está sofrendo o coral. Por isso, era um bom sinal o tom ocre que presenciamos.

 

O único ponto negativo do passeio foi o buffet, fraco para um serviço que oferece helicópteros, submarinos e mergulhos com snorkel e/ou tanques de oxigênio.

 

Outro lugar magnífico é a praia de Whitehaven, uma das mais belas do mundo e que nos lembrou Lopes Mendes, na Ilha Grande. A praia foi considerada Number One Eco Friendly Beach no mundo pela CNN.com. Fizemos o passeio pela empresa Whitehaven Xpress, e fomos ao Parque Nacional das Ilhas de Whitsunday, cuja trilha até um mirante propiciou uma das mais lindas vistas de toda a nossa viagem.

 

Incluído no cardápio do tour, um típico churrasco australiano na areia da praia, em companhia de diversas espécies de pássaros (que roubam sua comida se você não tomar cuidado) e grandes lagartos.

 

Quando nos demos conta, já era hora de ir embora. Próxima parada: mais um pouco de frio, desta vez em Sydney.

 

Dica: reserve com antecedência os passeios, o transfer para o aeroporto, barcos e táxis. Se deixar para a véspera, provavelmente terá dificuldades. Escrevemos por experiência própria.

 

Quarto Dayle And Rachael House

Endereço: 8 Lamond Street, Airlie Beach, QLD 4802, Austrália

Preço: US$ 78 (R$ 237) a diária

Site: https://www.airbnb.com.br/rooms/6706072?eluid=2&euid=eedf301e-f2b8-86d0-f21c-f7a2be596a74

 

Cruise Whitsunday

De: Hamilton Island Airport

Para: Airlie Beach

Preço: AU$ 50 (R$ 125)

Site: http://www.cruisewhitsundays.com/resort_connections.aspx

 

Great Barrier Reef

Empresa: Cruise Whitsunday

Preço: AU$ 230 (R$ 575)

Site: http://www.cruisewhitsundays.com/gbra.aspx

 

Whitehaven Beach

Empresa: Whitehaven Xpress

Preço: AU$ 175

Site: http://www.whitehavenxpress.com.au/index.html

 

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PARQUES E PRAIAS DE SYDNEY

 

Sydney foi nossa terceira e última parada na Austrália. Ficamos duas semanas; na primeira, participamos de um evento de design o dia inteiro e não tivemos oportunidade de explorar muito a cidade. Mas a segunda semana foi diferente. Mesmo estando no inverno, os dias eram muito ensolarados e não exigiam muitos casacos. A temperatura variava entre 15º e 20ºC.

 

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Nos hospedamos num apartamento em Elisabeth Bay, ao lado de um bonito parque cheio de verde, frequentado por muita gente a fim de praticar exercícios físicos ou simplesmente pegar um sol. O parque era de frente para uma marina e rodeado por uma ciclovia. Um local bastante agradável.

 

O CBD, centro comercial de Sydney, é acessível por metrô, ônibus, ferryboat e muitas ciclovias. Os prédios novos se misturam a edifícios de tijolinhos que dão um charme ao bairro. Na baía, estão os dois principais cartões postais: Opera House e Harbour Bridge. Uma dica é ir no The Rocks, região perto da ponte, no domingo. Há feirinha de artesanato, vários restaurantes e cafés, e muitos músicos tocando no meio da rua. Uma caminhada agradável é contornar o mar e seguir passeando pelo Jardim Botânico.

 

Fomos até Bondi Beach num domingo de sol em que o lugar estava lotado, com muitos brasileiros caminhando por ali. A praia é cercada por grafites nas paredes e restaurantes, e tem uma ciclovia para quem quiser caminhar, correr ou patinar. Nos recordamos do Rio, pois mesmo no inverno havia muitos surfistas e banhistas na água.

 

Há uma feirinha de artesanato feita por designers com vários artigos interessantes. Talvez pudesse ser um pouquinho mais barata, pois achamos os preços dos produtos um tanto salgados. Havia de tudo: óculos, roupas, capas para iPhone, chapéus, comidinhas etc.

 

Nas proximidades, várias lojinhas simpáticas, sorveterias e restaurantes.

 

Outro passeio que fizemos foi até Manly, onde por pouco não nos hospedamos. Preferimos Sydney porque, como participamos do congresso, se ficássemos em Manly teríamos que pegar a barca duas vezes por dia durante uma semana.

 

Manly é uma graça. A praia, talvez por ser mais afastada, não estava lotada como Bondi. Era mais fácil e agradável caminhar pelo calçadão. Decidimos ir num restaurante brasileiro – Brazuca – matar a saudade do feijão, e comemos uma picanha com farofa espetacular.

 

Depois pegamos a barca e vimos um pôr do sol fantástico, pouco antes de chegarmos ao centro de Sydney. O ferryboat para Manly é um passeio repleto de atrações: tem a vista da cidade, da ponte, do Opera House, Jardim Botânico e, com sorte, ainda é possível ser acompanhado por golfinhos.

 

Era hora de nos despedirmos da Austrália. Próximo destino: Ilhas Fiji.

 

Elizabeth Bay apartment

Endereço: Unit 39, 41-49 Roslyn Gardens, Elizabeth Bay

Preço: AUD$ 100 (R$ 240)

Site: https://www.airbnb.com.br/rooms/4832192?eluid=1&euid=8ddd5f88-1844-9f95-7a00-3ea6d1907804

  • 1 mês depois...

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