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Oi, Galera!

Há tempos, havia lido alguma coisa aqui na comunidade sobre a travessia Guaporé-Muçum, e fiquei louco quando, pesquisando mais sobre o assunto, assisti uns vídeos sobre o V13, maior viaduto ferroviário das Américas. ::otemo::

Decidi realizar a travessia e comecei a convidar os amigos e coletar informações para um roteiro.

Dois amigos toparam a aventura, Lairton e Zé. Resolvemos fazer a travessia em sentido contrário iniciando em Muçum e terminando em Guaporé, pois seria mais fácil conseguirmos carona na estrada de ida até Muçum e voltarmos de ônibus de Guaporé, já que estaríamos cansados, sujos e fedidos demais para esperar carona na estrada.

Acabamos fazendo o contrário, pegamos ônibus na ida e voltamos caronando para Santa Maria. ::tchann::

 

Vamos ao relato...

 

Chegamos à cidade de Muçum depois do meio-dia e enquanto esperávamos o comércio local reabrir as 13:30h para comprarmos mais mantimentos para a travessia, resolvemos dar uma conferida na cidade. Muçum é bem pequena mesmo, estimo que a população urbana não ultrapasse duas mil pessoas. É cercada pelos contrafortes da Serra Gaúcha e cortada ao meio pela Ferrovia do trigo, que emerge de um túnel num dos montes ao Sul e atravessa a cidade sobre um viaduto. A cidade nos pareceu bem precária, apesar do PNUD de 2000 ter apontado um IDH elevado. Depois de compradas e acomodadas as provisões, iniciamos a travessia as 14:30h

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Subimos até os trilhos da ferrovia e partimos rumo ao Norte. À medida que caminhávamos em direção a Serra Gaúcha, a paisagem ia se revelando.

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A ferrovia corta os morros e a água exfiltra dos paredões dos dois lados dos trilhos. A região tem muita água mesmo, um burburinho de água corrente é ouvido sempre. De sede ninguém morre nessa travessia, e como fazia uns 27 graus bebemos muita água.

Passamos o segundo viaduto e logo em seguida o primeiro túnel, com uns 300m de extensão. Os túneis possuem cavidades de segurança nas paredes a cada 15m alternadamente, corra pra elas caso passe um trem. ::cool:::'>

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Isso é o que acontece com quem não percebe o trem chegando.

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Na saída do túnel ouvimos o barulho de uma cachoeira e resolvemos dar uma explorada na área, descemos por um paredão de pedra no lado esquerdo da ferrovia e seguimos o córrego morro acima, encontrando duas cachoeiras muito bonitas, mas perdendo muito tempo. Retomamos o trajeto pelos trilhos e chegamos a um bom local para acampar logo em seguida. Dos 15km de ferrovia que planejáramos para aquela tarde, havíamos percorrido apenas nove. :roll:

 

Ao longo da ferrovia há muita lenha seca, já que os dormentes trocados são atirados ao lado dela pela empresa que faz a manutenção da ferrovia. Fizemos um fogo bonito e tomamos um bom mate pura-folha enquanto esperávamos a janta. Proseamos bastante até as 22:00, quando o sono chegou e fomos para as barracas.

Acordei de um sono profundo, sem saber onde estava, com uma luz intensa e um tremor de terra que fazia bater as panelas dentro da barraca. Era o trem. Aliás, O Trem, mais de 70 vagões com duas máquinas C30-7. ::ahhhh:: O Susto foi tão grande que quase abro uma segunda porta na minha barraca. ::lol4:: Mais um trem passou antes que o fim da noite chegasse, mas dessa vez sem grandes sustos.

A barraca foi outra parte importante da aventura. Eu levei a Bivak da T&R, o chão era plano mas cheio de pedras, de modo que os espeques não entravam de jeito nenhum, tive que prendê-los com pedras soltas. Como ela não é uma barraca autoportante, ficou toda frouxa, com o sobre-teto encostando no cômodo e a condensação fez o seu serviço, acordei todo úmido.

 

Então, fica a dica: leve barraca autoportante nesta travessia e procure armá-la uns 10 metros longe do trilho. ::cool:::'> :roll:

 

Na quarta-feira pela manhã, fizemos um calórico desjejum enquanto minhas coisas ventilavam, e em seguida nos lançamos ao trilho de novo. A manhã estava belíssima e uma névoa espessa que cobria o vale do rio Guaporé ia aos poucos se dissipando.

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Demos mais uma explorada em algumas gargantas e procuramos alguns mirantes nos morros. Passamos por uma seqüência de túneis e viadutos, até que chegamos ao primeiro viaduto metálico da travessia. O primeiro viaduto metálico ninguém esquece.

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Eu e o Lairton somos quase acrofóbicos, então imaginem a nossa coragem e o esforço para realizar cada passo. Atravessamos o viaduto com uma baixa no estoque de fraldas, mas conseguimos. ::lol4::::hahaha::::otemo::

 

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Enquanto isso, nosso amigo Zé corria a nossa volta pendurava-se no viaduto e fazia de tudo para exibir sua desenvoltura nas alturas. ::toma::

 

Vencemos mais alguns túneis e viadutos até chegarmos ao famoso Viaduto 13, que nas placas é o V11. O bicho é grande mesmo, 143m de altura e 509m de extensão com um túnel em uma das extremidades.

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Apreciando a vista sobre o viaduto, encontramos Carlos e Henrique, dois funcionários da prefeitura de Dois Lajeados, que haviam descido a ferrovia a partir de Guaporé, verificando a denúncia de morcegos hematófagos nos túneis. Informaram-nos sobre os túneis longos e viadutos metálicos que ainda iríamos passar, incluindo o temível Mula Preta e um túnel de aproximadamente 2km. ::ahhhh::

 

Deixamos os dois para trás e entramos no túnel no final do Viaduto 13, esse túnel tem uma abertura em arco com pilares em concreto. Essa janela permite que você passeie na face oeste da montanha, do alto despenca uma linda cachoeira. Um lugar realmente fantástico. Soltamos as mochilas e exploramos muito essa face, tiramos muitas fotos da cascata, tentamos descer até o vale pela queda d’água, encontramos até uma pequena caverna.

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Notei que o bico do pé direito da minha trilogia estava começando a descolar. ::vapapu::::carai::::grr::

 

Retornando a janela, fizemos um almoço rápido, que foi interrompido pela passagem de um trem com mais de 100 vagões, muito grande mesmo.Descobrimos que o trem empurra uma grande massa de ar pra fora do túnel quando entra, deixa um cheiro forte da queima de diesel e desloca muita fuligem. Começamos a pensar se em um túnel extenso e fechado, a passagem de um trem desse porte não deixaria o ar irrespirável por alguns instantes.:?::ahhhh::

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Seguimos viagem, passando por alguns túneis de variados tamanhos até entrarmos no tal túnel de dois quilômetros. São aproximadamente 500m em curva para a esquerda e depois uns 1500m em linha reta. Nós só víamos uma luzinha brilhando lá no fim do túnel. De repente começamos a ouvir uma vibração crescente, mas a abertura do túnel continuava brilhando lá na frente. Olhamos pra trás e descobrimos que vinha um trem pertinho, foi aquele desespero tirando mochilas para cabermos os três em uma das cavidades de segurança na parede. ::ahhhh:: Tapamos a boca com a camisa, mas felizmente o trem possuía apenas 4 vagões e passou bem rápido. ::otemo:: Ficamos vendo ele sumir no escuro e depois reaparecer enquanto passava pela abertura do final. ::lol3::

 

A dica é: fique atento e corra para as cavidades ao primeiro sinal de trem chegando, e, a propósito, os trens não buzinam antes de entrar nos túneis ou viadutos ao contrário do que muita gente diz. Nos túneis sem placa, você pode descobrir se são longos pelo cheiro de mofo que vem dele. ::prestessao::

 

Estávamos com um atraso no nosso cronograma, pois perdêramos muito tempo explorando os locais, e já tínhamos medo de não cumprir todo o trajeto até a noite da quinta-feira, por isso resolvemos continuar caminhando mesmo depois que a noite chegou. Percorremos em torno de 8km no escuro. A caminhada pelos pedregulhos da ferrovia é muito desgastante, e devido aos tropeços da caminhada no escuro, a sola da minha bota descolou até a altura dos dedos.Como não tinha SilverTape, atei com um cordão laranja o solado. Estou muito descontente com a Snake por isso, andei mais de 20km desse jeito. ::grr::::carai::

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Passamos por vários locais que devem ser lindos, inclusive uma curva de rio em torno de um morro, que, no escuro me lembrou o Vale-da-Ferradura em Canela, mas não enxergávamos muita coisa. Percorremos um túnel de uns 800m com muitas exfiltrações e um cheiro de carniça insuportável até que, na saída dele, encontramos outro viaduto metálico. Lairton e eu achamos que seria muito perigoso atravessá-lo no escuro, mas havia uma casa muito próxima e os cachorros estavam malucos com a gente. Assim, combinamos que o Zé, que é mais desenvolto nas alturas, atravessaria o viaduto procurando local para acampar do outro lado e faria sinal de lanterna caso encontrasse.

Vinte minutos depois, Zé retorna com a notícia, do outro lado só paredões. Acampamos ali mesmo sem cruzar o viaduto, ao lado do trilho, os 3 espremidos em uma barraca pra duas pessoas. Fizemos miojo nas espiriteiras e as pedras eram uma cama macia. ::otemo::

Essa noite, passaram mais dois trens, mas o cansaço era tanto que nem abrimos a barraca, e o segundo só me lembro da luz. Estávamos a dois metros do trilho. ::lol4::

 

Pela manhã da quinta-feira, levantamos acampamento e atravessamos o viaduto metálico.

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Abaixo dele, uma névoa tornava o cenário maravilhoso.

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Seguindo a caminhada, passamos por mais túneis e viadutos, bergamotas, canas-de-açúcar, até chegarmos ao temível viaduto número 17, sobre o arroio Mula Preta.

Possui em torno de 110m de altura, 365m de extensão com plataformas de segurança a cada 35m. ::ahhhh:: Mais um detalhe, nesse dia ventava um pouco demais pra o meu gosto. Quando cheguei ao outro lado, percebi que estava com as mãos e os dedos espichadinhos e caminhado como o Robocop. ::lol4:: Não sabia que eu tinha tanto medo de altura. :roll:

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Continuamos a caminhada, e resolvemos parar e almoçar depois de um viaduto de concreto, onde uma estradinha cortava o caminho. Descansamos bastante, tomando mate e esperando o arroz com carne de soja ficar cozido. De sobremesa, comemos mais de 30 laranjas que catamos em um pé próximo, deixando uma pilha de cascas empilhadas ao lado do trilho como um troféu da comilança. ::lol4::::hahaha::::lol3::::otemo::

 

Continuamos a caminhada, bem alimentados. Aquele era o último viaduto antes do final da nossa travessia. Passamos por um local incrível onde os engenheiros desviaram um córrego por baixo da ferrovia.

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Dinamitaram abrindo um túnel que lança a água do córrego uns 70 metros abaixo, passando por baixo da ferrovia e saindo no pé do morro.

 

Percorremos mais alguns quilômetros de túneis e aterros até chegarmos à estação de Guaporé. Guaporé é muito perfeitinha. Acampamos no pátio do quartel da BM, e fomos pra estrada, na manhã seguinte, tentar carona de volta pra casa.

 

Recomendo a caminhada, a região é realmente incrível, pretendo voltar lá um dia, pois fiquei com a sensação de que deixei de explorar mais alguns lugares.

 

É isso aí pessoal, desculpem falar tanto. :roll:

 

Um abraço e boas aventuras pra todos. ::otemo::

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Realmente, uma trip fantástica, Marcos! Fiz no sábado, em sentido contrário, muito embora não completei o trajeto todo (haverá um relato).

Não sei se notaram, mas no túnel maior, há um respiro no meio dele. Uma abertura de uns 2 metros de diâmetro cavado no teto, um enorme chaminé.

Realmente é desgastante caminhar sobre o rachão, o pé nunca pisa 100% firme, né? ::lol4::

E este piso destrói músculos e botas, visto que minha Snake também abriu o bico.

Locais pra acampar não são muitos. Em regra, ou vc se embrenha no mato, ou entra num potreiro (mais comum entre Guaporé e Dois Lajeados). De Vespasiano pra baixo é realmente ruim de achar um canto, pelo que saquei.

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Verdade, Cacius!

Caminhar nesse piso aí, com a bota descolada, me deixou todo dolorido. ::essa:: A musculatura é muito exigida. Depois duma trip assim, o bom é fazer uma dieta com muita proteína durante uma semana, pra recuperar um pouco.

Vi o duto de ventilação no teto do túnel que você falou, sim! Muito legal, até tentei tirar umas fotos, mas minha câmera não ajudou muito na escuridão. Não tinhamos levado boas lanternas. Atravessamos os túneis com duas lanternas de led com dínamo, que iluminavam menos que o meu celular. ::lol4:: Bando de irresponsáveis!

 

Mas a travessia é fantástica!

Vale a pena conferir.

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Marco.

 

Pude ver que o desnivel não foi tão grande, mas mesmo assim vcs encontraram varias cachoeiras?

 

Em qqer tunel que vcs passaram se encontrava essa cavidade para se proteger?

Será que sem elas, vcs passariam por apuros?

E nas pontes, todas tinham a plataforma de segurança?

 

 

 

Abcs

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Pude ver que o desnivel não foi tão grande, mas mesmo assim vcs encontraram varias cachoeiras?

 

Em qqer tunel que vcs passaram se encontrava essa cavidade para se proteger?

Será que sem elas, vcs passariam por apuros?

E nas pontes, todas tinham a plataforma de segurança?

Augusto, respondo pelo Marcos, na cruzada.. hehehe

Como postei no meu relato, a ferrovia rasga do planalto pra baixo, vai pegando o topo da serra para baixo. Daí, ao baixar, deixa topos de morro acima dela, vales abaixo. Por isso, muitos córregos e cachoeiras.

Aliás, esta cadeia de morros que divide o vale do Guaporé e o vale do Rio das Antas/Taquari também separa duas ferrovias, que vão se juntar em Muçum. De um lado, vem de Passo Fundo, a Ferrovia do Trigo. Do outro, vem de Vacaria, uma que não sei o nome.

Todos os túneis tem cavidades. Nas menores cabe uma pessoa com uma cargueira. Nas maiores cabe um carro. E não dos compactos! :shock:

No aperto, é só tirar a mochila, colar na parede, que vc fica sussegado.

Todas as pontes tem plataformas de segurança em espaços regulares, tanto as metálicas quanto as estruturadas em concreto.

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Marco.

 

Pude ver que o desnivel não foi tão grande, mas mesmo assim vcs encontraram varias cachoeiras?

 

Em qqer tunel que vcs passaram se encontrava essa cavidade para se proteger?

Será que sem elas, vcs passariam por apuros?

E nas pontes, todas tinham a plataforma de segurança?

 

Abcs

 

Olá, Augusto!

 

O desnível não é muito notável mesmo, segundo o Cacius "são 400m distribuídos por aproximadamente 50km". Porém, como a ferrovia fica nos contrafortes da Serra Gaúcha, borda do planalto, tem muita água descendo dos morros e se agrupando nas garagantinhas, formando lindas cachoeiras. As que nós encontramos são pequenas é bem verdade. Nenhuma desse tamanho, por exemplo, mas pra quem é fissurado como eu, caminhar na direção do barulho d'água corrente e encontrar o véu branco já paga o ingresso. Mesmo que você não explore os entornos da ferrovia, verá algumas cachoeiras quando estiver sobre os viadutos. Esses córregos todos vão descendo para o vale do rio Guaporé e sobre os viadutos dá pra ter uma boa visão.

No googlearth tem algumas fotos das cachoeiras ao longo da ferrovia, quando cheguei em casa percebi que não exploramos as melhores.

 

Sobre as cavidades de segurança( não sei se é o nome certo), os túneis menores, com interior de concreto, possuem aproximadamente a cada 15m em lados alternados. Nos maiores, onde apenas as extremidades são concretadas, é um pouco irregular, mas no seu interior existem reentrancias na rocha que são as cavidades de segurança. É bom correr pra elas quando perceber o trem chegando. Acredito que fora das cavidades não terá problema nenhum, desde que você saia dos trilhos, mas o trem passará a um palmo do seu queixo. As máquinas em geral são mais largas que os vagões. Algumas máquinas são bem largas, a limpa trilhos é um exemplo. Estou fora, vou colocar mais fotos quando chegar em casa. Acho que tirei uma das cavidades.

 

Todos os viadutos tem plataforma de segurança.

 

 

A trip é fantástica e bem segura, é só ficar atento. Os moradores da redondeza são bem receptivos, adoram conversar e dão infos preciosas.

Vale a pena conferir, Augusto!

 

Um abração!

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Marco.

Essa ferrovia possui outros trechos com belos visuais, onde também é possivel fazer uma caminhada?

Por que escolheram esse trecho?

 

 

Valeu

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Esse trecho é o que possui a maior concentração de túneis e viadutos justamente por ser no começo da Serra Gaúcha.

Durante a travessia encontramos a "limpa trilhos", e um dos funcionários nos disse que descendo na direção de Roca Salles, ao sul de Muçum, há um túnel de aproximadamente 3km. Já estávamos muito longe para voltar, e, apesar de ainda não ter pesquisado mais, eu acredito que seja exagero do funcionário.

Outra info que tenho é a de que há um trecho de ferrovia abandonado. Devido a um erro dos engenheiros, foi preciso refazer parte do projeto original da ferrovia, alterando o trajeto e abandonando alguns túneis e escavações prontas. Algumas pessoas exploram esse trecho abandonado quando fazem a travessia.

 

Acredito que o Cacius deva ter mais algumas infos sobre a região.

  • Membros de Honra
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Beleza, Marcos?

Cara, pelo que sei há realmente um tunel maior entre Muçum e Roca sim.... imagina andar quase uma hora naquele breu! ::ahhhh::

Agora, sobre erros e escavações nunca ouvi falar não, mas acho que a região tem muita coisa bonita...

Augusto, de Guaporé pra cima vc está praticamente no planalto.. paisagem não tão desnivelada e instigante. De Muçum pra baixo é pé da serra. Tem um visual banaca dos contrafortes, porque vai indo para o lado de Montenegro (nada a ver com o Canion), mas já vai pra cidades não tão tranquilas de andar nos arrebaldes...

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Blz Marco e Cacius.

 

Tava dando uma olhada na continuação dessa estrada de ferro e não consegui ver como é dali p/ frente.

Será que é + - assim:

http://www.panoramio.com/map/#lt=-23.969058&ln=-46.574585&z=4&k=2

 

No link estão fotos dessa linha ferrea que desce até o litoral de SP.

A muito tempo atras fiz um trecho dessa ferrovia.

 

Aí no RS, a descida até o litoral é semelhante?

 

 

Abcs

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