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São Luís e Travessia dos Lençóis (Atins -> Santo Amaro) // 11 dias // Julho 2015


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Meus queridos colegas de pátria, o Maranhão foi um estado surpreendente para mim. Quero compartilhar um pouquinho e dar algumas dicas para quem se interessou em visitar esse belíssimo lugar.

 

Aqui começo pela capital do estado: São Luis do Maranhão.

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Ruas do centro histórico enfeitadas para a festa do bumba meu boi - que ocorre em junho.

 

Finalmente, após muita ansiedade e alguma preparação, cheguei a São Luís do Maranhão.

O voo foi durante a madrugada, cheguei por volta de 2h20 no aeroporto da capital. O horário inusitado não espantou os vários taxistas que estavam na porta. O preço para chegada no centro histórico é “tabelado”, eles não usam taxímetro. Paguei R$ 48,00, mas ouvi relatos de R$32,00 até mais de R$50,00.

Para quem chega durante o dia, tem o ônibus coletivo, que para na Praça Deodoro.

Tentei encontrar alguém para dividir o táxi, mas não encontrei nenhum “mochilado” pelo caminho. Destino – Hostel Solar das Pedras. Único hostel do centro histórico, diária R$ 35,00. Lá tem várias pousadas, mas os preços são cerca de R$ 100,00 por dia.

Há um outro hostel em São Luis, o Tijuana, com boas avaliações, porém, fica no bairro Renascença I, longe do centro e ainda mais longe do aeroporto/rodoviária.

Acho que vale a pena passar um ou dois dias ou até mais em São Luis para conhecer a Vibe da Capital e entender um pouco da cultura local.

 

Pra quem vai direto para Barreirinhas – logo ao chegar no aeroporto:

OPÇÃO 1 – Van do aeroporto pra Barreirinhas – custa uns 60 reais. A viagem dura 3h30.

OPÇÃO 2 - pegue um táxi até o terminal rodoviário (que fica mais perto do aero do que do centro ) e dali tomar um ônibus da Cisne Branco até Barreirinhas. A passagem custa 45 reais e são 4 opções de horário (6h, 10h30, 14h e 18h). A viagem leva 4h30.

 

Sobre o HOSTEL SOLAR DAS PEDRAS (Tel 98 – 3232-6694)

 

Simples, café da manhã com fruta, suco, pão e ovo frito diariamente.

Os quartos tem ventilador de teto e várias tomadas.

As duchas não tem agua quente, mas acho desnecessário tê-lo pelo calor que faz em São Luis.

No dia de ir embora, combinei um transporte com a própria Ellen, mais barato para ir até o aeroporto.

Valeu a pena? Sim. Conheci bastante gente bacana, tanto do Brasil como de outros países. Deu pra interagir bem. Digo isso porque tem uns hostel bem parado..heheh. Não foi o caso.

OBS: localização – todo mundo fala que o centro histórico é muuuito perigoso, não me pareceu tanto assim na vida real. As ruas ficam um tanto vazias lá pro final da noite – em compensação, muitos barzinhos funcionando até tarde.

 

Principais atrações de São Luis

 

Vários, vários e vários museus no centro histórico.

Casa de Nhozinho – não foi o melhor, mas conta com répicas em miniatura de alguns barcos e o trabalho do Nhozinho, um artesão muito especial que elaborou bonecos e os arranjou de maneira criativa.

Casa da Festa – Guia Leandro, ótimo, nos conta sobre as várias manifestações e casas de rituais de São Luis e região, Umbanda, Quembanda, Vodoo, Tambor de Mina, Tambor de Índio e uma infinidade de coisas.

Casa do Maranhão – uma série de painéis e infográficos sobre a cultura maranhense. Vale a visita. Museu patrocinado pela Vale. Te dá um norte sobre a cultura local. Tem as mais bem selecionadas fantasias do boi e outras festas.

Museu de Artes Visuais – R$ 5,00 para entrar, os demais são gratuitos. Não fui. “O museu é interessante, com vários quadros de diversos pintores brasileiros e estrangeiros, fotografias de pessoas que foram importantes na história de São Luís e uma exposição dos azulejos da época muito bonita” dica da Manoela

 

Outros atrativos:

 

## IMPERDÍVEL ###

 

Tambor do Mestre Amaral – Please, meu amigo! Visite esse evento, que acontece geralmente às quartas-feiras às 22h/23h próximo ao palácio dos Leões. Lá você verá uma das mais belas danças folclóricas com tambores deste Brasil. Cheia de significado, o Tambor de Crioula é um patrimônio cultural imaterial brasileiro desde 2007. E às vezes fica até o dia seguinte, tem que estar bem animado para encarar a maratona. De lá também dá pra ver a Ponte Sarney São Francisco à noite, que já é um espetáculo à parte.

 

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Tambor do Mestre Amaral.

 

Fonte do Ribeirão - Fica rebaixada no meio do conjunto urbano de casarões. Nas quintas-feiras ocorre o “Samba na Fonte”, que movimenta bem a galera. Além dos clássicos, vc ouvirá também o “samba maranhense”.

 

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Samba na Fonte

 

Mercado Público – Esse é o verdadeiro mercadão da cidade, próximo a vários locais onde se recebe peixe fresco do cais. Lá você verá frutas típicas, verduras típicas (como o curioso João Gomes e a Vinagreira, usada para fazer o arroz de Cuxá), camarão e peixe seco, uma loja em que se vê a polpa do açaí sendo retirada da semente. E alguém vai te falar sobre a diferença entre Juçara e Açaí. Não espere um mercado público igual ao de São Paulo. Mas fique atento aos detalhes.

 

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Camarão seco

 

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Açaí fresco. Depois desse você nem vai conseguir comer direito o nosso açaí adulterado do sudeste. Sensacional.

 

50 mil lojas de artesanato no centro – ADORO canecas, e lá encontrei as mais variadas formas e cores. Destaque para a loja Luaymar – Cerâmica Esmaltada, do carioca Martins, que tem modelos super exclusivos e únicos, rua da estrela, 175, loja 5, na Galeria Reviver. O preço das canecas dele é um pouco acima da média (custam em torno de 40 reais, as demais podem ir de 17 até 30 reais), mas valem a pena. Tem padrões inspirados nos azulejos da cidade. Troque uma ideia com o Martins, ele te explicará o processo de pintura e preparação das peças em sua cooperativa.

 

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Luaymar -crédito da Imagem: Martins.

 

Igreja da Sé - Bonitona, cheia de ouro por dentro. tem uma parte barroca e outra neoclássica.

Teatro Arthur Azevedo – Dizem que é super lindo, mas fique atento aos horários de visita. Não fui pois estava fechado.

Palácio dos Leões – Uma parte do palácio destinado ao governador do estado. Reformado, interessante. Observe a vista da janela lateral para o mar, próximo a uma pequena piscina pelo lado de fora. Magnífica. A visita guiada ocorre às 14h e é gratuita.

 

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Vista da janela do Palácio dos Leões

 

Mercado das Tulhas – é um pequeno mercado embutido no centro histórico (Reviver), em que os turistas comprarão a Tiquira (cachaça de mandioca com coloração roxa), comerão peixe pedra assado ou frito, camarão com açaí e farinha (recomendadíssimo) e comprar lembrancinhas.

 

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Peixe-pedra frito(no centro) e ensopado (à esquerda) - refeição no Mercado das Tulhas

 

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Tiquira. Vai encarar?

 

Restaurante do Senac – Nesse restaurante você tem um buffet livre com direito a sobremesa por 38 reais. O valor compensa, você come as iguarias típicas do maranhão, como arroz de cuxá, vatapá, no dia que eu fui tinha mousse de cupuaçu. Tem um senhor simpático tocando piano para os clientes. Ele até tocou uma palhinha do Odeon, que pedi pelo guardanapo correio. Hehehehe. O atendimento não é 100%, mesmo porque se trata de aprendizes, mas todos tem bastante boa vontade, e no final você recebe um papelzinho pedindo sugestões.

 

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Restaurante do Senac

 

Aqui listei alguns dos motivos para passar um tempo na gloriosa capital Franco-Luso-Africana do Maranhão.

Em breve postarei como foram as aventuras em Barreirinhas e companhia.

  • 2 semanas depois...
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Ah, meus queridos, a rotina volta e o tempo livre fica escasso.

 

Quero compartilhar com vocês minha jornada maranhense, que comecei em São Luís (leia aqui).Assim que der, vou acrescentando e colocando mais coisas...

 

Ainda, pelos arredores da capial, podemos fazer os passeios clássicos que são:

 

Visitar a cidade de Alcântara

Fazer um passeio em Raposa e São José do Ribamar

 

É nessa hora que percebemos que São Luís fica em uma ilha, e o transporte pode ser bem complicado.

 

Vamos começar por aí, então.

 

Visita a Alcântara.

 

Viajar é aprender. Aprendi algumas coisas para não fazer com a visita em Alcântara.

 

Para chegar, paga-se 12 reais pra ir de barco pra lá. Fui com alguns amigos do Hostel (Solar das Pedras), e basta ir até o cais e comprar o bilhete. Fique atento ao horário de saída, pois ele varia de acordo com as marés. Lá fica seco e intransitável em alguns horários do dia.

 

A viagem contou com um pouco de agitação do barco, praticamente bem tolerável em alguns momentos. Achei o “barco” pequeno mais tranquilo que o grande. Mas é mais demorado. O preço é o mesmo.

 

Chegando lá, saindo do barco, com câmera na mão, abordados por um simpático moço que se ofereceu para nos fotografar. “Pode sim, moço”, fizemos uma pose, rapidamente ele devolveu a câmera, já ofertando o peixe: ”Meu nome é Carlos Magno, sou guia turístico de Alcântara. Estão interessados?”.

 

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A foto que o guia Carlos Magno tirou

 

Alcântara, cidade histórica, importante ter uma noção do espaço, achei que valia a pena. Minha colega Luiza topou também, o casal que estava conosco logo escapou. Entramos Luiza e eu em uma van, que já estava cheia com um pessoal brasileiro. Três minutos depois, a van nos despejou no ponto de início do tour, o Museu Aeroespacial de Alcântara, no centro da vila.

 

Pausa. Neste momento, nosso guia ficou do lado de fora, nos aguardando. Assim como no ponto seguinte, a Igreja Nossa Senhora Rosário dos Pretos – minha favorita! - quem deu um show na explicação foi o seu Benedito. E no final ainda deu uma demonstração de tambor de crioula nos tambores da igreja.

 

Inclusive, vale uma visita no município nos festejos de São Benedito na lua cheia de Agosto, quando se toca Tambor de Crioula.

 

O guia é horrível. Não vou descrever detalhadamente como ele era ruim. Mas confie em mim, ele é péssimo. Acho que foi o mesmo da Sílvia, do Matraqueando . Só não tivemos a mesma inventividade de fugir do restaurante que ele nos indicou, que nos ofereceu um peixe grelhado (seco e duro), e atendimento muito ruim. O único ponto bom foi o arroz de cuxá, que estava gostoso. Mas parece que o restaurante mais famoso de lá é o Restaurante Cantaria.

 

Para encerrar o assunto de guia, deixo aqui a dica da colega Nívea do Destino de Viagem e do Pedro do Sem Destino - guia Danilo de Alcantara, guia naturalista, que é dono da pousada Bela Vista.

 

Vamos prosseguir o passeio:

 

Casa do Divino – “Museu” que abriga elementos da festa do divino: mesas, altares, roupas usados nas comemorações. Funcionária bem simpática para explicar tudo.

 

A Igreja Nossa Senhora do Carmo – a igreja dos brancos, cheia de ouro por dentro. Ao lado dela havia um convento das Carmelitas, o que se vê hoje são somente ruínas.

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Igreja de São Matias – Aquela ruína clássica das fotos de propaganda de Alcântara. Essa igreja nunca foi acabada. Logo à frente, o único pelourinho original preservado do país. Tivemos que passar bem rápido aí, mas também na mesma área tem o lugar onde era o presídio local, que hoje é a prefeitura. o.O. Mas faz sentido, né gente?

 

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Igreja de São Matias, à direita a Prefeitura

 

Ao final do passeio, correndo para pegar o último barco de volta, tivemos tempo para comprar e experimentar o famoso Doce de Espécie, típico do local, feito com coco. Gostoso, mas nada de mais. Na mesma lojinha onde compramos o doce de Espécie também vendiam Dramin a R$1,00 o comprimido. Boa viagem para nós!

 

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O reencontro dos viajantes

 

VER POST NO MEU BLOG:

https://carolforfriends.wordpress.com/2015/07/29/maranhao-arredores-alcantara/

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