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Depois de passar a tarde em Damme, fomos ao Centro de Bruges tirar algumas fotos básicas, já estava anoitecendo.

 

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Em seguida fomos assistir a final de um jogo da Europa League num Irish Pub. O Bar estava cheio de espanhóis, doentes pelo Sevilla, time que venceu o campeonato.

 

Paguei um mico cultural no bar, na hora foi até engraçado, pedi um hambúrguer e uma Heineken e a garçonete disse: “what?” que mais parecia uma abreviação de “WTF?”, uma pessoa na Bélgica, pedindo Heineken? Pois é, eu queria beber qualquer cerveja leve, pra começar, e a atendente disse: “não vendemos Heineken, na Bélgica não vende em lugar nenhum”. Eu disse: “sem problemas, qualquer uma nesse estilo serve, quero uma cerveja leve”. Daí a moça ofereceu: “Temos Carlsberg”. Eu aceitei a sugestão e o meu amigo já se meteu dizendo: “um flemish jamais pediria uma Heineken ou uma Carlsberg, isso é uma heresia. O Draft de Carlsberg é o mais caro da Belgica, temos melhores e bla bla bla...”.

 

Tomei a Carlsberg, que desceu muito bem. Foi 4 Euros, caro mesmo, mas estive em Amsterdam e Londres, que vendem cervejas populares ainda mais caras que em Bruxelas, então eu já estava habituada com aquele budget.

 

Mais tarde, depois da partida, fomos a um dos bares mais famosos da Bélgica, o Staminee de Garre, visita obrigatória para os amantes de uma boa cerveja. Fica num beco bem escondido. Decoração intimista e só tocava música clássica. Um charme. Eles têm uma carta bastante significativa, mas eu queria mesmo era beber uma Tripel de Garre, 11,5% de álcool, fortíssima em teor alcoólico e amargor, eu gostei tanto, que pedi mais uma. Mas o garçom disse que poderia beber no máximo 3 dela, acredito que seja por causa do teor alcoólico. Depois dessa, tomei uma Orval e uma Kwak, todo turista tira foto com ela, hehe. Tadinho do meu amigo, ele só bebeu uma mesmo porque estava dirigindo.

 

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28/05 – Oostduinkerke

Meu amigo sugeriu que fôssemos para a praia dos Belgas, esse nome impronunciável mesmo.

A Bélgica tem 66 km de litoral, então, dali cruzando uma cidade estaria na Holanda ou na França. Nós, brasileiros, não paramos de nos impressionar com a facilidade de deslocamento na Europa.

O dia estava bem ensolarado, mas o mar lá pra cima é realmente frio, areia batida e molhada, cheio de algas, mesmo assim a orla estava bem movimentada, muita gente aposentada que tem casa lá e muitas crianças já de férias escolares empinando uma coisa, que parecia ser pipa, mas com um formato de Kite, ventava tanto que parecia que algumas crianças iriam voar, pois algumas davam uns pulos bem altos, hahaha.

 

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Andamos uns 15 km pela areia, o meu amigo disse que iríamos parar na Holanda, se continuássemos, mas minha meta era tirar foto no píer e tirei.

 

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Depois foi a hora de caminharmos tudo de volta, fomos a um restaurante e comemos um sanduíche artesanal, refrigerante e sorvete de framboesa, ainda estou com a memória do gosto, maravilhoso!

No final da caminhada avistei o tão famoso cavalo belga. Esse tipo de cavalo é muito valioso e apreciado no mundo do Hipismo, apesar de ter as pernas curtas, salta muito bem e essa é uma vantagem, porque ao saltar, as pernas curtas não encostam na barra.

 

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No final comprei um ímã de geladeira e retornamos a Bruges.

 

28/05 – Bruges e retorno a Bruxelas

 

Acordamos cedo e tomamos um café da manhã imperial, com muitas frutas, iogurtes e queijos caseiros, doces, sucos e pães variados, enquanto isso passava na TV que a seleção belga treinaria naquela manhã e então fomos conferir o treino dos “Les Diables Rouges”, chegando lá, um mar de crianças com a bola na mão aguardando o autógrafo dos jogadores. Até aí, seleção é querida em todo lugar. Tirei foto do meu amigo com os jogadores, eu não fiz questão de tirar, mas adorei assistir. Todos os jogadores muito simpáticos.

 

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Chegamos a Bruxelas no final da tarde. Havia tido um acidente na estrada e ficamos umas 3 horas no engarrafamento, foi tão cansativo que apenas jantamos e fomos dormir.

 

29/05 – Bruxelas

 

Dia de visitar o centro histórico e tirar muitas fotos, o tempo estava lindo, mas depois ficou muito fechado, mas deu pra passear, meu amigo sugeriu de visitar o Atomium, mas vi tantos relatos falando mal, que dispensei, fiquei mais tirando fotos e comendo Moules et frites, cervejas, gauffres e chocolates de sobremesa. Comprei na Leonidas 6 barras grandes por 10 euros e compre uma pequena para degustar no local. Vi que tem uma Leonidas em São Paulo também, então quem quiser experimentar, pagando um pouco mais por isso, fica a dica.

 

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Bruxelas – Último dia e partida para Munique

 

Por mais que Bruxelas seja a capital da Europa, é uma cidade que com 2 dias inteiros é o suficiente para conhecer o essencial. A cidade em si não tem a energia de outras grandes capitais. Não há praticamente vida noturna, a não ser no centro com os turistas, além dos hostels. No entanto, para quem gosta de comer e beber bem vale muito à pena. Comi muito melhor lá do que quando fui a Paris em 2011, talvez por ter ido com local, facilitou um pouco as coisas.

 

Teatro Toone e Delirium, últimas cervejas

 

No Centro de Bruxelas estava tendo uma maratona, e teria muito trânsito, o meu amigo não pode me levar de carro. Levei minha mala comigo e deixei no Terminal, num armário por 4 Euros, achei que assim ficaria menos enrolada e não perderia o ônibus das 18 horas.

 

O Toone é um teatro de Marionetes, muito tradicional, mas como fomos pela manhã, só nos restava a opção do bar, foi tempo de experimentar mais cervejas, grande parte delas já conhecemos aqui no Brasil mesmo, mas o lugar é super aconchegante, tomei duas e fomos tirar mais fotos.

 

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Na parte da tarde, fomos na Delirium tomar as minhas últimas cervejas, em princípio estava vazio, comi um sanduíche e depois fiquei conversando com uma galera do Brasil, que estava bastante empolgada. O meu amigo disse que era mesmo para aproveitar as cervejas, pois na Alemanha só teria “limonada”, cervejas bem mais leves do que dos outros países. Concordei com ele, realmente em termos de cerveja, a Bélgica deveria ser o último país a ser visitado e não o primeiro.

 

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Saímos de lá na chuva, no terminal comprei uns lanches e água para comer no caminho, longo caminho.

Despedi-me do meu host, que se tornou um grande amigo desde então, foi prometido que viria me visitar no Rio nas Olimpíadas. Vamos ver.

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  • 8 meses depois...
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Peguei o ônibus para Munique às 18:30, atrasou e o povo subiu desesperadamente sem formar fila (cadê a finesse Europeia? Rs). O motorista disse que faria uma parada em Colonia para troca de ônibus, mal sabia do sufoco que passaria, nessa longa viagem rodoviária.

O ônibus chegou 20:00 em Colonia e desceu uma galera e subiu outra, o ônibus seguiu Lotado para Frankfurt.

23:30 o ônibus chegou em Frankfurt, desceu a maioria dos passageiros, pois lá fica o principal aeroporto do país, desci do ônibus para comprar lanches, lenço umedecido e água. Já havia uma grande diferença de temperatura, um pouco mais quente. Estava ficando bem cansada, já, rs...

04:00 o ônibus chegou em Stuttgart. Trocaram de motorista e era um homem mais velho, bastante estúpido. Estava com o pé no alto, de olhos fechados e ele pegou no meu pé e pediu para colocar no chão. Fiquei com uma raiva enorme dele.

 

6:40 da manhã o ônibus já estava em Munique, ao contrário que muitos pensam, é uma cidade relativamente grande, pois levou uns bons minutos até chegar no Centro. O motorista rabugento colocou para tocar “brick in the wall” bem alto para todo mundo acordar e eu o perdoei por isso, pois curti muito a chegada lá, rs.

 

07:00 - 01/06 – Chegada em Munique

 

Cheguei pontualmente as 7 da manhã e logo tentei comprar o café da manhã no LDL (mercado maravilhoso e barato), consegui troco para comprar a passagem de TRAM para o Camping, cheguei no Camping e vi muitas tendas espalhadas pelo jardim, havia tido o show do Metalica um dia antes e os fãs dormiram lá.

Além das barracas avulsas, há uma tenda enorme com umas 100 camas (nos dias de hoje diríamos que é do tipo tenda para refugiados), mas muitíssimo limpo e bem organizado. Os funcionários eram mesmo alemães e me trataram muito bem. O armário cabia facilmente a mochila de 75 litros, deram cobertores e fui descansar um pouco da viagem.

Acordei 1 da tarde e já tentei interagir com a galera. Não vi um brasileiro sequer na ocasião, a presença era massivamente de americanos e australianos, com o meu inglês genérico de viagem, daqueles que costumamos falar com outros gringos, cujo inglês não é sua língua materna, levou-me um tempo para acostumar com os sotaques.

Conheci 3 amigos americanos muito gente boa, tinham seus 20 anos, apesar de parecerem mais velhos, quando disse que tinha 30 se assustaram, disseram que eu não aparentava.

Almoçamos e comemos os salsichões, logo depois começamos com as cervejas, lá mesmo.

Anoiteceu e acenderam a fogueira, onde tinha voz, violão e fogueira. Tocavam surf music na maioria das vezes.

Um dos meninos estudou música e tocou Villa Lobos em minha homenagem, achei aquilo muito fofo. Prova de que há americanos que procuram, sim outras culturas. Mais tarde fomos dormir. Caiu uma chuva muito forte e a temperatura caiu 20 graus. Fiquei horrorizada, rs.

A tenda era aquecida, consegui dormir tranquilamente. Ter escolhido esse tipo de hospedagem foi uma decisão muito acertada, pois fiquei muito satisfeita.

 

02/06 – Munique – 2º dia

 

Tomei o café, que era pago: pão 30 cents, café 50 cents, chá 30 cents, os pães e biscoitos alemães 1 euro, queijos e frios variados, 50 cents, frutas 50 cents. Gastei uns 3 euros no total e achei que foi um valor tranquilo.

Fiquei praticamente a manhã inteira andando ao redor do Camping, com seus lindos jardins, muitos alemães andando de bicicleta, tomando banho de sol, correndo. Um lugar dos sonhos, rs.

Só consegui sair as 14 horas, fui vender as poucas libras que me restou e andei um pouco pelo centro de Munique, Tirei foto na Marienplatz e de algumas outras coisas. Conheci a HBhaus, L-O-T-A-D-O! Tomei 1 litro de cerveja e uma comida que era fígado com batatas. Quando a menina me ofereceu, ela falou em alemão mesmo, não havia entendido nada, mas aceitei a sugestão dela. Não me arrependi, estava muito bom!

Voltei para o camping para mais um happy hour na fogueira, me despedi dos meninos de Nova Jersey e fui dormir em seguida.

 

03/06 – Munique 3º dia

 

Esse foi o dia que eu andei pela cidade pra valer mesmo, começando pelo palácio de Nymphenburg, Botanischer Garten e finalizando no Bayern Arena, que já estava fechado. Por fora é lindo, por dentro, no entanto, não é nada demais. Dizem que o do Borussia é muito mais bonito.

Ao retornar para o centro, fui na feira de comida que tem la, a Viktualienmarkt, tem de tudo, mas a especialidade são as salsichas e os doces mesmo. Comi o tal do Eisbein com mais um litro de cerveja e me deu uma azia absurda. Não sei como os alemães conseguem combinar isso, portanto, levem Eno e Sonrisal, rs...

 

Ao voltar para o Camping, não aguentei nem ficar na fogueira, pois estava passando mal de verdade. Tomei uma água gaseificada com laranja, o que me aliviou um pouco.

 

04/06 – Englisher Garten – a cereja do bolo

 

Acordei tranquilamente e fui para o outro lado da cidade a fim de conhecer o Englisher Garten, o jardim que tem um rio super limpo, ondas artificiais e muitos surfistas querendo pegar uma ondinha, como era feriado de Corpus Christi, estava super cheio, gente da Europa inteira estava ali curtindo o sol forte e se bronzeando, algumas de topless e ninguém dava bola. Impressionante. Muitos estavam ouvindo o som super alto e muitos bebendo e muito. Via um povo feliz com a chegada do verão, foi um dia muito gostoso.

 

05/06 – Uma escapada a Salzburg – Austria

 

Cheguei na estação as 09:00 para comprar o Bayern ticket, como era apenas para mim, paguei 23 euros, quem acompanhasse mais, era acrescido 2 euros de cada um, essa é uma viagem que vale a pena fazer em grupo.

 

Como o meu retorno era as 17 horas, precisei fazer um Hop On-Hop Off. Não gosto desse tipo de tour, mas como tinha apenas um dia, achei necessário saber um pouco mais sobre a terra de Mozart. Teria sido mais bonito no inverno, eu sei, mas que cidade fofa, pequena, aconchegante e com uma culinária riquíssima.

 

Saí de Salzburg às 17 horas e cheguei no Camping às 20 horas. Não consegui ficar para o BBQ, me arrumei e sair correndo para a rodoviária e partir para Berlin.

 

O ônibus saiu às 21 horas e fiquei triste por ter deixado uma cidade tão gostosa como aquela.

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O ônibus saiu às 21:00 estava lotado de torcedores do Barcelona no Megabus, vindos da Espanha com destino a Berlin. Aqueles eram corajosos mesmo, rs...

A primeira parada foi Em Nuremberg, logo após Leipzig e a última antes de Berlim foi Postdam.

 

06/06 – Chegada em Berlim

 

Cheguei as 7 da manhã no hostel em Tempelhof, na Zona Norte de Berlim. Cansada, me dei conta que havia sido roubada ou perdido minha bolsa com o Passaporte e os meus últimos 250 euros, fiquei desesperada, fui na Polícia fazer o Boletim de ocorrência. Fui super bem atendida pelo policial, apesar de ele não falar bem o inglês. Tive que pedir emprestado o mesmo valor a um amigo residente em Amsterdam. Ele transferiu para o hostel e o dono repassou a parte descontando a hospedagem de 60 Euros.

Fiquei o dia todo pensando se havia mesmo perdido ou se bateram carteira, pois eu estava muito cansada e indignada como aquilo pode ter me acontecido no final da viagem.

O Rapaz da Embaixada Brasileira foi me visitar e perguntou se estava tudo tranquilo, e eu respondi que sim, apesar do ocorrido. Fiquei imaginando como seria se isso tivesse acontecido longe de uma embaixada, agradeci apesar de tudo.

Durante a tarde conheci uma menina da Lituânia que estava no meu quarto. Ela estava com a camisa do Barcelona, perguntei a ela se ela ia ao estádio ver a final da Champions League e ela disse que não havia conseguido o ingresso, pois já passava dos mil euros. Mesmo assim Agne falou que ia ficar nos arredores para torcer. Prontamente me ofereci a ir com ela e ficamos perto do Estádio Olímpico. Aquele momento foi único. Era uma vibração sem igual, os italianos eram mais contidos que os catalães. Por falar nisso, estavam fazendo manifestação pela independência da Catalunha também, eles sempre aproveitam grandes aglomerações para fazer protestos.

Como não tínhamos ingressos, procuramos um barzinho e tomando alguns chopps berlinenses, um pouco sem graça para quem saiu de Munique, mas deu pro gasto.

 

07/06 – Dia de andanças pelo centro.

 

Estava sozinha, ainda um pouco chateada com o ocorrido, mas tentei me distrair visitando a topografia do Terror, andando pela Unter Den Linden, museu dos Judeus, Check Pint Charlie, etc. Parei para comer um Kebab básico por 4,50 Euros com coca.

Voltei pro hostel e vi no app que estava rolando um encontro do Couchsurfing. Havia muitos de origem árabe, mas que moravam na Alemanha, conheci um menino de Origem do Ghana, que ficou me perguntando sobre as danças do Brasil, pois ele adorava dançar. Ele próprio havia levado cervejas na bolsa térmica. Muito gentil, me ofereceu algumas, foi bom para distrair.

 

 

 

08/06 – Ida à Embaixada

 

Esse dia foi uma tortura, pois fiquei o dia todo lá. A Embaixada era perto da Alexander Platz. Tinha muita gente que havia sido roubada também, além de algumas esposas de alemães e crianças germano-brasileiras solicitando o passaporte.

Conversei com várias brasileiras, muitas delas morando há mais de 20 anos na Alemanha e de várias regiões do Brasil, me diziam que sentiam muita falta da comida, da alegria, dos parentes. Por outro lado, diziam que estavam satisfeitas por oferecerem educação gratuita aos filhos, segurança e se enchiam de orgulho sobre os filhos poliglotas.

Na vez que eu fui atendida, tive que fazer uma autorização de emergência. Antes disso, claro, me pediram para solicitar um novo passaporte por 160 euros. Como eu não tinha esse valor, fiz a autorização de emergência como o nome do aeroporto que eu ia sair (Amsterdam).

Uma dica: digitalizem todos os documentos, inclusive o título, sem a cópia dos seus documentos, fica impossível fazer essa autorização de emergência e tampouco o passaporte.

Pelo menos isso eu tinha no meu e-mail e mostrei para a assistente do cônsul.

Saindo da Embaixada, dei uma volta na Alexander Platz, comi os salgados e biscoitos da LDL, água e afins, mais tarde fui agendar a minha ida ao Reichstag. Não fui à torre de TV porque já tinha essa opção de ir ao Palácio do Parlamento e ainda era gratuito. Fiquei na fila 2 horas e agendei para as 19 horas do dia seguinte. Achei que seria um bom horário para subir por ser mais vazio.

Estava com muita fome, fui num restaurante italiano no estilo “all you can eat” por apenas 10 euros e com uma taça de vinho inclusa, perto da estação Friedrichstraße. Fiquei impressionada com os preços em Berlin. Muito barato, comparado às outras cidades em que estive. Foi o que me salvou depois do roubo.

No quarto havia uma sul coreana, pedi o carregador dela emprestado e começamos a conversar, ela disse que ficarias 3 meses em Leipzig e que estava muito animada. Cara de criança, mas tinha 30 anos também, muito gente fina.

 

09/06 – bate perna com a Coreana

 

Marcamos de ir ao palácio do Parlamento, ela ainda teria que agendar. Ela também estava no perfil econômico, então foi perfeito, compramos o café no Supermercado LDL e partimos pra rua, Minjae ficou na fila e eu fiquei pesquisando outros lugares. O portão de Brandemburgo estava zoado depois da Champions League, cheia de tapumes, grades, um horror, não consegui tirar uma boa foto ali. Fomos ao Memorial do Holocausto, Topografia do Terror, Tiegarten, Mauerpark, Museu da DDR. Ainda deu tempo para descansarmos perto do rio Spree, uma vibe ótima, curtimos muito, depois fomos para o Reichstag e ainda vimos o pôr do sol. Dia perfeito.

 

10/06 – Passeando pela região

 

Ainda cedo, fiquei pelo bairro Tempelhof, no hangar do antigo aeroporto. Era ali que o Hitler costumava fazer os seus discursos. Na prática tinha muita gente fazendo esportes como corrida, skate, soltando pipa, andando de patins, etc. Em seguida fui para o bairro Kreuzberg, uma área hipster, com gente descolada, arte urbana e restaurantes descolados, tirei a foto na cachoeirinha que tinha lá e depois fui no Gemuse Kebab, o melhor Kebab fora da Turquia, como dizem. Não estavam errados. O Kebab era maravilhoso. Valeu ter ficado 1 hora na fila de espera. Mais tarde fui para o Muro de Berlim para finalizar essa jornada, que, com todos os problemas, foi inesquecível.

Chegando no Hostel o rapaz da recepção me avisou que a polícia havia me ligado dizendo que estavam com o meu passaporte, identidade e cartões de crédito e débito (sem a bolsa, claro!). Fiquei feliz porque pelo menos se lembraram que eu precisaria dos meus documentos para voltar para o Brasil, ou me tornaria uma refugiada, rs.

O dono do Hostel me levou lá, e depois ele me levou ao terminal para eu pegar o Megabus para Colonia. Como sempre cheguei em cima da hora, às 22 hs.

 

10 e 11/06 – Partida para Amsterdam parada em Colonia.

 

Peguei mais um Megabus, que fez paradas em Dortmund e Dusseldorf. Cheguei em Colonia às 6 da manhã. O ônibus com destino a Amsterdam sairia às 9 horas e chegaria 1 da tarde.

 

Enquanto isso, fui no posto dos turcos, comprei algum lanche, tomei um capucino e pedi para o dono para apoiar a cabeça sobre a mesa e cochilar por 2 horas, pois estava muito cansada. Ele ficou com pena e deixou.

Achei que fiz um péssimo negócio em ter feito esse trajeto, antes tivesse comprado uma passagem de 50 euros, que passaria por Hannover e Hamburgo, apenas, mas fiz essa besteira.

Peguei o último Megabus da viagem e o ônibus estava seguindo para Bruxelas, quando em 3 horas estaria em Amsterdam tranquila. Havia muito trânsito em Bruxelas e o ônibus chegou lá atrasado, demorou para continuar a viagem e peguei trânsito em Rotterdam também.

No fim, cheguei em Amsterdam 1 hora atrasada. Meu amigo me esperou pacientemente. Quando cheguei fui correndo tomar banho, colocamos o papo em dia e depois ele me levou em um de muitos moinhos. Foi legal, o clima estava bem mais agradável. De lá partimos para Leidseplein, ficamos andando e fomos para o Bulldog para tomar umas cervejas e me despedir.

Voltamos para a cada do meu amigo e dormi. Acordamos cedo num lindo dia de sol e quente. Meu amigo disse que daria praia. Até tentei mudar meu ticket, mas eu já havia feito o check-in, não tinha mais jeito.

 

12/06 – Day Connection em Frankfurt e Volta para o Brasil

 

Cheguei em Frankfurt às 11 e tinha 11 horas de conexão naquela cidade. Fiquei 1 hora pesquisando sobre a cidade no aeroporto e saí para bater perna.

Desci na estação Frankfurt am Main e de cara vi a parte mais moderna da cidade.

Não tinha conexão no celular então fiquei andando por lá até aprender, eis que encontro o centro velho, as feiras, o centro comercial, uma grande mistura entre o novo e o velho.

Entediada, peguei o tram para a parte sul e ali não havia turista algum, só locais. Me senti confortável. Comprei morangos e fiquei na praça olhando o povo passar. Comprei uma água e paguei o valor da água e o valor da garrafa, lá eles cobram a taxa do lixo que você faz. Fiquei chateada, mas apoio a iniciativa, rs. Após comprar alguns presentes na perfumaria, peguei o tram de volta para o centro e fui gastar os últimos Euros. Tomei bastante cerveja. As de lá são boas também, comi alguma coisa com queijo, achei bem diferente, mas eu curti mais a culinária de Munique. Dei as moedas de gorjeta para a garçonete e segui para o aeroporto. Triste por voltar à realidade, mas feliz por tudo ter dado certo no final.

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