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Viajando de carro por 5 meses por toda Nova Zelândia (com custos e mapas!)


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Olá mochileiros de plantão,

 

Estarei dando início aqui ao meu primeiro relato no Mochileiros.com. Este relato, uma viagem de carro (roadtrip) de 5 meses pela Nova Zelândia, é o primeiro de uma série de viagens que estou fazendo em minha volta ao mundo.

Um pouco sobre mim e minha volta ao mundo: Aos 28 anos eu resolvi vender tudo que tinha no Brasil e partir numa viagem de volta ao mundo como nômade: sem destino certo, sem roteiro, sem planos, sem data para voltar, morando e trabalhando em alguns países por onde passo.

Tenho uma página no Facebook(https://www.facebook.com/theworlduponmyshoulders), e um blog, o The World Upon my Shoulders (http://worlduponmyshoulders.com/), onde escrevo sobre os destinos que visito e dou dicas de como viajar barato e ser um nômade ao redor do mundo. Lá você vai encontrar muito mais informações complementares às que estão relatadas aqui. Curte lá, vai!

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Chega de falar de mim e vamos ao que interessa, mas primeiro algumas considerações sobre a viagem devem ser feitas:

 

- A viagem que será aqui relatada foi realizada de Abril a Agosto de 2014;

- Como não tinha planos de fazer um relato, alguns custos (com comida, na maior parte dos casos) serão omitidos;

- Todos os custos mencionados são em NZ $ (Dólar Neozelandês), cujo câmbio era aproximadamente 1$ = 2 R$ na época;

- Kiwi é uma palavra muito usada na Nova Zelândia, e pode significar três coisas:

* A frutra kiwi, também muito encontrada no Brasil;

* Um pássaro nativo do país;

* Como os neozelandeses são carinhosamente chamados;

- Como utilizei de Couchsurfing e hospedagem na casa de amigos e pessoas que eu conheci na estrada além de ter passado a maior parte das noites dormindo no carro, o relato não inclui muitas informações de acomodação;

- Durante os 5 meses visitei praticamente todas as maiores cidades do país, com exceção de Gisborne.

- Como já tenho muitas informações publicadas no meu blog (http://worlduponmyshoulders.com/), o relato será focado na primeira pessoa do singular (EU!), com observações e comentários mais pessoais sobre os lugares que passei;

- Desde Setembro de 2014 tenho vivido na Nova Zelândia, mais especificamente em Queenstown, trabalhando e juntando uma grana para continuar viajando. Se você estiver em busca de alguma dica específica, dê uma olhada no meu blog (http://worlduponmyshoulders.com/) ou faça uma pergunta nos comentários que terei o maior prazer em responder;

 

Para facilitar a visualização vou atualizando o índice a seguir com os posts publicados:

Parte 1 - Preparativos, chegada à Nova Zelândia, Auckland e arredores: http://www.mochileiros.com/post1097422.html#p1097422

Parte 2 - Northland (Whangarei, Russell, Paihia, Waitangi, Whangaroa, Cape Reinga e Ninety Mile Beach): http://www.mochileiros.com/post1099796.html#p1099796

Parte 3 - Coromandel Peninsula (Cathedral Cove e Hot Water Beach), Bay of Plenty (Tauranga e Whangarei) e Waikaremoana Track: http://www.mochileiros.com/post1101829.html#p1101829

Parte 4 - Hawke’s Bay (Napier e Hastings), Taupo, Tongariro Alpine Crossing, Taihape, Rotorua e Hobbiton: http://www.mochileiros.com/post1106116.html#p1106116

Parte 5 - Hamilton, Waitomo, New Plymouth, Mount Taranaki, Whanganui, Palmerston North, Wellington e região:

http://www.mochileiros.com/post1107733.html#p1107733

Parte 6 - Picton, Abel Tasman National Park, Westport, Punakaiki Blowholes, Lake Brunner, Franz Josef/Fox Glacier e Wanaka: http://www.mochileiros.com/post1115679.html#p1115679

Parte 7 - Glenorchy, Paradise, Queenstown, Invercargill, Bluff e Catlins: http://www.mochileiros.com/post1141883.html#p1141883

Parte 8 e final - Dunedin, Elephant Rocks, Clay Cliffs, Mount Cook, Lake Tekapo , Kaikoura e Christchurch: http://www.mochileiros.com/post1148050.html#p1148050

Espero que aproveitem!

 

[t3]Preparativos:[/t3]

 

Brasileiros não necessitam de visto para entrar na Nova Zelândia, mas alguns requerimentos precisam ser atendidos para se obter o visto de turista, válido por 3 meses, na chegada, como ter uma passagem de saída do país dentro dos 3 meses e o equivalente a NZ $ 1000 dólares por mês para se manter durante sua estadia.

 

Pesquisando bem, consegui uma passagem de Santiago a Auckland por R$2400 reais, e, como eu não queria voltar ao Brasil, uma passagem de saída para Singapura por R$1000 reais, que eu poderia trocar no futuro. Com o uso de algumas milhas que eu tinha guardadas, ainda conseguiria fazer uma viagem de alguns dias por Buenos Aires e Santiago antes de pegar o vôo para Auckland. Nada mal!

 

Com a situação da passagem resolvida, agora eu precisava resolver a grana. Eu precisaria de comprovar pelo menos $3900 no aeroporto, caso contrário correria o risco de ter meu visto negado e ser mandado de volta pro Brasil. Devido a problemas na minha antiga conta bancária empresarial, fiquei sem cartão de crédito e débito internacional na véspera da viagem, e o jeito foi sacar a grana e levar em cash. Usando um fator de cagaço, levei US$ 5000 devidamente em espécie. O dinheiro também estava resolvido!

 

Com passagem e dinheiro garantido, só me restava esperar a minha saída do Brasil, que seria no dia 6 de Abril, com destino à Buenos Aires. Mas antes eu tinha a terrível tarefa de arrumar as mochilas pela frente.

Não houveram grandes preparativos em termos de equipamento e/ou roupas, uma vez que eu já tinha tudo comprado para mochilões passados. A grande dificuldade nesse caso foi gerenciar o que seria levado, já que eu sabia que essa seria uma viagem longa e sem data para voltar.

 

Tive que selecionar muito bem tudo o que seria levado, afinal minhas únicas bagagens seriam minha mochila cargueira de 95L e uma outra menor, de 35L apenas. No final das contas foram colocados nas mochilas 2 calças jeans, 2 calças mais leves, 1 conjunto primeira pele calça+camisa, 1 jaqueta goretex com revestimento interno fleece, 2 blusas de frio, 2 pares de tênis, 1 par de chinelos, 6 camisetas, 3 camisas polo, 3 camisas xadrez, 5 bermudas, 2 cintos, 1 par de luvas de frio, gorro, uma dúzia de cuecas e uns 10 pares de meia. Além das roupas tive que deixar espaço para o notebook, câmera fotográfica, máquina de cortar cabelo, pilhas recarregáveis, remédios, produtos de higiene, protetor solar, repelente e outras pequenas coisas. As mochilas estavam prontas!

 

A ansiedade crescia, mas o dia da partida finalmente chegou! Após um ônibus noturno de Vitória para o Rio de Janeiro, dois vôos e alguns dias pelas capitais argentina e chilena (não longo o suficiente para se criar um relato), finalmente embarquei no avião que me levaria até o tão aguardado destino: A Nova Zelândia!

 

[t1]Parte 1 - Chegada à Nova Zelândia: Auckland e arredores[/t1]

 

[t3]Chegando na Nova Zelândia: Auckland[/t3]

 

Após 13h de vôo à partir de Santiago, finalmente cheguei à Auckland. Como a Nova Zelândia está no “futuro”, com 15h na frente do Brasil, eu praticamente perdi um dia, já que eu saí do Chile no dia 8 de abril por volta das 11 da noite e cheguei na Nova Zelândia às 4 da manhã do dia 10!

 

Nós brasileiros necessitamos basicamente de duas coisas para conseguir o visto de turista na chegada à Nova Zelândia:

- Ter uma passagem de saída do país dentro do período de 3 meses;

- Comprovar que tem $1000 por mês que for ficar no país (pode ser cash, extrato bancário ou cartão de crédito válido com faturas recentes mostrando que você tem limite suficiente.

 

Desembarcando do avião, a primeira parada foi no balcão da imigração. Seria ali que eu teria mostrar todos os documentos necessários e tirar meu visto de turista que seria válido por 3 meses. Estava tudo em mãos: $5000 dolares em cash, passagem de saída para Singapura antes de 3 meses e uma reserva de um dia no hostel só para ter uma referência de um lugar que eu ficaria caso me perguntassem.

 

Para minha surpresa, chegando a minha vez o atendente elogiou minha tatuagem, perguntou se eu estava vindo pra estudar ou trabalhar, pegou meu passaporte e carimbou e sequer me pediu algum documento. Nunca achei que seria tão fácil entrar na Nova Zelândia!

 

Uma vez oficialmente em terras Neozelandesas eu precisava chegar ao centro da cidade, que fica longe do aeroporto. Como ainda eram 5 da manhã eu só tinha duas opções para se chegar na city (como as pessoas se referem ao centro por aqui): pegar um taxi, que custaria facilmente mais de $60, ou o ônibus 24h que circula entre o aeroporto e a city a cada 15 min, e custa $16. Apesar de caro, peguei o ônibus.

 

O ônibus parou exatamente em frente ao Base Backpackers, o hostel que eu tinha uma reserva feita por uma noite por $24. Como ainda eram 5h da manhã eu ainda teria que esperar até as 13h para fazer o check-in, ou fazer um upgrade para um quarto single por mais $26. $24 já era muito por uma noite, e decidi aguardar até o início da tarde. Enquanto o tempo não passava, decidi explorar a cidade com um inglês e uma chilena que estavam no hostel na mesma situação que eu.

 

Como o hostel fica na Queen St, bem no centrão de Auckland, não demoramos muito a conhecer a principal avenida da cidade. Praticamente andamos do hostel ao Harbour e voltamos, num total de 30min de caminhada mais algumas paradas. Apesar de curto já deu pra sentir a vibe da cidade: muita gente de diferentes etnias andando (correndo) de um lado para o outro, como uma típica cidade grande. Muitos indianos, asiáticos, bastante caucasianos e alguns poucos latinos.

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No Harbour foi possível conferir um visual melhor da cidade: bastante moderna, cheia de prédios novos no centro, a Skytower (símbolo da cidade e figura onipresente em todas as fotos urbanas tiradas por aqui) e centenas de pequenos e médios barcos ancorados, fazendo jus ao apelido de “Cidade das Velas” atribuído à Auckland. Como o cansaço, sono e jetlag ainda batiam, fizemos uma parada rápida no Burger King e voltamos pro hostel.

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Ainda faltavam umas 2 horas antes do check-in, então resolvi entrar em contato com família e amigos no Brasil e dar sinal de vida. Na hora de conectar o laptop à internet veio a surpresa: a internet era paga! Perguntei ao cara da recepção e ele me disse que raramente eu encontraria hostels com internet gratuita na Nova Zelândia, e se eu quisesse me conectar seriam $4 por um dia inteiro. Dadas às circunstâncias, resolvi pagar.

 

Após alguns minutos conversando com a família pelo Facebook, uma amiga veio puxar papo. Ela me perguntou se eu tinha lugar para ficar e eu respondi que só por uma noite, e não tinha planos para depois. Após alguns minutos ela me retornou dizendo que tinha um amigo em Auckland e que ele poderia me hospedar se eu quisesse. Fiquei meio confuso, e 5 min depois um cara me adicionou no Facebook. Aceitei, e começamos um papo que foi mais ou menos assim:

 

Ele: E ai? Ta em Auckland?

Eu: Sim, cheguei hoje cedo.

Ele: A Mainá me disse que você está precisando de um lugar pra ficar.

Eu: Bom, acabei de chegar e preciso resolver o que vou fazer da minha vida por aqui. Por enquanto só tenho uma noite aqui no Base.

Ele: Você pode ficar aqui em casa se quiser.

Eu: Sério mesmo? Muito obrigado! Prometo não ficar muito tempo.

Ele: Relaxa, você pode ficar quanto tempo quiser. Posso te buscar agora?

Eu: Obrigado novamente! Já paguei pela próxima noite, mas posso ir amanhã se não tiver problemas.

Ele: Sem problemas, nos vemos amanhã então!

 

Fechei a conversa e pensei comigo: Parece ser bom demais pra ser verdade!

 

Eram por volta das 13h e eu sabia que dormir a esse horário só atrapalharia minha adaptação ao horário na Nova Zelândia, por isso fiz o check-in, deixei as mochilas no quarto e fui me encontrar com a Luisa, uma amiga da minha irmã que mora em Auckland e precisava pegar algumas coisas que eu tinha trazido pra ela. Encontramos-nos na entrada do Base e caminhamos ao longo da Queen St em direção ao Harbour (de novo) onde batemos papo por um tempo e vimos o pôr do sol antes de eu voltar ao hostel. Mais um pouco de internet e finalmente cama!

 

Acordei cedo e ansioso no dia seguinte, arrumei minhas mochilas e fui me encontrar com Simon, o cara que iria me hospedar em Auckland. 15 minutos depois ele me buscou no Base e me levou até sua casa, que fica em Grafton, um bairro próximo ao centro de Auckland. Chegando lá ele tinha um quarto com cama de casal só para mim, e após algumas horas de conversa sobre viagens, dirigir na Nova Zelândia e Brasil, ele me disse que naquele dia seria o aniversário de 21 anos de uma amiga dele e que eu estava convidado. O único “inconveniente” seria que precisávamos estar lá antes do horário para ajudar na preparação da festa.

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De Grafton fomos para Titirangi, um subúrbio em West Auckland, onde conheci a aniversariante e toda família além de ajudar nos preparativos da festa, incluindo os Jelly Shots, copinhos de gelatina com vodka. O aniversário de 21 anos é considerado muito importante na Nova Zelândia pois simboliza a maturidade do filho, e é comum que o aniversariante receba uma chave dos pais, reconhecendo a livre inda e vinda do filho à casa. Após muita comida boa, alguns drinking games, jelly shots e cervejas locais somados ao jetlag que eu ainda estava sentindo, não consegui resistir ao sono e capotei no sofá em plena festa. Um novo país com direito à uma boa receptividade, um lugar para ficar e novos amigos: meu início na Nova Zelândia não poderia ser melhor!

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A semana seguinte eu aproveitei para conhecer melhor a cidade e algumas atrações turísticas. Um dos pontos mais visitados na cidade é o Mount Eden, que é um vulcão adormecido que fica a 40 min de caminhada do centro da cidade, com vista panorâmica de Auckland e seus subúrbios.

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Auckland tem muitos parques espalhados por toda a cidade, como o Albert Park e o Auckland Domain. O primeiro está bem no coração da cidade, enquanto o segundo, além e ser o maior parque da cidade, contém também o Auckland Memorial Museum, que é um dos museus mais completos do país.

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Como eu só tinha dólares americanos, a melhor opção que eu tinha era trocá-los por dólares neozelandeses. Diferentemente de países sul americanos, não existem barraquinhas de câmbio pelas ruas por aqui, mas existem muitas casas de câmbio oficiais, bancos e algumas lojas (a melhor opção dentre as três mencionadas) que fazem a troca. A melhor forma de achar o câmbio mais barato é caminhar a Queen St sempre que for trocar, e observar qual loja faz o melhor preço, uma vez que eles mudam praticamente todos os dias.

 

Outra coisa que percebi de cara é que as pessoas raramente carregam dinheiro (cash) consigo na Nova Zelândia. Máquinas de cartão de crédito/débito são encontradas em todos os lugares, e como eu ficaria um bom tempo no país, resolvi abrir uma conta num banco local, o ASB, assim eu poderia depositar meu dinheiro lá e só usar o cartão.

 

Passados alguns dias em Auckland eu percebi que seria difícil conseguir um emprego sem possuir um visto de trabalho de antemão, e já estava fazendo planos para viajar o país enquanto Setembro, mês que abre as inscrições para o Working Holiday Visa, não chegava.

 

Numa quarta-feira resolvi participar do Couchsurfing Weekly Meeting em Auckland, e minha inclinação para viajar logo pelo país só aumentou. No encontro eu conheci Jegor, um cara da Estônia que tinha acabado de chegar ao país e estava pensando em viajar de carro. Ele me mostrou alguns custos sobre uma roadtrip pela Nova Zelândia, e eu fiquei muito tentado a fazer uma. Trocamos telefone e combinamos de ver alguns carros durante a semana e decidir se iríamos viajar juntos ou não.

 

Para aqueles que não sabem, a Nova Zelândia é um país muito fácil para se viajar de carro devido à facilidade em se comprar uma van de outros viajantes e fazer a tão sonhada roadtrip pelo país. Além disso é uma ótima forma de conhecer o país, pois você pode parar onde quiser e economizar uma grana com acomodação, umas vez que pode dormir no carro.

 

Com isso em mente, Jegor e eu passamos a olhar diariamente os anúncios em sites de venda como Trademe e Gumtree, e também checamos feiras e lojas de carros usados em busca daquela que seria a campervan ideal para a viagem. Enquanto não achávamos o carro ideal, exploramos um pouco mais o que Auckland tinha a oferecer.

Junto com Sophia, uma kiwi que conheci na festa de aniversário de 21 anos na minha segunda noite na Nova Zelândia, Jegor e eu fomos à Rangitoto Island, que é uma ilha vulcânica situada na baía de Auckland. Existe uma trilha passando por cavernas de lava e solos pedregosos que leva até o topo do vulcão, que é completamente coberto de mata, e oferece vistas espetaculares de toda região de Auckland. O ferry saindo do porto de Auckland custou $28 ida e volta.

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Outro lugar que também explorei junto com Sophia foi North Shore, ao norte de Auckland. Lá existem algumas caminhadas em Mount Victoria (mais um vulcão adormecido), alguns bunkers desativados da Segunda Guerra Mundial, vista de Rangitoto Island e alguns cogumelos artificiais pra fãs de Super Mario Bros nenhum botar defeito.

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A semana foi passando e após alguns contatos com vendedores de carros, finalmente achamos o carro ideal. Jegor e eu compramos um Mazda MPV ano 98 de um casal de israelenses que estavam loucos para deixar o país por um preço abaixo do mercado. O carro tinha 185.000 km rodados, uma rodagem normal para a Nova Zelândia, e nos custou $2700, incluindo alguns acessórios de camping.

 

Levamos o carro a um mecânico em Ponsonby antes de fechar o negócio, e o ele chegou o carro sem nos cobrar nada. Seriam necessários alguns poucos ajustes, mas o carro estava em boas condições de viajar naquele momento. Fechado o negócio, fizemos a transferência da titularidade do carro para o meu nome nos correios (sim, aqui se faz essas coisas nos correios), e em menos de 10 minutos o carro era oficialmente meu.

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Com o carro em mãos, fomos às comprar de material de camping como inversor de potência para carregar laptop e celular durante a viagem, saco de dormir, colchão inflável, caixas plásticas, toalhas, latas de gás de cozinha entre outros totalizando $262.

 

Já tínhamos praticamente tudo que precisávamos para viajar, exceto o destino. Resolvemos então fazer uma viagem teste para Northland, que é uma região ao norte de Auckland, e nossa idéia era testar o carro, nossa resiliência em dormir nele, e principalmente, se a parceria entre Jegor e eu daria certo. Nosso plano ideal era viajar por Northland em 2 semanas.

 

Ainda faltava uma coisa: mais companhias. Sem hesitar, comparecemos mais uma vez ao Couchsurfing Weekly Meeting e recrutamos mais 4 pessoas para viajar conosco: Cameron (EUA), Bronnie (NZ), Toli (Russia) e Ivy (Australia), sendo que os últimos dois já estavam viajando juntos e se juntariam a nós em seu próprio carro.

Após duas semana em Auckland, passamos em Mount Eden para ver o pôr do sol e nos despedir da maior cidade do país, e no dia seguinte pegamos a estrada rumo à Northland!

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[t3]Auckland: Impressões e dicas[/t3]

- Auckland é a maior cidade do país, com cerca de 1 milhão e meio de habitantes. Andando pelo centro se pode notar que Auckland é uma cidade internacional, com gente de todo o mundo.

- Os Maoris se orgulham muito da sua cultura e se mesclaram aos imigrantes, fazendo parte da sociedade de igual para igual. A cultura Maori pode ser vista em todos os cantos da cidade, seja museus, arte no meio da rua ou nas tatuagens faciais.

- Como todo o país, Auckland é uma cidade muito cara. Os custos com moradia, alimentação e transporte público são muito altos e este último é bastante ineficiente.

- Apesar de ser a maior cidade do país, Auckland não passa uma sensação de Metrópole quando comparada à cidades brasileiras. Andar na Queen St durante o dia é como caminhar na Avenida Paulista, mas basta sair do centro que a figura muda completamente. Basicamente não há vida noturna fora do centro da cidade ou de Ponsonby e dificilmente você verá pessoas caminhando ou se exercitando em outros bairros após o pôr do sol. É claro que existem pequenas lojas, postos de gasolina e supermercados fora do centro, mas esqueça bares, agito e qualquer outro movimento humano depois do escurecer!

- Existem cerca de 43 vulcões na região de Auckland, mas todos estão praticamente adormecidos. Basicamente, todo e qualquer morro na cidade é ou já foi um vulcão um dia.

- Muitas pessoas não costumam explorar Auckland além do centro urbano, mas a verdade é que os entornos da cidade têm muito a oferecer. Além dos clássicos Skytower, Mount Eden, Auckland Domain e Auckland Museum, há lugares menos visitados e lindíssimos como a praia de areia preta Piha Beach, a ilha de Rangitoto, o Parque Nacional de Waitakere Ranges, Misson Bay e North Shore/Devonport.

- Hostels, aqui chamado de Backpackers, não oferecem café da manhã ou internet inclusos;

- Uma boa forma de se manter conectado à internet no país é comprar um chip da operadora Spark (antiga Telecom). Com $20 mensais você pode assinar um plano que te oferece 100 minutos de ligação local, SMS ilimitado, 500 Mb de internet 3G e 1 GB de Wifi por dia nas proximidades das cabines telefônicas da operadora.

- Carros usados são relativamente baratos por aqui (principalmente se compararmos com o valor que pagamos por veículos no Brasil), mas a maioria dos carros abaixo de $5000 são velhos (lê-se década de 90).

- Na Nova Zelândia se dirige na mão esqueda, assim como na Inglaterra.

- As pessoas, de uma maneira geral, são bem amigáveis e solícitas. Uma simples pergunta de direção na rua pode te render um cafézinho grátis se você tiver sorte o suficiente.

 

Para maiores informações e dicas sobre a Nova Zelândia, visite o meu Blog (http://worlduponmyshoulders.com/ e curta a página no Facebook (https://www.facebook.com/theworlduponmyshoulders)!

 

To be continued...

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[t1]Parte 2: Northland (Whangarei, Russell, Paihia, Waitangi, Whangaroa, Cape Reinga e Ninety Mile Beach)[/t1]

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Finalmente a roadtrip pela Nova Zelândia tinha começado! Saímos de Auckland por volta das 5 da tarde, algumas horas antes do anoitecer, e nosso plano era passar a noite na cidade de Whangarei.

Pegamos a SH1, que é a principal rodovia que liga Auckland ao norte, com destino a Whangarei, aproximadamente 160 Km ao norte de Auckland. Alguns quilômetros nela e nos deparamos com um pedágio, que apesar de ser apenas $2.20 já me deixou surpreso com o país. Se você estiver com pressa e não quiser pagar o pedágio, basta continuar sua rota e pagar o pedágio pela internet.

 

[t3]Whangarei[/t3]

Já era noite quando chegamos à Whangarei, e a cidade estava morta. Como estávamos em 4 pessoas não seria possível todos dormirem no carro, logo precisaríamos arrumar lugar para acampar. Decidimos assim ficar no Whangarei Top 10 Holiday Park, onde pagamos $18 por pessoa para ter o direito de armar a barraca e tomar um banho.

Whangarei é a maior cidade de Northland, região ao norte de Auckland, e tem atrações bem distintas. No dia seguinte fomos explorar o que a cidade tinha a oferecer!

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Começamos por visitar a Whangarei Falls, que é a cachoeira mais fotografada do país segundo o Lonely Planet. O mais interessante dessa cachoeira é que você pode chegar perto da queda, seja por cima ou por baixo, além das pequenas trilhas nas proximidades, todas muito repletas de verde.

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Outro lugar que visitamos foi o AH Reed Memorial Kauri Park, que é uma reserva com varias árvores Kauri, que podem chegar a 16m de altura em média. No parque há diversas caminhadas, e algumas cachoeiras também.

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Saindo do parque fomos até Abbey Caves, que é um complexo de cavernas na região. Essas cavernas, aparentemente, foram esculpidas pelos riachos e hoje são uma atração imperdível na região. O uso de lanterna é imprescindível devido à escuridão que toma conta de cada canto.

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Cameron e eu tentamos encontrar o fim de uma das cavernas, mas chegou um ponto que estava tão fundo que decidimos voltar. By the way, enguias são uma companhia constante nas águas profundas destas cavernas 

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Como já era tarde, fomos novamente caçar um lugar pra dormir quando Toli surgiu com uma ótima informação. Ele nos contou sobre um aplicativo para smartphones, o Campermate, que é um banco de dados feito pelo governo neozelandês (e também com sugestões de usuários) com áreas de free camping, banheiros públicos, atrações, centro de informações turísticas e etc. Baixei o aplicativo imediatamente!

O lugar indicado por Toli não era exatamente liberado para camping, mas tinha um ponto cego que somente quem chegasse bem perto poderia descobrir. Estávamos todos muito receosos porque acampar em lugar não permitido na Nova Zelândia pode render uma multa de $200, mas decidimos arriscar ainda assim. Aquela noite tivemos também um jantar coletivo, muitos papos sobre viagem e alguns momentos, diria eu, inusitados.

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Passada mais uma noite em Whangarei era hora de explorar as praias locais. Já fazia fria essa época do ano e ninguém quis arriscar entrar na água, mas deu pra dar uma sacada no visual.

As praias de Whangarei Heads apresentam um visual selvagem e familiar ao mesmo tempo, já que as águas são aparentemente calmas e cheias de casas de veraneiro. Não é muito difícil de se imaginar como seria essa praia no verão, cheia de gente!

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A última parada antes de partir foi em Parihaka Scenic Reserve, que é um mirante com vista da cidade e região. Uma perfeita despedida antes de pegar a estrada novamente, dessa vez para Bay of Islands!

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[t3]Bay of Islands (Russell, Paihia e Waitangi)[/t3]

Bay of Islands é dos pontos mais turísticos de Northland, e recebe esse nome devido às inúmeras ilhas que compõe a baía, são 144 no total. Além de um cenário lindo de morrer, Bay of Islands tem uma importância histórica muito grande na Nova Zelândia.

Começamos a explorar Bay of Islands por Russell, que fica a 76 Km ao norte de Whangarei seguindo pela SH1, mas dessa vez fomos pelo litoral, aproveitando a paisagem e socializando mais durante as refeições na estrada.

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Bay of Islands foi onde se iniciou o assentamento de europeus na Nova Zelândia, e Russell foi a primeira capital do país após a independência em 1840. A cidade, que já foi considerada “um lugar repleto de recusados pela sociedade”, não passa de uma pacata vila repleta de cafés hoje em dia.

Como chegamos ao final do dia, passamos a noite no Russell Top 10 Holiday Park por $23 por pessoa, e fomos explorar a “cidade” no dia seguinte.

Não há muito que se fazer em Russell além de uma curta caminhada pela marina e tirar umas fotos pagando de turistão. Após passarmos a manhã por lá, atravessamos a baía numa balsa ($8 por veículo e adicional e $2 por pessoa) até Paihia, do outro lado de Bay of Islands.

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Paihia é sem dúvida a cidade mais turística de Bay of Islands, pois são onde estão os melhores hostels (backpackers), melhores restaurantes e é de onde saem todos os tours da região. Como Cameron tinha que partir de volta à Auckland naquela noite, não perdemos tempo na cidade inicialmente e já fomos em busca de algo a se fazer.

Dessa vez fomos conhecer nada mais nada menos que outra cachoeira, a Rainbow Falls. A queda de 30m tem esse nome porque é possível ver um arco-íris dependendo do horário e do ângulo que se olha para ela.

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Com um a menos no grupo, já que tivemos que deixar Cameron no ponto de ônibus por volta das 6 da tarde, e a noite chegando, precisávamos encontrar um lugar para passar a noite. Jegor queria ficar em algum hostel, mas eu não estava a fim de ficar gastando muito dinheiro com acomodação. Toli começou a me explicar como era dormir no carro pelo país sem ser pego, e eu comecei a acreditar que seria uma boa fazer o mesmo. Naquela noite e nas 2 seguintes dormimos no carro em uma rua pouco movimentada e não tivemos nenhum problema.

No nosso segundo dia em Paihia fomos velejar! Por $90 por pessoa fizemos um tour num barco à vela na baía, com uma parada na ilha Motuarohia. Além de o capitão deixar a gente tomar conta do leme de vez em quando, o tour ainda incluía almoço, uso de kayaks e snorkeling durante as 2h que tivemos na ilha. Nada mal!

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Após um dia inteiro velejando e curtindo o mar, ainda tivemos energia para aproveitar um Quiz Night no Base Backpackers em Paihia.

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No terceiro e último dia em Paihia, Jegor, Bronnie , Ivy e eu fizemos um tour histórico em Waitangi Treaty Grounds, há menos de 10 minutos ao norte de Paihia.

Waitangi, localizada a menos de 1 Km ao norte de Paihia, é um lugar de muita importância na história neozelandesa por ter sido o local onde o Tratado de Waitangi foi assinado por diversos chefes Maoris e a Coroa Britânica em 6 de fevereiro de 1840, estabelecendo direitos e deveres entre estes povos, e também onde a Declaração de Independência da Nova Zelândia foi assinada 5 anos depois, em 28 de outubro de 1845.

Hoje, o local onde foi assinado o Tratado de Waitangi, Waitangi Treaty Grounds, é um museu ao céu aberto controlado pelo governo neozelandês e recheado de atrações que remetem ao século 19 e à cultura Maori. A entrada custa $25, e uma vez lá dentro pode-se pagar pelo tour guiado, $10, e até uma performance cultural feita pelos descendentes Maoris residentes na região, $10.

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Toli e Ivy decidiram voltar para Auckland, e Jegor, Bronnie chegamos à conclusão que nosso tempo em Paihia tinha se esgotado e continuamos a viagem por Northland. Nosso próximo destino seria Whangaroa, mas desviamos o caminho um pouco até Kaihoke,uma região com vários geisers e piscinas de águas termais, onde acampamos por $8 e por mais $4 tivemos acesso às piscinas de água quente do camping.

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No dia seguinte pegamos a SH10 rumo ao norte, passando por Matauri Bay e passando a noite em Whangaroa, aproximadamente 60 Km de Paihia, que é uma pequena vila com muitas casas de veraneio. Lá conhecemos Mirko, um alemão que estava viajando sozinho em seu carro, e como estava sem planos, decidiu se juntar a nós na roadtrip pelo país. Um dos highlights de Whangaroa é subir a St. Pauls Rock, onde se tem uma vista panorâmica de todas as montanhas da região e também do mar.

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Continuamos assim pela SH10 com mais um companheiro de viagem, passando por Mangonui e Doubtless Bay até chegar à Península de Karikari. Este dia foi de longe um dos mais divertidos da viagem por Northland, pois tiramos algumas fotos ridículas com as placas que encontramos no caminho, além de temos chegado a uma praia belíssima e deserta só pra gente na península.

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Uma ótima forma de fechar o dia foi assistir a um dos mais bonitos pores do sol que já vi na minha vida naquela praia deserta e com companhias de viagem fenomenais!

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[t3]Cape Reinga[/t3]

Seguindo a estrada novamente no dia seguinte chegamos a Cape Reinga, que fica a 135 Km de Mangonui e é o ponto mais ao norte da Nova Zelândia. De um visual explendido, o local é muito famoso pelas diversas caminhadas de diversas durações, pelo farol no final da trilha principal e pelo encontro dos Oceano Pacífico e o Mar de Tasman. Além disso, é um lugar sagrado para os nativos, pois segundo a mitologia Maori os espíritos dos mortos têm que viajar até Cape Reinga, de onde saltam para a pós-vida, descem até o submundo e retornam para sua terra natal, Hawaiki.

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Uma vez atingido o extremo norte do país, era hora de voltar aos poucos para Auckland, mas dessa vez explorando a costa oeste de Northland.

 

[t3]Te Paki Sand Dunes[/t3]

Na estrada novamente, paramos em mais um paraíso inesperado na Nova Zelândia: as dunas de areia de Giant Te Paki, 20 km ao sul de Cape Reinga. Essas dunas estão muito próximas do mar, e são fáceis de ser acessadas caso também esteja viajando de carro. No local é possível alugar pranchar de boogie board por $5 a hora e descer as dunas quantas vezes quiser. Como não havia nenhuma prancha própria de sandboard ou snowboard que se possa descer em pé, eu preferi não participar da brincadeira e aproveitei o momento pra explorar as dunas e tirar algumas fotos.

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[t3]Ninety Mile Beach[/t3]

Não vendo tudo que Northland tinha a oferecer, fomos checar a famosa praia de Ninety Mile Beach, que apesar do nome tem aproximadamente noventa quilômetros e não noventa milhas. Como praia e sol era algo raro pra Jegor, que tinha passado seus últimos anos vivendo em Londres, colocamos o carro na praia e dirigimos por cerca de uns 40 km de Ninety Mile Beach Holiday Park até Ahipara. A aventura excedeu as expectativas, com vários drits na areia e momentos para serem guardados na memória para sempre.

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Em Ahipara chegamos à conclusão que já tínhamos visto basicamente tudo o que queríamos em Northland, e voltaríamos para Auckland logo. Fizemos uma parada de 2 dias em Paihia novamente, e de lá nos despedimos em direção à maior cidade do país. No total nossa trip em Northland durou cerca de 3 semanas.

 

De volta a Auckland as coisas meio que voltaram a ser como antes. Eu voltei a ficar hospedado na casa de Simon, mas dessa vez tinha a companhia de Mirko, que resolveu continuar na estrada com a gente por mais tempo. Enquanto isso, Bronnie voltou a sua vida cotidiana em Auckland. Foram 2 semanas de volta à uma cidade grande, onde pude visitar o Zoológico de Auckland ($25 por adulto)...

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...e consertarmos algumas coisas ruins que foram aparecendo no carro, como:

Vazamento de óleo do motor: $212

Novos pneus dianteiros + balanceamento: $210

“Nova” bateria (com 6 meses de uso prévio): $85

Troca do termostato quebrado: $106

Com o carro sem nenhum problema e já acostumados com o ritmo de viajar sem rumo e dormir no carro, era hora de deixar Auckland de uma vez por todas e cair na estrada novamente.

 

[t3]Northland: Impressões e dicas[/t3]

- A região de Northland é um destino ideal no verão, principalmente para aqueles que querem curtir praias.

- Waitangi Treaty Grounds e Cape Reinga foram os lugares mais marcantes pra min em Northland, mas Whangarei e Ninety Mile Beach foram muito especiais devido às companhias.

- Basicamente existe algo na Nova Zelândia chamado Freedom Camping, que é acampar em lugares públicos, seja armando uma barraca ao ar livre ou dormindo dentro de um veículo. Em alguns poucos locais é permitido dormir no carro caso você tenha um veículo self-contained (com banheiro), e em outros poucos locais é possível dormir em qualquer carro ou até mesmo em uma barraca. De uma forma geral, se você avistar uma placa com os dizeres “No Freedom Camping”, não durma lá, caso contrário corre o risco de acordar com uma multa de $200 no seu para-brisa.

- Whangarei é a cidade mais estruturada em Northland, com muitas opções de lojas e supermercados, e em segundo lugar vêm Paihia e Kerikeri. Se precisar fazer compras ou abastecer o veículo, faça em alguma dessas cidades caso contrário vai ficar muito mais caro.

- Uma boa opção de comida barata pelo país são as pizzas de $5 (Pizza Hut e Dominos) e os famosos Fish n’ Chips, encontrados em qualquer cidade pequena.

- O tour em Waitangi Treaty Grounds é uma excelente forma de entrar em contato com a história da Nova Zelândia. Como os Maoris eram um povo guerreiro e os ingleses não eram pareos, a única forma de dominação encontrada pelos ingleses foi através do comércio. Assim, com a assinatura do Tratado de Waitangi, houve um acordo econômico e cultural entre os dois povos. Há duas versões do documento oficial, uma em Maori e a outra em Inglês, e há divergências gritantes entre ambas.

- Não deixe de levar um snowboard consigo quando for a Giant Te Paki. Não há custo de admissão nas dunas, e com o material adequado você pode ter diversão garantida descendo nas dunas quantas vezes quiser.

 

Para maiores informações e dicas sobre a Nova Zelândia, visite o meu Blog (http://worlduponmyshoulders.com/ e curta a página no Facebook (https://www.facebook.com/theworlduponmyshoulders)!

 

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[t1]Parte 3: Coromandel Peninsula (Cathedral Cove e Hot Water Beach), Bay of Plenty (Tauranga e Whangarei) e Waikaremoana Track[/t1]

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Com Auckland ficando para trás de uma vez por todas, meu próximo destino era a Península de Coromandel, famosa por suas praias e casas de veraneio.

 

[t3]Coromandel Peninsula[/t3]

Como pode ser visto no mapa acima, iniciamos a jornada pela península no sentido anti-horário, passando por Thames, Coromandel Town, Colville e até a remota Fletcher Bay até chegarmos ao lado leste, onde estão as atrações locais mais famosas, dirigindo um total de 315 Km pela SH1 e SH25.

O lado oeste da península não é nada turístico, mas possui uma natureza contrastante: praias e morros muito próximos, fazendo da SH25 uma estrada interessante a ser dirigida. Um lugar que gostaríamos de ter ido são os The Pinnacles, em Coromandel Forest Park, mas o tempo estava ruim e desistimos. Para compensar, nos redimimos visitando belíssimas praias desertas pelo litoral, como Waikawau Bay, ao norte da península.

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Neste ponto da viagem eu já tinha estabelecido um bom acordo com meus parceiros de viagem. Como vim a descobrir um pouco tarde, Jegor não possuía o mesmo espírito mochileiro que eu, e na maioria das vezes ele ficaria em albergues conhecendo outros viajantes e convidando-os a fazer pequenas road trips com a gente, enquanto eu dormiria no carro. Assim, toda noite Mirko e eu, cada um em seu carro, tínhamos que caçar um bom lugar tranquilo para estacionar e dormir.

As coisas começaram a ficar mais interessantes quando chegamos em Whangapoua. Ao conversar com alguns locais fomos informados de uma praia da região, New Chum’s Beach, famosa por ser praticamente intocada até hoje. Esta praia não possui acesso por estradas, e para chegar lá tivemos que caminhar por cerca de 30 minutos sobre pedras (e as vezes até dentro da água!) à partir do balneário de Whangapoua. No final valeu a pena, pois mesmo com o frio que estava fazendo não pude deixar de dar um mergulho nas águas claras do Pacífico.

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De Whangapoua continuamos a jornada pela costa leste passando por Matarangi, um agradável balneário, e Whitianga, onde nos reencontramos com Luise, uma alemã que conhecemos em Paihia e dessa vez viajaria conosco por um tempo, até chegar em Hahei, 75 Km de Whagapoua, outra agradável vila costeira onde aproveitamos o bom tempo para relaxar por alguns dias e conhecer as principais atrações de Coromandel.

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Localizada ao sul de Hahei na Península de Coromandel, Hot Water Beach é uma praia da Nova Zelândia famosa por possuir águas quentes a qualquer época do ano. A explicação para isso não é muito complexa: como a Nova Zelândia tem sua formação baseada em erupções vulcânicas, a presença de geisers próximos à superfície é muito comum em algumas regiões, e para a alegria de muitas pessoas, principalmente no inverno, alguns desses geisers estão localizados bem na areia dessa praia ao sul de Hahei!

Basicamente quando a maré está baixa é possível ver uma fumaça branca brotando das areias de Hot Water Beach, e é nesse exato momento que as pessoas cavam suas próprias piscinas no meio da praia e tentam misturar a água do oceano com a água quente dos Geisers, temperando ela até atingir a temperatura ideal.

Esperamos a maré baixa das 10 da noite para nos deliciarmos nas águas quentes dessa praia, mas estava tão frio do lado de fora que mal deu pra tirar algumas fotos decentes. Nesse dia eu consegui ficar realmente puto pela primeira vez durante a viagem: estávamos lindos e sorridentes cavando nossa piscina natural na areia da praia em quando uns 20 ingleses viajando com o Kiwi Experience chegaram como uns animais, querendo tomar conta das piscinas que nós cavamos com muito esforço. Após algumas discussões, trocas de elogios e uma piscina destruída, cada um foi pra seu canto antes que a treta se formasse. Então, no dia seguinte, voltei lá para registrar melhor a praia (sem babacas dessa vez), mas minha cota de areia na sunga na noite anterior foi o suficiente para não entrar na água dessa vez.

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Ai depois de conhecer tantas praias diferentes e exóticas e começar a achar que praia nenhuma pode te surpreender, a Nova Zelândia vem e te dá um soco na cara. Pois é, depois de caminhar 30 minutos passando por uma fazenda de ovelhas e algumas falésias, eis que você chega a Cathedral Cove e grita PUTA QUE PARIU!

De um visual incrível, Cathedral Cove é uma praia, na verdade duas, localizada na Reserva de Te Whanganui-A-He, e tem esse nome devido ao “túnel” que liga as praias. Além da água que é praticamente transparente, do outro lado do túnel pode-se encontrar a pedra de Te Hoko Rock, que conferem mais beleza ainda ao local.

Tenho que confessar que de todos os lugares que visitei até agora na Nova Zelândia, Cathedral Cove foi o que mais me impressionou. Você pode passar horas lá relaxando e curtindo o visual, e até mesmo encontrar um tempo pra ler um livro.

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[t3]Bay of Plenty[/t3]

Após relaxar alguns dias em Hahei Beach e aproveitar Hot Water Beach e Cathedral Cove, era hora de cair na estrada novamente e deixar a Península de Coromandel em direção a Bay of Plenty.

Rumamos 95 km pela SH2 em direção à cidade de Waihi, localizada ao sul de Hahei, que assim como muitas cidades da Península de Coromandel, tem sua história baseada na mineração de Ouro.

Impossível de errar, a mina de ouro a céu aberto de Martha’s Mine encontra-se bem no meio da cidade, e por muitos anos foi a principal fonte de renda da região. Hoje praticamente não há mais ouro nesta mina, mas a prefeitura está dando início ao projeto que vai transformar a mina em um lago. Esse processo levaria naturalmente 25 anos, mas com o projeto uma vez em andamento se estima cerca de 6 anos. Enquanto isso a cidade está sendo desapropriada para que outra mina possa ser construída.

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Após passar uma tarde em Waihi, continuamos pela SH2 25 km rumo à pequena cidade de Katikati antes de seguir viagem para Tauranga no dia seguinte. Esta região é conhecida como Bay of Plenty, zona portuária e pesqueira da Nova Zelândia, e também abriga algumas casas de veraneio ao longo da costa, além de ser a maior região produtora de kiwis do país.

Tauranga, 40 km ao sul de Katikati, é a maior e principal cidade de Bay of Plenty. Não tem muito a oferecer em termos de atividades e pontos turísticos, mas é um importante hub econômico na região, pois nela encontra-se o maior porto do país. Para não passar em branco, visitei as ruínas do que foi um forte inglês durante a ocupação inglesa na região de Bay of Plenty. Basicamente só existem os muros do que foi o forte de Monmouth Redoubt, e hoje o local não passa de um parque urbano.

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Próximo a Tauranga está o badalado balneário de Mt. Maunganui, que leva esse nome devido ao imponente Mount Maunganui, que domina a paisagem. Aproveitando a passagem, nada melhor do que subir o Mount Maunganui e apreciar a vista do balneário e de Bay of Plenty.

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Apesar de famosa, Tauranga não foi nada de especial para nós, além de termos perdido a companhia de Luise que precisava ir embora do país. Foi sim um bom lugar para recarregar as energias e após alguns dias reorganizando a viagem e mudando um pouco os planos, decidimos continuar pela costa leste até Whakatane, 92 km pela SH2.

Conhecida também por ser a cidade que faz mais sol em toda Nova Zelândia, Whatakane é uma agradável cidade com um passado histórico muito importante, pois os maoris desta região resistiram à colonização inglesa. Além disso, a região é repleta de cavernas e até mesmo cachoeiras bem próximas à praia.

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Mas o maior motivo de nossa visita à Whakatane estava, na verdade, a alguns quilômetros de lá em direção ao mar. Localizada a 50 quilômetros de Whakatane em Bay of Plenty, a ilha de Whakaari Island (também conhecida como White Island) é um dos vulcões de mais fácil acesso do mundo e atualmente o mais ativo da Nova Zelândia, com sua origem datada entre 150 a 200 mil anos atrás.

Propriedade privada, a ilha só pode ser visitada com a devida permissão ou com alguma das agências de turismo local, que realizam tours guiados à partir de Whakatane e Tauranga por Helicóptero (cerca de NZ$ 650) ou barco (NZ$ 200).

Tomamos o barco até a ilha à partir de Whakatane. O passeio é tranquilo e leva cerca de 1h15min pra chegar até lá. Ao aproximar-se da ilha pode se perceber que as nuvens ao redor são na verdade parte da constante atividade vulcânica da ilha, lançando vapores para a atmosfera o tempo todo.

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A primeira impressão ao se pisar na ilha é que se está entrando em algum planeta alienígena. O solo é completamente seco e pedregoso, dificultando muito a sobrevivência de plantas próximos à cratera, sem contar as cores presentes por toda superfície, que vão do vermelho vulcânico até aos diversos tons de amarelo devido à presença onipresente do enxofre.

Por toda a superfície da cratera pode-se encontrar geisers e piscinas de lama fervendo, sem contar uma quantidade enorme de fumaça e o tradicional cheiro de enxofre, sendo necessário o uso de máscara e óculos em alguns locais, principalmente próximo ao lago.

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Mesmo com toda essa adversidade a natureza deu seu jeito de se manter viva, sendo possível encontrar alguns córregos no meio de um ambiente tão inóspito. A água desses córregos é tão rica em minerais que deixa qualquer complexo vitamínico de A a Z no chinelo, mas o gosto não é nada agradável. Acredite, eu tentei!

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Em constraste com toda essa natureza exótica estão as ruínas de uma antiga fábrica, a única herança humana das inúmeras tentativas de mineração de enxofre em tempos remotos. Essas iniciativas de mineração datam desde 1885, e foram interrompidas várias vezes devido às constantes atividades vulcânicas, até que em 1914 a maior tragédia da ilha aconteceu.

Em setembro de 1914, parte da cratera oeste desabou, criando uma onda de lava que matou todos os 10 trabalhadores. Eles desapareceram sem deixar rastros, e apenas o gato que vivia no acampamento foi encontrado vivo alguns dias depois por um barco de reabastecimento.

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Após um perfeito tour pela ilha, uma surpresa ainda esperava no caminho de volta. Apesar de raros esta época do ano, alguns golfinhos curiosos resolveram se juntar e nadar junto ao barco, fechando com chave de ouro o tour à ilha de Whakaari Island!

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[t3]Waikaremoana Track[/t3]

Ao voltarmos para Whakatane tivemos uma divisa no grupo: Mirko e eu queríamos fazer um trekking, enquanto Jegor queria continuar explorando o litoral. Assim, nos separamos momentaneamente de Jegor por alguns dias enquanto Mirko e eu faríamos trilha de 4 dias no meio do mato no lago de Waikaremoana Lake, sem telefone, sem internet e sem conforto!

Descemos no carro de Mirko aproximadamente 180 Km de Whakatane pela SH38, uma estrada de chão pouco utilizada, até chegarmos a Waikaremoana Lake, um lago localizado no Parque Nacional de Te Urewera, que é uma reserva controlada pelo governo local, com inúmeras árvores nativas gigantes, lindas praias remotas e uma fascinante história cultural da região.

A trilha que circunda o lago faz parte de um grupo seleto de trilhas na Nova Zelândia, conhecidos como “As Nove Grandes Caminhadas”, que são trilhas mantidas pelo Departamento de Conservação (DOC) através de verbas governamentais, doações e do dinheiro arrecadado pelo uso dos campings e cabanas ao longo das trilhas.

Em algumas das caminhadas é necessário fazer reserva das cabanas e/ou campings antes de iniciar a caminhada, principalmente na alta temporada. No caso da trilha ao redor do lago Waikaremoana, a diária das cabanas é de NZ$32, enquanto dos campings é de NZ$14.

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Pela minha experiência anterior no trekking de 5 dias em Torres del Paine no Chile em 2012, já sabia que tempos fáceis não viriam, pois em caminhadas assim você tem que levar na sua mochila toda sua comida, bebida, fogão, gás, roupa e saco de dormir, além de colchão e barraca caso for acampar.

Como a temperatura na região durante a noite costuma ser bem baixa nessa época do ano e eu não sabia exatamente o que esperar da caminhada, resolvi fazê-la da forma mais fácil possível, hospedando-me nas cabanas e evitando assim todo o peso de ter que carregar barraca e colchão o tempo todo comigo. De qualquer forma o peso dos outros equipamentos foi suficiente para diminuir a vida útil da minha coluna em alguns anos.

Seguindo as orientações do Centro de Visitantes, eu e Mirko optamos por fazer o trekking de 46 Km em 4 dias, margeando o lago no sentido horário à partir de Onepoto Bay e torcer pra encontrar uma alma caridosa que pudesse nos dar uma carona de volta até o carro quando chegássemos em Hoporuahine no final do quarto dia.

 

Dia 1:

Dirigimos até o estacionamento de Onepoto para deixar o carro e iniciar a caminhada. Chegando próximo ao lago já sabíamos que as paisagens nos próximos dias não nos desapontariam.

Nossa meta para o primeiro dia era chegar até a Cabana de Panekire e passar a noite por lá. O problema é que a cabana fica no ponto mais alto da montanha, e para isso precisaríamos subir aproximadamente 500m ao longo de 9 Km, carregando 20 Kg nas costas, antes do pôr-do-sol. Difícil? Pra caceta, mas o visual ao longo da subida é extremamente recompensador!

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Por volta das 5 da tarde o sól já estava se pondo, o cansaço era tão grande que eram necessários 2 minutos para andar 100m, e quando as esperanças estavam se esgotando eis que finalmente avistamos a cabana, linda e aconchegante esperando por nossos corpos maltratados!

Dia 2:

Acordamos cedo e continuamos a caminhada, e dessa vez teríamos que descer tudo que subimos no dia anterior até a Cabana de Waiopaoa. O visual morro abaixo continuava bem parecido ao do dia anterior, com grandes árvores ao longo do caminho e vista panorâmica do lago. Esse foi o sem dúvida o dia mais fácil da caminhada, não é a toa que dizem por ai que “Morro abaixo todo Santo ajuda”, além da distância em si ser de apenas 8 Km.

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A Cabana de Waiopaoa fica numa “praia” ao longo do lago, local perfeito para fazer o rango e relaxar antes de rever os planos para o dia seguinte.

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Dia 3:

Continuamos a caminhada em torno do lago em direção à cabana de Marauiti, e a paisagem começou a se apresentar um pouco diferente dos dias anteriores. A trilha passou a ser mais aberta, e em alguns trechos tivemos que cruzar algumas pontes bem tradicionais por aqui.

Pegando uma trilha alternativa chegamos à cachoeira de Korokoro, que devido ao seu difícil acesso e consequentemente quase intocada, faz dela, na minha opinião, a mais bonita que vi na Nova Zelândia até o momento.

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Dia 4:

E após muita dor nas pernas, ombros e cintura, o trekking estava prestes à acabar! O último dia não foi muito diferente, 17 Km de caminhada em uma trilha que as vezes ziguezagueava demais, passando por algumas outras cabanas no caminho, mais praias ao redor do lago e antes de chegar em Hoporuahine, no final da trilha, pudemos até visualizar de longe a montanha de Panekire, aquela que subimos no primeiro dia.

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Ao final dos cansativos porém altamente recomendados 46 Km em 4 dias em uma trilha cheia de lama, subidas, peso nas costas, lindas florestas e um visual incrível em toda sua extensão, ainda tivemos a sorte de conhecer Marc, um espanhol muito bacana que estava passando por lá e nos deu uma carona de volta ao carro.

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O carro de Mirko ficou 4 dias no estacionamento, com todos nossos pertences incluindo meu laptop, e nada aconteceu a ele, reforçando todo o papo de que a Nova Zelândia é um país seguro para se viajar de carro.

Uma vez de volta ao carro, dirigimos mais 180 Km pela SH38 e SH2, passando por pequenas cidade como Wairoa e Tangoio até chegarmos a Napier, onde reencontraríamos Jegor...

 

[t3]Coromandel Peninsula, Bay of Plenty e Waikaremoana Track: Impressões e Dicas[/t3]

- A península de Coromandel tem uma das mais interessantes estradas para ser dirigida, pois em um curto espaço é possível ver lindas praias, morros e até montanhas cobertas de verde.

- Cathedral Cove em um dia ensolarado parece como um cenário de filme de tão surreal que é. Sem dúvida é um dos meus lugares favoritos na Nova Zelândia, e provavelmente o preferido na Ilha Norte.

- Como mencionado acima, não há muito a ser feito em Tauranga, mas Mount Maunganui é fantástico! A combinação de praia, prédios modernos e o Monte em si fazem dessa praia a “Miami” da Nova Zelândia.

- Apesar de caro, o tour em Whakaari Island é uma experiência única na Nova Zelândia. Caminhar em um vulcão ativo (nesse caso uma ilha) esfumaçando enxofre o dia inteiro é realmente algo especial.

- O trekking em Waikaremoana Lake foi uma experiência incrível. O primeiro dia foi bastante puxado, mas caminhar por em uma floresta ancestral e chegar ao topo com um visual do lago e arredores é altamente recompensador!

- Na baixa temporada os rangers não estão presentes nas cabanas ao longo de nenhuma das Grandes caminhadas da Nova Zelândia (na verdade a única pessoa que encontramos em toda a trilha foi o espanhol que nos deu carona). Mirko e eu pagamos pelos tickets para 2 noites e acabamos ficando 3. Não seria problema algum se não tivéssemos nenhum ticket, pois ninguém apareceu para checar.

- Após algumas semanas na estrada eu finalmente peguei o jeito de dormir no carro em qualquer lugar e não ser pego. Ai vão algumas dicas:

* Nunca passe a noite em um lugar com uma placa de “No Freedom Camping”

* Procure lugares pouco óbvios, fora dos centros urbanos e longe de estacionamentos privados.

* Apesar de frio, deixe as janela um pouco abertas para se evitar a condensação durante a noite (algo que evidencia que alguém está dormindo dentro do carro!)

* Procure comprar um carro que não dê muita pista de ser usado como uma campervan. As clássicas vans equipadas e os carros de aluguel costumam ser bem caracterizados como tal, atraindo a atenção dos agentes que verificam os estacionamentos públicos nas manhãs.

* Cuidado com a vizinhança! Alguns moradores não são fãs de viajantes pois eles geralmente deixam lixo por onde passam.

* Apesar de a claridade atrapalhar o sono durante a manhã, não use cortinas no interior do carro pois elas são mais uma evidência de que alguém está dormindo no interior do veículo.

* Sempre use o aplicativo Campermate para buscar bons lugares para se dormir.

* Uma tática que sempre funcionou bem comigo é estacionar o carro em uma rua escura e sem saída, como se fosse um carro normal estacionado em meio a muitos outros, e levantar cedo pela manhã.

 

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[t1]Parte 4: Hawke’s Bay (Napier e Hastings), Taupo, Tongariro Alpine Crossing, Taihape, Rotorua e Hobbiton[/t1]

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[t3]Hawke's Bay: Napier e Hastings[/t3]

Após o trekking de 46 Km em 4 dias ao redor do lago Waikaremoana, era finalmente tempo de descansar. O lugar escolhido foi a pacata e charmosa cidade de Napier, uma cidade portuária localizada na baía de Hawke’s Bay, sudeste da ilha norte da Nova Zelândia. Lá, Mirko e eu reencontramos Jegor, e como eu precisava recarregar as energias, optei por passar a primeira noite em um hostel, que custou 20 dólares.

No ano de 1931 um grande terremoto sacudiu toda Hawke’s Bay, e Napier foi a cidade mais afetada. Pessoas de todo o mundo vieram pra cá ajudar na reconstrução da cidade e o resultado disso pode ser visto em todas as ruas. A arquitetura daqui é simplesmente diferente de qualquer outra cidade do país devido à influência espanhola, holandesas e irlandesa, o que elevou essa cidade à Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO em 2007. Além disso existem algumas lojas nada convencionais por aqui, como a King of Swords, onde você pode comprar todo tipo de espadas, armaduras medievais, amuletos vikings e wiccas.

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Napier tem algumas atrações famosas como o aquário e o tour na prisão da cidade, mas nesse ponto da viagem eu já estava selecionando mais onde eu queria gastar meu dinheiro, e resolvi apenas subir o Bluff Domain, um mirante natural da cidade, com vistas de Hawke’s Bay e a região portuária de Napier.

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Vizinha de Napier, Hastings fica distante a apenas 20 km, e foi outra cidade afetada pelo terremoto de 1931, mas as consequências são menos evidentes. Infelizmente estava chovendo tanto que a única opção disponível foi o Museu e Galeria de Arte de Hastings, que a propósito, é de graça!

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Com Hawke’s Bay visitada, era hora de seguir para o centro do país, onde a intensa atividade vulcânica ao longo dos anos criou condições favoráveis para esta região se tornar uma das mais turísticas do país.

 

[t3]Taupo[/t3]

Taupo e Rotorua são de longe as cidades com mais atrações turísticas extremas na ilha norte da Nova Zelândia. As opções são inúmeras, como bungy jumping, paraquedismo, rolar morro abaixo dentro de uma bolha de plástico (conhecido como zorbing), voar a 160 Km/h pendurado num cabo de aço (conhecido como flying fox), mountain bike, rafting, além de opções mais calmas como kayak, velejar, visitar geisers e as piscinas naturais de água quente da região.

Iniciamos nossa jornada por Taupo, 150 Km ao norte de Napier pela SH5, que se encontra nas margens do Lago Taupo, o maior lago do país. Basicamente o lago foi formado após uma série de erupções vulcânicas na região, formando uma verdadeira caldeira na qual hoje é o lago.

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Como Jegor ficava em hostels, Mirko e eu passávamos a maior parte do tempo batendo perna e usufruindo a internet de graça na biblioteca da cidade.

Um dia eu resolvi visitar o iSite da cidade e lá vi um cara barbudo e largado procurando informações da trilha que Mirko e eu tínhamos feito a alguns dias. Mirko apareceu por lá também após eu trocar ideia com o cara por alguns minutos, e logo percebemos que teríamos mais um parceiro de viagem, o australiano Tom. Com mais um no grupo, partimos em busca das atividades locais.

Totalmente navegável, o Lago Taupo é uma boa opção para quem quer velejar ou se exercitar remando um kayak e conhecer a escultura Maori talhada na rocha feita pelos artistas Matahi Whakataka-Brightwell e John Randall no final da década de 70. Nós conseguimos um tour por $25, que inclui 3 horas velejando pelo lago e uma cerveja ::otemo::

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Fomo também à famosa cachoeira de Huka Falls. Essa cachoeira é formada pela queda de 8 metros do rio Waikato River, que nasce no Lago Taupo, passa por Hamilton e vai desaguar próximo a Auckland.

Na base da cachoeira se forma uma pequena baía onde algumas agências fazem passeios com jetboats. Consegui presenciar um grupo de asiáticos se divertindo por lá, sorrindo e fazendo poses para fotos o tempo todo. Pensa num povo feliz se divertindo tomando água na cara…

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Em Taupo eu aprimorei minha técnica de transformar o carro em minha casa. Como era época de Copa do Mundo, o jeito encontrado para não perder os jogos do Brasil 6h da manhã era estacionar o carro próximo a pontos de Free Wifi, conectar o laptop e assistir aos jogos usando sites de live streaming.

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Enquanto eu assistia aos jogos, Jegor decidiu pular de bungy jump por aqui. Eu bem que fiquei tentado, mas resolvi deixar toda a adrenalina dos esportes radicais para a ilha sul, onde as opções são mais extremas e o visual, na minha humilde opinião, é mais bonito.

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De Taupo rumamos outros 150 km ao sul pela SH1, mais precisamente para a pequena cidade de Taihape, onde está localizado o Gravity Canyon, um local com várias opções de esporte extremo e de um visual bem bonito.

Como muitas das atrações podem ser encontradas em outros lugares na Nova Zelândia, optei por fazer o Flying Fox, que consiste em deslizar deitado pendurado num cabo de aço por 1 Km, chegando a atingir uma velocidade de 160 Km/h. A sensação é que você está realmente voando, e a paisagem é simplesmente fantástica! O único problema é o salgado preço de NZ$ 155 por alguns poucos minutos de diversão.

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[t3]Tongariro Alpine Crossing[/t3]

Nossa intenção de ir ao sul não era exatamente o Gravity Canion, mas sim conhecer uma das regiões mais bonitas do país e fazer o que é considerado um dos melhores trekkings de um dia do mundo.

Tongariro Northern Circuit, localizado no Parque Nacional de Tongariro, assim como Waikaremoana Lake, é uma das “Nove Grandes Caminhadas” da Nova Zelândia, e a paisagem hoje é famosa por ter sido set da trilogia “Senhor dos Aneis”, pois nesse local foram filmadas as cenas em Mordor e também é onde está Mt Ngauruhoe, mais conhecido como Montanha da Perdição. O Parque Nacional de Tongariro pode ser acessado pela SH1, SH46 ou SH47, e a viagem à partir de Taupo leva cerca de 1h.

Dessa vez ao invés de caminhar por toda a extensão da trilha, optamos por fazer apenas a Tongariro Alpine Crossing, que consiste em uma caminhada de 18 Km à partir do estacionamento de Mangatepopo até o estacionamento de Katehaki, o suficiente para conhecer bem o Parque e caminhar entre os os extintos vulcões Mt Ngauruhoe e Mt Ruapehu. Para maiores informações sobre Tongariro National Park.

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Como estávamos viajando em dois carros no momento, dirigimos até a o estacionamento de Katehaki, deixamos um carro lá e seguimos até o estacionamento de Mangatepopo para iniciar a caminhada. Caso não disponha de seu próprio meio de transporte, você pode pagar por um shutlle à partir de Taupo até Mangatepopo e pegar a van de volta em Katehaki por NZ$ 65, já que o Parque tem admissão gratuita.

O início da trilha é bem tranquilo, e a paisagem inicial é repleta de vegetação e algumas rochas de origem vulcânica, além de um riacho que segue paralelo à trilha e em alguns pontos algumas pequenas cachoeiras.

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Após alguns poucos quilômetros o tempo melhorou e foi possível dar uma sacada melhor no Mt Ngauruhoe. A trilha e o visual foram mudando aos poucos, passando a ter subidas íngremes e a vegetação foi sumindo aos poucos.

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Em certo ponto a trilha voltou a ficar plana novamente, toda névoa sumiu e o lugar se tornou exatamente Mordor, salvo as edições cinematográficas pós-produção. Foi ai que pensamos: “Estamos em Mordor, vamos juntar várias pedras, escrever MORDOR e tirar uma foto!”. Não demorou 2 minutos para alguns curiosos se juntarem e nos ajudarem nessa tarefa. No final, valeu a pena tirar a foto.

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Continuando, chegamos ao ponto mais alto do trekking e lá estava ele, o onipresente Mt Ngauruhoe, sempre nos acompanhando. Este vulcão extinto foi a escolha de Sir Peter Jackson para ser a Montanha da Perdição da trilogia “Senhor dos Anéis”, onde na história, O Anel foi forjado e é o motivo de toda a jornada de Sam e Frodo até Mordor, além de ser o local onde Gollum morre após cair na lava quente(espero que ninguém me acuse de criar spoiler, afinal já se passaram 10 anos que o filme foi lançado!).

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A friaca e o vento no topo estavam muito tensas, e mal foi possível tirar fotos lá de cima, mas como tudo que sobe uma hora desce, fizemos a travessia e começamos a descida.

Como toda região de origem vulcânica, a paisagem costuma ser muito colorida e mudar constantemente. Aqui inclusive se formaram alguns lagos do outro lado da travessia, conhecidos como Emerald Lakes. Com suas águas azuis e verdes, os lagos são extremamente bonitos e sua água nem é gelada devido aos geisers, também característicos de zona vulcânica, que a aquecem o tempo todo.

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Após os lagos a trilha continua a descer e é possível dar adeus ao Mt Ngauruhoe, mas a paisagem muda completamente, a vegetação volta a aparecer e a trilha chega até a entrar em uma floresta densa, e no fundo se pode visualizar o lago Rotoaira e o lago Taupo, além dos pequenos geisers que fazem um local propício para o pôr-do-sol.

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Sem dúvida Tongariro Alpine Crossing vai ficar na memória como uma das melhores caminhadas da minha vida!

 

[t3]Rotorua[/t3]

Voltamos a Taupo, onde passamos a noite, e no dia seguinte dirigimos mais 85 km até Rotorua. Conhecida por estar numa região de alta atividade geotérmica, Rotorua cheira a enxofre! No começo eu estranhei muito, mas com o tempo acabei me acostumando com o cheirinho de enxofre o tempo todo.

Aqui existe uma forte cultura de “Vilas Maoris”, onde você pode pagar, bem caro, diga-se de passagem, para ver danças culturais Maoris e se banquetear com comidas típicas, mas optei por não fazê-los. Opções de piscinas de água quente e geisers não faltam por aqui, mas depois de ver tantos anteriormente, principalmente em White Island, decidi utilizar meu tempo para outras atividades.

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Não muito longe do centro da cidade está a floresta de Redwood Forest, com as mesmas árvores avermelhadas muito comuns na Califórnia, a Sequoia sempervirens. A floresta é mantida e considerada sagrada pelos Maoris, mas a entrada é gratuita para qualquer um circular pelas inúmeras estradas e trilhas no parque, seja de carro, cavalo, bicicleta ou até mesmo a pé. Resolvi alugar uma bicicleta por duas horas por NZ$ 35 e explorar um pouco da natureza local.

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Por último e não menos importante, conseguimos juntar uma galera e partir para um rafting nas águas do rio Kaituna por NZ$ 80 cada. Esse rio apresenta alguns trechos bem velozes, chegando até Classe 5 em alguns pontos, além da famosa queda de 7m que na prática não passam de 5m, mas a diversão é garantida mesmo assim!

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Após explorarmos Rotorua, Mirko, Tom e eu partimos em direção à Hamilton enquanto Jegor decidiu ficar em Rotorua mais alguns dias por motivos pessoais. Mas antes de chegar a Hamilton, fizemos uma parada estratégica num lugar pra lá de especial.

 

[t3]Hobbiton[/t3]

E finalmente um dos momentos mais aguardados da viagem chegou: visitar a vila de Hobbiton, onde foram filmadas as cenas do Condado na versão cinematográfica da Trilogia de “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit”. Como fã das obras de Tolkien (pois é, simplesmente li “O Silmarillion” 5 vezes, “O Hobbit” 3 vezes, A “Trilogia do Senhor dos Aneis” e “Contos Inacabados” 2 vezes) essa é umas das atrações que eu estava aguardando ansiosamente. O local fica numa fazenda privada nas imediações da cidade de Matamata, cerca de 55 km de Rotorua ou 170 km de Auckland, e só pode ser visitado ao se tomar um tour.

Apesar de pequena e ter sua economia baseada na agricultura, a cidade de Matamata tem uma incrível atmosfera no que diz respeito à Hobbiton, sendo possível notar isso na principal avenida da cidade e também no Centro de Informações Turísticas local, que carrega os traços da arquitetura hobbit. Inclusive, alguns nativos nos disseram que uma fila com mais de mil pessoas se formou na avenida principal no dia em que abriram as seleções para figurantes.

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O tour na locação do filme custa NZ$ 75, e leva cerca de duas horas dentro da propriedade. A reserva pode ser feita no próprio Centro de Informações Turísticas (iSite), e na hora combinada um ônibus devidamente caracterizado te busca e leva diretamente para a loja temática de Hobbiton, onde se pode encontrar desde livros, DVDs e camisas até réplicas do Anel, das roupas e itens dos personagens.

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Após uma rápida visita à loja, o ônibus leva à locação propriamente dita e a diversão finalmente começa! Todo o set foi construído com materiais temporários para a trilogia de “O Senhor dos Aneis” e desmontado em seguida. Já na gravação de “O Hobbit” resolveram recriar tudo novamente com materiais definitivos, e assim o local pode ser explorado turisticamente.

Os “buracos dos hobbits”, como são chamadas as casas onde os hobbits vivem, predominam na paisagem cheia de morros, e suas formas e cores variam todo o tempo. Uma das técnicas utilizadas para enfatizar o tamanho de personagens como Gandalf em relação aos hobbits foi criar objetos e casas em diferentes escalas e posicionar os atores de acordo com o efeito desejado.

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Todas as casas são de verdade, e não apenas fachadas, mas em poucas delas ainda existem os objetos de decoração utilizados nas cenas filmadas aqui. Infelizmente, segundo o guia, o tour tem uma obrigação contratual com a “New Line Cinema” na qual nenhum visitante pode entrar nas casas. Mesmo assim existe um tremendo esforço envolvendo jardineiros e algumas técnicas que dão a impressão de que a vila é realmente habitada, como fumaça saindo das chaminés e alguns decorativos.

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Alguns lugares podem facilmente ser reconhecidos, como o local onde ocorre a festa em que Bilbo usa o anel para fugir do Condado e também a sua espaçosa casa, Bag End. Um fato curioso sobre a filmagem mencionado no tour é a árvore de mentira no topo de Bag End, que foi feita sob medida à pedido de Peter Jackson, pois o mesmo é muito detalhista e perfeccionista, e preferiu uma árvore à computação gráfica.

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Outro fato curioso é que o pôr-do-sol, na vida real, ocorre atrás de Bag End, e a clássica cena onde Gandalf e Bilbo estão fumando cachimbo e fazendo anéis de fumaça foi na verdade filmada no nascer do sol e reproduzida de trás pra frente, mas alguém esqueceu que a fumaça deveria sair do cachimbo, e não entrar, criando um grave erro de gravação.

Do outro lado do lago está a taverna de Green Dragon, onde foram filmadas as cenas de bar nas duas trilogias, “O Senhor dos Aneis” e “O Hobbit”. A decoração é a mesma utilizada nos filmes e realmente um pub funciona aqui!

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O lugar é perfeito para curtir um pouco a sensação de estar em um buraco de hobbit próximo à lareira, e ainda experimentar a cerveja local, que está inclusa no tour.

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Com quase duas horas de tour, era hora de dar tchau à Terra-Média e voltar à realidade. Como fã de Tolkien e viajante, sem dúvida nenhuma o tour em Hobbiton excedeu minhas expectativas!

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[t3]Hawke’s Bay, Taupo, Tongariro Alpine Crossing, Rotorua e Hobbiton: Impressões e dicas[/t3]

- Basicamente o horário comercial na Nova Zelândia é de 9h às 17h, quando começa a escurecer aqui no inverno. Não sei se é porque é inverno ou se é assim mesmo, mas quando a noite cai todas as lojas fecham e dificilmente você vê alguém andando nas ruas, a não ser que você esteja em uma cidade grande ou em uma zona com muitos bares. A impressão que dá é que depois do trabalho todo mundo vai pra casa e não sai mais.

- Internet e eletricidade parecem ser recursos bem escassos aqui, pois praticamente todo hostel ou estabelecimento que você vai a internet é cobrada à parte, e em alguns lugares as tomadas tem hora pra funcionar. Em contrapartida, toda cidadezinha, por menor que seja, tem uma biblioteca pública onde qualquer pessoa pode alugar livros, além de wifi gratuito e tomadas para recarregar o que você quiser.

- Até agora não vi nada que possa ser uma “Cultura Maori Nativa”. O povo aqui é bem misturado, sendo possível ver apenas Maoris vivendo como o homem branco. Cheguei a perguntar a alguns locais se de fato existe algo próximo às nossas aldeias indígenas, mas pelo jeito não há, no máximo tour culturais mostrando danças, arquitetura e culinária local, como em Waitangi.

- Uma forma de se manter em dia com a higiene (leia-se tomar banho) quando se está viajando e morando em um carro é fazer uso dos chuveiros disponíveis em algumas cidades. Por $3 é possível tomar um banho de 5 minutos e parar de bancar o gringo porcalhão :)

- Napier e Hastings não têm muito a oferecer em atrações turísticas, mas a primeira cidade pode ser uma boa opção para ver algo diferente no país sem as multidões habituais.

- A combinação de paisagem desértica, vulcões, lagos coloridos, geisers e neve fazem de Tongariro Alpine Crossing uma caminhada fantástica! É uma parada obrigatória na Nova Zelândia, você gostando de trekking ou não.

- Achei Taupo e Rotorua lugares bem interessantes, mas não essa coca-cola toda que é propagandeada pelo país. Se existe uma coisa que a Nova Zelândia sabe fazer bem, é se autopromover.

- Apesar do preço de $75, o tour em Hobbiton foi muito bom! Se você é fã de Tolkien ou gostou de algum dos filmes da Trilogia Senhor dos Aneis ou Hobbit, este é um tour imperdível pra você!

 

Para maiores informações e dicas sobre a Nova Zelândia, visite o meu Blog (http://worlduponmyshoulders.com/ e curta a página no Facebook (https://www.facebook.com/theworlduponmyshoulders)!

 

To be continued...

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[t1]Parte 5: Hamilton, Waitomo, New Plymouth, Mount Taranaki, Whanganui, Palmerston North, Wellington e região[/t1]

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[t3]Hamilton[/t3]

Hamilton é a quarta maior cidade da Nova Zelândia e é atualmente uma das que mais está crescendo no país. A cidade em si não é muito turística, mas aproveitei o local para tirar uma semana preguiçosa e rever um amigo.

Dessa vez fiquei hospedado na casa de Edward, um amigo que fiz em Santa Cruz de la Sierra na Bolívia em 2013, quando ambos estávamos mochilando pela América do Sul. Ele acabou de se formar e atualmente está trabalhando em Hamilton, uma oportunidade perfeita para reencontra-lo.

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Aproveitando a boa estadia na cidade, nada mais justo do que explorá-la um pouco. Muito simpática Hamilton tem algumas opções culturais gratuitas muito bacanas, como galerias de arte, museu e jardins. Resolvi começar pela tradicional caminhada pela cidade passando pelas margens do rio Waikato River e visitar o museu Waikato Museum e suas galerias de arte.

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Outra atração gratuita, e que me surpreendeu muito foi o Hamilton Gardens, um jardim temático no centro da cidade. Com opções para todos os gostos, os jardins internacionais são os mais bonitos e também os que atraem mais turistas.

Basicamente existem lá várias atmosferas que remetem a diversos países do mundo, como o Jardim Italiano, Chinês, Japonês e Indiano.

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Em Hamilton Tom resolveu partir direto para Wellington, onde tinha um vôo de volta para Australia. Assim, perdemos mais um companheiro de viagem.

 

[t3]Waitomo[/t3]

Após uma semana relaxando e curtindo Hamilton bem de leve, era hora de se despedir de Edward e partir para as famosas cavernas de Waitomo Caves. Dirigimos 75 Km pela SH39 em direção a Waitomo, uma pequena vila com um enorme potencial turístico devido às várias cavernas esculpidas pelas águas dos diversos riachos existentes na região.

Basicamente existem cavernas de todos os tamanhos e larguras e algumas delas apresentam trechos navegáveis e até possível praticar Black Water Rafting (um tipo de rafting onde você desliza pela água do rio dentro de uma cápsula plástica). Devido às fortes chuvas na região durante nossa estadia o nível dos rios estavam muito altos e infelizmente não pude experimentar o famoso rafting dentro das cavernas, mas aproveitei a passagem por aqui para conhecer as cavernas de Ruakuri Caves, cujo acesso se dá por uma longa escada espiral descendente.

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Dentro das cavernas de Ruakuri Caves existem várias trilhas formando um verdadeiro labirinto em seu interior, mas sem dúvida o grande diferencial desta caverna são os insetos luminosos que vivem aqui. Há uma infinidade de pontos luminosos no teto da caverna, e quando se apagam todas as luzes se tem a impressão que você está observando a via láctea numa noite de céu claro. Infelizmente nenhuma foto consegue ser fiel o suficiente para retratar o que pode ser visto aqui!

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Além dos insetos luminosos existem também alguns fósseis devidamente conservados, além de algumas câmaras repletas de estalactites que se estendem por todo o teto da caverna. Depois de tudo isso é fácil entender porque as cavernas de Waitomo Caves mantém sua reputação e grande número de visitantes durante todo o ano!

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[t3]New Pymouth, Mount Taranaki, Whanganui e Palmerston North[/t3]

Continuando a viagem era hora de gradualmente dar adeus à Ilha Norte e rumar em direção à Wellington, capital da Nova Zelândia. Como já havíamos explorado bem o restante da ilha, dessa vez rumamos pela costa oeste.

Sem muitos atrativos turísticos como Taupo ou Rotorua, as cidades da costa oeste da Ilha Norte são mais calmas e repletas de opções culturais como galerias de arte e museus. Apesar do não desenvolvimento turístico comparadas à outras cidades, a paisagem continua surpreendendo.

A primeira parada foi em New Plymouth, e para chegar lá nós dirigimos cerca de 185 km pela SH3. Em New Plymouth há varias praias de areia preta devido ao pó vulcânico remanescente da atividade vulcânica do vulcão Mt Taranaki há muitos anos atrás. Como o verão ficou pra trás há muito tempo e o frio está cada vez maior, a temporada de banhos de mar acabou e me restou apenas contemplar a beleza das praias locais.

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New Plymouth é uma cidade bem aconchegante, e oferece atrações gratuitas como o Museu de Puke Ariki com diversas galerias distintas e também algumas galerias de arte locais.

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Não muito distante está Mt Taranaki (ou Mt Egmont), roubando toda atenção da região. Existem várias estradas ao seu redor bem como inúmeros acessos ao mesmo, e toda foto do danado faz um cartão postal, independente do ângulo.

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Este vulcão extinto é muito importante para a economia local, pois sua última erupção tornou o solo da região muito fértil, sem contar que a montanha em si funciona como uma barreira climática natural, aumentando consideravelmente o nível da precipitação pluvial. No inverno o local é um paraíso para quem deseja esquiar ou praticar snowboarding, além de ter sido utilizado como cenário do filme “O Último Samurai” devido à sua cônica semelhança com Mt Fuji no Japão.

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Seguindo mais 140 km ao sul pela SH3 chegamos à cidade de Whanganui, onde o Rio Wanganui desemboca no Mar de Tasman. A cidade não oferece muitos atrativos turísticos e só ficamos um dia lá.

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De Whanganui rumamos para Palmerston North, mais 80 km pela SH3, onde foi possível conhecer o museu Te Manawa com suas várias galerias históricas e cultura Maori.

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Como os dias de festa ficaram pra trás, resolvi me dar um presente e visitar a Cervejaria Tui, uma marca de cerveja muito famosa na Nova Zelândia, cuja fábrica fica a 45 km de Palmerston North pela SH2. Por NZ$ 20 você pode visitar as instalações da Cervejaria em um tour guiado e ainda tem direito a 3 Pints e uma caneca personalizada. Melhor ainda quando seus amigos não bebem o suficiente e no final deixam seus chopps pra você!

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[t3]Cape Palliser e Upper Hut[/t3]

De Palmerston North seguimos por 200 km pela SH2 rumo ao sul da Ilha Norte, passando por cidades como Masterton e Martinborough até chegarmos à baía de Palliser Bay. Lá estão os pináculos de Putangirua Pinnacles, onde predomina uma formação rochosa erodida pela água dos rios e chuvas ao longo de vários anos, formando várias pilhas de rocha ao longo do vale.

Após uma caminhada de 20 minutos junto à um pequeno riacho e subir uma trilha cheia de pedras é possível chegar aos pequenos labirintos formados ao longo do vale e curtir de um visual único. Inclusive, aqui em Putangirua foi filmada uma cena do filme “O Retorno do Rei” da trilogia “O Senhor dos Anéis”, onde Aragorn, Gimli e Legolas caminham em um terreno rochoso e desolado, conhecido como Caminho dos Mortos, para negociar com o exército dos mortos antes da batalha em Minas Tirith e também a sequência inicial do filme de terror trash “Brain Dead”, ambos dirigidos por Peter Jackson.

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Deixando a baía de Palliser Bay para trás, voltamos rumamos em direção a Wellington passando pelas pequenas cidades de Upper Hutt e Lower Hutt, cidades satélites da região metropolitana de Wellington.

Vários locais ao redor da região metropolitana de Wellington foram utilizados como cenários para a trilogia “O Senhor dos Aneis”, mas muitas delas passaram por tantas alterações que são simplesmente irreconhecíveis. O Hutt River, rio que corta Upper Hutt, foi onde a cena da Comtiva do Anel saindo de Lothlorién foi filmada, mas a mais notável das locações é o Parque Regional de Kaitoke, onde foram gravadas as cenas de Rivendell, casa de Elrond meio-elfo.

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O parque apresenta várias trilhas e pontes com um visual incrível, e o exato local onde foram filmadas as cenas de Rivendell é muito bem sinalizado e possui várias informações sobre como as filmagens foram conduzidas aqui.

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[t3]Wellington[/t3]

Não tendo muito mais o que se fazer em Upper Hutt e Lower Hutt, seguimos para Welington, que merece todo destaque de uma Capital. Infelizmente metade do meu tempo foi perdido para renovar meu visto, e a outra metade eu aproveitei para conhecer um pouco a cidade.

Como é difícil arrumar um lugar para dormir no carro em Wellington, resolvi passar as primeiras três noites na cidade em um hostel, por $21 a noite. Essa decisão foi meio que estratégica, afinal a semi-final da Copa do Mundo seria no dia seguinte, mas o desastre da seleção canarinho contra a Alemanha e a zoação dos alemães que também estavam no hostel foi o suficiente pra me fazer voltar pra cama mais cedo.

Além de ser a capital da Nova Zelândia, Wellington é a cidade mais cultural do país, com vários museus (incluindo o Te Papa, o maior e melhor do país), shows internacionais, mostras culturais, arte nas ruas, além de muitos cafés e restaurantes temáticos.

Aqui também estão os prédios do Governo da Nova Zelândia, onde é possível fazer um tour gratuito e conhecer melhor como é dividida a estrutura governamental do país. Infelizmente não é possível tirar nenhuma fotografia de dentro dos prédios governamentais , mas a Beehive (Colméia) tem uma estrutura interna incrível. Outro ponto turístico da cidade é o Cable Car, que é um bondinho que até hoje leva as pessoas até a parte mais alta da cidade.

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Wellington é também a cidade natal de Peter Jackson, diretor de filmes como “O Senhor dos Aneis”, “O Hobbit”, “King Kong” e “Brain Dead”, e sua parceria com alguns produtores cinematográficos locais criou o Weta Cave Studios, que foi a empresa responsável por toda computação gráfica, réplicas e miniaturas de itens utilizados em seus filmes e em muitas outras produções Hollywoodianas como “Avatar”, “Distrito 9″, “As Aventuras de Tin Tin” entre outros. Além do museu, onde é possível ver várias das réplicas utilizadas em vários filmes, um tour guiado pela linha de produção do estúdio pode ser feito por NZ$20.

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Outro ponto visitado em Wellington foi o Mt Victoria, que é um morro bem próximo ao centro da cidade. Do topo é possível ter uma vista panorâmica da cidade inteira, e no caminho existem algumas trilhas que levam a mais uma floresta onde foram filmadas cenas da trilogia “O Senhor dos Aneis”.

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Após aproximadamente uma semana em Wellington, era hora de dizer até logo para a Ilha Norte e pegar a balsa, com carro e tudo, para a Ilha Sul, onde novas e diferentes paisagens e aventuras me aguardavam!

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[t3]Hamilton, Waitomo, New Plymouth e Wellington: Impressões e Dicas[/t3]

- Muitas pessoas fazem piada com Hamilton por ser uma cidade pequena em comparação aos outros centros urbanos na NZ, mas depois de ver várias cidades quase desertas, Hamilton foi um oásis de diversão para mim. A vida noturna lá é bem agitada e o Hamilton Gardens é uma atração imperdível!

- Eu queria ter ido à Raglan, que é uma praia próxima de Hamilton e famosa na NZ por ter boas ondas para a prática do surf, mas o tempo estava muito ruim na semana que eu passei em Hamilton e já fazia frio o suficiente em Junho.

- As cavernas de Waitomo são bem interessantes. Alguns combos podem ser conseguidos caso você deseje visitar mais de uma delas, mas muitos dos tours que envolvem rapel ou rafting nas cavernas são dependentes do nível da água. Se chover demais o risco do tour ser cancelado será grande.

- A costa oeste da Ilha Norte não é nada turística mesmo, e uma das poucas opções disponíveis é visitar museus e galerias de arte. New Plymouth em contrapartida é uma excelente e bonita cidade com uma ótima qualidade de vida e tamanho ideal para aqueles que querem fugir de cidades grandes.

- Wellington foi disparada minha cidade preferida na Nova Zelândia, mesmo após ter vivido por quase um ano no país quando terminei minha viagem. A vibe da cidade, com toda a cena artística e cultural, é simplesmente demais, chegando mesmo a lembrar de longe aquilo que pode ser encontrado em cidades latinas como Buenos Aires.

- O custo da balsa de Wellington para Picton (Ilha Sul) foi de $220, dando direito à travessia do carro e dois passageiros. A viagem leva 3 horas no total, passando pelo belíssimo Marlborough Sounds.

 

Para maiores informações e dicas sobre a Nova Zelândia, visite o meu Blog (http://worlduponmyshoulders.com/e curta a página no Facebook (https://www.facebook.com/theworlduponmyshoulders)!

 

To be continued...

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  • 3 semanas depois...
  • Membros
Relato muito foda!!

 

sigo acompanhando !! Talvez eu passe 1 mês no final do ano ... o frustrante é saber q em apenas 1 mês terei que deixar muitos lugares de fora ...

 

abraço

 

Obrigado!

1 mês é realmente pouco tempo para conhecer bem esse belíssimo país, mas creio que é possível ter uma boa noção do que te interessa ao final deste relato.

Um abraço!

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  • Membros de Honra

olá Guilherme,

meu, isso que é conhecer um pais, belo relato!! cada lugar incrível !!

viajar de carro é sempre melhor, poder parar onde quer (ou pode kkk) e as descobertas/experiências sempre muito mais proveitosas, vc demonstra isso no relato...

boas viagens !!

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  • Membros
olá Guilherme,

meu, isso que é conhecer um pais, belo relato!! cada lugar incrível !!

viajar de carro é sempre melhor, poder parar onde quer (ou pode kkk) e as descobertas/experiências sempre muito mais proveitosas, vc demonstra isso no relato...

boas viagens !!

 

Muito obrigado Pedrada!

Viajar de carro é realmente sensacional cara, e te da toda a liberdade do mundo para explorar da forma que quiser. Depois de um tempo na estrada você percebe que o mais importante durante uma longa viajem são as pessoas que cruzam seu caminho, e nenhum tour pode comprar as experiências mais autênticas que só o inesperado pode trazer.

Continue acompanhando que tem muita coisa por vir!

Boas viagens!

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  • Membros

Cara, sensacional seu relato! Brigada mesmo.

 

Tô chegando por lá em menos de 20 dias e o teu relato me ajudou muito.

Pena que tô indo fazer um intercâmbio e não vou poder fazer essa roadtrip mas já me ajuda a esquematizar meu tempo livre. Tive essa mesma idéia de ir por Santiago. A economia (de tempo e dinheiro) é considerável e ainda vou aproveitar pra ficar alguns dias por lá, também.

 

As fotos estão incríveis! Valeu por compartilhar.

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