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Alerta aos Mochileiros!

Grupo de turistas do AM e RR é assaltado na Ilha de Margarita

21/01/2012 por Emmily Melo - portalamazonia@redeamazonica.com

Criminosos levaram dois carros, dinheiro e documentos do grupo de turistas.

BOA VISTA – Cerca de 15 homens assaltaram,  na última quarta-feira, 18 de janeiro de 2012, uma pousada na Ilha de Margarita, um dos principais pontos turísticos da Venezuela. No hotel, estavam hospedados um grupo de brasileiros, a maioria, roraimenses e amazonenses. Os assaltantes levaram dois carros, chaves de outros veículos e dinheiro. Nesse ano, cerca de 1.200 carros passaram pela fronteira do Brasil/Venezuela.

Segundo o secretário adjunto para Assuntos Internacionais de Roraima, Eduardo Oestricher, os veículos já foram recuperados, porém, sem as chaves. Duas famílias retornaram ao Brasil e estão bem. “Algumas famílias estão apenas com a roupa do corpo em Margarita, sem dinheiro e sem ter como voltar para o Brasil, mas o Governo de Roraima está tomando as devidas providências com a embaixada e o consulado venezuelano”, disse o secretário.

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Alerta aos Mochileiros!

Uma família de Boa Vista que viajou de férias para a Ilha de Margarita, na Venezuela, relatou ao G1 um assalto onde 31 brasileiros ficaram reféns por cerca de 50 minutos no país vizinho. O caso teria ocorrido na madrugada da última quinta-feira, 16 de janeiro de 2014, no quilômetro 50, de Ciudad Bolívar.

Conforme o professor Manuel Ivan Teles, de 49, ele, a esposa, dois filhos, a nora e o neto de apenas sete meses passaram por momentos de terror durante o assalto. Eles retornavam da Ilha em um ônibus fretado de uma empresa venezuelana pelo grupo de brasileiros.

Teles contou que seis homens armados entraram no ônibus, ainda em movimento, atiraram no motorista e saquearam todos os passageiros. A família acredita que o assalto estava '‘combinado’'.

"Ficamos 50 minutos em poder dos bandidos. Quando tudo terminou, que a polícia foi acionada, não demorou 20 minutos para chegar no local. E a pessoa responsável pelo frete também chegou junto com eles. Ou seja, pareciam que estavam esperando alguma coisa acontecer", disse.

Após o assalto, a família Teles e os outros brasileiros que estavam no ônibus procuraram a delegacia e, segundo eles, tiveram que esperar 18 horas para que pudessem prestar queixa e relatar o ocorrido. Conforme a família, o tempo todo, os policiais tentaram impedir que a denúncia fosse formalizado, alegando que '‘era normal’' assalto a brasileiros naquela região e nada mais poderia ser feito.

Os turistas receberam apoio do Consulado do Brasil na cidade de Puerto Ordaz, e seguiram, no mesmo ônibus, para Santa Elena do Uairén, cidade entre os dois países. De acordo com eles, em Santa Elena, o grupo não recebeu nenhum apoio consular na cidade.

"Passamos o dia lá. Sem alimentação, sem nada. O cônsul nem apareceu para nos receber, simplesmente mandou um representante, que disse que a única coisa que poderia fazer era nos deixar na linha da fronteira, em Pacaraima", disse Teles, acrescentando que a família só chegou em Boa Vista na noite desse sábado (18) com o dinheiro que conseguiu esconder durante o assalto.

A Secretaria de Comunicação Estadual informou em nota que o Governo de Roraima solicitará informações ao Consulado da Venezuela em Boa Vista sobre o ocorrido, e logo após tomará as devidas providências.

O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Itamaraty - Ministério das Relações Exteriores, que informou que deverá esclarecer as denúncias feitas pelos brasileiros, sobre o atendimento consular, somente nesta segunda-feira (20).

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Jornal Folha de Boa Vista, em 23/01/2014

Brasileiros denunciam que tem dinheiro confiscado nas estradas da Venezuela

As denúncias de furtos, assaltos, maus-tratos e situações constrangedoras em viagens à Venezuela aumentam cada vez mais nesse período de férias, quando milhares de brasileiros fazem turismo, principalmente, na Ilha de Margarita. Na semana passada, por exemplo, uma turista de Boa Vista, que viajava em um ônibus venezuelano até a cidade de Puerto Ordaz, teve todo o seu dinheiro confiscado por guardas nacionais.

De acordo com o administrador Marcos Chaves, as vítimas relataram que os guardas venezuelanos, em uma das alcabalas, teriam encontrado dinheiro dentro de uma bolsa. A proprietária não estaria com a documentação que comprovasse a compra dos bolívares em casa de câmbio oficial.

“Eles revistaram tudo e acabaram apreendendo o dinheiro. Todos sabem que os brasileiros levam o dinheiro das férias em mãos, pois não podem abrir conta no país vizinho. As pessoas que levam grandes quantidades estão perdendo o dinheiro para os guardas nacionais porque não têm documentação financeira, pois a transação é feita no mercado paralelo”, disse.

Ainda conforme Marcos Chaves, muitas pessoas estão registrando queixa na polícia. “Não sei se através do governo brasileiro alguém conseguiria reaver esse dinheiro. Acredito que isso seja bem difícil. Não soube da quantia perdida, mas a vítima disse ser muito dinheiro, pois estava indo a Puerto Ordaz fazer compras”, comentou.

A Folha entrou em contato com José Martins, membro do Consulado Venezuelano em Boa Vista, mas ele afirmou que não poderia fazer nada, pois não é de sua responsabilidade. O secretário Extraordinário de Relações Internacionais de Roraima, Eduardo Oestreicher, também foi procurado, mas nenhum dos telefonemas foi atendido, nem houve retorno.

OUTROS CASOS - A Folha já repercutiu diversas vezes casos de brasileiros que viajam ao país vizinho e voltam traumatizados com assaltos e extorsões que acontecem pelas estradas, principalmente nas alcabalas, onde a guarda nacional mantém pessoal fortemente armado. Essa violência tem feito muitos brasileiros deixarem de se aventurar para aquelas bandas durante feriados prolongados e no período de férias.

O presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), Ricardo Peixoto, disse que frequentemente muitos turistas relatam que têm enfrentado problemas com reservas em hotéis e até com superlotação em voos. A violência da Venezuela e a falta de seriedade nos serviços oferecidos pelos setores do turismo venezuelano também são um dos motivos que tem diminuído a procura por pacotes de viagens para o país vizinho.

SEGURO - O brasileiro que está programando fazer turismo na Venezuela antes do dia 30 de janeiro não precisa se preocupar com o seguro de viagem, imposto recentemente cobrado pelo governo daquele país. A medida, que deveria estar valendo desde o dia 18 de dezembro do ano passado, de acordo com representantes venezuelanos, permanece suspensa até o final deste mês.

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