Membros Isabel+ Postado Maio 20, 2015 Membros Postado Maio 20, 2015 (editado) A decisão de ir para Colômbia veio logo depois do meu primeiro mochilão para Bolívia e Peru. Não fiz relato sobre ele, primeiro, porque acho que é o destino mais atualizado aqui no site, sempre tem alguém indo para lá, e segundo, porque esquecia e sempre deixava para depois e um ano se passou ...mas agora com alguns meses de atraso venho dar minha contribuição sobre a Colômbia da forma mais sucinta que eu consegui e com algumas fotos. Amei a Colômbia! Viajei com meu namorado por 26 dias...eu pensei que eu fosse enjoar de ficar tanto tempo viajando (o primeiro mochilão foram 17 dias), mas nada...passou rápido demais e se eu pudesse teria acrescentado mais uns 15 dias à viagem. Então vamos lá...fomos em fevereiro, na ressaca do carnaval (na ressaca literalmente), embarcamos dia 18, na quarta de cinzas, e voltamos dia 17 de março. Compramos as passagens no início de janeiro, Rio-Bogotá / Cartagena-San Andrés / San Andrés-Rio por quase 1.900 reais...mas isso foi mole nosso (mais do meu namorado do que meu ), porque em novembro eu achei as mesmas passagens por quase 1000, mas aí a pessoa fala “está muito cedo”, “é melhor esperar mais” e bla bla bla, toma! 1000 contos a mais pelo bla bla bla...quando virem promoção comprem! Não deem mole! Não reservamos nada no Brasil, pegamos indicações e um guia da Colômbia e fomos indo para os lugares e perguntando se tinha vaga...deu certo em praticamente toda a viagem. Eu levei dólar e real. O dólar aqui estava 3,03 e a cotação do real para peso colombiano era 850 e do dólar entre 2.400 e 2.500 pesos colombianos pelo site do banco central. A diferença de dólar para real na hora de converter era de poucos centavos...mesmo assim levei os dois. Chegando lá, nenhuma cotação era igual ao que dizia o site do banco central. Achei cotações do dólar de 2.200 e o real NUNCA achei mais do que 750 pesos. Troquei dinheiro em Bogotá e Manizales. Em Manizales milagrosamente e com muito choro, consegui a cotação de 750 e troquei meu dinheiro todo. Essa cotação de 850 pesos colombianos é furadíssima. O Alex usou o cartão dele o tempo todo, sacando, mas ele é europeu e eu não sei quais as taxas que ele paga no banco dele, e além de tudo era euro né? Com certeza mais vantajoso do que o meu dim dim. Em Cartagena eu saquei dinheiro também e se eu fiz conta certa, saiu por 820 pesos colombianos cada real...no fim das contas, com o dólar alto para burro aqui, se vc não tiver alguns dólares com vc, o saque pode ser uma alternativa, pois pode ter uma cotação melhor do que em qualquer lugar da Colômbia. É botar lápis no papel, mão no bolso e na testa e avaliar. A Colômbia não é barata como Bolívia e Peru, mas são preços pagáveis, a não ser em Cartagena que é surreal...é o Rio de Janeiro da Colômbia. Dicas: Se forem fazer Sul e Norte da Colômbia, comprem tudo de lembrancinhas e troquem dinheiro no Sul...o Norte é tenso. Quase ninguém fala inglês na Colômbia. É mais fácil você tentar arranhar um portunhol do que falar inglês. Não usamos as sandálias de mergulhos hora nenhuma durante toda a viagem, mas não vou dizer que não precisa, porque em San Andrés (que é onde todo mundo diz que tem que ter as sandálias) nós não pudemos aproveitar muito (explico depois). Então pode ser que seja necessário, porém nós entramos na água e não usamos. Então vamos lá de novo. Primeiro dia em Bogotá. Chegamos a tarde e fomos para o hostel que tinha no guia do Alex, Hostel Cranck Crok, fica no bairro da Candelária. Achei simpático e legal, o melhor banheiro compartilhado de toda a Colômbia. 85.000 pessoas o quarto privado com banheiro compartilhado. Deixamos as coisas e fomos ao Cerro Monserrate. É perto, fomos andando, e aproveitamos para eu trocar dinheiro e o Alexis sacar. Fizemos isso na Av. Jimenez. De verdade dá para ir andando até o teleférico para subir o Monserrate, mas o carinha do hostel falou pra não subirmos sozinhos, o carinha da casa de cambio falou o mesmo e no fim o policial que paramos para pedir informações sobre que direção tomar repetiu a mesma ladainha e o medo bateu. Então andamos até o pé da subida para o teleférico e pegamos um ônibus para nos deixar lá. O ônibus dali era gratuito e ficamos 1 minuto dentro dele e descemos. Não sei que tipo de problemas poderíamos ter andando 15 minutos para cima, masssss A entrada no Cerro Monserrate foi 17 pesos. Eram quase 17h e estava nublado, mas é bem bonito, tem uma visão linda da cidade. Com o tempo aberto o pôr do sol ali deve ser espetacular. Com tempo fechado já estava bonito. Voltamos para o hostel no mesmo esquema, tinha uma van do próprio cerro que te deixava de graça mais abaixo. Descemos com eles e depois caminhamos até o nosso hotel. A noite fomos jantar em um lugar maneiro, para alegrar o estomago que passou 4 dias a base de cerveja e pão durante o carnaval e depois só comida de avião. Fomos ao bairro Usaquien, que é meio zona sul de lá...pegamos um trânsito corno, mas o táxi lá é muito barato até com trânsito. Comemos no restaurante Madero, muito gostoso, refeições e bebidas ficou em 85.000 pesos para os 2. No segundo dia vimos que o hostel tinha um café da manhã por fora bem agradável: ovos, pão, suco, café ou chá por 9.000 pesos e panquecas e suco, café ou chá, ou, salada de frutas com granola e iogurte, suco, café ou chá a 10.000. Tomamos café lá todos os dias. Fomos ao Museo del Oro nesse dia, 3.000 pesos a entrada, bem bonito e legal. Trabalho manual de uma paciência e excelência que eu duvido que alguém no séc. XXI é capaz de repetir. Saímos e fomos andar pela cidade, paramos em um posto de informações turísticas e nos deram um guia da Colômbia super completo. Todos na Colômbia são extremamente atenciosos e fofos. Do policial ao vendedor de frutas de rua. Muito acolhedores. Almoçamos/jantamos na plaza Bolívar, um prato que disseram ser tipicamente colombiano, se chama Aljico, bem gostoso. A comida para 2 com as bebidas foi 45,000 pesos. O cansaço do carnaval e da viagem não foram embora com a primeira noite de sono e fomos para casa ler um pouco sobre os lugares que queríamos ir e depois nocaute. No terceiro dia fomos a Laguna Guatavita. Fomos de transmilênio até a estação central Portal do Norte e de lá pegamos um micro-ônibus para a Guatavita. As pessoas no Transmilênio não foram tão simpáticas como vimos no primeiro e no segundo dia...é o BRT daqui...ou um metrô...empurra empurra e briga para sentar como se fosse o último assento da vida, mesmo cenário, sem tirar nem pôr. O transmilênio foi 1.800 e o ônibus para Guatavita 8.000. Mais de 2 horas para chegar até lá e as pessoas diziam que dava para fazer a Laguna e a Catedral de sal em Zipaquirá no mesmo dia...não dá. Em Guatavita tem transporte para a entrada da Laguna a 30.000 pesos por pessoa e a entrada é 14.000. É bem longe da cidade de Guatavita até a entrada da Laguna, são uns 20/30 minutos de carro. Nesse dia percebemos que o nosso espanhol não valia nada. O motorista nos deixou na entrada do parque que levava a Laguna e disse que nos comunicou que nos esperaria na saída do parque do outro lado. Eu não ouvi ou não entendi isso e nem o Alex, mas ok, no fim conto essa história. Subimos até a Laguna, super tranquilo, uns 20 minutos de caminhada e lá a vista é sensacional. O motorista nos deu 1:30 para voltarmos, então no tempo calculado voltamos para o mesmo lugar que ele nos deixou. Passaram-se 10 minutos e nada do homem, 20 minutos, 30 minutos, 1 hora, 1 hora e meia e o Alex começou a dar vislumbres de preocupação e eu já puta para caralho , pensando que voltar a pé seria no mínimo umas 2 horas caminhando. Chegou uma van com uns turistas gringos escrito Bogotá na lateral e fui trocar uma ideia com o motorista, expliquei nossa situação o que tinha acontecido e ele explicou que aquela era a entrada do parque, que a saída era do outro lado, que só voltava por ali quem tinha ido com carro próprio. Se o nosso motorista nos explicou isso, nunca saberei (ele jura que sim, mas eu tb não confio no meu espanhol para garantir que não). O cara foi muito simpático, disse que pelo tempo que estávamos esperando, nosso motorista devia ter percebido que algo tinha dado errado e deveria estar voltando para nos buscar ou então tinha ido embora mesmo...rsss...e nesse caso ele nos daria carona até Guatavita quando o grupo dele voltasse (não sei até hoje se seria de graça ou se ele cobraria, mas eu pagaria de boa). Porém, o homem profetizou e 10 minutos depois aparece nosso motorista em sua van caquética todo sorridente e dizendo: Vocês não entenderam minhas instruções. Definitivamente não. Voltamos para cidade e de lá para Bogotá. A noite fomos a Zona Rosa, o Leblon de Bogotá, no famoso bar, restaurante e danceteria Andrés DC. É bem legal, são 3 andares imitando a divina comédia: inferno, purgatório e paraíso. Lá é salgado, a entrada foi 20.000, as comidas eram gostosas, mas naquelas porções gormetizadas para quem não tem fome e caras e as bebidas o mesmo. Mas o lugar era maneiro. Voltamos ligeiramente pobres e consideravelmente alcoolizados. No quarto dia, fizemos o check-out e fomos para Zipaquirá, de lá pegaríamos um ônibus para Villa de Leyva. O caminho é o mesmo que para Laguna, o transmilênio até a estação Portal do norte e de lá um ônibus para Zipaquirá. O preço do transmilênio foi o mesmo e 3.500 o ônibus para Zipaquirá. A cidade é fofíssima. Você sai de Bogotá que é cidade grande vai para um cidade de interior, a sensação é uma delícia. Fomos no posto de informações turísticas e lá nos disseram que tem um trenzinho que leva para catedral e trás de volta de hora em hora e a menina ainda disse que podíamos deixarmos nossas mochilas lá. O trenzinho foi 3.000 ida e volta e a entrada na catedral, 23.000. A cidade é foférrima e o trenzinho mais fofo ainda. A Catedral já são outros quinhentos...eu particularmente não gostei. É uma indústria, absurdamente comercial, com milhões de pessoas, as visitas são feitas em grupos enormes, todos se esmagam para tirar fotos em todos, eu disse todos, sim, TODOS os monumentos, cruzes, santos, o que aparecer pela frente tem fila para tirar foto...se aquilo algum dia teve a intenção de ser uma coisa religiosa falhou miseravelmente. Voltamos para cidade, almoçamos uma truta divina na sacada de um restaurante em frete a pracinha da cidade, 45.000 com bebidas e depois fomos pegar nossas mochilas e nos pôr a caminho de Villa de Leyva. A menina do centro de informações nos disse que dali pegaríamos um ônibus para Tocucinga de lá um para Villa de Leyva. O ônibus de Tocucinga nos deixou meio que na estrada, dizendo que aquilo era Tocucinga e que ali passava ônibus para Villa de Leyva. Perguntamos no comércio perto e ninguém sabia indicar...disseram para pegarmos um ônibus para Tunja e de Tunja para Villa de Leyva. Andamos para lá e para cá e não conseguimos nenhuma informação mais útil, até que apareceu uma van escrito Villa de Leyva e nós fomos. O ônibus para Tocucinga ou sabe-se lá onde estávamos foi 3.000 e a van para Villa de Leyva foi 20.000. Foi uma viagem horrorosa, demorou a vida para chegar. Em Recife meus primos chamam esse tipo de condução de cata-corno, vai parando em todos os lugares e para qualquer um a todo minuto. Chegamos em Vila de Leyva a noite, estava tendo um evento de astronomia na cidade. A Praça principal estava lotada e consequentemente todos os hostels também. Estávamos cansados, com fome e com mochila nas costas, rodamos alguns lugares e o único lugar que tinha vaga era um hotel a 120.000 o quarto para casal com banheiro privativo...decidimos ficar nele e trocar para algo mais barato no dia seguinte. Nos acomodamos, banho e saímos. Assistimos o lançamento de um mini foguete...deve ter subido uns 30 metros e depois espatifou-se, pq o paraquedas não abriu. Depois fomos comer, pizza e limonada, 19.000. Eu estava louca de dor de cabeça e meio resfriada e fui para casa e o Alex foi para um festinha de reggae que ia ter, mas depois ele me disse que miou e ele tb foi p casa, mas quando chegou eu já estava em outro plano, nem senti ele entrando na cama. No quinto dia tomamos café no hotel, que foi show de bola e estava incluído, fizemos o check-out e fomos procurar um hostel. Achamos um bem simplório por 40.000 pesos para o casal, sem café e banheiro compartilhado. Só para dormir mesmo, estava bom. Fizemos o passeio de cavalo, 60.000 para os 2. Não curti muito porque ultimamente fico pensando no sofrimento do bicho, na indústria que são esses passeios “ecológicos” e no incomodo mesmo de um pobre cavalo me carregar...para quê sabe? Mas fui e acho que não iria de novo...eu sei andar e ele não precisa me carregar. No passeio você vai em um platô onde vc vê a cidade. Bem bonito. Villa de Leyva é a Paraty da Colômbia. Você chega na rodoviária e está em uma cidade normal, aí vc anda um pouquinho e parece que vc entra no centro histórico de Paraty, paralelepípedos, casas, tudo igual! Só falta o mar. Na volta do passeio, almoçamos na praça, 27.000. Alugamos bicicletas, 6.000 por pessoa para ir até a Casa Terra Cota, a maior casa de barro do mundo (eles vendem o peixe dessa forma, não sei se é mesmo). O candango da loja nos ensinou como chegar, dizendo que tinham placas e que era muito fácil. A estrada estava em obras, não tinha placa nenhuma, nos perdemos, fomos muito mais a frente do que deveríamos, no caminho vimos a vista das montanhas, muito bonito...mas subimos tanto e já começávamos a descer até eu começar a ficar preocupada em descer tudo aquilo e o caminho ser o errado (óbvio!) e ter que voltar tudo em tempo para devolver a bicicleta...e o Alex nada, vento na cara e nada mais importa, por ele ia até a Jamaica de bicicleta. Paramos para perguntar. Dito e feito. Lugar errado. Voltamos...a cada vez que parávamos para perguntar as pessoas diziam que era na próxima direita, sendo que simplesmente não tinha próxima direita. Quando já estávamos quase na cidade de novo, resolvi parar pela última vez para perguntar para um senhor onde ficava a Casa Terra Cota e ele apontou para um beco, sem nenhuma indicação atrás dele e disse: por essa rua aqui. Depois de muito tempo chegamos a bendita casa, suados, cansados e com o humor alterado...aí uma arara linda apareceu para gente e o humor melhorou. Voltamos para entregar a bicicleta atrasados, mas o menino não falou nada e nem cobrou a mais...o Alex estava pronto para levar ele pela gola da camisa por todo o caminho errado que ele mandou a gente fazer se ele cobrasse algo a mais. Mas todos se salvaram, nós, o moleque, as bicicletas e a casa. Jantamos na praça de novo, 45.000 para dois com bebida...provei a Club Colombia roja e elegi a cerveja da viagem p mim. Dali para frente, só ela. Editado Maio 25, 2015 por Visitante 1 Citar
Membros Isabel+ Postado Maio 20, 2015 Autor Membros Postado Maio 20, 2015 (editado) No sexto dia, tomamos café na rua, fizemos o check out e fomos para rodoviária pegar o ônibus para Tunja e de lá outro para San Gil. O ônibus para Tunja foi 65.000 e para San Gil, 30.000. San Gil é maior do que Villa de Leyva, Zipaquirá e Guatavita, mas não tão grande como Bogotá. Uma cidade de montanha agradável. Quente! Porque até ali só tínhamos pegado frio. Quase não andamos na cidade, fizemos apenas as opções de esportes que ela oferece. É conhecida como o local para praticar esportes radicais da Colômbia. Tem de tudo, rafting, rapel, paraglind, montanhismo, torrentismo e outros ismos que não me lembro, mas nós fizemos só o paraglind e o rapel. Tinhamos indicação de um hostel que estava lotado e ele nos indicaram um outro, Hostel Maison de Sam, bem simpático, 50.000 com banheiro privativo para o casal. Chegamos já a noite, comemos no hostel, bebemos até o corpo ficar mole e cama. Fechamos o paraglind no dia seguinte com uma agência na rua do hostel mesmo. Tinha 2 opções: um voo de 70.000 pesos em um mirante por 10 minutos e uma opção de 170.000 pesos para 30 min. de voo sob o cânion de Chicamocha. Escolhemos esse. Sétimo dia - Tomamos o café da manhã no hotel, 5.000 pesos e fomos. O nome da agência é Parapente Chicamocha e eles te levam até o lugar. Foram uns 30 minutos de van até o local do salto. O cânion é lindíssimo. Uma formação montanhosa sensacional, e o salto não dá nem tempo de vc ter medo, pq eles colocam os equipamentos em vc e quando vc começa a pensar: vou mesmo fazer isso? já está correndo e no minuto seguinte já está no ar. Eu costumo dizer que eu só faço essas coisas porque eu não penso muito...se pensar vc trava. E eu também só arrisco minha vida uma vez por férias, na Bolívia foi na death road (outra que se eu pensasse não faria) e na Colômbia foi no paraglind em Chicamocha. Eu fui batizada nesse voo, porque meu instrutor disse que pegamos um vento não sei o que, que te deixa preso meio que em um redemoinho...e dá-lhe rodar, rodar, rodar, rodar, rodar...para sair desse tubo vc tem que subir ... e brother, nós fomos MUITO alto! Nessa hora deu medo, porque eu comecei a ver que não existia nenhuma possibilidade de sobrevivência a uma queda daquela altura...quando conseguimos sair do redemoinho, meu instrutor me perguntou se eu queria mais emoção...eu já estava enjoada da rodação de antes e dispensei. Depois descobri que tem gente que vomita e tudo no primeiro voo. Por causa do vento traiçoeiro o meu voo se estendeu uns 5 min., então eu fiquei uns 35 minutos voando...quando estávamos descendo para pousar passamos por um outro parapente fazendo altas manobras loucas...ia de um lado para o outro muito rápido, como se fosse um pêndulo. Descobri depois que aquele era o meu namorado. E ele desceu com cara de criança que comeu chocolate pela primeira vez e super tranquilo. Se fosse comigo eu teria vomitado. Apesar de achar o voo muito longo e ter ficado enjoada eu gostei! A sensação é incrível, mas não repetiria. Voltamos para a cidade, almoçamos em um lugar na rua do hotel chamado Gringo’s Mike que tinha comida vegetariana para o Alex e elegemos esse como o restaurante da viagem, tudo era bom! Os sanduiches, o café da manhã, os sucos, tudo! O almoço foi 45.000 para os 2. Nesse dia também fechamos o rapel na cachoeira que faríamos no dia seguinte na mesma agência, 45.000 por pessoa. No oitavo dia acordamos, tomamos café no Gringo’s Mike, 12.000 e fomos. A ida para a Cascata Juan Curí, que era onde iriamos fazer o rapel, é por conta própria. Nós tínhamos que chegar às 10h, mas atrasamos e chegamos quase 11h. A entrada é por uma espécie de sítio e o rapaz indicou como a gente fazia para chegar na cachoeira. Acredito que se tivéssemos chegado às 10h faríamos a trilha com um grupo. Porém, fizemos sozinhos. Acho que é de 20 a 30 minutos de caminhada. Chegamos na cachua e tinha um grupo de adolescentes descendo e ficamos esperando nossa vez. A cachoeira é linda, mas o Brasil é muito abençoado nesse ponto...para quem já foi nas Chapadas dos Veadeiros, Guimarães e Diamantina é difícil se espantar com qualquer outra cachoeira. Quando chegou a nossa vez colocamos os equipamentos e fomos. O rapel só tem um momento de medo, que é o primeiro passo pendurada. Depois que vc sente que está em segurança, é só alegria...eu amei e diferentemente do paraglind, quero repetir. Fizemos o caminho de volta e fomos para casa tirar as roupas molhadas, depois demos uma volta pela cidade e almoçamos/jantamos no Gringos 50.000. Nono dia fizemos o check-out, tomamos café no Gringo’s e fomos rumo a Bogotá. Aqui entra o equívoco de você não planejar as coisas. O Alex queria conhecer a zona cafeeira da Colômbia, mas como subimos em direção ao norte, conversando aqui e ali todos nos disseram que a melhor opção era descer de novo para fazer a zona cafeeira e depois ir para Medellín. Nosso roteiro era: Bogotá – Villa de Leyva – San Gil – Manizales – Salento – Medellin – Santa Marta – Cartagena - San Andrés. Nisso a opção foi voltar para Bogotá e de Bogotá pegar um ônibus para Manizales. A viagem para Bogotá foi de 8h, 35.000 pesos o ônibus e de lá para Manizales mais 8h, 62.000 pesos (compramos o ônibus luxo, pq somos mochileiros, mas tb filhos de Deus), mas não teve luxo certo...depois de 16h de ônibus meu ombro direto travou...eu tenho uma burcite enjoada e de vez em quando ela me ataca. É uma dor de dar vontade de arrancar o braço e para completar, saindo de San Gil a clima ameno e gostoso e voltando a Bogotá frio! E em Manizales a mesma coisa, frio! Enfim, resfriei. A ideia em Manizales era fazer o Nevado del Ruiz, mas com meu ombro fudido e resfriada não ia rolar. A cidade também não era lá essas coisas e ficamos meio ociosos e também começamos a ter os primeiros embates de casal que viaja junto. Para recuperar a empolgação decidimos ir para Salento no dia seguinte. Porém o único lugar que tínhamos certeza de onde iríamos ficar em toda a viagem era em Salento, pousada de um amigo, e ele mandou mensagem dizendo que tinha problemas e não poderíamos ficar lá e nem poderia indicar outro lugar porque achava que todos estavam lotados. Enfim, foi um banho de água fria. Eu não estava afim de ficar carregando mochila com o ombro fudido catando lugar para ficar e o Alex também perdeu toda a vontade de ir até lá...passamos uns bons 40 minutos discutindo o que fazer e resolvemos que só o mar iria melhorar nossos ânimos novamente...corta Salento, corta Medellín (já tínhamos ido em 1 cidade grande, e em 2 cidades pequenas fofas, voltar para cidade grande com nosso humor naquele momento ia dar merda) e vamos direto à Santa Marta. Compramos passagens de avião de Medellín para Santa Marta à 85 dólares despachando bagagens pela Viva Colombia. Fomos tentar resgatar o humor dando uma volta pelo Centro Histórico da cidade, depois descemos até a rodoviária para comprar passagens para Medellin no dia seguinte (35.000 pesos)...ah sim! Manizales é uma cidade no alto. Engraçadíssimo. Em baixo ficam as camadas mais pobres da cidade e em cima vai elitizando e embelezando. Jantamos no Drive in Cerritos, em Cerro del Orro, um mirante bem bonito. 62,000 pesos para os 2. Décimo dia seguinte acordamos cedo e partimos. De Manizales para Medellin foram 4h de estradas curvilíneas...ah sim, de novo! As estradas da Colômbia são até bem boas de se andar de ônibus (comparadas com as do Brasil e da Bolívia, por exemplo), mas pense em uma serra, cheia de curvas...é isso! Você desce e sobe montanha o tempo todo, curvas e mais curvas todo o tempo. Para quem enjoa até em linha reta como eu, pense! Era dramim e apagar. De Medellin, pegamos um táxi para o aeroporto que é bem longe da cidade, e embarcamos no horário (perdi um zippo nesse vôo porque o Alex esqueceu de tirar da mochila ). Chegamos em Santa Marta no fim do dia, com o sol se pondo, e de lá fomos direto para Taganga, porque tinham nos dito que Santa Marta não era tão legal e era tipo cidade grande e Taganga era mais roots. E pelo que vimos no táxi é isso mesmo. O táxi deu 40.000. Nos hospedamos no Hostel la Casa de Felipe, 65.000 quarto privado com banheiro próprio. Jantamos no hostel que tem uma cozinha francesa com pratos maravilhosos! Décimo primeiro dia ficamos de relax, acordamos tarde, tomamos café no hostel, fomos andar pela cidade. Taganga tem um praia principal pequena e que fica bem cheia. Mas se vc atravessar o morro no fim dela à direita, vc chega a outras praias mais tranquilas e bonitas. Achei que parecia muito com Arraial do Cabo com água mais azul escura. Falando nisso a água em Taganga era gelada, diferente do que todos diziam que as águas do norte da Colômbia eram quentes. Mas mar é mar. Mar revigora qualquer um, recupera qualquer humor, cura qualquer coisa. Um dia de relax na praia e cervejinha e eu já movimentava meu braço sem tanta dor e o humor do casal tinha voltado. Almoçamos na praia, um peixe à 17.000 debaixo de um vento danado (isso se repetiria por todo o norte do Colômbia, vento constante. 24h, sem interrupção.), mas calor! Isso era muito bom! A noite de volta para os hostel jantamos lá, 14.000. Décimo segundo dia mais relax, café da manhã (7.000). Lavamos roupa (2.000 por kilo), praia, mar, cerveja e peixe. Pegamos informações de como ir para o Parque Tayrona no dia seguinte. Acordaríamos cedo e iriamos à agência comprar as passagens do ônibus que levava ao parque. Décimo terceiro dia acordamos atrasados, mas descobrimos que no hostel tinha uma espécie de agência também que vendia passagens para o Tayrona e já tinha uma galera esperando. Perguntamos se ainda tinha 2 vagas e eles disseram que sim. 20.000 ida e 40.000 ida e volta. Ainda não tínhamos decidido se íamos dormir no Parque ou não então compramos só ida. A van te leva de Taganga até dentro do parque, porém há ônibus públicos que saem de Santa Marta até a entrada do parque também, então a opção seria pegar um busão até Santa Marta e de lá para o Tayrona. A entrada no parque era 39.500 para gringos, para local é mais barato. Eles passam um vídeo e te dão instruções de como chegar até as praias próprias para banho, porque algumas são fortes demais e não rola de entrar. Até o Cabo de San Juan que é uma das praias que tem como entrar na água e o lugar mais bonito que dá para dormir são umas 2h caminhando. Mas caminhando em um parque né? Natureza, árvores, os primeiros vislumbres do mar caribenho, daquele azul claríssimo, praias desertas. É uma delícia. Almoçamos em uma birosquinha perto de uma das praias que dava para entrar na água, acho que era La Piscinita...e ah! A água do mar era quente!!!!! O almoço vegie foi 15.000 e o peixe 25.000. Em Cabo de San Juan resolvemos dormir no parque e você tem a opção de alugar uma barraca ou uma rede. Alugamos a rede por 20.000 e ficamos de bouíssima, só de relax. O lugar é lindo...o mar é um pouco agitado, mas nada que assuste e a água é quente, muito bom! Mas o vento estava lá marcando seu território todo o tempo. Tem um restaurante que tem café da manhã, almoço e jantar. Nosso jantar foi 25.000 (risoto de camarão). A noite foi tensa pelo vento e pela maresia. Eu não tenho problemas em dormir em rede ou em qualquer lugar, eu tenho problemas com frio. Se eu tivesse levado um lençol que fosse eu passaria mais tranquila. Tem aopção do aluguel das barracas que devem ser bem melhores, mas como o Alex não cabia em nenhuma barraca daquelas ficamos na rede mesmo. Décimo quarto dia, café da manhã, 10.000. Almoço, 15.000. Ficamos em Cabo de San Juan de relax na praia até às 15:30, onde voltamos para pegar o ônibus das 17h p Taganga na entrada do parque. Fizemos o caminho todo em bom ritmo, sem parar e ainda assim perdemos o ônibus. Chegamos lá 17:30. Pegamos uma van até a entrada do parque, 3.000, um ônibus até Santa Marta, 6.000 e um ônibus até Taganga 1,400. Quando chegamos no hostel foi só banho e cama. Décimo quinto dia - acordamos tarde e perdemos o café do hostel, tomamos café na rua a 12.000. Fizemos check out e pegamos um ônibus até o terminal de ônibus de Santa Marta, 1.400, depois um até Barranquilla, 10.000. Descobrimos na véspera que o Manu Chao ia fazer um show grátis lá e já que era no caminho de Cartagena mesmo. Reservamos um quarto privado no hostel Mamy Dorme, por 50.000 com banheiro compartilhado pelo computador do hostel de Taganga. O show era uma iniciativa de um grupo ou ONG em favor da preservação da natureza. Gratuito. Tiveram bandas colombianas e DJs. Tudo pocket como nesses shows gratuitos, apresentações rápidas. Eu achei que o Mano Chao fosse fazer um show de 1h e ok, já estava bom demais. O cara ficou 3h cantando. Ele terminava o show, se despedia do público, saia do palco, os músicos saiam, e depois ele voltava e começava a cantar. Ele fez isso 3 vezes. Sensacional. No fim das contas assistimos um puta show, completamente gratuito. Décimo sexto dia pegamos o ônibus de Barranquilla para Cartagena, 18.000 pesos, 2 horas. Ficamos meio que na garagem da empresa de ônibus e de lá pegamos um táxi até o hostel que era fora da cidade amuralhada, em Getsemani.O táxi foi 7.000 pesos. O nome do hostel era Marlim, 80.000 para 2 com banheiro privativo. Cartagena é fofa! E cara! As casinhas coloridas dão um ar de boêmia a cidade e a cidade amuralhada é tudo de apaixonante. Mas para mim, sinceramente, nada justifica os preços absurdos que o turista paga pela “boa vista”, jantamos na cidade amuralhada, 100.000 pesos por um ceviche do tamanho de um pudim e 1 filet de peixe no alface. Bizarro! Digo o mesmo sobre minha cidade...não tem 2 pesos e 2 medidas. Décimo sétimo dia ficamos a toa, tomamos café à 10.000 e fomos andar e fazer compras e esse foi o segundo mole fenomenal da viagem (o primeiro foi não ter vindo para o norte direto de San Gil). Deixar para comprar as lembrancinhas em Cartagena foi garotear total. Tudo caríssimo! Estava me sentindo até no Rio. Almoçamos, 28.000 para cada e fomos passear do lado de fora da cidade. A noite não me lembro o que a gente jantou ou se a gente jantou, lembro que bebemos até entortar...rsss Editado Maio 25, 2015 por Visitante Citar
Membros Isabel+ Postado Maio 21, 2015 Autor Membros Postado Maio 21, 2015 (editado) Décimo oitavo dia fomos a Playa Blanca, uma praia que você pode ir de barco ou de táxi ou de ônibus também. As agências vendem um tour, Playa Blanca e Isla del Rosario no mesmo dia. O barco sai às 10h e vai em Playa Blanca para as pessoas que não querem fazer a Ilsa del Rosario, e depois vai para Ilsa del Rosario, onde tem atividades de snorkel e mais alguma coisa. Depois volta à Playa Blanca para o almoço e por volta das 15h volta para Cartagena, porque o mar só é navegável até esse horário. Aqui faço um adendo, para dizer que eu sempre tive medo de barco, porém depois de enfrentar os mares da Colômbia em um barco eu já estou preparada para tudo. São bizarros!!! Nível hard extreme. Enfim, voltando, existia essa possibilidade de ir com os passeios, mas nós decidimos que não faríamos assim, que iriamos para Playa Blanca, dormiríamos lá e só voltaríamos no dia seguinte. E faríamos o mesmo com a Isla del Rosario, para poder curtir mais. No entanto era domingo e aos domingos não saem barcos que fazem apenas o translado para Playa Blanca (nos disseram que isso existia) só os tours que eu expliquei, e eram a única forma de chegar até lá aos domingos. O preço do tour na alta é de 80.000 por pessoa, na baixa 60.000 e o cara veio nos oferecendo por 55.000 por pessoa. O translado de barco era 25.000,segundo os relatos da net. O Alex ficou puto de pagar 55.000 para cada e negociou até baixar para 70.000 para os dois. E lá fomos. Apesar de toda a bizarrice da viagem (barcos subindo 2, 3 metros de altura e depois despencando no mar e a tripulação morrendo de rir do grito de pavor das pessoas) é possível entre uma queda e outra ver as cores do mar...não sei ao certo se são 7, mas é fantástica a diferença, uma hora você está em cima de um azul turquesa, no minuto seguinte em um azul piscina, depois verde, depois azul bebê e por aí vai...se fosse um mar sem ondas eu diria que era o paraíso. A Playa Blanca é linda, mas aos domingos fica LOTADA. Pense em Ipanema...era isso. Fomos andando pela praia para tentar achar um lugar mais vazio, onde os barcos não desembarcassem gente a toda hora e achamos. Achamos tb um chalé fofo em cima de um quiosque. Eles alugavam as cabaninhas e fizeram para nós por 40.000. Era um pai, uma filha e uma bebê. Fofos. A gente filou o almoço do grupo do tour que fizemos, porque tínhamos os tickets e a noite jantamos por 12.000 no nosso quisoque. Eu tive um problema no norte da Colômbia porque sou alérgica a coco, e além das limonadas com coco que eles tem, praticamente todas as refeições são com arroz com coco, então a todo tempo eu tinha que pedir arroz normal antes de comer e nem sempre eles tinham, então era mais ou menos peixe e salada que restava (eu como igual a um homem, peixe e salada é fome certa 2 minutos depois que eu terminar de comer). Depois das 16h quando a multidão vai embora aí é que vc vê a verdadeira Playa Blanca, quase deserta, mar lindo e quente, silêncio, pôr do sol maravilhoso e o vento (sempre presente). Apesar de ter gostado de lá e achado lindo, preciso salientar que o governo da Colômbia dá uma cagada forte para a conservação. MUITO lixo! Onde desembarcam as pessoas então nem se fala. Os barcos param na própria praia, não tem cais, não tem faixa de segurança, nada...se vc estiver no mar, eles gritam para vc sair do caminho e o barco atraca. Jet skis a todo momento sem um limite de distância das pessoas...vendedores enchendo o saco a todo minuto (é bem Ipanema mesmo, com a diferença que lá eles são incisivos. As mulheres que fazem massagem chegam já colocando a mão em você e se vc piscar antes de dizer não, já tem creme nas suas costas). Se rolasse uma fiscalização ambiental ali, o lugar seria muito mais bonito do que já é. Passamos uma noite ótima. Dentro da cabana sem vento, ouvindo o mar, breu total. Décimo nono dia acordamos cedo, com o sol, tomamos café lá mesmo, 9.000 pesos e ficamos de relax até a hora do almoço (comemos lá tb, 15.000) e começamos a procurar saber se tinha vaga em algum barco para voltarmos para Cartagena. Achamos um barco que saia às 15h. Fizemos nosso “check-out” na cabana e fomos. Pagamos 20.000 no barco até Cartagena que ainda fez uma parada em outro lugar para as pessoas almoçarem. Chegamos em Cartagena às 17h e voltamos para o mesmo hostel (Marlim). Jantamos em Getsemani dessa vez. 26.000 para cada. Vigésimo acordamos, fizemos o check-out e fui sacar dinheiro. A taxa de saque foi de mais ou menos 820 pesos por real, 12 reais a taxa de saque e 50,00 de imposto. Tomamos café da manhã perto do cais, 15.000. Nesse dia faríamos o mesmo que fizemos em Playa Blanca, só que dessa vez para Isla del Rosario, tentar achar um barco que deixasse a gente lá, dormir lá e voltar no dia seguinte. O barco foi aquela novela, de perguntar preço e chorar. Tinhamos a indicação de um eco-hostel e precisaríamos ficar em Isla Grande, na Ilsa del Rosário para ir para esse hostel. Achamos um barco 25.000 por pessoa (chorado). Chegando lá o barco nos deixou um em canto que disseram que era a Isla Grande. Um lugar mega estranho, deserto, nos fundos de um hotel abandonado. Tivemos que passar dentro desse hotel abandonado que foi invadido pelos moradores, depois por uma mini comunidade e ninguém sabia onde era nosso hostel. Já começavamos a ficar preocupadaos quando achamos anjos do único hotel que encontramos no caminho e eles nos deixaram usar a internet para pesquisar o eco-hostel. Pelas fotos eles reconheceram o dono do hostel e nos deram indicação de como chegar. Em Isla del Rosário, se você perguntar por Arte Aventura Eco Hostel é o mesmo que nada, ninguém conhece, precisa perguntar onde fica o Carlos e todo mundo sabe. O hostel é bem roots, mas a vista dele é enlouquecedora, vale a pena até a alternatividade da ilha (alternativa pq não tem nada! Nada, nada, nada, nada). Esse pedaço da isla que estávamos é natureza e praia só. Sem luz, sem nada. Restaurantes são a casa das pessoas e vc tem q dar sorte de achar pescado se não comer carne, pq dependendo de certa hora só tem carne. Achamos um lugar que a senhora fez ovos para nós e cobrou 10.000 por isso. E restaurante tb só no almoço, a noite nada...mas tem duas tendas que vendem biscoito e frutas que dá p se abastecer até o dia seguinte. Estávamos só nós até uma certa hora do dia, depois chegou uma casal de argentinos para dividir o paraíso com a gente. Tinha um bangalozão com umas 6 camas em frente ao mar. Depois que o casal chegou, conversamos com o Carlos um pouco e ele nos disse que se quiséssemos, poderíamos pegar um colchão de dormir e pôr do lado de fora no deck. Foi o que fizemos. O vento na Isla era mais ameno. Passamos frio a noite, mas dormir debaixo do céu de estrelas valeu o frio! Vigésimo primeiro acordamos e fomos fazer snorkel (lindooooooooooooooo, nunca tinha feito) e ao meio dia o Carlos arrumou um barco que pegaria a gente lá, faria uma parada em Playa Blanca e depois Cartagena. O Carlos é um senhor muito legal, mas a isla apesar da falta de estrutura não é barata...pagamos 30.000 por pessoa pela noite (em Playa Blanca pagamos 40.000 para dois) e 30.000 por pessoa por 30 min. de snorkel e o único barco que pegava a gente no hostel foi 30.000 por pessoa tb. No fim das contas a Isla del Rosario saiu bem carinha...talvez se tivéssemos pesquisado um pouco mais nós pudéssemos ter economizado mais. Mas não posso deixar de reiterar a magnificência do lugar. Às vezes penso e falo: tá, valeu isso tudo mesmo! Na Playa Blanca almoçamos no mesmo quiosque que dormimos quando estávamos lá, 15.000 para cada. A volta de barco foi um horror, pulava, saculeja demais...o Alex quase caiu do acento umas 2 vezes, a mulher do meu lado chorava copiosamente, todos os passageiros estavam molhados da cabeça aos pés e a tripulação cagava quilos para todo mundo. Eu até entendo que o mar revolto você não tem muito o que fazer, está na chuva é para se molhar...mas brother, chegava uma hora que parecia que eles faziam de propósito, jogavam o barco em direção a uma onda só para ver as pessoas voarem e rirem. Foi péssimo! Voltamos para o mesmo hostel (Marlim), a noite jantamos na cidade amuralhada, um achado por 58.000 pesos para os 2. Vigésimo segundo acordamos, tomamos café, fizemos o check-out e fomos para o aeroporto em direção a San Andrés. A taxa de entrada na ilha é de 49.500. Voo rápido e tranks. O aeroporto de San Andrés é minúsculo e a pista deve ser menor do que a do Santos Dummont, no Rio, mas dá conta de todos os voos da ilha. Pegamos um taxi e pagamos 12.000 pesos por um trajeto que poderíamos ter feito a pé (aeroporto à av.20 de julho). Essa av. 20 de julho era o lugar e referência para achar hostels. Procuramos em 3 antes de achar o nosso, inclusive no El viajero. Ficamos no Mary May Inn, quarto de casal com banheiro privativo e café da manhã por 130.000, o mais caro que pagamos em toda a viagem (ok, tinha café). Apesar disso San Andrés é bem mais barato que Cartagena. Voltaria lá para ficar 1 semana sem sombra de dúvida. Teríamos 4 dias em San Andrés e pensamos em ficar 2 dias lá e ir para Isla de Providência por 2 dias. Todos nos disseram que era mais lindo, mais preservado, mais calmo e mais roots que San Andrés. Você pode ir de barco, mas parece que é um dia inteiro de barco (nem fudendo! Nem FUDENDO!! N –E- M- F –U- D -E -N –D- O!!!) e tem vôos que saem todos os dias ida e volta...não me lembro o preço, mas nós íamos pagar. 40 minutos de teco teco é muito mais pagável do que 6/7 horas em um barco! (Na minha humilde opinião de medrosa) Mas esses eram os planos e não a realidade, porque chegamos em San Andrés e o Alex tinha muita dor nas costas...do nada essa dor apareceu e foi piorando. No vigésimo terceiro dia a dor estava pior e resolvemos adiar a Isla de Providência para ver se ele melhorava, se sim, iriamos no dia seguinte. Dei um tandrilax para ele, tomamos café da manhã e ele disse que dava para fazer algo na ilha mesmo. Fomos procurar pelo passeio do Aquário e Jhonny Cay. Tem um cais na costa de San Andrés que é de onde saem todos os passeios, dá para ir andando, super tranquilo. Pagamos o passeio ao Aquário e a praia de Jhonny Cay por 15.000 o barco ida e volta e 5.000 p entrar em Jhonny Cay. Foi decepcionante para mim, não que ambos os lugares não sejam lindos...são! Mas são lugares onde o turismo é explorado ao extremo. Fomos em dia de semana, na baixa temporada e no Aquário, que é uma ilha desenhada por Deus, lindissíma, mas que cabem 100 pessoas (e já é demais) tinham umas 300 mais 50 vendedores em terra gritando o tempo todo pelos barcos, para vender bebidas, sapatos, óculos para snorkel e 25 deles no mar também passando com arraias de mão em mão como se os pobres bichos fossem bonecos ou de mentira (dizem que não tem arraias no Aquario, mas naquele dia que fomos tinha, não sei porque). Me decepcionou demais aquilo. Era papo de Cristo Redentor na alta temporada, sendo que ali são recursos naturais, todos pisam nos corais, os peixes se viram como podem (os menores nem saem da toca, os grandes e ousados tem que desviar das pessoas em seu caminho), nenhum dos vendedores ou os policiais da guarda nacional que ficam em um barco ali perto se preocupam em conscientizar as pessoas do impacto ambiental, da importância de não pisar nos corais e tal. Eles ali só querem vender. Acho que é um lugar que está fadado a acabar, primeiro porque acho que o mar vai engolir a ilha e segundo porque a atração dos corais e peixes vai acabar em breve com barcos e pessoas de hora em hora todos os dias indiscriminadamente. Espero que acabe da primeira opção. A dor do Alex estava cada vez mais intensa, o mar estava forte e aquela quantidade de gente na água fazendo selfie desanimou a gente de curtir. Ficamos em terra só molhando os pézinhos e esperando dar a hora para ir para Jhony Cay. Jhony Cay segue o mesmo ritmo do Aquário no quesito turismo exploratório. Porém o lugar é maior e tem mais estrutura para receber as pessoas. Eu estava bem azeda pelo que vi no Aquário e bem preocupada com o Alex que gemia de dor. Fomos para o lado da ilha que tinha menos gente, pus a canga na areia e ele deitou. Fui em um quiosque e comprei almoço para nós a 20.000 por pessoa e levei para comermos lá para ele ficar tranquilo. Depois que comemos ele dormiu um pouco e eu dei uma volta sozinha na ilha (10 minutos e você atravessa ela toda)...o mar estava bem forte, não arrisquei a entrar sozinha, apenas nos pedaços onde tinha uns bancos de areia e formavam uns laguinhos. O tour consiste em sair às 9:30 de San Andrés para o Aquario. Lá ficamos até 11:30, depois vai para Jhony Cay e pode voltar de lá às 13h ou às 15h. Voltamos às 13h e fomos para casa para o Alex deitar, ele tomou outro tandrilax e apagou. A noite comprei um lanche como jantar, 21.000 e comemos no quarto. O menino teve febre a noite inteira e quase não dormiu de dor. Os planos para a Isla de Providência babaram de vez. Vigésimo quarto dia acordamos e fomos para o hospital. Um hospital, não entendi direito mas, acho que era semi público, os locais não pagavam e os gringos pagavam. Se o Alex tivesse feito seguro viagem não pagaria, mas ele fez? Claro que não. Passamos um dia inteiro no hospital, pior que SUS. Exame de urina, uma ressonância e um diagnóstico de um cálculo renal com infecção urinária. Remédio para dor e antibiótico. Chegamos em casa 9 da noite, ele groge de remédio pra dor e eu grogue de um dia inteiro sentada em um baquinho. Cama e mais nada! Vigésimo quinto dia ficamos em casa até a hora do almoço para os remédios começarem a fazer efeito e depois saímos e fomos para a praia de San Andrés mesmo enquanto o menino ainda estava convalescendo. Almoçamos/jantamos a 40.000 em um restaurante na praia. Depois fomos dar uma volta na cidade e olhar os preços das coisas, porque nos disseram que lá era muito barato. Eu não achei. Os acessórios para minha gopro que eu queria era os mesmos preços que no Brasil. Bebidas eram um pouco mais caras, e a única coisa que valia era cigarro. Mas eu estava sem fumar a viagem inteira então resisti a tentação e não comprei. Vigésimo sexto dia, o último, o Alex amanheceu quase sem dor. Nos animamos e fomos alugar um carrinho de golf para fazer a volta na ilha, nosso voo era 19h. Tínhamos que estar no aeroporto às 17h. O carrinho é uma comédia...não anda! Se alcança 15km é muito...as vezes vc achava que engrenava uma velocidade respeitável e o carrinho por conta própria freiava para você. Comédia. A primeira parada foi na Caverna de Morgon. Tinha uns carinhas vestidos de pirata na entrada. Meio tosco, as pessoas que saiam não estavam com uma cara muito boa e dispensamos. A próxima foi o Olho Soprador, nada demais tb. Um buraco nos corais que o mar sopra água por eles. A parada seguinte foi West View, que para mim vale toda a volta, se não a Ilha inteira. Você paga 3.000 pesos para entrar e é mar! Mar azul cristalino, centenas de peixes, um trampolim e um tobogã para entrar na água (tem escada tb). Você pode alugar snorkel ou cilindro se quiser. Ficamos igual pinto no lixo né? Tobogã, trampolim, água, peixinhos e tudo de novo e de novo e de novo. Acho que ficamos ali mais de 1h, mas era bom demais! Quando nos forçamos a ir embora, a hora já estava avançada, mas mesmo assim paramos em um outro ponto depois do West View que não lembro o nome, mas era basicamente a mesma coisa, mar maravilhoso e peixes, mas desse ponto você tinha que saltar das pedras mesmo. Ficamos pouco tempo porque tínhamos que almoçar ainda. A última parada foi na Praia de San Luis, que segue a beleza de tudo em San Andrés, areia branca, mar de diversas cores, cristalino, quente...é sensacional! Almoçamos ali e ficamos um pouquinho porque infelizmente tínhamos que voltar para devolver nosso carrinho, pegar nossas coisas no hostel e partir. No hostel tomamos banho na ducha do quintal deles, nos vestimos ali mesmo também e fomos para o aeroporto de volta à pátria amada. E fim! Esse é o mais breve que pude fazer de nossa viagem pela Colômbia. Eu amei demais. Voltaria tranquilamente, principalmente para San Andrés que aproveitamos pouca coisa. Espero que seja útil para alguém! :'> Editado Maio 25, 2015 por Visitante Citar
Membros Rafael Paiva Postado Maio 21, 2015 Membros Postado Maio 21, 2015 Isabel, que relato bacana! Sou louco pra ir pra Colômbia e já salvei suas dicas aqui... "quando estávamos descendo para pousar passamos por um outro parapente fazendo altas manobras loucas...ia de um lado para o outro muito rápido, como se fosse um pendulo. Descobri depois que aquele era o meu namorado. " Citar
Membros de Honra Leticia Quaresma Postado Maio 21, 2015 Membros de Honra Postado Maio 21, 2015 Putz! Calculo renal em San Andrés é sacanagem! E fica a dica aí de não viajar sem seguro! Nunca se sabe... Parabéns pela trip! Já estive 3 vezes na Colômbia e pretendo voltar pelo menos umas 10 ainda! Uma delícia de lugar! Citar
Membros Helderzito Postado Maio 25, 2015 Membros Postado Maio 25, 2015 Bom dia Isabel, Que linda a viagem de vocês, que lugares mágicos, parabéns pela Trip. Uma pena o que aconteceu com o Alex... Gostei muito do relato, até porque também sou vegetariano. Estou indo dia 1/7 e vou ficar 20 dias, estou montando o roteiro...mas certo mesmo é que começo por san andres, tenho voo para cartagena dia 6/7 e depois tenho outro de santa marta para bogota dia 17/7, também estou indo de casal, e seu roteiro além de estar bem atualizado vai me ajudar bastante. Algumas duvidas bobas: Nesses passeios de 1 dia foi tranquilo deixar as coisas no hostel? Quando dormiram na rede em tayrona, onde ficaram as mochilas? Meu aniversario é dia 11/7, penso em estar ainda em Cartagena, recomenda que passe na isla del rosario, playa blanca ou mesmo em cartagena? Sera o ultimo dia por ali e seguirei depois para santa marta... Quanto gastou no total? Acho que levarei alguns dolares, reais e o cartao para sacar...bom ter as 3 opções... Abraço Citar
Membros Isabel+ Postado Maio 25, 2015 Autor Membros Postado Maio 25, 2015 (editado) Oi Helderzito! Foi super tranquilo deixar as mochilas no hostel sim. Avisávamos que íamos voltar no dia seguinte e já deixávamos uma reserva feita tb. Mas acredito que mesmo se você não fizer reserva não tem problema de deixar as malas lá...pelo menos nesse hostel. No Tayrona, nós não levamos as big mochilas não...deixamos elas no hostel e fomos só com mochilas pequenas que foram nossos travesseiros durante a noite. Mas a galera que foi de mochilão mesmo, deixava o mochilão do ladinho da rede, ou embaixo dela de bouíssima e ninguém mexia. Tem opção de uma salinha com lockers tb lá, mas você tem que levar o seu cadeado para fechar e eles fecham a salinha às 21h, se não me engano, e abre às 8h da manhã. Sobre o seu aniversário depende do que você curte...se você quiser ir em alguma festa, um barzinho com música: Cartagena deve ser legal. Ficar tranquilo, sem badalação, curtindo o mar: Playa Blanca, e se não quiser contato nenhum com ser humano, só vc e sua companhia, nada de luz, nenhuma estrutura: Isla del Rosário! rsssss Eu gastei pouco mais de 3.000 reais (sem as passagens) na viagem toda. Curta muito San Andrés...fiquei com muito gostinho de quero mais...rsss...na verdade, curta muito tudo! Editado Maio 25, 2015 por Visitante Citar
Membros monique.santiago Postado Maio 25, 2015 Membros Postado Maio 25, 2015 Isabel, Muito bom e detalhado seu relato. Estou indo pra Bogotá, Cartagena e San Andres em agosto/setembro. Ótimo eu ter lido seu relato também pra ter a certeza da necessidade de se contratar um seguro de viagem, nunca se sabe o que pode acontecer.. mas poxa, não precisava ser em San Andrés, ne?! Espero que vocês tenham a chance de voltar em breve. Bjo! Citar
Membros Isabel+ Postado Maio 25, 2015 Autor Membros Postado Maio 25, 2015 Gente...o problema médico em San Andrés foi muito azar mesmo! Quando voltamos para o Rio, ele foi no médico aqui...renovaram-se os antibióticos e no fim tudo deu certo. Façam seguro viagem sempre!!! A Colômbia vai nos ver de novo em breve! Citar
Membros LiliFF Postado Junho 14, 2015 Membros Postado Junho 14, 2015 Isabel, super bacana o seu relato! Obrigada por compartilhá-lo!!! Citar
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