21 dias na BA - Costa do Descobrimento - Parte 2: Caraíva

nnaomi · Maio 1, 2015

Contatos úteis:

• Prefeitura Municipal, BR 367, Km 10, Centro de Convenções, 3288-2524

• Secretaria de Turismo, Pça. dos Pataxós, Centro, 3288-3708 / 4299 / Disk Turismo 7811-3450

Informações Turísticas:

• Secretaria Municipal de Cultura e Turismo e Posto de Informações, Av. Portugal, 350, (Passarela do Descobrimento), 7811-3450, das 8-21h, faleconosco@portosegurotur.com

• Associação de Guias de Turismo da Costa do Descobrimento 8823-0861 / 8857-1157, agtur-cd@hotmail.com

• Posto de Informações, no calçadão, no início da Rua do Mucugê. É um quiosque que parece funcionar no horário da Rua do Mucugê, ou seja, da tarde à noite. Quando passei por lá no horário do almoço, estava fechado. Tinha um bom mapa de Arraial d'Ajuda, com enfoque na Rua Mucugê, mas não tinha materiais de outros locais

Agências de Turismo Receptivo:

• Associação dos Bugueiros Indígenas Pataxó da Aldeia de Barra Velha (abipa-bv), perto da igreja, Velha Caraíva

• Associação dos barqueiros, na Beira-rio, em frente ao Camping Caraíva

Links úteis:

Caraíva | Guia Caraíva – Bahia – Brasil

Praia do Espelho (Bahia). Trancoso, Porto Seguro

Corumbau Bahia | Como Chegar e onde se hospedar

Relatos 2013:

11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo

21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi

nnaomi · Maio 1, 2015

• Impera o estilo rústico chique, o rústico da vila e da natureza é povoado por pousadas com wifi, TV por assinatura e outras comodidades da vida moderna e por restaurantes com chefs renomados, cozinha mediterrânea e menu degustação

• Se olhar alguns relatos antigos, lerá que Velha Caraíva tem energia de geradores, mas desde 2007 ela está ligada à rede de energia elétrica. De forma que o banho quente, o AC e outros confortos da vida moderna estão garantidos sem a vila perder o charme, pois a fiação é subterrânea, não há postes e nem iluminação pública para não ofuscar o céu estrelado e o luar

• Não há trânsito de carros em Velha Caraíva. A maior parte dos deslocamentos é feito a pé, charrete, buggy ou barco

• Leve pouca bagagem, pois terá que carregá-la pelas ruas de areia fofa ou contratar uma charrete para levar a bagagem (e você) até a pousada. Não esqueça os chinelos para andar pela areia fofa

• Com não há iluminação nas vias, as ruas ficam escuras, por isso uma lanterna ajuda a percorrer, principalmente as ruas mais distantes da Beira-rio. Eventualmente, pode se ver alguns pontos de luz que são as outras pessoas com lanterna também. Escuta-se barulho de grilos, sapos e outros bichos. Se você for urbano, vai estranhar no começo, depois se acostuma. Provavelmente é algo bem diverso do teu dia a dia, aproveite a experiência

• Chegar cedo, com luz do dia, vai te ajudar se ambientar na vila. Ela é bem pequena e não é difícil se localizar, mas como as ruas não tem iluminação, é melhor se acostumar a elas ainda com dia claro

• Em questão à segurança, se pesquisar na internet, verá relatos conflitantes. Alguns dizem que é muito tranquilo, outros recomendam cautela por causa de furtos e assaltos frequentes. Conversando com os moradores de lá, as informações que obtive foi que Caraíva já teve seu período difícil, mas que os moradores se reuniram para monitorar o local. Como todos se conhecem e os acessos à vila são restritos, é fácil notar as pessoas diferente que chegam à vila. Com um trabalho em equipe, as coisas melhoraram e atualmente a situação está sob controle

• Em Velha Caraíva, poucos pernilongos e borrachudos à beira rio, durante o dia, mas alguns restaurantes tinham mais pernilongos à noite

• Nova Caraíva é maior, com mais moradores, comércio e serviço mais variado, conta com um posto de combustíveis com uma única bomba. Porém Velha Caraíva é mais turística, com pousadas, restaurantes e comércio básico para atender os visitantes. A infraestrutura resume-se em um posto de saúde simples, posto policial, uma pequena farmácia, alguns mercadinhos e quitandas e lojas de artesanato e suvenir. Não tem agências de turismo, mas há a associação dos barqueiros e bugueiros, charretes e guias que podem ser contatados diretamente na Beira-rio ou através de indicação da pousada

• Velha Caraíva tem problemas com saneamento básico. Há coleta de lixo, mas não há rede de água tratada, nem rede de esgoto. A coleta de lixo é feita por funcionários da prefeitura de Porto Seguro que levam o lixo até a Beira-rio para ser levado de barco e encaminhado para aterro sanitário em outra localidade. Disseram que há um projeto para alterar a forma de coleta, retirando por caminhão, sem passar pela Beira-rio, que é a porta de entrada de turistas. Água vem de poço, cada propriedade tem o seu poço, assim como a sua fossa. A vila tem mais canoas do que barcos na Beira-rio, por isso a água não parece poluída com os despejos das embarcações

• Vários estabelecimentos trabalham com cartões de débito/crédito, mas é bom ter dinheiro, de preferência trocado, pois não há agências bancárias, nem caixas eletrônicos em Caraíva e não são todos os locais que trabalham com cartão. Normalmente estabelecimentos impõem valores mínimos para passar cartão, por volta de 50,00 a 80,00, dependendo do local

• Tem internet, a maioria das pousadas oferece wifi e tem lan house na vila. Parece que a Vivo tem o melhor sinal de celular na vila com o uso de antenas, dá sinal em alguns pontos na praia. Estão trocando as antenas e mesmo na vila só opera com antenas maiores. Outras operadoras funcionam em algumas praias, vi que a Claro funcionava na Praia do Espelho

• Ponta do Corumbau é bem pequena, mas conta com infraestrutura básica com pousadas, restaurantes e pequenos comércios

Relatos 2013:

11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo

21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi

nnaomi · Maio 1, 2015

Pode ser montado um roteiro de viagem englobando a Costa do Descobrimento e a Costa da Baleia, com acesso via Porto Seguro, que é dotado de aeroporto. Os principais destinos turísticos desse dois roteiros são: Santo André, Coroa Vermelha, Porto Seguro, Arraial d'Ajuda, Trancoso, Espelho, Caraíva, Ponta do Corumbau, Cumuruxatiba, Prado, Alcobaça, Caravelas e Nova Viçosa. Os roteiros sugeridos abaixo contemplam apenas Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Ponta do Corumbau (Prado).

Para quem está hospedado em Caraíva:

Roteiro 1: caminhada (ou passeio de barco, se possível faça os dois) de Caraíva à Praia do Espelho. Volte de ônibus. Indo de barco, aproveite para caminhar em direção à Barra do Rio dos Frades

Roteiro 2: caminhada (ou passeio de barco ou de buggy) de Caraíva à Ponta do Corumbau

Roteiro 3: Passeio de barco para Barra do Cahy

Relatos 2013:

11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo

21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi

nnaomi · Maio 1, 2015

Relato de Arraial d'Ajuda...

Segunda, 03/02/2014 - dia ensolarado com muitas nuvens

Nova Caraíva, Velha Caraíva, Pousada Caraíva Guest House, vila de Velha Caraíva, Praia de Caraíva, Rio Caraíva, Beira-rio

Fizemos o check-out da pousada e seguimos a pé até o ponto de ônibus. Embarcamos num ônibus tipo rodoviário com bagageiro, mas velho e bem judiado, que sacudia bastante e fazia muito barulho. Na saída de Arraial, pegamos a estrada de terra para Trancoso. Voltamos ao asfalto, mas durou pouco, apenas até o trevo Arraial-Caraíva. Depois disso, prosseguimos pela estrada de terra entre vegetação fechada, mas não muito alta. Passamos entre várzeas e pontes bem estreitas e rudimentares. Começaram a aparecer barracas com artesanato e, finalmente, surge a Aldeia Imbiriba com uma grande oca coberta de palha, mas as outras construções eram de alvenaria. Fizemos uma parada de cinco minutos num bar, acho que de Itaporanga. Eis que surge uma placa para a Praia do Espelho. O ônibus desvia da estrada para Caraíva e entra na estrada para a Praia do Espelho, indo até as proximidades de um condomínio, se não me engano o Condomínio Outeiro das Brisas. O ônibus faz a volta nesse local e retorna para a estrada para Caraíva. A paisagem muda, a estrada fica ladeada de eucaliptos e se alternam plantações dessa árvore, várzeas e pastagens, onde o gado das fazendas circula entre as cercas de arame. Vez ou outra surge uma casa perdida no meio do nada. Enfim, surge Nova Caraíva e, do alto, o visual clássico do encontro do rio com o mar. A vila, onde a maioria da população mora, tem alguma estrutura com mercados, restaurantes, lojas e um posto de combustível. Depois de 2h30min de viagem, descemos no ponto final, no ponto de travessia do rio. Quando o ônibus chega, lotam vários barcos ao mesmo tempo. Tinha fiscais por lá que checavam a capacidade do barco e a existência de coletes salva-vidas. Achei bem organizado. O rio é bem calmo e a travessia bem curta e agradável. Visual muito bonito do rio, do manguezal e da vila de Velha Caraíva do outro lado. Na chegada, charretes esperam para fazer o transporte. Seguimos até a Pousada Caraíva Guest House que é uma gracinha e o quarto rústico, mas bem bacana. Saímos para fazer reconhecimento de área. Caminhamos até a Praia de Caraíva e seguimos para o lado esquerdo até a foz do Rio Caraíva. A maré estava subindo. O Bar da Praia, bem ajeitadinho, estava cheio. Ali na "esquina" da praia com o rio tem várias mesas e espreguiçadeiras de madeira, rústicas e naturais, gostei. Tinha várias barraquinhas, mas apenas uma ou outra estava aberta. Ao longe, visual de praias com falésias, do outro lado do rio. Contornamos o rio e cortamos caminho para a Beira-Rio, seguimos até o famoso Boteco do Pará. O local é bem simples, mas é agradável e os pasteis são bons. A Beira-Rio tem casinhas coloridas que são uma graça. Algumas delas operam como restaurantes; outras, como lojas. Voltamos à Beira-Rio, para ver o pôr do sol. A água do rio é escura, talvez por causa do mangue. A água da praia também é escura. A praia é bem extensa, sem recifes e com ondas bem fortes. Fomos de novo para a rua do Boteco do Pará, beirando o mangue, mas agora por causa da maré alta, tinha água em dois locais, mas era rasa e foi fácil de atravessar. Esse atalho me rendeu uma picada de marimbondo. Voltamos à pousada. Saímos para jantar, fomos ao Restaurante Culinária Central, o bobó de camarão estava médio, achei que faltou um tempero ou toque especial. As ficam escuras à noite, pois não tem iluminação nas vias, apenas a luz das lojas e restaurantes. No início, é de se estranhar, depois se acostuma.

Terça, 04/02/2014 - manhã chuvosa, tarde ensolarada com muitas nuvens

Vila de Velha Caraíva, Praia de Caraíva, Rio Caraíva, Beira-rio

Café da manhã servido na varanda do quarto, um charme. O plano inicial era ir de barco para a Praia do Espelho, mas como o tempo estava instável, resolvemos caminhar pela praia. A ideia era ir até a Praia do Satu ou até onde o ânimo durasse. Porém o tempo piorou, começou a chover forte e voltamos para a pousada. Ficamos na varanda, ouvindo barulhinho de chuva e do mar. Gostoso, mas na noite anterior eu até sonhei com tsunami, acho que foi por ouvir o barulho das ondas quebrando na praia. Finalmente no horário do almoço a chuva deu uma trégua e o sol reapareceu. Resolvemos ir ao Restaurante Canto da Duca, que funciona apenas para o café da manhã e almoço. O prato vegetariano é ótimo e a sobremesa divina. Resolvemos andar por quase todas as ruas da vila de Velha Caraíva. Decidimos aproveitar o fim de tarde bem quente na foz do Rio Caraíva, entre a praia e o rio. À noite, resolvemos comer um lanche no Restaurante Principado, pois o almoço foi substancioso, apesar de vegetariano. A Beira-Rio é mais iluminada, por causa das fachadas das lojas e restaurantes, mas quanto mais para dentro da vila, mais vai ficando escuro, pois tem menos comércio.

Quarta, 05/02/2014 - dia ensolarado com poucas nuvens

Passeio de barco à Praia do Espelho, Beira-rio

Dia ensolarado, bonito, com maré baixa por volta das 14h, perfeito para ir à Praia do Espelho, mas não tinha ninguém que quisesse fazer o passeio de barco. Conversamos com o Manoel e saímos de lanchinha de alumínio. Eh, lanchinha de alumínio, eu sei, mas dessa vez eu já sabia das implicações, tinha colete salva-vidas para todos e eu coloquei o colete assim que botei os pés na lanchinha. Foi bem tranquilo. Deixando o mar escuro com a água do rio para trás, o mar foi ficando cada vez mais azul/verde. Primeiro seguimos até o Recife de Tatuaçu para snorkeling, mas a maré ainda estava alta. Não dava pé onde a lancha parou, mas dava para ver os recifes e as ondas arrebentando neles. A água é bem transparente e dizem que dá para ver muitos peixes ali, mas o aproveitamento do snorkeling é melhor na maré bem seca. A ideia nossa não era snorkeling, era ver a Praia do Espelho mesmo, então depois de um rápido mergulho, seguimos. Passamos um pouco longe das praias, talvez para pegar mar mais calmo, mas o visual da praia é bem legal mesmo assim. Desembarcamos na Praia do Espelho. Tinha movimento, não estava cheia, mas também não estava deserta. Tem pousadas, restaurantes e barracas de praia na região central. Decidimos caminhar pela praia, seguimos primeiro para a esquerda. Tem falésias bonitas, muitos recifes e a maré baixa forma piscinas naturais de água muito transparente. Areias alaranjadas, falésias coloridas e mar de diversas tonalidades por conta dos recifes claros e escuros, dos bancos de areia e da profundidade das piscinas. Visual paradisíaco! Passamos pelo que suponho ser a Praia dos Amores, cercada de ambos os lados por falésias. As águas do mar quase encostam nas falésias mesmo na maré baixa, deve ser por isso que dizem que os casais ficavam presos na praia, sem conseguir passar para nenhum lado e acabavam em "amores". Acho que não tem construções nessa parte da praia. A próxima praia, acho que é a Praia do Outeiro ou Setiquara, tem algumas pousadas e propriedades particulares. Continuamos e alcançamos talvez a Praia Jacumã, vimos extensas propriedades particulares com guaritas e guardas circulando. Retornamos. Caminhamos para o lado direito da Praia do Espelho, vimos mais algumas pousadas e restaurantes, antes de atravessar o rio. Depois do rio é mais tranquilo e sem construções à beira da praia. Tem falésias vermelhas com uma fileira de coqueiros, falésias brancas e depois uma área mais plana com coqueiros. Retorno tranquilo, mar batendo pouco. Para forrar o estômago, passamos no Boteco do Pará para comer pastel. Mais tarde, jantamos no Restaurante Aquarius, uma picanha razoável. De sobremesa, torta de damasco no Bar da Lagoa, diferente, boa.

Quinta, 06/02/2014 - dia ensolarado com poucas nuvens

Passeio de buggy para Ponta do Corumbau

No café da manhã, nós pensando em procurar o passeio de buggy e eis que o passeio de buggy aparece! O Pitanga passou e ofereceu passeio de buggy para Corumbau. Combinamos de passar no ponto dos bugueiros, perto da igreja. Chegamos ao ponto e encontramos a Karine que ficou feliz de termos aparecido, pois ficaria proibitivo para ela pagar o buggy sozinha. Assim, rachamos a despesa em três. Saímos com o simpático Akerlan. Seguimos por dentro, por causa da maré alta, pela estrada de areia/terra. Vimos o Monte Pascoal ao longe. Passamos por um curto trecho pela praia que parece uma reta só, sem muitos atrativos e com ondas fortes. Sucedem-se as praias de Barra Velha, Coqueiros e Bugigão. Paramos na Comunidade Bugigão, onde fizemos a travessia de barco pelo Rio Corumbau que é calmo e cercado por manguezal. O rio cor de coca-cola tem água transparente e parece bem limpo. Nas proximidades, tem uma pequena lagoa, provavelmente formada por água represada na maré alta. O mar fica com 2 cores por causa do encontro da água do rio com a água do mar e é pontilhado por coloridos barcos de pescadores. Na maré baixa, formam-se bancos de areia e faixas de areia com textura ondulada. Tudo isso compõe um cenário muito belo que é ainda mais impressionante do alto; não, não tive o prazer de ver isso pessoalmente, mas conferi algumas fotos aéreas incríveis. À frente, uma curva, um bico de areia com vegetação rasteira. O nível do mar está subindo e tem algumas casas abandonadas, que o mar está destruindo. Uma construção branca parece um farol, mas é bem baixo. Adiante, há casas de veraneio, pousadas e restaurantes no que parece ser uma pequena vila. Há barracas com espreguiçadeiras de madeira e estruturas rústicas, onde são amarrados pedaços de tecido para fazer uma espécie de toldo. Fica bem bacana, pois é bem natural. Havia pouco movimento na praia e parte das barracas parecia fechada. A água do mar é muito limpa, azul/verde e transparente, mesmo perto do rio, tanto que nem daria para adivinhar que tem um rio e mangue perto dali e não tem sargaço. A Praia de Corumbau é bem extensa e delimitada por uma cerca de arame que a separa de uma plantação de coqueiros que segue ao longo da praia. O nível da água parece estar subindo, pois alguns coqueiros e parte da cerca estão derrubados. Caminhamos devagar por aproximadamente 1h30 até perto das falésias brancas e avermelhadas. Há uma barraca no local, mas parecia fechada. A paisagem continua com coqueiros, mais algumas falésias e a praia faz uma curva, mas retornamos. Resolvemos parar para descansar numa das barracas e se refrescar no mar, onde vimos 3 cavalos-marinhos. Há umas 3 barracas rústicas, feitas com 4 paus de apoio, cobertura com estrutura trançada de madeira, por cima da qual se estendiam folhas de coqueiro. Bem natural e bem-vindo em um trecho praticamente sem sombra, pois a vegetação é baixa. Nas proximidades do Rio Corumbau, vimos faixas de areia ondulada, deixadas pelo mar recuado. Atravessamos o rio de volta e pegamos o buggy. Tivemos que seguir pela estrada de novo, por causa da maré. Daria para ter feito o passeio a pé, saindo da Praia de Caraíva, mas são cerca de 13 km só para ir e a caminhada é melhor na maré baixa para pegar areia mais firme. Na maré alta ainda dá para caminhar pela areia, mas pega areia mais para cima e mais fofa. Parece que nem na maré alta, a água impede de caminhar pela praia e mesmo se isso acontecesse daria para ir pela estrada que corre paralela à praia. Acho que vale mais a pena ir de buggy e deixar para caminhar ali na Ponta do Corumbau. Jantamos no Restaurante Tatuassu. Colocam tochinhas na entrada, é bem charmoso. Quase na entrada do restaurante, topamos com um homem carregando o que parecia ser um grande remo de madeira e eu até pensei que ele poderia nos dar uma "remada", assaltar e ninguém veria, naquela escuridão. Porém quando paramos na entrada do restaurante, ele sorridente disse para entrarmos, pois o restaurante era muito bom e ele era o chef. Gostei da modéstia e do título de chef, ele não disse que era cozinheiro. Acho que o "remo" era a pá do forno à lenha e ele merece o título de chef, sim, a comida estava muito boa e o prato era diferente.

Sexta, 07/02/2014 - dia ensolarado com poucas nuvens

Caminhada da vila de Velha Caraíva à Praia do Espelho, Beira-rio

Com o tempo bonito, saímos em direção à Foz do Rio Caraíva e procuramos por um canoeiro para atravessar. Eles cobram por pessoa e não esperam lotar. Até que estava movimentado. Vimos outros casais a nossa frente e atrás. Logo no início, olhei para trás e vi a Karine. Esperamos e seguimos juntos. A maré estava alta, mas era maré morta (1,4). Passamos por alguns trechos com areia fofa, mas dava para passar tranquilamente. Porém creio que na lua cheia ou nova, não seja recomendado passar na maré alta, pois tem trechos que a água deve bater na vegetação. No trecho que suponho ser a Ponta do Camarão, tem uma parte de vegetação e cerca em toda a extensão. Se a água tomar toda a faixa de areia, não sei se dá para caminhar por cima da vegetação ainda que seja baixa. Passamos por um local com falésias e pedras, cuja travessia foi tranquila, mas a água batia nas pedras e molhou até a altura das coxas, tivemos que suspender as mochilas. A seguir, surge a Praia do Satu com a Barraca do Satu e algumas casas. Seguindo em frente, surge mais uma lagoa, maior, bonita e a paisagem começa a se modificar. As falésias vermelhas cobertas parcialmente de vegetação, as faixas de areia alaranjada e preta e o mar azul com a espuma branca das ondas formam um belo contraste de cores. Não sei exatamente onde fica o limite com a Praia de Juacema. Alcançamos uma lagoa muito linda, acho que o nome é Lagoa Encantada. A água é azul e parece realmente uma piscina de borda infinita, como o Octavio tinha descrito, separada do mar apenas por uma faixa estreita de areia. Na verdade, faltava um pouquinho mais de água na lagoa ou um pouquinho menos de areia entre a lagoa e o mar, mas quando entrávamos na lagoa, era claramente visível o efeito borda infinita. Visual paradisíaco! Desse trecho em diante aparece uma faixa larga de areia preta do lado de dentro, do lado do mar, a areia continua clara, formando um bonito contraste. No final dessa praia, tem a Fazenda Ponta da Juacema. Atravessamos um rio raso e ali fica o início da trilha por cima das falésias, não tem placa sinalizando, mas não tem erro, o caminho batido que sobe a falésia é visível de longe. Nesse trecho não tem como passar por baixo, pois a água bate nas falésias, mesmo na maré baixa. Na parte de cima das falésias, a trilha não fica na borda, ela segue entre vegetação baixa. Aparecem várias bifurcações não sinalizadas, mas o caminho é fácil, basta seguir geralmente pelo meio. À direita, surgem alguns caminhos para mirantes sobre as falésias e, à esquerda, eu acho que são caminhos para as terras da fazenda. Depois a trilha fica sinalizada com placas nos dois sentidos. Vimos uma lagoa no meio da vegetação. A trilha desce na praia perto de uma área com coqueiros. Atravessamos local com falésias brancas, depois o lado direito da Praia do Espelho, um rio e o lado esquerdo da praia que é mais movimentado com pousadas e restaurantes. Passando a área de restaurantes e outro rio, alcançamos um trecho mais tranquilo, ainda com pousadas pé na areia, mas arrumamos um canto mais sossegado, sob a sombra de amendoeiras. Compramos água de coco na barraca ao lado do riozinho e o funcionário prestativo nos explicou como voltar para Caraíva. Achei que teria que caminhar para conseguir pegar o Águia Azul que faz a linha Arraial-Trancoso-Caraíva, mas ele nos informou que tinha o "ônibus dos funcionários" que nos levaria da Praia do Espelho até o ponto do outro ônibus. Beleza, ficamos descansando na praia. Com um pouco de antecedência, atravessamos a área de um dos restaurantes e fomos até o estacionamento. Subimos a estrada e encontramos um bar, um ônibus estacionado e várias pessoas esperando sob a sombra de uma árvore. Uma das moças, que trabalha ali no Espelho, explicou que essa linha serve para trazer os funcionários de manhã e levá-los embora à tarde e, na alta temporada, tem até dois ônibus. Às 16h15 chega o motorista e o ônibus parte. Ficamos contentes de estarmos no ônibus, pois o trajeto não é longo, mas é subida com duas ladeiras bem íngremes. Pedimos para descer perto do condomínio, no ponto de ônibus onde passava a linha para Caraíva. O ônibus atrasou um pouco e chegamos a Nova Caraíva por volta das 18h30. Fizemos a travessia para Velha Caraíva. Como era sexta-feira, a vila parecia mais movimentada, o Bar do Porto anunciava forró ao vivo. Resolvemos jantar no Bar da Lagoa, a lasanha estava muito boa, mas a porção padrão de restaurante italiano foi pequena para dois trilheiros que foram até a Praia do Espelho e só tomaram um lanchinho fraco à tarde.

Sábado, 08/02/2014 - dia ensolarado com poucas nuvens

Vila de Velha Caraíva, Pousada Quarto Crescente, Quadrado, Igreja de São João Batista

Continua no relato de Trancoso...

Relatos 2013:

11 dias na BA - dez/2013 - Parte 1 e 3: Salvador | Parte 2: Costa do Dendê - Ilha de Boipeba e Morro de São Paulo

21 dias em SE e AL - fev-mar/2013 - Parte 1: Aracaju | Parte 2: Maceió | Parte 3: Maragogi

Editado Maio 3, 2015 por Visitante