Membros de Honra Adriano Klein Postado Julho 7, 2005 Membros de Honra Postado Julho 7, 2005 É EU VI AS FOTOS, POR SINAL PARABÉNS MUITO BOAS. A GRANDE DIFERENÇA QUE VEJO NOS RIOS E LAGOS DE LÁ , É A COR E A LIMPEZA DA ÁGUA! AQUELES TONS DE AZUL E VERDE , ÁGUA MUITO LIMPA E GELADA, É ALGO INCRÍVEL! ABRAÇÃO! Citar
Membros de Honra serneiva Postado Julho 7, 2005 Membros de Honra Postado Julho 7, 2005 17º dia 14/03 - segunda-feira - 147 Km Hoje seria o dia de conhecer as outras cidades à beira do lago Llanquihe, Porto Octay, Frutillar e Llanquine. Para isso pegamos a ruta 5 com sentido a Purranque, infelismente o mapa que conseguimos indicava que a estrada que liga a ruta 5 a Puerto Octay era asfaltada, mas na realidade a maior parte é de rípio. Puerto Octay é também uma cidade pequena, não tanto como Petrouhé, mas neste período estava deserta, pouca loja aberta, batemos umas fotos do centro da cidade, compramos umas frutas para comer no carro e saímos para dar uma volta pelas suas ruas, ai começou a cair àquela garoa, tão conhecida dos paulistanos. Rumamos então para Frutillar, estrada asfaltada, procurávamos o Rancho Espantapájaros, restaurante que nos tinha sido indicado pelo nosso conhecido em Valdivia. Fica do lado esquerdo da estrada, a uns 6km aproximadamente, realmente valeu a parada, para meu gosto foi a melhor comida nos 55 dias de viagem, o assado de javali é soberbo. Frutillar se divide em duas partes, a alta e a baixa às margens do lago, nos dirigimos para esta última. Tiramos algumas fotos e compramos um conjunto de prata com Lapis Lazuli em uma lojinha de artesanato. Ai São Pedro abriu a torneira no céu, começou a chover torrencialmente, só nos restava uma coisa a fazer, voltar para o hotel. À noite a chuva deu uma trégua, descemos para o centro, jantamos e fomos ao supermercado comprar vinho para trazermos para o Brasil. Choveu a noite toda, e o vento era tão forte que olhando pela janela do nosso quarto, a chuva passava quase na horizontal. Citar
Membros de Honra serneiva Postado Julho 9, 2005 Membros de Honra Postado Julho 9, 2005 18º dia 15/03 - terça-feira - 390 Km O clima do Chile é bem diversificado, enquanto ao norte, no deserto do Atacama existem áreas onde nunca chove, na região dos lagos é o contrario, chove demais, o índice pluviométrico desta região gira em torno de 1600mm. Devido a isto resolvemos abortar a visita que faríamos a Puerto Montt e Chiloé, resolvemos então atravessar os Andes e tentar a sorte do outro lado. Novamente pegamos a ruta 5, agora em direção ao norte, nos arredores de Osorno tomamos à direita para entrar na ruta 215, que nos levaria através do Paso Cardenal Antonio Samoré até as terras portenhas. A estrada é toda asfaltada e corta uma região com belas paisagens, tendo os Andes como pano de fundo. A chuva ia e vinha, caindo aqui e ali, entramos na cidade de Entre Lagos para um rápido reconhecimento e seguimos viagem, agora tendo o lago Puyehue a nossa esquerda. Alguns quilômetros adiante, tomamos a direita e fomos dar uma olhada no complexo turístico das Termas de Puyehue, seguimos adiante e alcançamos Águas Calientes, uma das sedes do Parque Nacional Puyehue, existe neste local cabanas e piscina térmica coberta e ao ar livre. Não verificamos os preços, mas deve ser mais em conta que o cobrado nas Termas. Retornamos então a estrada principal e ao nosso destino, a aduana chilena se chama Pararitos, e para sair não foi tão complicado como para entrar, alguns quilômetros adiante alcançamos a fronteira indicada por várias placas de boas vindas aos dois paises e seus respectivos parque nacionais. Neste local existe também a estátua da Virgem de La Paz, que foi benta pelo Papa João Paulo II e ali colocada para comemorar a paz entre o Chile e Argentina nas disputas por territórios fronteiriços. Começamos então a descer, e logo encontramos Rincon, a aduana Argentina, passamos sem nenhum problema. A estrada segue para Villa la Angostura e corta belos trechos de serra, com alguns mirantes ao lado da mesma. Após alguns quilômetros podemos ver o Lago Totoral a nossa esquerda, e mais à frente, à direita, aparece o Lago Nauel Huapi. Tomamos então à esquerda, a ruta 23, que nos levaria a San Martin de los Andes, nosso destino. No início é de rípio, seu traçado é sinuoso e corta um terreno com bastante vegetação, e há vários lagos ao seu redor. Como estava chuviscando, já era tarde e o movimento na estrada pequeno, não parei em lugar nenhum, pois fiquei receoso de acontecer algum imprevisto e não ter como pedir ajuda. Realmente alguns quilômetros à frente, em um lugar onde se estava dando manutenção existia um grande atoleiro, e eu quase fiquei agarrado no mesmo. Chegamos a San Martin, que fica às margens do Lago Lacar um pouco antes do escurecer, na chegada tem-se uma bela visão da cidade e do lago. Hospedamos logo na entrada da cidade, no Rose Garden Apart (P$ 70.00), quarto, banheiro e sala cozinha conjugados. À noite fomos para o centro, jantamos e fizemos o que a Tânia mais gosta, entrar e sair de lojas. Citar
Membros de Honra serneiva Postado Julho 12, 2005 Membros de Honra Postado Julho 12, 2005 19º dia 16/03 - quarta-feira - 85 Km Pela manhã, assim que a neblina subiu, seguindo as indicações do Guia Cordillera Verde, nos dirigimos para o Mirador Arrayán, passamos pelo Hotel Sol de los Andes e começamos a subir por uma estradinha de terra até alcançarmos a casa de chá El Arrayán, onde pedimos informações. Ficamos sabendo que já tínhamos ultrapassado, e que o mesmo consiste de uma pedra debruçada sobre o penhasco, sem nenhuma infra-estrutura, e o carro deve ficar estacionado à beira da estrada. Voltamos e achamos o local, realmente a vista é muito bonita, pode-se ver o lago Laçar e a baixo, a cidade. Deve-se tomar cuidado pois a segurança no local é precária. Retornamos a San Martin e nos dirigimos ao Cerro Chapelco, centro de esqui, que fica a uns 18km da cidade, com fácil acesso por estrada asfaltada e de ripio em bom estado. Estava desativada, mas mesmo assim deu para ter uma idéia da sua grandeza e possibilidade de tirar boas fotos. No retorno a cidade, a esquerda, paramos no Mirador Del Pil Pil para apreciarmos a paisagem e novas fotos. Alguns quilômetros à frente, também a esquerda, pegamos uma estrada de rípio, que descendo até o nível do lago nos conduziu até o Balneário Catrite, como já estava tarde, e nós com fome, fomos almoçar e depois tiramos uma soneca. O nosso projeto para a tarde era irmos até a Islita e ao Mirador Bandurrias ambos em terras mapuches. Para alcançar o nosso objetivo tomamos a ruta 48, que vai para o Passo Hua-Hum , aproximadamente no km 3 tomamos uma estradinha a esquerda que nos leva por dentro um bosque ao "posto de pedágio mapuche", pago a tarifa, vira-se a esquerda e por uma estrada bem precária vai até um local onde se pode estacionar o carro, daí vai a pé até o mirador, muito parecido com o outro, o Arrayán, que por sinal fica quase em frente. Do Bandurrias pode-se ver grande parte do lago Lacar, o cerro Chapelco, Quila Quina, Catrite e boa parte da cidade, realmente o que falta é uma infra-estrutura que possa dar maior conforto e segurança ao visitante. Fomos então para a Islita, retornamos ao "pedágio" e agora tomamos à direita. A estrada percorre por entre casas do povoado e depois por um bosque, onde deixamos o carro e descemos a pé até a beira do lago, onde existe uma praia e em frente uma pequena ilha, de onde se vem o nome do lugar. Voltamos para San Martim e demos por encerrada a nossa jornada, à noite saímos para ver vitrines, jantar e fomos ao cinema. Citar
Membros de Honra Thiago de Sá Postado Julho 12, 2005 Autor Membros de Honra Postado Julho 12, 2005 As fotos ficaram otimas! Muito bom mesmo! Citar
Membros ecleao Postado Outubro 14, 2005 Membros Postado Outubro 14, 2005 Prezado Serneiva, Em primeiro lugar, parabéns pelo relato, considerando que ao lê-lo, fêz-me recordar da linda viagem que fiz por aquelas mesmas regiões a exemplo de Mendoza - Santiago - Valdívia - Pucon e etc. Em março próximo estarei fazendo a parte da Terra do Fogo, com el Calafate e Torres del Paine. Estava já com água na boca quando o seu relato foi interrompido na região de Bariloche. Me sinto a vontade para lhes cobrar(ehehehe) o restante do relato referente a Ushuaya, Punta Arenas, Puerto Natales, Torres Del Paine e El Calafate, incluisive com dicas de hotéis, restaurantes, excursões e transportes. Saudações, Edir Citar
Membros de Honra Suelih Postado Outubro 15, 2005 Membros de Honra Postado Outubro 15, 2005 Alô serneiva E a continuacao do relato? estamos esperando, quero saber o que fizeram no sul da Patagonia. Boas fotos! um abraco. Citar
Membros de Honra serneiva Postado Outubro 21, 2005 Membros de Honra Postado Outubro 21, 2005 Atendendo aos vários pedidos (DOIS) para continuar o relato, ai vão mais alguns dias. Sergio Citar
Membros de Honra serneiva Postado Outubro 21, 2005 Membros de Honra Postado Outubro 21, 2005 20º dia 17/03 - quinta-feira - 00 Km Férias também cansam, principalmente no nosso caso, que deslocávamos para cima e para baixo o dia todo, então dormimos até mais tarde e como hoje a programação é fazer o passeio de barco pelo Lago Laçar, resolvemos dar uma folga para a Montana e fomos a pé para o centro da cidade. Passeamos pelas ruas e praças, Tânia aproveitou para comprar sapatos, tiramos algumas fotos e descobrimos um lugar ótimo para se comprar comida pronta, chama-se Los Patos, e fica na Gral. Roca 1108, bem próxima ao cinema. Almoçamos e fomos dar uma volta pela margem do lago, pois às 14:00hs deveríamos estar no cais para pegar o barco. Não se tem muita coisa a escrever sobre o passeio, é totalmente visual, a imagem muda a cada instante, tanto com o passar dos minutos como com a mudança climática. O barco atravessa o lago Lacar em toda a sua extensão, e ao término deste penetra no lago Nonthué onde se serve um lanche atracado no cais do Hotel Hua Hum, mas não se pode desembarcar. Antes disto, ainda no Lacar, o barco atraca na Isla Stª. Teresita onde se faz um tour a pé por entre exemplares da vegetação nativa, até alcançar uma pequena capela construída neste local no início do século. Interessante são os pássaros que seguem o barco, esperando que as pessoas joguem guloseimas na água para que então devorá-las, as vezes voam tão próximas, que se tem a impressão que irão alimentar-se em nossas mãos. Durante o retorno, atracamos na Villa Quila Quina onde se pode fazer uma pequena caminhada pela mesma, logo tomamos o barco com destino a San Martin e término do passeio. Descrevendo assim parece pouca coisa, mas não, são mais de cinco horas de viagem, e como já disse antes a vista é realmente muito bonita, recomendo a todos. Como era dia de folga da Montana, à noite saímos a pé, jantamos e demos um rolé, como era a nossa última noite na cidade ficamos perambulando até o comercio encerrar as portas, voltamos para o hotel, preparamos a bagagem e fomos dormir, pois amanhã partiríamos com destino a San Carlos de Bariloche. 21º dia 18/03 - sexta-feira - 238 Km Levantamos cedo e empolgados, hoje percorreríamos o trajeto de uma das excursões mais procuradas, o "Caminho dos Sete Lagos". Já tínhamos feito este percurso na vinda para San Martin, mas foi correndo, agora de volta teríamos tempo de parar para apreciar as suas belezas e tirar fotos. Assim sendo pegamos a Ruta 234 com destino a La Angostura, e a nossa primeira parada foi na ponte sobre o Arroyo Partido, este curso de água tem uma peculiaridade, ele divide suas águas sob a ponte, e uma parte vai desaguar no oceano Pacífico, e a outra no oceano Atlântico, conforme informações colhidas junto a guias turísticos locais, isto é ímpar no mundo. O primeiro lago que vemos fica à direita da rodovia, é o pequeno Lago Machónico, seguindo em frente, também à direita da rodovia nos deparamos com uma capela bastante singular, pois a sua cúpula nos lembra igrejas russas. Como estávamos dispostos a visitar todos os lagos, tomamos um desvio a direita e fomos conhecer o Lago Hermoso, em suas margens se encontra uma área recreativa diurna, é proibido acampar, os argentinos e chilenos são muito zelosos neste sentido, para nós que não estamos acostumados a isso chega a ser incômodo, mas eles é que estão certos, o patrimônio ecológico deve ser protegido e preservado, nós deveríamos imitá-los. Voltando a Ruta 234, a nossa próxima parada é o mirador da Cascata Vuliñanco, que é uma pequena queda d'água também à direita da rodonvia. Seguindo em frente logo alcançamos o lago Falkener à esquerda e o lago Villarino à direta os dois são interligados por um pequeno canal sobre o qual passa a estrada neste ponto existe também um local para recreação, deste ponto pode-se ver ao fundo do lago Falkner o cerro Buque. Seguindo a estrada, continuamos a ver por entre a vegetação, o lago Villarino. Logo o asfalto chega ao fim, e de repente temos uma visão fugaz do lago Escondido, realmente se não viéssemos preparados para encontrá-lo, teria passado despercebido. O próximo ponto que encontraremos, é a ponte que cruza sobre o rio Pichi Traful, onde se dá o início do Brazo Norte do lago Traful, que mais parece um canal, infelizmente optamos por não ir conhecer a vila Traful nem o mirador Del Viento, pois isto teria aumentado o percurso em mais de 80km em estrada de rípio, e como tinha chovido dias antes não quis arriscar. Seguindo em frente chegamos ao lago Correntoso, à esquerda da estrada, e que nos acompanhará por alguns quilômetros, paramos em uma Hosteria às suas margens para saborear um delicioso chocolate quente com empanadas. Logo à frente saímos da ruta 234 e tomamos um desvio à direta para irmos até o lago Espejo Chico, que fica a uns 4km da mesma. Lá existe um camping particular com alguma estrutura às suas margens. O lago a seguir é o Espejo, também fica à direita da estrada e existe um mirador com área para camping, nas suas margens encontramos também um complexo hoteleiro classe cinco estrelas. Logo a ruta 234 termina, é o fim do "Caminho dos Sete Lagos", tomamos a ruta 231 à direita que nos levaria a Bariloche, passamos na a ponte sobre o rio Correntoso, (o menor rio do mundo, segundo os argentinos), na verdade é um canal que liga o lago Correntoso ao lago Nahuel Huapi, mas em propaganda turística tudo é válido. Chegando em La Angostura, percorremos de carro as suas ruas e fomos até as margens do lago Nahuel Huapi, de onde saem os barcos para fazer o passeio a Isla Victoria, voltamos ao centro e fizemos um lanche na Av. Arrayanes, que é a principal da cidade. A nossa idéia inicial era de conhecer o Cerro Bayo e a Cascata Rio Bonito, mas não conseguimos localizar a acesso aos mesmos, e como o tempo estava fechando desistimos de voltar a cidade para pedir novas informações. Chegando em Bariloche, estacionamos junto a Catedral e fomos a pé procurar um hotel, optamos pelo Grand Hotel Bariloche (P$ 72,20), fica no centro da cidade, próximo ao Centro Cívico e dava direito a estacionamento. Saímos para dar uma volta e tentar localizar a concessionária da Chevrolet, pois já estava na hora de trocar o óleo e fazer a revisão dos 10.000km, ao anoitecer começou a cair uma chuva fina, jantamos em um restaurante asiático na calle Moreno, o primeiro self-service que encontramos desde que saímos do Brasil. A noite como continuava a chover fomos ao cinema, assistimos O Aviador, não gostei, tomamos um chocolate e fomos dormir. 22º dia 19/03 - sábado - 0 Km Levantamos e olhamos na janela, cerração e chuva grossa, tomamos café e voltamos para a cama, ficamos assistindo tv até as 13hs aproximadamente, saímos para almoçar e depois fomos percorrer as lojas das inúmeras galerias existentes na cidade. Com a chuva que caía não atrevemos a ir a lugar nenhum. À noite jantamos e novamente fomos ao cinema, fomos dormir com a chuva ainda caindo, se amanhã continuar chovendo, talvez peguemos a estrada novamente, vamos ver. Citar
Membros mello Postado Novembro 4, 2005 Membros Postado Novembro 4, 2005 Serneiva, Achei muito Tri o roteiro. Em março pretendo partir de Porto Alegre até lá se puder me dar mais algumas dicas sobre o caminho, agradeço. Me informaram que nossos Hermanos Argentinos não são moleza, é verdade? Como já conheço bem o Uruguai, vou entrar por Santana do Livramento e ir até Paysandu. Parabéns pela disposição, continuem sempre na estrada. Abraço, Mello. Citar
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