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Andreia minha conterrânea de estado ::Ksimno:: . Sou de Colatina e vou para Bolivia no dia 12 de setembro e volto no dia 11 de outubro (29 dias). Então estou gostando do seu relato e já acompanhando (te add no facebook). Gostaria de tirar uma dúvida, o certificado internacional vc pegou no aeroporto de são paulo ou conseguiu em vitoria mesmo?

 

Por enquanto é só ^^.

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Acompanhando, Andreia! Vou daqui 20 dias e tava doida por um relato atualizado! hahaha :D :D

 

Acompanhando pra atualizar os valores, tá ficando bem completo!!

Valeu pelo relato e boas viagens!!

 

Belo relato....

Acompanhando

 

Valeu, pessoal, hoje entra mais uma parte!

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Andreia minha conterrânea de estado ::Ksimno:: . Sou de Colatina e vou para Bolivia no dia 12 de setembro e volto no dia 11 de outubro (29 dias). Então estou gostando do seu relato e já acompanhando (te add no facebook). Gostaria de tirar uma dúvida, o certificado internacional vc pegou no aeroporto de são paulo ou conseguiu em vitoria mesmo?

 

Por enquanto é só ^^.

 

Eita estado pequeno, a gente nem se conhece e mesmo assim tem amigos em comum! ::lol3::

 

Peguei o certificado em vitória mesmo, tem um posto da anvisa dentro do aeroporto e tinha outro na enseada do suá, não sei se ele ainda existe. É super rápido e simples, mas recomendo fazer o cadastro antes no site da anvisa (http://www.anvisa.gov.br/viajante/), pra agilizar quando for no posto, que aí é rapidão, eles só imprimem o certificado e assinam. E só funciona em horário comercial.. no dia que eu fui tavam até fechando antes da hora, e o rapaz não queria me atender, mas depois acabou atendendo, rs

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Show!

Fiquei interessado em saber mais sobre o táxi compartilhado ou a van de Sucre até Potosí, se alguém tiver mais info pls compartilhe.

 

Oi Felipe, pra falar a verdade não tenho mais informações.. eu me lembro de ter lido sobre isso em algum relato anterior, e depois encontrei um casal de brasileiros em La Paz que também me falou dessa opção, mas não peguei mais detalhes com eles..

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DIA 03: SALAR (Domingo)

 

Chegava o dia mais esperado da viagem! ::otemo::

 

Acordamos cedo e fomos até a rua das empresas de ônibus pra pesquisar preços da passagem até La Paz. Como no último dia de salar já pretendíamos chegar e viajar direto pra La Paz, não queríamos correr o risco de deixar pra comprar no dia e não ter passagens #sucrefeelings :(

 

Tínhamos referências de duas: a Todo Turismo, única que tem wifi no ônibus e que custava 270 bolivianos (ouch!), e a Illimani, empresa relativamente nova e que custava 180 bolivianos. Tinha também outras empresas que faziam o trajeto e tinham preços intermediários, como a Omar, mas confesso que não lembro os valores. Estávamos ainda pensando em qual comprar, quando fomos abordados na rua por uma mulher, perguntando se já tínhamos passeio pro salar praquele dia, e como não tínhamos, fomos pro escritório dela ouvir a proposta. Não lembro o nome da empresa, sorry, mas eles ficam bem na esquina da rua dos ônibus, acho que no mesmo prédio que os correios.

 

Chegando lá, a moça explicou o passeio pra gente e passou a proposta: 650 bs para o tour + 150 bs a passagem para la Paz, com a Illimani, num total de 800 bs, ou seja, um preço ótimo, tão bom que era quase inacreditável. Disse que já tinha quatro pessoas, que só faltava a gente pra fechar, e blablabla. Só que eu, desconfiada que sou, e já vacinada do papo das agências de que "só falta vocês pra fechar o grupo", achei o negócio bom demais pra ser verdade.. nem sei se era furada mesmo ou só paranóia minha, mas eu já tinha lido tantos relatos de agências sem vergonha, que prometiam um paraíso e no fim das contas não era nada daquilo, que preferi dar uma olhada nas outras agências primeiro e depois voltar, se fosse o caso. Agradeci e fomos pro hotel tomar o desauyno (naquele padrão normal da Bolívia: suco, chá, pão, manteiga, geléia, e esse teve até uns ovos mexidos!).

 

Terminado o café, voltamos pra rua pra procurar as agências clássicas, que eu já tinha anotado recomendações: Colque, Andrea's, Esmeralda Tours, Cordillera.. Como eu já tinha lido que se fecha tudo na hora, e que dá até pra ficar indo de uma pra outra barganhando preço, eu estava bem tranquila que tudo daria certo. Mal sabia que isso ia virar uma tortura...

 

Fomos primeiro na Colque, que ficava quase de frente pro hostel, e lá tivemos nossa primeira surpresa, de uma saga que seria para conseguir fechar o tour para o Salar: como era domingo de páscoa, a Colque estava fechada e não ia sair nenhum carro naquele dia, só no dia seguinte! Nesse momento já me bateu um mini desespero, porque já passava das 9h e não tínhamos nada fechado ainda.. Mas ok, partimos pra próxima, a Esmeralda. Ficamos muito tempo esperando lá dentro pra ser atendidos, pois estava lotado, e quando finalmente nos atenderam, só o tour estava 850 bs. Tentamos chorar um desconto, pois eu já sabia que o preço normal é entre 700~800, mas a mulher não queria baixar por nada. Até que depois de muito insistir, ela falou que ia ver se podia, e saiu da sala pra fazer uma ligação. E nisso nós ficamos lá, mofando, esperando.. ela tava demorando uma vida pra voltar e quando finalmente voltou, disse que não tinha mais vaga. Aham, sei.. aposto é que na verdade ela encontrou alguém pra pagar os 850 bs que ela queria! :x Rodamos mais um pouco e encontramos a Andrea's. Na hora tinha um grupo de gringos sendo atendidos, se esforçando pra entender o que a moça falava em espanhol, e a gente lá, esperando impaciente. Quando enfim eles foram embora e fomos atendidos.. não tinha mais vaga praquele dia também!!

 

Gente, juro, nessa hora eu juro que me deu vontade de sentar ali mesmo e chorar! :cry: Eu já tinha perdido um dia da viagem no ônibus entre Sucre e Uyuni, e já estava crente que ia ter que perder mais um dia ali.

 

Nessa hora acho que a Andrea viu meu desespero, e disse que tinha uma amiga, de outra agência, que estava procurando pessoas pra fechar o passeio, e que então ia ligar pra ela pra saber se ainda tinha vaga. Depois de eu já estar quase botando o coração pra fora, Andrea volta com a moça, que estava chamando a gente pra ir na agência dela negociar. Só que a agência dela ficava a três ruas dali, e, bom, a gente já não tava mais com saco (e tempo) de ficar ouvindo pela quinta vez os detalhes do percurso e tal, então já perguntamos logo qual o melhor preço que ela podia fazer pra gente: 930 bs (750 bs do salar + 180 bs da passagem para la Paz, via Illimani). Achamos caro pra cacete e nessa hora me deu um mini arrependimento de não ter fechado com aquela primeira empresa que vimos.. estava até cogitando ir lá rapidinho ver, mas gente, correr qualquer uma quadra que seja, a quase 4 mil metros de altitude não é moleza! Já que estávamos literalmente no sal, lá fomos nós.. Chegando lá já eram 10h da manhã, não tínhamos tour fechado, as outras agências já estavam cheias, não sabíamos mais pra onde ir, e não tínhamos mais poder de barganha: era fechar ali ou perder um dia da viagem em Uyuni; preferi a primeira opção. E já adianto que foi a melhor coisa que fizemos. Não sei como foi com as outras agências, mas com a nossa foi top! Demos muita sorte mesmo!

 

O nome da agência que fechamos é Expediciones Gaviota; é uma agência relativamente nova, pelo que a dona estava me contando, e justamente por isso eles ainda não são muito conhecidos, e estão lutando pra fazer o nome deles, concorrendo com as gigantes mais antigas. O escritório deles não fica na avenida principal, é mais afastado (fica na av. Cabrera, duas ruas acima da avenida principal, entre as ruas Camacho e Santa Cruz). Nosso guia foi o Pedro; procurem por ele, se resolverem ir lá, ele foi sensacional, e responsável por grande parte do sucesso do passeio. :D No caminho, sempre encontrávamos outros grupos, e teve um grupo de brasileiros que reclamou demais do guia deles, disse que o cara só fazia papel de motorista mesmo, que não falava nada, não explicava, etc.. Então acaba que na verdade o grande responsável por bombar ou minar o passeio acaba sendo o guia.

 

Passeio fechado, enfim pudemos respirar tranquilos.. só que não! Eram 10h, e o tour sairia às 10:30h, e nos disseram que não poderíamos levar as cargueiras, só uma mochila pequena cada um. Então, novamente, sebo nas canelas pra correr até o hotel, arrumar as mochilas, fazer o check out, passar no mercado pra comprar suprimentos e correr de volta pra agência.

 

Nessa de ter que arrumar tudo correndo, acabei esquecendo de colocar toalhas e roupa de banho na mochila, e por conta disso não pudemos entrar nas termas, no último dia do salar, então recomendo que deixe tudo mais ou menos arrumado com antecedência. Depois de tudo arrumado, passamos no mercado pra comprar uns suprimentos básicos (água, biscoitos, papel higiênico, chocolates..) e já estávamos em cima da hora e esbaforidos de tanto correr, então acabamos pagando 8 bolivianos num táxi até a agência, chegamos lá correndo e.. não tinha ninguém! ::ahhhh:: Ô dia de fortes emoções, hein.. Já estávamos achando que tinham nos deixado pra trás, quando começaram a aparecer outros turistas que também tinham fechado o passeio. Corremos tanto e no fim tomamos um chá de cadeira, pois fomos sair já mais de 11 horas.

 

Nosso grupo tinha seis pessoas, mais o motorista (não deixem colocar mais de seis pessoas, se não fica muito apertado no carro): Fred e Maís, um casal de peruanos, Sabrina, uma alemã que já estava viajando há três meses, Rafael, também brasileiro, e nós.

 

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Mais uma vez, demos muita sorte de cair num grupo bacana! Eu estava muito receosa de cair num grupo de gente estranha, ou então num grupo cheio de gringos que só conversassem entre eles e excluísse a gente, ou ainda num grupo que só falasse inglês ou alemão, por exemplo (eu falo um pouco de espanhol, e meu inglês só serve pra ouvir). Tinha um grupo de brasileiros (o mesmo que reclamou do guia, ô pessoal azarado!), que disse que entre eles tinha cara lá que se recusava a dizer de onde era, que não ia dizer porque segundo ele era um país muito odiado pelo mundo! Pensa, viajar com um cara três dias e o cara não dizer de onde era! Dizem que já tinham até embebedado o cara pra ver se ele abria o bico, e nada! :lol: Acho que ao final do terceiro dia eu já tinha enchido o cara de porrada e obrigado ele a dizer na marra! hahaha (meninos brasileiros (desculpa, esqueci o nome de vocês!!), se vocês estiverem me lendo, afinal, descobriram a nacionalidade do rapaz?)

 

A primeira parada do passeio é o Cemitério de Trens, que basicamente é um ferro velho de vagões desativados. Não tem nada de mais por lá, mas dá umas fotos bem legais (quando dá pra tirar fotos, porque olha, posso fazer um desabafo e um apelo? Você, viajante que adora tirar mil fotos, depois que tirar suas fotos, vaza, desocupa, rala peito do lugar, e dá espaço pras outras pessoas fotografarem também! Fiquei muito chateada nesse dia, no Cemitério de Trens, e também mais tarde, no monumento do Dakar, porque a galera não tinha noção na hora de tirar foto, ficava mil anos ali, furava a fila dos que estavam aguardando sua vez, não davam espaço pro coleguinha, saíam de papagaio de pirata.. Mas ok, voltemos a programação normal!)

 

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Depois do Cemitério de Trens, paramos em Colchani, que é uma pequena vila onde se faz a extração do sal. Se quiser artesanato de sal, esse é o lugar pra comprar! Imãs de geladeira, llaminhas de sal, e outras coisas do tipo, só vimos ali. Ouvi dizer que essas coisas não resistem ao clima úmido do Brasil, e acabam se desmanchando, mas não resisti e comprei algumas coisas.. daqui um tempo volto pra contar se estão durando. Ficamos um bom tempo em Colchani, enquanto Pedro consertava os freios do carro, que estavam apresentando defeito #medo!

 

UPDATE: Gente, não resistem mesmo! Meus imãs estavam literalmente derretendo na porta da geladeira, então tive que tirar de lá e guardar.. Talvez funcione em uma cidade com clima mais cedo, mas na maresia de Vitórinha não rolou :(

 

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Saindo de Colchani, passamos em uma parte meio alagada, onde tem uns montinhos no chão, que é onde fazem a extração do sal, e depois paramos num lugar onde tem o monumento do rali Dakar e um hotel de sal desativado, que hoje funciona como museu, e onde almoçamos.

 

E ali no monumento do Dakar aconteceu algo que fez de Pedro o herói da viagem. Fred subiu em cima da estátua do Dakar pra tirar foto e o celular dele caiu ali, dentro da estátua! tenta de um jeito, tenta de outro e nada feito. Falamos com Pedro e ele disse pra irmos almoçar primeiro que depois ele ia ver o que dava pra fazer. Fomos almoçar, ali sentado do lado do hotel de sal mesmo (bife de lhama, arroz com legumes, salada, coca-cola quente, água e banana de sobremesa), já pensando que não ia dar em nada, que o celular já era.. Só que depois do almoço Pedro realmente voltou lá e resolveu o negócio! Resumo da ópera: ele entrou dentro da estátua, pegou o celular e teve que ser içado por uma corda pra sair de lá! Então se vocês forem na agência Gaviota e encontrarem um desenho do Pedro resgatando um celular no monumento Dakar (desenho feito pelo Fred, na volta), agora vocês já sabem do que se trata!

 

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Saindo de lá, entramos mais dentro do salar de fato. Nem adianta falar muita coisa sobre.. é uma coisa linda que precisa ser vista ao vivo! Aquela imensidão branquinha, aquele silêncio.. apenas: vão e vejam com seus próprios olhos!

 

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A última parada do dia é na Isla del Pescado, que é uma ilha de cactos gigantes no meio do salar. Pra subir nela paga-se 30 bs, mas teve gente que subiu e não pagou nada, simplesmente porque não tinha ninguém ali fiscalizando e cobrando, na hora. Eu não subi, porque estava com preguiça, e hoje me arrependo por isso. Subir na altitude é fogo, mas sabe lá quando você vai voltar num lugar como esse de novo? Na dúvida, suba!

 

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De lá fomos direto pro abrigo, que, olha, surpreendeu! Eu estava preparada pra ficar num lugar sem estrutura nenhuma, sem água quente, sem lugar, com cobertas fedorentas, passar frio.. e no final não teve nada disso! Tinha água quente, luz, cobertas quentinhas.. nesse dia nós podíamos ficar em quarto privado para duas pessoas.

 

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Logo o Pedro nos chamou pra tomar um chá com biscoitos, e mais tarde ele serviu a janta: sopa com pão, e depois frango com batatas fritas, estava tudo muito bom!

 

Ah, nesse dia pra tomar banho tinha que pagar 10 bs.

 

 

Gastos do dia: (lembrando que tudo é para duas pessoas, gente!!)

1930 bs: Agência Gaviota (salar + passagens La Paz)

68 bs: mercado (coisas para o Salar: água, papel higiênico, comidinhas)

8 bs: táxi hostel x agência

30 bs: chapéu + souvenirs - Colchani

20 bs: imãs - Colchani

20 bs: 2 Paceñas - Colchani

4 bs: banheiro - Museu de sal

10 bs: ducha - Salar

Total de gastos do dia: 2.090 bolivianos

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Andreia, tô adorando! E esse Tour do Salar foi TOP hein. Já li gente que comeu atum enlatado. Vou em julho e esse era um dos meus receios. Continua que está muito bom!

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