Membros André Ximenes Postado Abril 15, 2015 Membros Postado Abril 15, 2015 Fala galera Chegou minha vez de contribuir com o meu relato e ajudar com dicas e tirando duvidas; e também de compartilhar com vocês a melhor experiência que eu já tive na minha vida até agora que foi esse mochilão! E desde já quero ir me desculpando com alguns que vieram me procurar no Mochileiros.com me pedindo uma copia do roteiro, mas que com a correria do dia-a-dia quase não entrava na minha conta para ler as mensagens e responde-las... Então se precisarem de alguma ajuda aqui esta o meu e-mail: andreximenes@live.com Ah, antes de começar o relato; so diga uma coisa: Mochilem galera, quem ainda não teve essa experiência não sabe o que ta perdendo, é uma sensação de liberdade incrível, muitos vão chegar pra você e lançar negatividade afim de lhe frustrar tentando fazer com que você desista da ideia de um mochilão; acreditem, aconteceu comigo, ouvi muitas coisas como: ‘’nossa, mas os países que você vai são perigosos!’’ ‘’que gasto de dinheiro desnecessário!’’ ‘’você vai viajar com desconhecidos? E se forem traficantes de órgãos?’’ ‘’voce poderia pegar essa grana e investir em algo melhor, não acha!?’’ e bla bla bla... O lance é deixar entrar em um ouvido e deixar sair pelo o outro; se for seu sonho, faça! Não deixe para depois o que você pode fazer hoje! Bora la... Primeiro vou explicar o tal nome “Mochilão do Índio” hahaha! Logo que conheci a galera e estávamos todos nos apresentando ainda e falei que era do Acre a galera já caiu em cima de mim, perguntando como era viver aqui; perguntando se eu era índio, se eu criava onça em vez de cachorro, usava tanga, falava tupi guarani e morava em uma oca vivendo da caça e da pesca kkkk eu podia ter ficado p. da vida com eles, mas acho que foi essa brincadeira que nos aproximou mais e ficamos mais amigos ainda, daqueles como de infância que trocam apelidos e caçoagem.... Essa onda acabou que pegando e eles me apelidaram de índio; era índio pra la, índio pra ca e findou nisso; o Mochilão do Índio afinal a zueira never ends hahaha (deixando claro que eu não crio onça, não uso tanga, não sou fluente em tupi e não moro em uma oca vivendo da caça e da pesca ok? Mas até que seria uma boa ) Mas então vamos la, os meus companheiros de viagem foram, a Feer (Mato Grosso), Claudia (Mato Grosso), Gabriel(Paraná), Fabio(São Paulo), Maíra(São Paulo) e a Carita(Goiânia), a Carita so se juntou conosco já no fim da viagem em Cusco, já que ela teve que fazer o roteiro ao inverso do nosso e em uma data diferente, mas no final acabamos nos encontrando e foi so alegria... Conheci todos através daqui mesmo, no Mochileiros.com, nosso único contato era através do WhatsApp até o dia da viagem, eramos um grupo grande, de umas 18 pessoas; porem durante o percorrer do ano alguns foram desistindo da viagem por motivos pessoais e alguns tiveram que antecipar ou adiar a viagem. Quando tudo começou; Uma simples viagem para Cusco em dezembro de 2013 de apenas 11 dias; sentei em um banco na Plaza de Armas e pensei: ‘’cara, é isso que eu quero pra mim, viajar e explorar cada canto desse mundão’’. Voltei para o Acre com esse pensamento, e foi daí que percebi que fui mordido pelo bicho viageiro e eu ja estava contaminado por inteiro... Chamei alguns amigos mais chegados para fazer um mochilao, ainda nem tinha um roteiro ou país em mente, so sei que tinha que fazer; mas todos negaram o meu convite foi então que tive a ideia de procurar por desconhecidos no mochileiros.com pra fazer essa trip comigo; o meu primeiro contato foi com a Feer, ela me contou do interesse que ela tinha de fazer o percurso Bolívia, Chile e Peru, era tudo que eu queria! Em seguida foi criado um grupo no Whatsapp e fomos adicionando outros interessados na viagem que vinham nos procurar. Fomos trocando ideias por mais ou menos uns 10 meses; uma galera incrível, parecia que nos conhecíamos a anos. Os meses foram passando, sempre compartilhávamos ideias e dicas de viagem! A realização desse mochilão foi uma das experiências mais incríveis e libertadoras da minha vida. Um dos meus maiores desesperos foi quando chegou novembro e eu não tinha um centavo no bolso, meu medo era de chegar o dia da viagem e eu não ter um ‘’puto’’ para realiza-la; foi dai que um dia cheguei na sala do meu chefe e disse que queria pedir demissão (tudo pela viagem ) expliquei toda a situação pra ele, e ele foi mô bacana comigo e fizemos um acordo que no final eu sairia ganhando e poderia ter uma grana suficiente para viagem Mas bora la, chega de enrolação e vamos ao que interessa... Resumo Geral da Viagem: 24 dias – de 25/12/2014 a 17/01/2015 Bolívia: Santa Cruz, Valle Grande, Sucre e Salar de Uyuni Chile: San Pedro de Atacama e uma passadinha por Callama e Arica Peru: Tacna, Arequipa, Cusco, Machu Picchu e voltando para casa por Puerto Maldonado Custo Total da viagem: R$2818 tudo (com passagens, alimentação, hospedagem, passeios, transportes e outros gastos...) COTAÇÃO: A cotação foi uma coisa bem louca, em cada cidade que íamos mesmo estando no mesmo país a cotação tinha uma valor diferente que às vezes saiamos até perdendo, principalmente eu que levei dodo o meu dinheiro em Reais; mas a galera que levou em Dólar conseguiu se dá bem pois tinham conseguido dólares meses antes ainda quando valia a pena... vou colocar aqui as melhores cotações que encontramos Bolivianos: R$ 1,00 = 2,46 Bolivianos Pesos Chilenos: R$1,00 = 190 Pesos Chilenos Soles: R$1,00 = 1,00 Soles ALGUMAS DICAS A mais velha e eficaz de todas é, negocie, negocie tuuudo, chore bastante, sempre há um desconto e pesquise bastante antes. Medicamentos e outros: Tome a vacina da febre amarela antes, não chegaram a exigir, mas nunca se sabe né. Levem um kit de primeiro socorros, um básico mesmo; com gases, antisséptico para cortes, vitamina C, curativos, algum medicamento para dor de cabeça e resfriado, colírio, soro, própolis pra garganta, remédio para dor de estomago, diarreia e outros que acharem melhor; sempre é bom ter esses itens na mochila em uma viagem como essa, ainda mais quando o seu corpo não esta acostumado com novos ares, comida ou ate mesmo em caso de alguma emergência. Ah, e não esqueçam PROTETOR SOLAR Itens uteis: Leve uma capa de chuva boa, eu levei uma daquelas que vendem na rua que mais parece um saco de lixo; eu não recomendo, pois não é feita de um material muito bom e resistente, invista em uma de qualidade, a minha sorte foi que quase não pegamos chuva durante os passeios. Leve uma doleira também, ajuda muito -Bota, de preferencia invista em uma impermeável; a minha não era, e o resultado foi que qualquer sereno ou mesmo quando andávamos em áreas meio alagadiças ela logo encharcava... A dica também é comprar com antecedência a bota e usar ela no dia-a-dia antes da viagem para ela ir amaciando, deixar pra amaciar na viagem é tortura com seus pés -Mochila, compre uma de acordo com a sua altura e necessidade; a minha é uma Nautika de 80 litros e me serviu paaakas, melhor mochila haha não é uma Deuter ou Trilha & Rumos, mas superou minhas expectativas e aguentou muito peso... Na mochila é bom você desembolsar uma grana boa e não comprar uma baratinha de camelôs pois no final você pode ter dor de cabeça com zipes quebrando ou mesmo a mochila rasgando, fujam das feita de 100% nylon pois rasgam facil, a minha eu consegui comprar com um preço bacana na Netshoes no período da Black Friday. Ah, e não esqueçam, comprem impermeável... Outra dica também é levar uma mochila com uma litragem menor, essa vai servi para usar pela cidade, nos passeios e levar dentro dos ônibus com você com os seus itens de mais importância e valor; eu levei uma de 15 litros e serviu bastante para carregar câmera, documentos, água, algum lanchinho e etc... -Roupas; isso fica ao seu critério a quantidade, mas aconselho a levar pouca, eu levei roupas que nem sequer cheguei a usar e so serviu de peso na mochila O ideal é levar pouca e ir lavando onde você parar. Com relação a roupas de frio, eu levei pouca, e ainda bem que não chegamos a enfrentar frios de matar; não pra mim, mas as meninas sentiram muito frio e tiveram que usar muita roupa pra esquentar, então quem tem fraqueza pro frio é bom levar roupas boas para frio, como uma segunda pele que ajuda bastante Passeios: Aqui vale bastante aquela dica de chorar por tudo em descontos, sempre rola... O ideal também é quando for fechar algum passeio, feche com antecedência... O nossos tickets para Macchu Picchu e Hayana Picchu nos compramos com vários dias de antecedência, afinal também o tickets de Hayana Picchu são limitados e tem que ser comprado antes; nos compramos com a empresa Enjoy Peru Holidays, o dono é o Erick Ruben, cara super gente boa... fechamos com ele para o dia 15/01, segundo grupo por USD 41 (estudante com ISIC) equivalente á R$110,00 com taxas do Western Union, pois tive que depositar para ele ainda aqui no Brasil. Se quiserem, aqui esta o email dele: enjoyperuholidays@hotmail.com Transporte, alimentação e hospedagem: Quanto ao transporte, a gente só andava de ônibus para se deslocar de uma cidade para outra e tambem para fazer os passeios dentro das cidades; sai beem mais barato, rara foram as vezes que pegamos taxi. A comida a gente sempre escolhia os lugares mais baratos ou outras vezes íamos no mercadinho comprar algo e cozinhávamos no hostel mesmo, sai barato também. Hospedagem a dica é escolher os mais baratos também, e de boa localização para não ter que ta gastando muito com transporte... escolham também um hostel que dê a opção de poderem usar a cozinha para cozinhar. Em questão de passagens, o bom é comprar com antecedência, aqui do Acre saem voos para Santa Cruz, mas preferi pegar um ônibus para Cáceres-Mato Grosso (cidade da Feer) e de la pegar um onibus para Santa Cruz, apesar de ser uma viagem longa, sairia mais barato para o bolso Dinheiro: Quem for fazer uma viagem dessa, tem que se programar e fazer economia (dica clichê) Aquela sua saidinha no final de semana pra balada é que vale por um dia da viagem com alimentação e hospedagem hahaha parece bobagem, mas é verdade. Durante a viagem tem que economizar também, esqueça a ostentação em restaurantes chiques e boates; alias da pra se divertir com pouca grana também. O meu caso foi complicado, eu nao consegui juntar grana durante o ano, foi então que tive pedir demissão pro meu chefe e conseguir toda aquela grana que o trabalhador tem direito foi barra, pois não consegui o grana toda do orçamento pra viagem e tive que tirar algumas cidades do roteiro como Ica e La Paz Nos próximos tópicos vou detalhar cada dia da viagem... Citar
Membros André Ximenes Postado Abril 20, 2015 Autor Membros Postado Abril 20, 2015 1 dia 25/01 O combinado com a galera foi o encontro em Santa Cruz de La Sierra; apesar de a Bolívia ser fronteira aqui com o Acre eu decidi ir por Cáceres no Mato Grosso, cidade na qual a Feer mora. A escolha foi principalmente pela parte financeira, ir para Santa Cruz aqui pelo Acre sai um pouco salgado, há não ser que você compre as passagens bem antecipadamente, dai sai um precinho bacana, e por outro lado também indo por Cáceres eu aproveitaria e conhecia um pouco do Mato Grosso. Comprei a passagem de ônibus com conexão em Porto Velho, foram 34 horas de viagem até chegar em Cáceres, foi punk, mas foi uma viagem tranquila e com paisagens incríveis! Chegado o dia 25/01 animação e ansiedade a mil, acordei mega cedo, ainda de resseca da ceia de natal e segui para a rodoviária tive a grande sorte de um amigo meu, o Matheus ter comprado uma passagem para Porto Velho no mesmo horário e ônibus que o meu, então tive a companhia dele durante a viagem pra passar o tedio... Nosso ônibus saiu as 07:30 com chegada em PVH ás 16:30, fui no guichê da Itamarati retirar minhas passagens para Cáceres pois tinha comprado ela pela internet uns meses antes. O ônibus sairia as 22:00 p.m, a minha outra grande sorte foi que um outro amigo meu estava passando as férias com a família em Porto Velho e eu pude ir para a casa da tia dele tomar um banho e esperar até a noite o próximo ônibus sair as 22:00... O ônibus saiu pontualmente com previsão de chegada no dia 26 as 17:00 em Cáceres. Eu particularmente não consigo dormir em uma viagem de ônibus, mas eu estava mega cansado e então deu pra tirar um cochilo 2 dia 26/01 Ainda no ônibus, acordei cedão e vi o sol nascer; o ônibus fez algumas paradas em umas cidades de Rondônia e em seguida entramos em terras mato-grossenses. Eis que surge o meu primeiro perrengue em Comodoro... Eu estava levando todo o meu dinheiro da viagem no cartão de credito da minha mãe(BURRADA), minha intenção era antes de cruzar a fronteira ir em alguma agencia sacar todo o dinheiro, so que eu esqueci de um detalhe, não portava nenhum documento da minha mãe (CA-GA-DA), fui em uma agencia em Comodoro e quando tentei sacar, a moça da agencia disse que eu não poderia sacar nenhum centavo pois eu não portava nenhum documento comprovando a identidade do cartão (quase choro) ela disse que o máximo que poderia fazer era sacar um valor mínimo para mim poder comprar a passagem de volta pra casa Nessa hora já comecei a fazer maior drama, forcei ate choro, falei pra ela que ela iria destruir um sonho meu se não sacasse aquele dinheiro para mim (kk drama mode on) ela ficou meio receiosa, pensando nas minhas condições e por fim disse que eu tava arriscando o emprego dela, mas que ela iria sacar todo o dinheiro que tava na conta, na hora quando que pulo do outro lado do balcão e dava um beijo nela ! Corri de volta pro ônibus, já mais que atrasado, porem feliz por ter conseguido o dinheiro. Cheguei em Cáceres de tardezinha, eu estava mega ansioso para conhecer o pessoal, o meu primeiro contato foi com a Feer, Claudia e o Gabriel, e nos iriam cruzar a fronteira por Corixa. Nosso primeiro contato foi massa, já estávamos mega enturmados alias já eram quase 10 meses se conhecendo. Coloquei a mochila no carro da Feer e fomos logo na Policia Federal e demos saída do Brasil, já que íamos sair cedão no dia seguinte e não iriamos ter tempo... Em seguida seguimos para a casa da Feer e fomos comer um corumbazão ou como eles chamam em Caceres ‘’baguncinha’’ haha Depois fomos para casa arrumar os mochilões, esconder dinheiro (boatos que a fronteira de la era perigosa)e fomos tirar um breve cochilo; íamos para a rodoviária ceeedo da madruga no dia seguinte. 3 dia 27/12 Acordamos as 04:00 da madruga, tomamos um banho e chamamos um taxi para nos levar até a rodoviária de onde sairia a van até Corixa, compramos as passagens por R$21,75 por pessoa e a van saiu as 05:00; o cara da van fez uma parada antes da fronteira, a dica é comer algo nessa parada nem que seja pra enganar o estômago pois em San Matias o lance é escroto. A outra e ultima parada da van foi já na fronteira em Corixa onde de la pegamos um taxi ate San Matias, chegamos em San Matias por volta das 7 horas e fomos logo cambiar dinheiro para comprar as passagens para Santa Cruz, agua e algo para comer durante a viagem; cambiei R$120,00 que foi o suficiente e o valor do cambio não era muito amigável em San Matias. Fomos na agencia em San Matias onde vendia as passagens e compramos por 120 bols depois como ainda tínhamos tempo antes do ônibus partir, fomos na Migracion de San Matias dá entrada na Bolívia, e em seguida seguimos para o mercado comprar frutas e outras coisas para comer durante a viagem, já que seria uma looonga viagem... Depois pegamos um taxi para a rodoviária que era de la onde sairia o nosso ônibus as 9:00. A viagem é estilo hard, o onibus segue na estrada de terra cortando a selva Boliviana, fazendo algumas paradas para o almoço e outras para o banheiro já que o onibus não tem. A viagem dura por volta de 18 horas, e você precisa ter toda paciencia do mundo nessa hora; mas pra quem enfrentou uma viagem anterior de 34 horas foi fichinha Chegamos em Santa Cruz ás 03:30 da madruga e pegamos um taxi até Sevilla Norte, um condomínio de um amigo nosso onde iriamos passar a madrugada e o dia seguinte até seguirmos para o nosso próximo destino. Chegamos lá e o Fabio e a Maira foram nos receber. Pronto, a partir daquele momento o grupo que iria seguir toda a viagem estava completo, foi mô alegria! Tomamos um banho e caímos na cama pra descansar um pouco 4 dia 28/12 Depois de tirar um pequeno cochilo, acordamos e fomos dá uma volta por Santa Cruz, pegamos um ônibus e fomos para o centro da cidade. Na praça central encontramos uns cambistas que estavam cambiando por 2,46, foi o melhor preço que achamos, cambiamos uma quantia boa, pois não sabíamos como estaria o cambio nas cidades seguintes. Almoçamos e fomos para a rodoviária comprar as passagens para Valle Grande, os preços estavam absurdos então decidimos ir na Plaza Oruro, de lá saiam vans com destino a Valle Grande por um preço camarada; compramos as passagens por 55 bols por pessoa. A van para Valle Grande saiu as 17:00, a viagem é longa, é bom levar algo pra comer e agua; chegamos em Valle Grande ás 23:00 e pegamos um taxi e pedimos pra o maestro nos levar para algum hostel bom e barato e então ele nos levou para o Hostal Teresita, a hospedagem era 30 bols; o preço tava ótimo para quem estava morto de cansado, sono e frio; entrei no quarto e capotei na cama zZZz Citar
Membros Luiz Felipe Duarte de Amor Postado Maio 3, 2015 Membros Postado Maio 3, 2015 Cadê o resto da viagem? : Ansioso por mais relatos Citar
Membros GABRIEL ALVES TEIXEIRA Postado Maio 6, 2015 Membros Postado Maio 6, 2015 Tb estou ansioso pelo restante do relato indio! De longe essa vigem foi melhor experiencia que tive também! 100% vale a pena! Citar
Membros André Ximenes Postado Maio 7, 2015 Autor Membros Postado Maio 7, 2015 Fala galera! Depois de uns dias ausente, bora la continuar o relato 5 dia 29/12 Valle Grande Acordamos e fomos tomar um café no mercado central da cidade já que no hostal não serviam. A primeira impressão que se tem de Valle Grande, é que a cidade é igual aquelas cidades do interior, meio que faroeste; a cidade é linda e pacata, ótima pra quem curte tranquilidade e foi la onde eu experimentei a melhor saltenha boliviana da minha vida. Depois fomos dá uma volta pela cidade e conhecer o Museu do Che Guevara; eles cobram uma taxa de 10 bols pela visitação, mas como a guia foi com a nossa cara, ela nos deixou entrar de graça hehe Dentro do museu você pode encontrar fotos, relatos e alguns itens pessoais do próprio Che O resto da galera fechou um pacote com um guia que incluía visita na lavanderia e no outro memorial do Che, mas eu preferi economizar na grana e não ir. O passeio deles iniciariam ás 15:00, então tivemos mais um tempinho para a conhecer a cidade. A Feer e o Gabi foram logo na rodoviária garantir nossas passagens para Sucre, pois queríamos partir no mesmo dia, porem tivemos a má sorte de não ter mais ônibus para o mesmo dia, foi então que nos disseram que podíamos pegar um ônibus saindo de Mataral para Sucre, porem teríamos que ir com antecedência verificar se haveria ônibus para o mesmo dia; Mataral é um povoado que fica á 1hora de distancia de Valle Grande. Feer e o Gabi partiram então para Mataral, mas como naquele dia tínhamos acordado com o pé esquerdo, também não tinha mais ônibus saindo de la para Sucre porem a moça da rodoviária informou que a partir das 21:00 passavam ônibus vindos de outras cidades seguindo para Sucre por ali, e que nessa oportunidade poderíamos conversar com algum motorista e pedir locomoção até Sucre... Os dois retornaram para Valle Grande e nos contaram da aventura que teríamos a noite. O tour da galera até o memorial começou ás 15:00, como eu não paguei pelo guiado só pude acompanha-los até a entrada do lugar e fiquei do lado de fora esperando. Depois ao final da tarde quando retornamos para o hostel para tomar um banho e arrumar as mochilas, fizemos amizade com dois carinhas de Minas super gente boa e convidamos eles para ir no mirante da cidade já que ainda tínhamos tempo; a dica é, se possível peguem um taxi, o caminho é um pouco íngreme e tem umas subidas por umas ruas bem loucas, mas chegando lá a vista que se tem de Valle Grande compensa, é incrível, dá pra entender o porque do nome da cidade já que a cidade fica localizada em meio a um grande vale entorno de montanhas; É FANTASTICO! Voltamos para o hostal para fazer Check Out e esperar um taxi que tínhamos fechado por 100 bols pro grupo todo até Mataral, o combinado foi ele nos pegar ás 19:00 porem ele atrasou. O taxi chegou e agora imaginem a situação, 6 pessoas em um taxi onde so cabia 4 pessoas, o Fabio teve que ir no bagageiro no amontoado de mochilas Chegamos em Mataral por volta das 20:30 e ficamos em um restaurante beira de estrada na esperança de parar algum ônibus, foi então que eu, a Maíra e o Fabio tivemos ideia de ir para rodovia com uma plaquinha pedir carona e deu certo, parou um micro-onibus daqueles que circulam pelas cidades da Bolivia; o carinha disse que estava indo para Sucre e nos levaria. Mas tínhamos que pagar 60 bols cada um (carona paga haha) Estava muito escuro, frio e o local tava com um ar de perigoso e então não pensamos duas vezes e entramos (EIS A CA-GA-DA). Nas duas primeiras horas parecia uma viagem tranquila, mas foi aí que o micro-onibus pegou uma estrada de terra e foi um Deus nos acuda; a bagaça não tinha janela e então entrava toda a poeira da estrada dentro, sem contar nos assentos que eram mega desconfortáveis e tínhamos que ficar em uma posição, o ônibus tava lotado de bolivianos e cheio de frutas e verduras, então toda vez que o motora freava era fruta pra todo lado hahaha O ônibus não oferecia conforto algum para uma viagem de 7 horas, eu passei a noite em claro e o jeito se conformar e pedir a Deus que o dia amanhecesse logo e que chegássemos logo em Sucre 6° Dia 30/12 – Sucre Chegamos em Sucre estilo mendigo perdido no deserto á um mes era por volta das 7:00 da manha; a primeira impressão da cidade não é uma das melhores, a primeira que tive foi de uma cidade suja com um amontoado de gente indo pra la e pra ca e um transito infernal com ruas mal pavimentadas cheia de lixo... mas logo que você desce do ônibus e pega um taxi para a parte central de cidade você percebe que Sucre é uma graça de cidade, com praças e bosques lindos com jardins floridos e ruas bem limpinhas e organizadas. O hostel que fizemos reserva foi o Traveler's Guesthouse, hostel bacana, bem aconchegante e de boa localização, tem uma vista linda pro Parque Bolivar; ficamos em um quarto com 8 camas, compartilhando so com uma Coreana e a cozinha era liberada para os hospedes... Mochilas guardadas e banho tomado, depois de tirar quilos de poeira do corpo fomos dá uma voltinha pela cidade, conhecemos o mercado central da cidade e depois fomos almoçar; não quisemos muito papo com os passeios, pois estávamos acabados da viagem ainda e retornamos para o hostel para descansar 7º Dia 31/12 – Sucre Sabe a coreana que eu tinha mencionado mais acima? pois é, no dia seguinte tentei ter uma conversa com ela; ela só falava Inglês e a língua materna dela; daí já viram né, eu com o meu inglês basicão comecei a fazer amizade com ela as vezes tinha que apelar pra mimica ou pro translate; ela se chamava DO e já estava a 5 anos viajando pelo mundo e já tinha passada umas temporadas bacanas em vários países, deu mô inveja dela haha fiquei fascinado com a coragem dela, sozinha pelo mundo já há tanto tempo e longe da família, contando somente com as amizades que fazia por onde ela passava e dos trabalhos que descolava. Depois a galera já toda enturmada com a DO, que já fazia parte ate do grupo, ia pra todo canto da cidade conosco. Em seguida fomos a um mercado mais distante do centro da cidade, não me recordo o nome, mas era algo parecido como um “feirão’’ onde a galera vende de tudo; caminhar por la é meio complicado, é um aglomerado enorme de pessoas, pegar um ônibus então nem se fala, demora mais de minutos pra poder se locomover em meio ao povão; depois do mercado pegamos um ônibus até o Principiado de La Glorieta onde fica La Castilla, uma espécie de base do exercito de Sucre onde tem um castelo e uma vista incrível, a viagem demora entorno de uns 40 min, mas para nossa má sorte o castelo estava fechado e então foi o jeito tirar fotos do lado de fora mesmo. Retornamos para Sucre e ainda pegamos uma baita de chuva de granizo; fomos pro o hostel e a galera de la estavam preparando um jantar de ano novo para os hospedes, e claro que tínhamos que contribuir com uma quantia para as bebidas e o jantar, como não sou muito de beber contribui so para a comida... Noite caiu, todos arrumados e fomos para o pátio do hostal; quando vi o prato principal do jantar veio logo o pensamento, ‘’céus, eu paguei pra isso mesmo? , Era uma espécie de prato típico que eles so comiam na virada de ano, continha batatas (inteiras pra dá uma ar mais rustico haha) ervilhas e cenoura scruas e uma carne de porco que tinha mais gordura do que carne; fazendo cara ruim mas comi mesmo assim; depois a galera boliviano pediu para colocarmos musica brasileiras e começamos a tentar ensina-los a dançar (parecia mais um ritual de acasalamento ao som de Ah lek lek lek ) o Fabio a essa altura da noite já tava trilooouco de álcool pirando o cabeção. 00:00 brindamos a chegada de 2015 e agradecemos por já termos começado com o pé direito, ou melhor, com o pé na estrada Em seguida fomos para a praça central de Sucre que era onde estava rolando a comemoração do ano novo na cidade, tinha umas bandas locais se apresentando e tocando umas musicas ate que bacanas e animadas. Ficamos um pouco para fazer vídeos, tirar fotos, fazer amizade com alguns gringos e dançar um pouco, até tiramos fotos com a banda local. Voltamos até que cedo pro hostel, a essa altura o jantar já estava fazendo um efeito não muito legal no meu estomago 8º Dia 01/01 – Sucre A nossa intenção era de ir embora de Sucre dia 01/01 cedo, pegar um ônibus e seguir para Uyuni, porem como era feriado do ano novo as empresas todos estavam fechadas até o dia 02/01, então tínhamos fechado com um cara que nos levaria no carro dele até Uyuni, porem quando foi na noite de ano novo ele mandou uma mensagem dizendo que infelizmente não podia nos levar por conta que o carro dele tinha dado prego em uma viagem anterior que ele tinha feito então o jeito foi ficar mais um dia em Sucre e aproveitar mais um pouco! Como ficamos mais um dia em Sucre, não sabíamos mais o que conhecer pela cidade, foi ai então que uma outra galera de brasileiros que também estavam no mesmo hostel, nos falou de uma tal de Las Sietes Cascatas que eles tinham ido conhecer no dia anterior e que o próprio hostel oferecia guia e transporte até la; fomos então falar com recepcionista e fechamos um guia com transporte até a tal 7 Cascatas. A viagem é um pouco longa, o taxi vai ate um certo ponto em um vilarejo; uma viagem de uns 20 minutos e depois temos que seguir andando, uns 40 minutos andando até chegar na primeira Cascata, o caminho é bem íngreme subindo e descendo montanhas e escalando pedras; conforme você vai indo para as cachoeiras o trajeto vai ficando mais difícil e até meio que impossível, só conseguimos chegar na 3º cachoeira, pelo fato de que so pra poder chegar na 4ª cachoeira teríamos que escalar um paredão de uns 6 metros de altura; até o nosso próprio guia disse que no máximo que ele chegou foi na 6ª cachoeira! O lugar é massa, tem uma queda d’água e a agua da lagoa é geladiiiiiissima e se engana quem pensa que é raso, o guia disse que a parada tinha uns 4 metros de profundidade! Ficamos ate umas 12:00, é legal é ir e levar frutas ou algo pra comer, porem não fomos preparados e então retornamos logo pois a fome já tava batendo. A volta foi que realmente o bicho pegou; descer a montanha foi fácil e todo santo ajuda na descida; maaas na subida foi hard, cansa pakas, a cada 15 min de caminhada descansávamos 30 min Chegamos no vilarejo, que não me recordo do nome e tivemos que esperar um ônibus que voltava para Sucre, chegamos na cidade já á tarde e fomos no mercado comprar alguns itens para o nosso jantar que iriamos preparar no hostel Citar
Membros Luiz Felipe Duarte de Amor Postado Maio 8, 2015 Membros Postado Maio 8, 2015 Sigo acompanhando. Citar
Membros dani.msouza Postado Maio 19, 2015 Membros Postado Maio 19, 2015 Acompanhandooo.... não para não..... Citar
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