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Somente após um ano da minha viagem resolvi partilhar minhas experiências. Tentarei puxar pela memória o começo da viagem, pois do resto tenho algumas anotações.

Pesquisei bastante, inclusive aqui no fórum, sobre onde ir, onde ficar, itinerário, preços etc. Fiz uma planilha considerando todos os custos e quase tudo saiu como planejado. Meu roteiro seria: Rio de Janeiro > Santa Cruz > Sucre > Potossí > Uyuni > San Pedro > Arequipa > Ica > Paracas > Hucachina > Cuzco > Puno > Copacabana > La Paz > Santa Cruz > Rio de Janeiro.

 

31/03/2014 - RIO DE JANEIRO.

Meu voo partiria as 8h da manhã para Santa Cruz De La Sierra. Então passei a noite num Hostel em Santa Tereza, o Villa Leonor que fica próximo ao Santos Dumond.

Tempo de viagem: aproximadamente 6 horas

Empresa: Gol

 

01/04/2014 - RIO DE JANEIRO > SANTA CRUZ DE LA SIERRA (Bolívia)

 

Chegada em santa Cruz por volta das 14:30h. Atrasei o relógio em uma hora, portanto eram 13:30h. No aeroporto há uma casa de câmbio, troque somente o necessário para chegar ao Terminal. Não entre em qualquer táxi antes de negociar o preço. Vão cobrar uns 60 "morales" mas negocie bastante. Se não conseguir pelo menos uns 30% de desconto vá de Bus. Se informe no aeroporto a respeito: sai por uns 5 morales. Como éramos dois fomos de táxi mesmo.

O terminal é o equivalente a Rodoviária no Brasil. Lá é o Terminal Bimodal, pois além do bus tem o trem. Na Bolívia não há monopólio de linhas, portanto várias empresas oferecem passagens para os mesmos trechos em horários diferentes. Não economize pois a maioria dos buses são um lixo. Vá pela Copacabana ou Bollívar (semi-leito) se o seu destino for Sucre. No terminal o câmbio é melhor do que no aeroporto, aproveite o troque bastante dinheiro. Não me lembro o preço da passagem, mas enquanto esperava pelo bus aproveitei o pão de queijo que é oferecido no terminal pelos vendedores ambulantes. Mas não vale a pena estocar, pois viram uma borracha depois de um tempo. Aproveite o comércio próximo ao terminal e se abasteça de protetor solar, shampoos, papel higiênico, aspirinas, biscoitos para a viagem, etc. Bus partiu por volta das 16:30.

Tempo de viagem: aproximadamente 15 horas

Empresa: Copacabana, Mopar, Bollivar, Danubio Azul, etc.

Horário: vários

Preço: 10 a 15 dólares em média.

OBS: Infelizmente as empresas permitem que todo tipo de vendedor ambulante suba nos buses. Pior é que antes de vender costumam fazer um longo discurso sobre os benefícios do seu produto. As únicas que sobem e descem rapidinho são as vendedoras de saltenhas. Viagem longa e cansativa. Os pontos de parada são uma tristeza. Locais deprimentes, banheiros sujos e crianças trabalhando noite a dentro. Se arriscar comer alguma coisa será por sua conta e risco. Chegada em Sucre na manhã do dia seguinte.

 

02/04/2014 - SUCRE (Bolívia)

 

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Sucre, antiga capital administrativa do país, não vale a pena perder tempo lá. Cidade de passagem para Potossí. Isso se você tiver sorte o que não foi o nosso caso. Se tudo tivesse saído como planejado, pegaríamos o bus pela Trans Emperador. Viagem que levaria cerca de 4 horas, porém havia a maldita greve dos mineiros que bloqueou várias estradas. Na Bolívia, sempre que os interesses dos mineiros de Potossí é contrariado, eles bloqueiam as estradas.

Não havia prazo para o bloqueio acabar. Vários turistas perdidos no terminal não sabiam o que fazer. Eu e meu amigo ficamos o dia todo vagando pelos arredores. Encontramos alguns brasileiros que haviam chegado um dia antes e dormiram na cidade. Aproveitei para comer uma saltenha numa padaria. Foi minha primeira e única, pois não gostei do molho. Comprei algumas frutas e castanhas pois até então eu havia me alimentado muito mal. Observando o movimento no terminal percebi uma muvuca próxima a um guichê externo de uma empresa - Villazon. Eles ofereciam uma rota alternativa para Uyuni dando uma grande volta volta passando por Tupiza no sul do país. Comprei as passagens e partimos por volta das 18:00h.

Tempo de viagem: aproximadamente 11 horas

Empresa: Villazon

Horário: 18:00h

Preço: (mais ou menos 100 bls).

OBS: Passamos por alguns trechos onde haviam vestígios do bloqueio. A viagem era para Villazon, fronteira com a Argentina mas devíamos descer em Tupiza. Adivinha só? Fomos parar em Villazon. Chegada às 5 da manhã. Bus de volta para Tupiza eu não tinha ideia, pois aquele lugar estava fora das minhas pesquisas, mas haviam umas vans oferecendo o trajeto. Negociei 25 bolivianos. Entramos na van que não partiu imediatamente. O motorista estava aguardando aparecer mais gente. Dentro da van haviam duas bolivianas conversando e percebi que elas haviam acertado o preço de 12 bolivianos. Fiquei puto, mas não criei caso na hora. Após uma hora de viagem chegamos em Tupiza aí sim fui confrontar o motorista. Ele fez cara feia, chamou outro cara que comprovou que o preço era 25, mas fiquei firme e disse pra ele chamar a policia pois o máximo que eu pagaria seriam 20 o que já seria muito mais do que ele cobrou dos passageiros bolivianos. Ele bufou mas pegou a grana e partiu. Bus para Uyuni só partiria por volta das 13:30h.

 

03/04/2014 - TUPIZA > UYUNI (Bolívia)

 

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Pelos meus planos eu já deveria estar em Uyuni, mas isso só ocorreria no dia seguinte. A empresa foi a Trans Tupiza , o bus era terrível. A dica é vc levar algumas máscaras para poder respirar sem inalar muita poeira. Poucas estradas na Bolívia são asfaltadas e a combinação de poeira e clima seco detona suas narinas. A foto acima mostra o naipe do local que paramos para uma refeição. O arroz foi servido a mão.

A estrada era trilha do Bolívia Dakar. Depois de muito sacolejo, poeira e cansaço chegamos em Uyuni no dia 04/04/2014, no meio da tarde.

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04/04/2014 - UYUNI (Bolívia)

 

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Uyuni é uma cidade fria e localiza-se em grande altitude: mais de 3600m. Depois de 4 dias subindo gradativamente de altitude, eu sabia que não teria problemas, pois meu organismo já estaria ambientado. Não foi preciso caminhar muito para chegar num calçadão (foto) onde ficam os principais restaurantes e agências de viagem. Os hostals ficam nos arredores e o Hotel Avenida era o que eu procurava, como melhor opção pelas minhas pesquisas, mas estava lotado. Então fui para o La Cabaña (40 bolivianos a diária). Seria a minha primeira noite de sono de verdade. O primeiro banho e a primeira refeição. Eu havia comprado em Santa Cruz uns lenços umedecidos que foram bastante úteis, até então, para substituir o chuveiro.

Eu estava bastante azarado até então: bloqueio nas estradas, fui parar em Villazon em vez de Tupiza e percebi que minha maré de azar não havia passado. No hostal, a bicama era muito alta e me desequilibrei ao descer batendo com as costas no vidro do basculante. Quebrou tudo e tivemos de trocar de quarto por causa do frio. Foram 100 bolivianos de prejuízo. Tenho certeza que o vidro deve ter custado uns 20, mas fazer o quê? A noite fomos comer no Camel lá no calçadão. Nada barato, parecia que estávamos em algum bar no Brasil pelos preços. Comi um sanduíche de queijo e presunto, cujo pão era muito bom. Aliás o pãozinho boliviano é uma delícia. Deve ser porque são vendidos em bancas na rua e a boliviana fica ajeitando o dia todo com as mãos para ficarem arrumados. A cerveja também era boa, nada dessa água vendida no Brasil.

No dia seguinte, após o café no hostal, fomos procurar uma agência para contratar o passeio. Eram 7 da manhã e a maioria dos tours começam entre 8 e 9 da manhã. Eu já sabia que seria assediado por vendedores das agências e foi o que aconteceu, mas eu já tinha ideia de quais agências procurar: Red Planet, Blue Line, Transalpes ou Empexsa. A Red Planet é mais conhecida e mais cara também 1200 bolianos pelo tour de 3 dias e 2 noites. Contratei a Empexsa ,que fica ao lado do Hotel Avenida. Comprei dois pacotes, barganhei dizendo que era brasileiro e fui muito bem atendido. Preço: 750 bolivianos cada, incluíndo transfer para San Pedro do Atacama.

 

05/04/2014 - SALAR DE UYUNI

 

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A viagem para o salar começou por volta das 9:00h. Éramos os dois brasileiros, um casal de suíços e um casal de ingleses. O veículo era um Nissan 4x4 para 7 passageiros. O motorista era o Alejandro, super simpático e atencioso. Porém ele não falava inglês e eu que fiz as traduções para os gringos durante todo o tour, porém a garota Suíça era bem esperta e conseguia entender boa parte do que o Alejandro falava.

Na foto acima a primeira parada numa feira de artesanato. Os japoneses era mais coloridos do que qualquer manta boliviana.

Na foto abaixo o cemitério de trens, antes de chegar no salar.

 

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O Salar é a maior planície de sal do mundo, com 10.582 quilômetros quadrados. A crosta serve como uma fonte de sal que é extremamente rica em lítio. A primeira parada no Salar foi onde fica um abrigo feito de sal, onde ficam bandeiras de todo mundo.

 

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Todos os turistas ficam tirando fotos que brincam com a perspectiva. Alejandro preparou o almoço no abrigo: Tomate, abacate, carne de alpaca, quinoa (quínoa- como eles dizem lá) e banana de sobremesa. No abrigo também tem um pequeno comércio, mas o ideal é comprar os petiscos em Uyuni que é mais barato.

 

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Seguimos viagem e chegamos até a Isla del Pescado. Trata-se de um aglomerado de rochas, parece uma miragem, no meio do salar onde crescem cactos que chegam a medir 12 metros de altura.

 

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Paga-se um pequeno valor para entrar, mas tem-se a opção de ficar de fora. A subida até o topo não é nenhum sacrifício, vale a pena. Há alguma estrutura ali com banheiros, restaurante e quiosques.

 

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Após deixar a Isla, partimos para o albergue de sal onde fomos recepcionados pelas simpáticas meninas bolivianas.

 

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As paredes e até o piso são de sal. Há chuveiro no local, mas o banho precisa ser rápido. Os turistas de todas as agências ficam no mesmo local. Na verdade são várias construções, no mesmo estilo e com a mesma estrutura. Um pátio interno com mesas, e pequenos quartos dos dois lados. O jantar foi preparado pelo Alejandro e percebi ali a diferença entre algumas agências de turismo. As mais baratas oferecem uma alimentação mais simples. O pessoal da Red Planet tinha um rango mais caprichado, porém não tenho do que reclamar. Foi oferecido chá, café solúvel, pão, geléia, etc.

Dica: Não deixe de levar um saco de dormir. Na pior das hipóteses compre um em Uyuni. Custa cerca de 100 bolivianos. Óculos de sol e protetor também são obrigatórios. Além disso tudo levei uns dilatadores nasais que utilizei durante todo o tour de quase 30 dias, viajando por 3 países. Senti falta de um descongestionante nasal.

 

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06/04/2014 - DESERTO DO ATACAMA E LAGUNAS

 

O deserto é incrivelmente lindo. As montanhas são de várias cores. Cinzas, vemelhas, amarelas e há muita vida no deserto. As dezenas de lagunas são de água imprópria para o consumo devido aos sedimentos químicos que dão vários tons de cores a cada uma delas. A primeira visita foi a laguna canãpas.

 

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Visitamos algumas outras lagunas antes de chegarmos a um hotel com restaurante, wi-fi e uma bela vista dos flamingos no lago.

 

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A parada por ali foi suficiente para um bom descanso e tirar bastante fotos, daí seguimos adiante, pois ainda havia muita poeira pela frente.

Era meio dia quando paramos numa estrada cercada de morros compostos de lajes de pedra, onde avistamos uma simpática viscacha, um típico roedor dos andes que se parece um tipo de coelho selvagem.

 

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Alejandro preparou um bom almoço com frango, arroz, bananas etc.

 

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A próxima parada seria num dos locais mais aguardados do passeio. O deserto de Siloli onde há várias formações rochosas, dentre elas a curiosa Arbor de Pietra. As montanhas coloridas pelo caminho inspiraram o pintor espanhol Salvador Dali.

 

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Escolhi viajar no mês de abril por ser um período de poucas chuvas e nem tanto frio. Porém o tempo neste dia não estava colaborando. Havia muita neblina o que acabou atrapalhando o passeio a partir deste ponto. Partimos para a laguna colorada. O lago contém sal bórax, cuja composição se parece com uma espessa espuma de cor branca que contrasta com a cor avermelhada de suas águas, que é originada por sedimentos vermelhos e pigmentação de algas. Há muitos flamingos que são imunes a água tóxica e dali tiram seu alimento.

 

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A falta de luz natural escondeu a verdadeira cor da lagoa que na foto mais se parecia barrenta em vez de vermelha.

 

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Já era hora de terminarmos o passeio do dia e seguirmos para o abrigo onde passaríamos a segunda noite. O abrigo é bem rústico e não tem a metade do conforto do primeiro. Não havia chuveiro e os lenços umedecidos me salvaram mais uma vez.

Nunca vi tanto frio como naquela noite. Jantamos e até fomos brindados pelo Alejandro com uma garrafa de vinho. Meu nariz estava completamente congestionado e pra piorar era apenas um quarto para todos os 6. Tenho certeza que ronquei naquela noite, infelizmente.

 

07/04/2014 - LAGUNA VERDE E GEISERS

 

Acordamos cedo, 5h da manhã, desjejum rapidinho e partimos. Estávamos naquele momento a mais de 4200 metros de altitude e subindo ainda mais. Chegamos no topo onde a neve cobria o chão. Foi o nascer do sol mais incrível que já vi.

 

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Adiante, descendo a pé, chegamos nos geisers.

 

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Apenas um deles é permitido tocar, pois não oferece risco. Os demais só para olhar.

 

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As águas térmicas estavam a nossa espera. Um lago de água quente, mais de 36 graus, aquecido pelo vulcão Lincancabur.

 

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Partimos para a Laguna verde e chegamos lá por volta das 9:00 da manhã. Infelizmente estava muito úmido e a neblina cobriu tudo. Foi impossível ver alguma coisa, então fomos embora rumo ao posto de controle na fronteira. Chegando lá, carimbamos o passaporte para sair do país e a van para San Pedro do Atacama estava a espera. Nesta hora você precisa preencher uma ficha de controle para entrar no Chile. Não se deve levar comida in natura então me livrei das castanhas e frutas. No posto de controle no Chile a primeira coisa que chamou a atenção foi o tratamento que o oficial chileno dispensou ao motorista boliviano da van. O oficial vasculhou a van e encontrou uma maçã do motorista. Chilenos e bolivianos não se bicam por causa de disputa histórica por fronteira. Só faltou dar voz de prisão. Na fila para vasculhar a bagagem a inglesa que viajava comigo também tinha umas maçãs na mochila, mas o mesmo oficial foi muito cordial apenas solicitando que ela refizesse a ficha de controle.

Após a inspeção e o carimbo no passaporte, seguimos adiante, a pé mesmo, pois já estávamos em San Pedro. Logo adiante fica a praça principal. Fácil de reconhecer pois ela é pavimentada. Toda cidade é bem rústica, com ruas de terra. Na praça vá ao centro de informações turísticas e pegue um mapa além de se informar sobre opções de hospedagem e passeios.

 

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Por hoje basta. Outro dia continuo a narrativa.

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07 e 08/04/2014 - SAN PEDRO DO ATACAMA (Chile)

 

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Eram 11:00h da manhã aproximadamente (adiantar o relógio 1 hora) quando entramos na cidade. Acima um mapa resumido da parte central da pequena cidade, mas não há muita mais coisa além disso. Saindo da aduana basta caminhar até a Plaza onde fica a Iglesia San Pedro. É um ótimo lugar para descansar e tomar uma Pilsen ou Austral e comer umas empanadas.

 

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Nos restaurantes há wi-fi grátis para os clientes. A cada passo que se dá você irá encontrar um restaurante, uma agência de turismo, um hostal, uma casa de câmbio e uma loja de artesanato. Em San Pedro há centenas de turistas chegando e partindo todos os dias.

 

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É uma cidade pequena mas as ruas fervilham de gente. Todo comércio funciona até depois das 22:00h e os restaurantes ficam abertos noite a dentro.

 

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O que fazer em San Pedro do Atacama?

- As ruas estreitas, onde não passam carros, as construções rústicas, os turistas do mundo inteiro, as ótimas opções gastronômicas, tudo isso já é uma grande atração. Pode-se locar uma bike em qualquer agência de turismo.

- Gêiseres Del Tatio: localizados a 4.200 metros de altura e a quase duas horas do centro de San Pedro de Atacama. A partida para conhecê-los é bem cedo - por volta das 4 ou 5 da manhã. Parecem mini-vulcões. As agências, que oferecem este passeio costumam incluir café da manhã.

- Salar de Uyuni: isso mesmo. Os chilenos também oferecem este passeio, porém o pacote chileno é mais caro que o boliviano.

- Pukará de Quitor: fortaleza do século 12 construída para defesa contra invasões de grupos incas. Dá pra ir a pé, pois fica a 3 km da cidade. As ruínas desta fortaleza pré-colombiana não impressionam, mas de alto dá pra ver os vales da lua e da morte.

- Valle de la Luna e Valle de la Muerte: esses dois vales fazem parte de um dos roteiros mais básicos para o turista que visita a região. Os tours organizados pelas agências possuem pouca variação de preços e contam com uma programação muito similar.

- Laguna Cejar: lagoa com água de altíssima salinidade. Por conta disso, quem mergulha nela não afunda.

- Aldea de Tulor: um sítio arqueológico que por anos esteve soterrado nas areias e guarda as ruínas de um povoado com mais de 3 mil anos.

- Observação estelar: o turista é levado para o atacama, longe das luzes da cidade. O Atacama é o melhor observatório das estrelas que existe então não perca essa. Algums agências possuem lunetas mais profissionais, então pesquise bastante.

- Salar de Tara: este foi incrível. Paisagens completamente diferentes do salar de Uyuni, afinal o sal está só no nome pois o solo é de poeira e pedregulhos. O simpático guia irá introduzi-lo na história da formação deste salar. Eu deixo as imagens abaixo falarem por si.

 

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Este é o guardião de tara. Formação rochosa totalmente natural.

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Acabei com minha frustração por não ter vista a lagoa verde com esta similar.

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Há muito mais em San Pedro, termas, cavalgadas outras lagunas, vulcões, mas cuidado para não estourar o orçamento.

 

San Pedro foi um dos melhores lugares que conheci em toda minha viagem. Mas é um lugar caro.

Se quiser economizar, mas ficar bem no centro, procure pelo hostal K9 na calle Tocanao. Lugar simples onde paguei 8mil pesos a diária. Outros lugares custavam mais de 30mil para se der ideia. Se ficar um pouco mais distante do centro irá encontrar também opções em conta. Almoço barato e simples fica ao lado do estádio na calle Lincabur. Basta entrar na galeria do artesanato que fica na Plaza que irá de cara com o estádio. Ali paguei 2500 pesos pelo rango. Outros lugares custavam de 4500 a 8000 em média. A noite qualquer restaurante vale a pena. Todos com fornos para aquecer o ambiente e ótima comida. Os drinks são variados e até caipirinha é possível encontrar em alguns lugares.

OBS: O passeio pelo Salar começa as 7:00 da manhã e a volta é no final da tarde. Café da manhã e almoço estão inclusos, mas leve frutas e biscoitos. Contratei a Teckara que fica na Tocanao 455. Comprei dois pacotes e saiu por 39mil pesos cada - fale que é brasileiro para conseguir desconto. Ficou barato, aja vista que o preço médio oferecido pelas agências é em torno de 30 obamas.

Nesta mesma agência o passeio para os gêiseres custava 20mil (das 4:00 ao meio dia). Laguna Cejar por 13mil (das 16:00 às 21:00). Valle de la Luna e de la muerte por 10mil (das 16:00 às 21:00).

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Belas fotos e relato...

Passei por essas maravilhas de lugares em 2012 e tenho vontade de voltar!!

Parabéns!

::otemo::

É sim. Tenho vontade voltar em San Pedro, pois é ótimo lugar pra levar uma namorada.

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08/04/2014 SAN PEDRO DO ATACAMA > ARICA (Chile) > TACNA (Peru)

 

Compramos a passagem para Arica no mesmo dia que chegamos na cidade. A partida seria por volta das 20:30h do dia seguinte. Várias horas de viagem pela Turbus, pois são 700km de distância. Era um double-bus, semi leito, com direito a coberta, travesseiro e serviço de bordo.

Arica é a última cidade chilena antes da fronteira com o Peru. O checkout seria dia 8, mas só retornaríamos do passeio por volta das 16:00h e o proprietário, super gente fina, permitiu que deixássemos as mochilas no hostal e acertássemos tudo quando chegássemos. Antes de fazer checkout, tomei banho, pois não tinha certeza de quando seria o próximo. Deixei a mochila no hostal e só voltaria mais tarde para buscar. As roupas eu mandei lavar numa lavanderia próxima a Plaza, na Calle Tocopilla. É barato e necessário para não ficar desprevenido de roupas limpas. Num mercado da cidade pedi dois sanduíches. Um para comer e outro para levar - queijo, presunto e pão, mas o pão era enorme. Redondo e do tamanho de um prato. ::ahhhh:: Não sei se dormi direito, nem tenho certeza de quantas horas durou a viagem mas me lembro de ter chegado antes de amanhecer o dia, por volta das 5 da manhã. Pegamos um táxi no terminal, que dividimos com um casal, e partimos para Tacna no Peru. Acho que esta é a melhor opção, pois não é caro (1000 pesos) e é mais rápido. Este translado dura 1 hora, sem contar a parada obrigatória na imigração que poderá ser rápida ou não. Carimbado, bastou atravessar que o taxista já estava do outro lado esperando. A chegada no terminal de Tacna foi por volta das 7:00h da manhã.

O destino era Arequipa, mas para tanto teríamos ainda de percorrer um longo caminho.

Editado por Visitante
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Olá, Boa noite. Estou planejando o muchilão com mais alguns amigos teria como vc enviar sua planilha de despesas pra mim?

Obrigada mesmo pela atenção [sMILING FACE WITH SMILING EYES][sMILING FACE WITH SMILING EYES]

Editado por Marilia Melo

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