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Queridinha dos brasileiros que buscam o contato com a neve, Bariloche é o pedaço dos Alpes mais perto de casa que podemos ter. Ruas fofas, comida deliciosa, montanhas encobertas de neve, lagos deslumbrantes e paisagens de tirar o fôlego. No mês de julho, invadimos a cidade e o português é falado em todos os cantos, fazendo jus ao apelido de Brasiloche. E, justamente por isso, é um passeio acessível, mesmo em tempos de desvalorização cambial. Pra quem quer encarar (e se encantar) um dos pedaços mais bonitos do nosso continente, seguem algumas dicas importantes.

 

Rua Mitre: onde tudo acontece.

 

O “centrinho” de Bariloche atende pelo nome de Centro Cívico. É uma pracinha, meio sem graça, onde ficam alguns prédios municipais, como prefeitura e correios. A grande atração ali é a parada para uma sessão de fotos com os explorados simpáticos cachorros da raça São Bernardo. Paga, é claro. Nessa pracinha, começa a rua Mitre, principal e mais agitada da cidade. É nela que você vai encontrar as lojas de chocolates, restaurantes, alugar roupas, fazer o melhor câmbio, comprar lembrancinhas e acertar os passeios. Com cara de ter saído de algum vilarejo da Suiça, a Mitre é o melhor lugar de Bariloche para bater perna sem pressa.

 

O lago sempre presente.

 

O lago Nahuel Huapi se estende por toda a cidade. Tem 550 quilômetros quadrados e uma profundidade média de 157 metros, mas que chega a 430 em certos pontos. Essa água toda vem do derretimento das geleiras, o que garante o tom claro. Ele é circundado pela avenida Bustillo, uma das principais da cidade e onde ficam alguns dos melhores hotéis.

 

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E a neve?

 

A temporada oficial da neve começa no final do mês de junho. Mas como o tempo no planeta anda pra lá de instável, quanto mais para o fim de julho você programar a viagem, maior a certeza de encontrá-la. Em agosto, a possibilidade é enorme, já que, teoricamente, neva até setembro. Mas nós, que fomos no final do mês, só vimos o gelo no alto das montanhas. Em Bariloche, mesmo durante o verão, faz aquilo que habituamos a chamar de “friozinho”. Mas no inverno, se preparem, os termômetros chegam ao negativo.

 

Onde se hospedar

 

Os hotéis de Bariloche se concentram em dois lugares: no centro e ao redor da avenida Bustillo, em frente ao lago Nahuel Huapi. A vantagem de ficar no centro é estar perto das lojinhas, dos restaurantes e das agências que vendem os passeios, mas geralmente são hotéis mais velhos, por isso escolha com cuidado. Já os da Bustillo são mais novos, quase sempre com piscinas térmicas, spas e outros luxos. A desvantagem é depender, o tempo todo, de remises ou taxis. Nos hospedamos no Design Suites, logo no começo da avenida, e recomendamos. Boa estrutura, quartos confortáveis e quentinhos (com direito a chão aquecido) e café da manhã com vista para o lago. Se estiver com grana, não pense duas vezes e vá ao icônico LLao LLao, um dos mais luxosos e tradicionais hotéis da Argentina.

 

Comida, muita comida.

 

Prepare-se, você vai engordar. Em Bariloche come-se muito bem. Fondues, peixes e carnes estão no cardápio dos principais restaurantes. E ainda tem os deliciosos chocolates em lojas espalhadas pelo centro. É uma cidade calórica e isso não se discute. Alguns dos restaurantes mais conhecidos são o El Boliche de Alberto (não, não é um boliche), onde são servidas porções tiranossáuricas das excelentes carnes argentinas, a preços bem camaradas. O tradicionalíssimo Família Weiss é especializado em cozinha patagônica, em um ambiente agradável, próximo ao lago. A truta e os pratos com carne de javali e cervo (Sr. Lao provou e aprovou) são alguns dos mais pedidos, assim como as fartas sobremesas. Pra não deixar a tradição de lado e experimentar um fondue, vá ao La Marmite, um simpático restaurante de arquitetura típica dos alpes, na Mitre. Quando fomos, provamos os fondues salgados e os doces. Se quiser botar a mão no bolso, experimente o El Patacon, que fica em um casarão na avenida Bustillo. O restaurante, de ambiente refinado, serve deliciosas carnes e variados pratos locais, além de uma gigantesca carta de vinhos. A Sra. Lao se apaixonou pela carne de kobe, considerada a mais macia do mundo, servida com fartura.

 

 

Cerro Campanário!

 

Prepare-se para uma das mais belas vistas que você vai ver em sua vida. Do alto dos mil metros do cerro (cerro=serra), a visão é panorâmica dos lagos, matas e montanhas que formam a linda paisagem. É aquele momento em que você vai ficar horas fotografando o lugar. Pra completar, ainda tem uma deliciosa confeitaria, com enormes janelas para apreciar a natureza. A subida é feita por um teleférico, por lá conhecido como aerosilla, que sobe a montanha em meio a vegetação nativa.

 

Cerro Catedral, um charme a parte.

 

Um dos centros de esqui mais antigos da América do Sul, com mais de 70 anos, o Cerro Catedral é um passeio para um dia todo, onde você vai ter contato com a neve e com os esportes praticados no local, como esqui, snowboard, tubing (descida da montanha em bóias) e o famoso “esquibunda”. São mais de 50 pistas, 39 meios de elevação, com capacidade para levar até 35 mil pessoas, por hora, até o alto da montanha e 19 restaurantes atendendo os turistas. Doze escolas de esqui ensinam aos iniciantes até a alunos com mais experiência, que querem se aventurar. A base conta com uma completa infraestrutura de hotéis, restaurantes e lojas de aluguel de roupas e equipamentos.

 

Para chegar ao alto da montanha, é preciso comprar os ingressos para os teleféricos. E é aí que entra a parte complicada, a escolha de qual ponto você quer chegar. Para quem não pretende praticar nenhum esporte, aconselhamos a subir até um dos pontos mais altos da montanha: o Refúgio Lynch. São dois teleféricos até chegar ao lugar, que tem uma belíssima vista das montanhas branquinhas e do lago, além de um restaurante com janelas panorâmicas e um charmoso deck, frequentado pelos esportistas.

 

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Outros passeios na neve.

 

Quem quiser aproveitar mais um pouco a neve, pode fazer outros dois passeios tradicionais de Bariloche: Cerro Otto e Piedras Blancas. Na verdade, os dois ficam no Cerro Otto, a 5 km do centro. A ideia lá é se divertir, sem obrigação de ser “profissional” em neve. Tanto que o esporte mais popular em Piedras Blancas é o “esquibunda”, com cinco pistas de mais de três quilômetros de extensão. Já no Cerro Otto, a grande atração é a Confeitaria Giratória, que dá uma visão 360 graus da paisagem, girando bem devagar durante o dia.

 

Passeios no Lago.

 

Com um lago daquele tamanho e presente em todas as paisagens, claro que passeios por ele fazem parte da viagem. O mais tradicional é a ida a Isla Victoria e ao Bosque de Arrayanes, uma excursão que dura quase o dia todo. A saída é em Puerto Pañuelo, que fica a 25 km do centro, próximo ao hotel Llao Llao. Normalmente, o trânsfer até o porto está incluso no passeio e os guias te buscam no hotel. Os barcos navegam pelo lago sem muita pressa, tendo como companhias as gaivotas, que comem nas mãos dos turistas biscoitos oferecidos por eles.

 

A primeira parada é na Isla Victoria, onde percorremos trilhas em meio a sequoias gigantescas. Os guias contam toda a história do lugar (em castelhano), orientados por pinturas rupestres, deixadas em pedras, pelos índios, primeiros habitantes da ilha. A paisagem é encantadora. Não deixe de passar pelas “praias” de areias formadas por pedras vulcânicas e de águas claras.

 

Depois, seguimos o passeio de barco até o Bosque de Arrayanes, que teria inspirado Walt Disney na criação da floresta do filme Bambi. Arrayanes são as árvores que cercam o bosque, algumas com mais de 300 anos de idade, todas com um tom alaranjado bem bonito, diferente do habitual. A floresta é percorrida em passarelas de madeira, que se por um lado não deixam ninguém se perder, por outro podem deixar o passeio meio tumultuado, já que barcos lotados chegam sem parar.

 

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Câmbio

 

Câmbio na Argentina é aquela velha história: no oficial não vale a pena, então, faça no “paralelo”. Ao andar pela rua Mitre, certamente você vai ser abordado por vendedores de lojas que trocam os Pesos pelos Reais. Quando estivemos na cidade, fizemos o câmbio, sempre de maneira segura, em diferentes lojas e com o valor de cinco Pesos para cada Real. Não faça, de maneira alguma, câmbio no meio da rua, além de inseguro, a chance de pegar nota falsa é muito grande. E vale aqui aquele alerta: lembre-se que essa operação é ilegal, apesar de totalmente tolerada pelas autoridades.

 

Transporte

 

Algumas das principais atrações de Bariloche ficam afastadas e distantes uma das outras, ou seja, quase nada pode ser feito a pé. Os taxis são baratos e cobram o preço do taxímetro. Já os remises trabalham com preços fechados, que devem ser combinados antes da corrida. A diferença de preço entre taxis e remises é pequena. Existem ainda ônibus que rodam pelos principais pontos turísticos, mas não chegamos a andar neles.

 

Mais dicas e fotos de Bariloche, você encontra aqui: http://sresralao.com/bariloche-a-preferida-do-inverno/

 

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