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E aí galera... Antes de iniciar meu relato, vale sempre agradecer as referências. Valeu edver carraro pelo relato http://www.mochileiros.com/os-canyons-de-cambara-do-sul-t28467.html e também ao mcm pelo relato http://www.mochileiros.com/fim-de-semana-em-cambara-do-sul-nos-canions-t59925.html

 

Bom, iniciando eu digo que planejei minha viagem meio em cima da hora já que o objetivo era uma trip bem mais audaciosa, mas que não rolou.

Resolvi conhecer os Cânions de Cambará do Sul porque fica relativamente perto para mim e também por que curto natureza, logo, foi o destino que me pareceu mais adequado.

 

Como eu estava de férias, não tinha problemas com tempo, entretanto, como resolvi levar uma amiga junto, ela disse q poderia ficar somente 3 dias fora. Fiz as contas e resolvi que dava pra fazer uma trip legal mesmo assim.

 

Saí de Porto Alegre na manhã do sábado (30/08) por volta das 07:00h com objetivo de tomar café pelo caminho. Antes de São Francisco de Paula, há uns 100km de casa a fome já estava castigando e eu não achava nenhum lugar pra comer. Encontrei então à beira da estrada um lugar que chamava Café das Fadas. O senhor que nos atendia perguntou de onde éramos e para onde íamos, etc. Respondi que ia a Cambará. Ele então sugeriu que fôssemos ao Centro Budista (o maior da América Latina segundo ele). Como estávamos à 2km do tal Centro, resolvi conferir. Valeu a visita, pois foi rápida, gratuita e não me atrapalhou em nada a viagem.

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Seguindo a rota, cheguei em Cambará do Sul às 11:30h e me deparei, no pórtico, da cidade com o carro de pedra amarelo que também foi citado nos outros relatos. Agora o carro não passa de um pedaço de cimento rachado e sem cor. Uma pena porque já me causou uma impressão de descuido desde a chegada.

Na entrada já avistei um local com informações turísticas, muito bem posicionado por sinal. Fui conversar com o pessoal para saber detalhes e descobri que se tratava de uma agência de turismo que de pronto já quis me vender um pacote com guias e transporte para os cânions. Não quis me precipitar e apenas questionei sobre as pousadas. Ela então comentou que a cidade estava com bastante turistas e ligou para um conhecido que disse ter duas cabanas sobrando. Fui direto pra pousada e descobri que seria o primeiro ocupante do lugar, já que ele recém havia construído o lugar. São cabanas de madeira com cama de casal e um sofá-cama, ar condicionado split, chuveiro elétrico e TV. O dono possui também um restaurante que fica à uma quadra da pousada, onde ele serve o café da manhã de quem se hospeda nas cabanas. Aproveitei e almocei por lá. Os preços dele é que são meio pesados (R$ 180 a diária pra casal e R$ 25 o almoço por pessoa). Talvez se eu tivesse pechinchado conseguisse baixar o preço, mas como estava com pressa, fui logo largando as bagagens e me preparei para ir ao Cânion Itaimbézinho naquela tarde mesmo.

Todos na cidade são meio doutrinados pra dizer que as estradas são ruins para carros baixos, que há muitas pedras e também há risco de cortar os pneus. Mas que há agências que levam o pessoal em camionetas grande por um determinado preço . Até cogitei a possibilidade mas resolvi ir sozinho e colocar o carro na estrada.

Pro Cânion Itaimbézinho são 18km de estrada de terra. Realmente ela é um pouco ruim, mas nada que o carro não encare. É só ir devagar que a “caranga” aguenta na boa.

Chegando no Cânion, tem um pórtico onde se faz o pagamento da entrada no parque. A tarifa é por pessoa e outra pro veículo. A partir daí você anda pelo asfalto até chegar no estacionamento, de onde, só se pode seguir a pé.

 

Você tem q optar por duas trilhas: Cotovelo (6km ida e volta) ou Vértice (1,5km ida e volta). Fui primeiro na Cotovelo é uma caminhada pelo meio da mata onde você só tem visão do Cânion ao final da trilha. O lugar impressiona. Pra quem curte natureza estar lá dá uma sensação bem bacana. Fiquei aproximadamente uma hora lá, caminhando pela beira do Cânion e retornei em seguida pois ainda tinha a outra trilha. A trilha do Vértice é relativamente rápida pois possui apenas uns 3 ou 4 pontos para você se aproximar e bater umas fotos. Achei a segunda com uma vista mais interessante pois é possível ver umas cachoeiras e se chegar bem perto da beira do Cânion. Fiquei ali também por aproximadamente uma hora e retornei ao carro para voltar a cidade. A volta foi tão tranquila quanto a ida e o carro encarou legal a estrada. DICA DA VEZ: procure ir ao Cânion de manhã até no máximo umas 15h, depois desse horário a luz do sol não entra mais no Cânion e as fotos não ficam muito legais para quem, como eu, usa máquina simples ou celular.

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À noite saí pela cidade para ver um lugar para jantar. A cidade é pequena e não tem muitas opções, mas encontrei uma pizzaria com o nome “Retrô Pizza”. Simplesmente fantástica. Me surpreendi muito. Lugar aconchegante, estilo à moda antiga. O som ambiente é de um aparelho de vinil, a cerveja é bem gelada e as pizzas muito boas mesmo. RECOMENDO.

Voltei para a cabana e fui dormir. Durante a madrugada acordei com trovoadas que pareciam anunciar o fim do mundo. Também começou uma chuva que parecia estar inundando o mundo lá fora. Depois de uma mais ou menos uma meia hora de temporal, as coisas foram se acalmando e consegui voltar a dormir.

 

De manhã, levantei e fui direto ao restaurante em busca do café e também saber detalhes de como chegar ao Cânion Fortaleza, pois queria ir de manhã ainda. Ao chegar no restaurante, eu estava bastante ansioso porque acordo cheio de fome e sempre como muito em cafés de hotéis e pousadas. Me deparei com um café que não é “lá” o que eu esperava, mas quebrou o galho. De novo perguntei ao dono como era o acesso ao Fortaleza e de novo ele me advertiu sobre as condições da estrada. Mas pelo menos dessa vez ele disse que eram 14km de asfalto e só 5 de terra. Isso me animou e resolvi ir de carro novamente.

 

Dessa vez sim, fiquei assustado. Após os 14km de asfalto, começou uma estrada que parecia ser feita para jipes ou veículos de rally. Era pedra que não acabava mais. Tive que ir muito devagar, escolhendo criteriosamente o trajeto com medo de estourar um pneu. Resumo: 5km em meia hora. DICA: quem for de carro, encher bem os pneus antes de ir. Pneus com pouco ar cortam mais nas pedras.

No Cânion Fortaleza não é cobrada entrada, apenas um segurança anota a placa do carro e dá dicas de como chegar ao estacionamento. Após deixar o carro, você também opta por 2 trilhas. A primeira, em poucos metros você está na beira do Cânion. A segunda, no mirante, tem 3km ida e volta. Optei pela primeira e ao chegar no Cânion me surpreendi. A imponência dele deixa você com uma sensação de liberdade inigualável. É possível chegar a centímetros do penhasco, olhar para baixo e ver todo o interior do Cânion, que chega a assustar. Estava um dia nublado e ventoso, mas mesmo assim as fotos ficaram muito boas. A seguir, foi a hora de subir ao mirante, uma montanha que faz parte da formação do Cânion, que fica mais alta que o restante do lugar, ou seja, é possível ver o Cânion de cima. Foi uma caminhada cansativa, 1,5km a subir com vento contra, mas a chegada lá em cima compensa tudo. A visão é fantástica e também é um ótimo lugar para fotos.

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Retornei ao carro e voltei a cidade para almoçar e seguir viagem. Comi num restaurante da entrada da cidade onde serviam buffet e churrasco a R$ 20 por pessoa. Simples mas muito bom.

 

Deixei Cambará e segui viagem em direção à Canela, onde visitei o Parque do Caracol. Fica a 6km da cidade e acesso todo por asfalto. O parque cobra R$ 12 por pessoa e é possível ir a um mirante de onde pode-se ver a cascata de cima. Também é possível descer uma escadaria até a cachoeira, porém, por falta de tempo, resolvi deixar pra próxima.

 

Segui em direção à Gramado onde existem muitos lugares para se conhecer. Como já eram 17h, fui apenas no Museu de Cera onde existem bonecos em tamanho real de diversas personalidades mundiais e, depois, numa loja de chocolates comprar algumas coisas.

Achei pela internet a Pousada Acácia Negra, muito simples e boa (quarto a R$ 150 por casal). Deixei as malas, tomei um banho e fui ao Centro da cidade jantar e dar uma passeada já que o objetivo principal era o parque de neve da cidade que iria visitar no dia seguinte. Jantei pelo centro a um preço razoável e após visitar algumas lojas, voltei a Pousada.

 

Acordei para o meu último dia da viagem e o café da manhã também era bem “basicão”, mas bom mesmo assim. Juntei as malas e fui em direção ao Snowland, parque de neve que fica a 5km de Gramado. Já conhecia o lugar mas queria ir de novo para praticar Snowboard pois o esporte é viciante . É possível escolher entre fazer Snowboard, Esqui, ou apenas andar pelo parque e escorregar numas boias pela neve. Você paga R$ 80 para entrar no parque e pode ficar 2 horas na pista de neve e meia hora na pista de patinação no gelo. Tem que paga alguns reais a mais para alugar os equipamentos e também para fazer uma aula básica se for a sua primeira vez no Snowboard ou Esqui. Dá pra se divertir bastante nesse tempo.

Após sair do parque, fui almoçar em Nova Petrópolis, que é a primeira cidade que teria pela frente. Cidade com descendência européia tem diversos restaurantes. Escolhi qualquer um e após almoçar, caí na estrada pois estava terminada minha trip. Após 1:30h de viagem, estava de volta a Porto Alegre.

Bom pessoal, tentei ser breve, mas já vi que não consegui. Mesmo assim, o objetivo principal é tentar ajudar os próximos mochileiros que resolverem buscar aventura e diversão por esses locais. Espero ter ajudado. Grande abraço.

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