Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 6, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 6, 2009 (editado) [align=justify][t3]# Dia 9 – 16.07.09 – Vale Sagrado dos Incas[/t3] Acordei cedo para poder tomar um bom café da manhã, o que não fazia há muito tempo. Fui em um restaurante que fica no mesmo prédio da Puma’s Trek, no segundo andar. Tomei o café continental em uma sacada com vista para a Plaza, um luxo para quem já estava acostumada com muito pouco. O café da manhã não tem nada de especial, as torradas são iguais em qualquer lugar, mas recomendo este pelo fato de o local ser bastante agradável. O passeio do Vale Sagrado também fiz pela Puma’s Trek, fechando um pacote para depois ir a Machu Picchu. Fiz aquele esquema de terminar em Ollantaytambo e seguir para Águas Calientes. Fechei então o pacote com o passeio do Vale Sagrado, a entrada para Machu Picchu para estudante e duas noites de hotel em Águas Calientes por 57 dólares. O trem para Machu Picchu não entrou no pacote pois eu já havia comprado do Brasil pela internet. Fiz isso porque teria que chegar em Cusco e conseguir o trem já para o dia seguinte, o que seria um pouco difícil, e também porque ouvi falar que estão cada vez mais reduzindo as passagens pelo backpacker, que é o mais barato dos trens que vão para Machu Picchu. O site para comprar é o PeruRail. A primeira parada do passeio foi em uma feira de artesanato pequena, nada muito excepcional. Não sei se esta feira está normalmente incluída no passeio, pois o meu não foi o passeio tradicional, já que no dia a cidade de Pisac estava em festa, era dia da santa padroeira da cidade ou algo de significado similar, então o guia informou que não haveria o tradicional mercado de Pisac. Logo, não façam o passeio do Vale Sagrado em nenhum 16 de julho! Visitamos então apenas as ruínas de Pisac, que são interessantes mas nem se comparam a Ollantaytambo. Esta sim era uma grande cidade inca, o complexo de ruínas é impressionante, um passeio indispensável. O almoço é em Urubamba, um restaurante onde se paga 20 soles e come o que quiser, achei caro e ruim, melhor mesmo era ter levado algum lanche. Terminamos em Ollantaytambo às 16:00, como eu havia comprado o trem apenas para 20:30 seria bastante tempo para esperar. Resolvi fazer um lanche antes de ir para a estação de trem já que pelo horário ruim das passagens acabaria não jantando. Comi em um restaurante próximo à entrada das ruínas. No cardápio havia um hambúrguer e perguntei com o que vinha. A mulher que atendia respondeu que vinha com salada e batata frita. Pensei que estava bom e pedi isso mesmo. Quando veio o hambúrguer, para minha surpresa, as batatas fritas estavam dentro do hambúrguer! Isso mesmo, pão, carne, salada, batata frita e outro pão. Estranho, mas comi e até não estava tão mal. Questionei e a moça disse que o costume por lá era comer daquele jeito mesmo, não era nenhuma excentricidade. Para ir até a estação de Ollantaytambo você deve ir caminhando por uma rua que vai beirando o rio, o guia irá indicar o caminho. No final dessa rua é onde embarcam os trens, mas lá as pessoas ficam esperando em pé no meio da rua, em um local onde há várias barraquinhas vendendo lanches e bebibas. Melhor é esperar no local onde é feita a venda de bilhetes, nessa mesma rua mas um pouco antes, onde há bancos, e deixar para ir para o local correto só quando for embarcar. O trem não é dos mais confortáveis, balança bastante, mas estava tão cansada que dormi direto e só acordei em Águas Calientes com alguém me cutucando depois que quase todos já haviam desembarcado. Na estação a moça do hotel já esperava com uma plaquinha com meu nome (que obviamente estava escrito errado) e me levou até o hotel, subindo pela rua principal de Águas Calientes. O hotel era bom, mas infelizmente não me lembro do nome para poder indicar. Café da manhã: s/8 Pacote Vale Sagrado, entrada Machu Picchu, 2 noites de hotel: $57 Almoço: s/20 Internet em Ollantaytambo: s/ 2 (acho que foi meia hora, não me lembro...) Lanche: s/10[/align] Editado Agosto 9, 2009 por Visitante Citar
Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 6, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 6, 2009 (editado) [align=justify][t3]# Dia 10 – 17.07.09 – A tão esperada Machu Picchu[/t3] Escolhi passar duas noites em Águas Calientes por dois motivos: Pegar os horários mais baratos do trens e chegar bem cedo em Machu Picchu para subir o Wayna Picchu. Mas depois de ter me sentido mal na trilha da Ilha do Sol decidi não subir o Wayna, fiquei com medo de não agüentar. Acho que até agüentaria, mas levaria uma semana para chegar lá em cima no ritmo que eu estava. Acordamos ainda de madrugada em Águas Calientes para subir a pé para Machu Picchu. Haviamos combinado de nos encontrar com o guia da Puma’s Trek na entrada às 6:30. Na noite anterior ele nos procurou no hotel e me deu o dinheiro para que eu comprasse minha entrada para Machu Picchu na hora, pois ele não conseguiu comprar antes devido a um problema com as passagens de volta do restante do grupo, que haviam ido pelo caminho da hidrelétrica. O começo do caminho é pela estrada por onde o microônibus ($5) sobe. Depois começa um caminho de escadas de pedra em ziguezague que corta a estrada em vários momentos durante a subida. O trajeto que deveria durar 1:20, mas para mim foram 2 horas, então cheguei lá em cima depois do horário combinado com o guia e fiz a visita por conta própria, de vez em quando colando algumas informações interessantes dos guias que passavam com seus grupos. Minha água acabou na subida, então tive que comprar lá. É ridiculamente, absurdamente, estupidamente caro para comer ou beber qualquer coisa em Machu Picchu, levem tudo que forem precisar de Águas Calientes, e não subestimem a necessidade de água pois faz muito calor. Saí de Águas Calientes agasalhada pois quando saímos de madrugada fazia frio, mas em Machu Picchu faz bastante sol e calor, mesmo no inverno, então vá com roupas frescas por baixo e leve só um casaco se sair antes do sol nascer. Outra coisa que não pode faltar é protetor solar. Como boa carioca achei que estava mais do que acostumada com o sol e não precisaria, mas depois fiquei bastante queimada, só no rosto e nas mãos, que era o que estava pra fora da roupa. Machu Picchu é fantástica, mal consigo pensar o que escrever aqui. Vendo as fotos já parece um lugar maravilhoso, mas estar lá é indescritível. Digo isso pela beleza do lugar mesmo e pela história que envolve cada uma daquelas pedras, porque aquele papo de energia cósmica admito que não senti. Infelizmente não pude visitar o Templo do Sol. Ele esteve fechado durante todo o dia pois estava sendo gravado lá um documentário da National Geographic. Espero pelo menos que o tal documentário seja muito bom, bando de filho de vocês sabem quem. Então, sem mais sobre Machu Picchu. Que cada um faça as suas divagações. Garrafinha minúscula de água em Machu Picchu: s/8 Banheiro em Machu Picchu: s/1 Água 500ml na volta: s/2 Água 2L: s/4 Janta: s/20[/align] Editado Agosto 9, 2009 por Visitante Citar
Membros dovalleb Postado Agosto 7, 2009 Membros Postado Agosto 7, 2009 Olá! Estou indo para Bolivia e Peru na proxima quarta, dia 12/08. Seu relato está muito bom! Peguei várias dicas do que vc já postou! Vi que vc também foi a Sucre, Potosi e Uyuni. Vc tem alguma dica de lá? Não tenho referencias de hoteis e passeios por lá. Meu roteiro vai ser: Rio-Sta Cruz Sta Cruz- Sucre Sucre-Potosi Potosi-Uyuni Uyuni-Oruro-Lapaz LaPaz-Copacabana-Ilha do sol Copacabana-Puno Puno-Cuzco Cuzco-Lapaz-Sta Cruz Obrigda pela ajuda! Beijos Flavinha Citar
Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 7, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 7, 2009 Olá!Estou indo para Bolivia e Peru na proxima quarta, dia 12/08. Seu relato está muito bom! Peguei várias dicas do que vc já postou! Vi que vc também foi a Sucre, Potosi e Uyuni. Vc tem alguma dica de lá? Não tenho referencias de hoteis e passeios por lá. Meu roteiro vai ser: Rio-Sta Cruz Sta Cruz- Sucre Sucre-Potosi Potosi-Uyuni Uyuni-Oruro-Lapaz LaPaz-Copacabana-Ilha do sol Copacabana-Puno Puno-Cuzco Cuzco-Lapaz-Sta Cruz Obrigda pela ajuda! Beijos Flavinha Olá! Esse trecho foi o finalzinho do roteiro meu, acho que não vai dar tempo de postar antes de você viajar, então vou só adiantar o básico, aí vai: Uyuni foi só de passagem, não dormi. Não tem nada de interessante na cidade, então não gaste muito tempo lá. O ônibus para Potosí paguei 25 bolivianos na Trans Turismo, mas o ônibus era meio ruim. Em Potosí recomendo o Hostal Maria Victoria, Bs.30 por noite com café da manhã. De Potosí a Sucre paguei Bs.30 em táxi coletivo. Em Sucre fiquei no Hostal Amigo, nem perde tempo procurando outro porque este é o melhor que encontrei pelo preço, entre alguns que vi lá. Bs. 28,50 por noite com café, fica na Calle Colon. De passeio por lá é o Salar de Uyuni, que fiz pela Colque por US$110, mas saindo de San Pedro, e em Potosí tem o passeio das minas que eu não quis fazer, mas próximo a Casa de La Moneda tem algumas agências que fazem. De resto Potosí e Sucre é só conhecer a cidade mesmo, a arquitetura é muito bonita. Beijos e boa viagem! Citar
Membros Alexandre Ritter Postado Agosto 7, 2009 Membros Postado Agosto 7, 2009 Olá Menininha! Estou adorando seu relato, muito bem redigido e com informações importantíssimas. Aguardo ansioso o restante do relato. Um beijo, um sonho e um sorriso. FORÇA SEMPRE! Citar
Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 8, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 8, 2009 [align=justify][t3]# Dia 11 – 18.07.09 – Cusco outra vez[/t3] Saí de Águas Calientes no trem de 5:30, chegando em Ollantaytambo às 7:30. Na estação de trem, ao lado de onde se compra os bilhetes, há um estacionamento onde ficam vários ônibus, vans e táxis para ir a Cusco. Como só saem quando lota, preferi ir de van (s/8) para ser mais rápido, apesar de os ônibus serem um pouco mais baratos (s/5). Cheguei em Cusco pouco antes das 9 da manhã. Chegando em Cusco a primeira preocupação foi sair da embaixada de Israel e procurar outro lugar para dormir. Pelo mesmo preço ficamos as outras duas noites em um hotel na Calle Procuradores, bem pertinho da Plaza de Armas. O quarto não era dos melhores, cheio de infiltrações e com um buraco no teto, para onde eu não conseguia parar de olhar achando que a qualquer momento cairia um rato. Mas pelo menos o quarto era privado, o banheiro no corredor mas infinitamente melhor e estávamos mais bem localizados. Não se pode querer ter tudo e pagar pouco. Preferimos por esse preço ter um bom banheiro e não subir tantas ladeiras. Me esqueci de anotar o nome do hotel, mas é bem fácil de achar, entrando pela Calle Procuradores, quando chegar no final do quarteirão vai dar de cara com o hotel bem na sua frente, pois ali a rua não continua. Não sei se deu para entender, mas vendo o local não tem como não identificar. O lugar é bem seguro, tem dois policiais que ficam o dia inteiro na porta do hotel vendo televisão, mas nada que vá te impedir de comprar ou usar o que quiser ali, para os que não compreenderam, a Procuradores é o habitat natural dos maconheiros. Também na Procuradores há um restaurante muito bom e barato. Fica no lado esquerdo de quem vem da praça, já quase no final da rua, é na esquina ou um antes, bem pertinho do hotel. Lá tem menus de vários preços, o mais barato por 9 soles, e até um menu de 15 soles que o prato principal é uma pizza bem gostosa. Esse dia foi pouco aproveitado, quase uma parada de descanso no meio da viagem. A única coisa que fiz foi visitar o Museo Inka. Fica na Calle Cuesta del Almirante. Estando na Plaza de frente para a Catedral é a rua que sobe pelo lado esquerdo desta. Para quem gosta de museus é muito interessante visitar este. Tem um excelente acervo muito bem conservado não só dos incas, mas também de outras culturas pré-colombianas, traçando toda a história das diferentes civilizações e povos andinos. Tudo com quadros explicativos em espanhol e inglês e citações de textos históricos, bem legal. Dá para gastar umas 3 horas lá dentro sem ficar entediante. Lavanderia do Kish Kasta: s/1,3 (s/2,50 por quilo de roupa, deixei antes de ir a Machu Picchu e busquei na volta) Van de Ollantaytambo: s/8 Almoço: s/15 Sorvete de Inka Cola: s/1,20 Museu Inka: s/10 Janta: s/20 Hotel: s/15 por noite[/align] Citar
Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 8, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 8, 2009 (editado) [align=justify][t3]# Dia 12 – 19.07.09 – Adeus a Cusco[/t3] Último dia em Cusco. Aproveitei para conhecer o centro histórico da cidade. No dia da chegada em Cusco, quando vi a Plaza de Armas pela primeira vez, minha impressão era de que em algum momento passando por um buraco negro havia ido parar na Europa. Cusco não se parece muito com o restante da América do Sul. Imagino se a Plaza de Armas fosse no Rio de Janeiro: as flores estariam mortas, a grama pisoteada, a calçada cheia de buracos e nos bancos morariam pivetes, além de que as fachadas dos prédios históricos seriam ornamentadas com pichações de “Ystephanny eu te amo”. Cusco é uma cidade bonita e extremamente bem conservada, o que é de se esperar levando em conta a quantidade de dinheiro que o turismo movimenta por lá. O interior da catedral é absolutamente deslumbrante. Infelizmente não entrei nas outras igrejas da cidade, pois fora do horário da missa só é permitido visitar pagando, e no horário da missa há um funcionário encarregado de fechar a porta da igreja na sua cara, foi o que aconteceu comigo quando tentei visitar a Compañia de Jesus. Por causa disso fiquei com raiva e não quis pagar para entrar em nenhuma. Ainda existem bastantes construções incas na cidade, que ficam nas proximidades da catedral, subindo pela rua à direita desta. A famosa pedra dos 12 ângulos fica na Calle Hathunrumiyok, e a pedra do puma fica na Inka Roq‘a, uma ruela de pedestres onde de um lado há o muro e do outro algumas lojas de artesanatos. É bom esperar aparecer um guia pra ficar de butuca ouvindo a explicação, pois é meio difícil conseguir identificar as formas. Há o clássico puma, e o que eu não sabia é que o puma de traz para frente é uma serpente. Tem também um condor, mas não consegui atingir o grau de abstração suficiente para identificá-lo, talvez algumas folhinhas de coca ajudem. Durante a manhã fui ao terminal terrestre para acertar minha saída para Nazca. Comprei pela empresa Julsa um semi-cama com saída às 20 horas e chegada em Nazca por volta de 9 da manhã. O preço tabelado é de 90 soles, consegui um desconto por 80. Mas na hora da saída o ônibus não era da Julsa e sim da empresa Sanchez. Não sei se é a mesma ou qual o esquema que rola, mas esse ônibus Sanchez era bem ruim, a distância entre um banco e o da frente era ínfima, viajei espremida a noite toda, não recomendo. Café da manhã: s/8 Táxi para o terminal terrestre: s/3 + 3 (ida e volta) Passagem para Nazca: s/80 Almoço: s/9 Passar fotos para DVD, na Calle Procuradores: s/8 Taxi para o terminal: s/4 Taxa do terminal: s/1,10[/align] Editado Agosto 9, 2009 por Visitante Citar
Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 8, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 8, 2009 [align=justify][t3]# Dia 13 – 20.07.09 – As linhas de Nazca[/t3] A viagem demorou muito, cheguei em Nazca quase às 11 horas da manhã. No final do trajeto a estrada estava em obras e o ônibus teve que parar várias vezes. Ainda na estrada dava para ver que o tempo estava bastante ruim, muita neblina, o que me deixou um pouco preocupada sobre as condições de vôo. Chegando lá minha primeira preocupação foi garantir a passagem de ônibus para a noite. Então entrei na mesma empresa que havia chegado, mais para buscar informações porque não tinha intenção de viajar outra noite naquele ônibus horroroso. Como eles não faziam viagens para Arequipa ou Tacna, meus possíveis destinos, a senhora que atendia no balcão me deu uma lista das companhias que faziam e onde encontrá-las. Aí vai a lista: CIVA e Flores – Em frente à delegacia de polícia (comiseria) Ormeño, CIAL e Cruz del Sul – Terminal Soyus Essa senhora me ajudou muito, teria ficado completamente perdida por lá se não fosse ela. Ela disse que dessas empresas a mais barata era a Cial, e também que como o tempo estava ruim, seria melhor antes de comprar a passagem eu ir até o aeroporto, para tentar garantir o vôo. Ela chegou a telefonar para uma agência, que informou que até haveria vôos à tarde, mas já estavam lotados e só teriam vaga para o dia seguinte. Da mesma forma que eu já havia me informado aqui, essa senhora também disse que eu deveria contratar o vôo direto no aeroporto e não em agências, que cobram mais caro. Como última dica ela me disse para nunca aceitar táxis oferecidos, sempre pegar eu mesma na rua por segurança. Então fui até a rua e peguei um táxi para o aeroporto. No aeroporto fui no balcão das empresas para pesquisar os preços. Procurei primeiro pelas recomendadas, que eram a Aeroparacas e a Aeroica. Os preços variavam entre $50 e $60, a Aeroparacas cobrou 55 dólares. Acabei fechando com a NazcaAirlines, que cobra $50, e só depois descobri que eles são a Aeroica, uma confusão de nomes. Depois de muito chorar um desconto, consegui que fizessem por 45 dólares, e o funcionário entregou que eles só podiam oferecer um vôo com desconto por dia. Propus então dividir o desconto com outro brasileiro que conheci lá, e cada um pagou $47,50. Além disso eles também reservaram a minha passagem para Tacna pela Cial e arranjaram um tour para o Cemitério Chauchilla com um taxista, enquanto esperávamos o tempo melhorar para voar. Tivemos sorte de conseguir voar no mesmo dia, pois muitas pessoas indo até o aeroporto só conseguiram para o dia seguinte. O tour primeiro foi até um mini museu sobre a atividade mineradora da região, onde tivemos uma breve aula sobre o processo de extração do ouro. Nada de interessante, só fomos porque estava incluído no tour. Depois disso parte para o cemitério, que fica um pouco afastado da cidade. É uma grande área cheia de buracos no chão onde há tumbas, e todas elas já foram saqueadas. Todas as riquezas foram roubadas, só sobrou o que não tem valor para os ladrões de tumba, as múmias e algumas poucas cerâmicas de uso caseiro que por serem muito rudimentares não tem valor comercial, e que são quebradas e deixadas para trás, triste de se ver. Além deste cemitério que é visitado, e com o dinheiro das nossas entradas protegido, existem várias outras áreas onde os saques ainda continuam. Segundo o guia, o ladrão fica com a metade e oferece a outra metade para quem deveria fiscalizar, assim fica tudo bem. Já estamos bem familiarizados com este tipo de coisa aqui no Brasil, e no Peru não é diferente. E olha que nem é tão caro ter uma múmia Nazca na sua casa, algo como 500 doláres. Não que isso seja pouco dinheiro, mas é uma esmola se levar em conta o valor cultural e histórico dos objetos. O guia nos disse que existe apenas um único complexo de ruínas da civilização Nazca, pois teria sido sua única construção em pedra. Estes templos estão sendo restaurados, e segundo ele seria a segunda Machu Picchu do Peru, mas só estará aberto a visitação daqui a alguns anos. As casas onde viviam os Nazca eram feitas de plantas, pois não há nenhum vestígio delas. Voltamos para o aeroporto para esperar o horário do vôo, que seria às 4 da tarde. Não há nenhum lugar para almoçar perto do aeroporto (e também não é recomendado para os mais sensíveis), apenas uma lanchonete que vende misto-quente e biscoitos. Tem também algumas lojas de artesanato no aeroporto. Para o vôo você recebe um mapa das linhas e a ordem que o avião passará por elas, para poder ir identificando. O piloto também avisa quando passa por cima. Existem aviões de vários tamanhos, o que fui era só o piloto e 3 passageiros. O vôo dura meia hora e passa rápido pelas figuras. Dá tempo de ver bem, mas tirar fotos é uma tarefa um pouco difícil. E o piloto sempre passa duas vezes por cada figura, uma de cada lado do avião, para que todos vejam. Achei o sobrevôo muito legal, e é um passeio indispensável para quem se interessa pelo assunto. Mas para quem não tem tanto interesse talvez não compense, porque é muito caro e você perde muito tempo para fazer apenas um passeio, o custo-benefício não é dos melhores. Depois do vôo voltei para o centro para pegar a passagem para Tacna na Cial, bus semi-cama com saída à meia-noite. O mesmo cara que havia nos vendido o vôo foi conosco e ainda pagou nosso taxi. Nos levou até o Planetário Maria Reiche, onde compramos as entradas para 20:30, e depois ainda nos indicou um restaurante, um chinês próximo ao planetário onde comemos um menu de 9 soles. Pode parecer que ele é muito bonzinho por fazer tudo isso, mas não se enganem, ele ganha uma comissão de todos os lugares onde nos levou. Ele também queria me convencer de todo jeito a passar uma noite na cidade, provavelmente para ganhar comissão de algum hotel. Chegou a falar que eu não conseguiria sair da cidade aquela noite porque haveria uma greve de motoristas de ônibus, mas não acreditei e realmente não tinha nada. O planetário eu não vou nem comentar se é bom ou ruim porque não sei, quando apagaram as luzes e começou a aparecer um monte de estrelas dormi na hora. Pelo que consegui perceber entre um cochilo e outro era uma apresentação das as hipóteses sobre as linhas, algumas relacionadas com observação astronômica. Já me preparando para ir ao Chile, fui gastar o que sobrou dos meus soles comprando biscoitos e chocolates, e depois fui para o terminal da Cial onde dormi até o horário do ônibus. Banheiro na Sanchez: s/0,50 Taxi para o aeroporto: s./3 Tour Cemitério Chauchilla: s/15 + 5 (entrada) Almoço e lanches: s/19 Vôo: s/160 ($47,50 + taxa cartão de crédito) Taxa do aeroporto: $7 Passagem para Tacna: s/70 Planetário: s/10 Janta: s/9 Lanches: s/10[/align] Citar
Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 9, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 9, 2009 [align=justify][t3]# Dia 14 – 21.07.09 – Chegada ao Chile[/t3] Mais uma viagem longa... Cheguei a Tacna às 14:00. Pelo menos o ônibus era bastante confortável e deu para dormir bem, recomendo viajarem pela Cial. Em Tacna há dois terminais de ônibus, um nacional e um internacional. Cheguei no nacional, e tive que sair dele e atravessar a rua para o terminal internacional, de onde saem os ônibus e táxis para Arica. Ao entrar no terminal você já vai ser abordado por alguém oferecendo ônibus ou táxi. Preferi ir nos táxis coletivos. Não me lembro que horas cheguei em Arica, mas a viagem é rápida, chutaria 1 hora e meia ou 2. No finalzinho já se pode ver uma pequena faixa de Oceano Pacífico do lado direito. Você pode pedir para o táxi te deixar no terminal de ônibus de Arica, assim já garante a passagem para San Pedro. Há várias empresas que fazem esse trajeto para San Pedro, mas a maioria tem que trocar de ônibus em Calama. Pela comodidade comprei na empresa Expresso del Norte, que tem ônibus direto para San Pedro. Mas este costuma acabar mais rápido, comprei o penúltimo lugar e ainda era meio da tarde, para sair só as 21:30. Pedi para a funcionária da empresa de ônibus uma indicação de algum lugar para comer rápido, pois não havia almoçado mas ainda queria dar uma voltinha pela cidade antes de anoitecer. Ela recomendou e eu gostei muito de uma lanchonete que fica próximo ao terminal. Saindo do terminal, de frente para a rua, ande um pouco para a esquerda e você vai ver do outro lado da rua um banco que fica em uma esquina. Ao lado do banco na perpendicular, sem ser a rua principal, tem algumas opções de lanchonetes, internet e telefones. Pedi um hambúrguer e fui ligar para casa, quando voltei já estava pronto, rápido mesmo, muito gostoso e barato. Continuei andando pela rua da rodoviária até chegar na beira do mar, depois fui margeando o Oceano. Para chegar no centro da cidade é só ir seguindo o morro, que se vê de qualquer lugar. A praça principal é bonitinha, mas a cidade não tem nada de muito interessante. Acabei não subindo o morro pois já era noite e a cidade me pareceu um pouco deserta, fiquei com medo de subir sozinha pois não sabia como seria lá em termos de segurança. Da praça peguei um taxi para o terminal rodoviário. Em Arica existem taxis coletivos que fazem rotas certas pela cidade. O que vai para a rodoviária é o número 8. O preço também é tabelado, 450 pesos chilenos. Fui cedo para o terminal para tomar um banho, mas chegando lá só tinha água gelada... Não tive coragem pois estava frio. O ônibus era confortável, recomendo esta empresa. Durante a madrugada o ônibus faz uma parada super chata em um posto de fiscalização. Todo mundo tem que descer do ônibus e tirar as mochilas do bagageiro. Os caras fazem uma revista manual por drogas que é ridícula, pois como eles sabem que não tem como tirar tudo da mochila, o policial olha para a cara da pessoa e diz “você não tem drogas, certo?”. Como se alguém fosse responder que sim. A minha mochila nem abriram, passei despercebida (uma das vantagens de ser baixinha). Taxa do terminal de Tacna: s/1 Taxi coletivo para Arica: s/17 (também pode ser pago em pesos chilenos) Passagem para San Pedro: $10.000 Almoço: $1360 Top Sundae no Mcdonalds perto da Plaza: $900 Taxi para o terminal: $450 Banheiro no terminal: $200 Água 500ml no terminal: $500 Taxa do terminal de Arica: $100[/align] Citar
Membros de Honra samantha.v Postado Agosto 9, 2009 Autor Membros de Honra Postado Agosto 9, 2009 [align=justify][t3]# Dia 15 – 22.07.09 – O Atacama[/t3] Cheguei em San Pedro pela manhã. Os ônibus param na Calle Licancabur pois não há terminal em San Pedro. Tudo em San Pedro é muito próximo, nem mesmo existe qualquer tipo de transporte. Andando um pouquinho em frente pela Licancabur você chega no campo de futebol e do outro lado da rua há uma feira de artesanato, que você atravessa para chegar na Plaza, onde tem um posto de informação turística, mas que nem sempre funciona. Se estiver aberto ótimo. Passe lá e peça para eles te darem uma lista que eles tem lá com vários hotéis, seus preços, e os serviços oferecidos. Assim você senta e lê em vez de ficar batendo de porta em porta. Mas nessa lista tem poucas opções dos mais baratos, então provavelmente vai ter que andar um pouco mesmo pra procurar. Quando cheguei em San Pedro a informação estava fechada, então só fui descobrir esta lista dois dias depois quando quis mudar de hotel. No dia da chegada foi uma verdadeira peregrinação pela cidade para tentar encontrar o hotel mais barato. O mais barato que encontramos foi o La Florida, que fica na Calle Tocopilla. Fiquei lá por 2 noites e o hotel tem tudo para ser muito bom. Dormitórios e banheiros limpos, funcionários atenciosos e prestativos, uma boa cozinha. Só tem um problema, a água é muito gelada. Eles têm aquecedor, mas não adianta, continua sendo quase impossível tomar um banho. No primeiro dia tomei banho à tarde quando ainda estava sol, então deu para agüentar, mas no segundo dia que já era de noite quando fui tomar banho tinha uma gringa aos gritos debaixo do chuveiro. Não agüentei e resolvi trocar de hotel. Depois disso parei no primeiro restaurante barato que encontrei, na Tocopilla mesmo.Apesar de ser um preço bom, $2.500 por um prato de comida e um copo de refrigerante, não recomendo porque vem muito pouco. Dá para comer muito melhor em San Pedro gastando menos, é só ler nas dicas dos outros dias e na mensagem “San Pedro do Atacama para pobre” clicando aqui. Depois disso sai para ver nas agências os preços dos passeios. Não fiz uma grande pesquisa de preços, preferi olhar apenas nas agências recomendadas, porque acho que nesses passeios faz bastante diferença ter um bom guia. Feche todos os passeios numa mesma empresa para conseguir um desconto bom. Os passeios que eu contratei foram Valle de la Luna e Valle de la Muerte (1 tarde), Salar do Atacama e Lagunas Altiplânicas (1 dia), Geysers El Tatio (1 manhã) e Lagunas Cejas e Ojos del Salar (1 tarde). Fui na Atacama Connection e na Desert Adventures, aí vão os preços de tabela das duas, e em cima quanto me ofereceram pelo pacote (nenhum desses preços inclui entradas): Atacama Connection - $55.000 Valle de la Luna: $8.000 Geyser del Tatio: $16.000 Valle del Arco-íris: $35.000 Salar de Tara: $44.000 Lagunas Cejas, Ojos del Salar e Laguna de Tebinquinche: $15.000 Lagunas Altiplanicas e Salar de Atacama: $28.000 Geysers del Tatio e Pueblos Andinos: $40.000 Desert Adventures - $65.000 Valle de la Luna: $8.000 Geyser del Tatio: $18.000 Salar de Tara: $40.000 Lagunas Cejas, Ojos del Salar e Laguna de Tebinquinche: $15.000 Lagunas Altiplanicas e Salar de Atacama: $28.000 Geysers del Tatio e Pueblos Andinos: $45.000 Tour arqueológico (Tulor e Pukara de Quitor): $15.000 Termas de Puritama: $15.000 Gostei mais da Desert Adventures, me pareceram mais profissionais, eu disse que não poderia pagar e que na outra agência me ofereceram por 55.000, então eles baixaram para 58.000, e disseram que não poderiam fazer por menos. Como a diferença era pequena, preferi fechar com eles por esse valor. Acredito que dê para conseguir mais barato indo em outras agências menores, mas não sei se vale a pena. Não me arrependi de ter pago mais caro, pois todos os guias que peguei nos passeios eram muito bons, e o serviço também era ótimo. Marquei para o mesmo dia o Vale de la Luna, saída às 15 horas na frente da agência. Achei o passeio meio chato. É só um monte de areia e pedra, no meio de uma ventania horrorosa, fiquei comendo areia e cabelo. O tão falado por do sol das dunas não tem nada de espetacular. Acho que o por do sol da janela do meu apartamento na zona norte do Rio de Janeiro é mais bonito. Achei um passeio totalmente dispensável, apesar de ser um dos clássicos do Atacama. Antes do passeio deixei roupas para lavar em uma lavanderia que funciona em um restaurante na Calle Tocopilla, quase na esquina com a Caracoles. A lavagem expressa, que fica pronta em algumas horas, custa $2.500 por quilo de roupa. Busquei à noite sem atraso, podem confiar. Na Calle Caracoles há umas 2 ou 3 padarias, numa delas comprei pão, manteiga, queijo, refrigerante e achocolatado. Deu para jantar e para o café da manhã de dois dias, tudo por $2550. É uma boa opção para economizar. Almoço: $2.500 Passeios: $58.000 Lavanderia expressa: $2.500 Entrada Valle de la Luna: $1.500 (ISIC, inteira é 2.000) Água 2,5L: $950 Fotos para DVD (Calle Toconao, esquina com a Plaza): $2.000 Internet (mesmo local): $250 por 15 minutos Lanches: $2.550 La Florida: $6.000 por noite[/align] Citar
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