Membros naiarasc Postado Fevereiro 25, 2015 Membros Postado Fevereiro 25, 2015 Relatarei minha experiência no Parque Estadual do Rio Preto, em Minas Gerais. Este parque foi assunto de algumas reportagens, como por exemplo esta do Destino Aventura http://webventureuol.uol.com.br/destinoaventura/mg/parqueestadualdoriopreto, mas no geral ainda é um lugar pouco conhecido e pouco divulgado aqui no fórum. Estive no Parque Estadual do Rio Preto em Fevereiro de 2015, logo após o Carnaval, portanto o parque encontrava-se praticamente vazio. Em épocas de feriado prolongado ou férias escolares o comum é que o parque esteja cheio, com alojamento e área de camping lotados, sendo imprescindível fazer reservas com antecedência. Para chegar ao parque: Tomando como ponto de partida a cidade de Diamantina, segue-se pela BR-367/MG até o município de São Gonçalo do Rio Preto. São cerca de 55 km, a rodovia é asfaltada, pista simples, relativamente bem conservada e sinalizada, porém possui um trecho denominado "Gombô" considerado perigoso, com grandes declives e curvas acentuadas. Logo na entrada da cidade de S.G. Rio Preto já é possível ver a sinalização indicando o caminho para o parque. Serão aproximadamente 14 km em estrada de terra, com alguns trechos ruins, mas acessíveis a qualquer carro de passeio comum. Hospedagem: A reserva da hospedagem deve ser feita diretamente com o gerente do parque, o Tonhão. Todo o meu contato com ele foi via email e deu tudo certo, ele responde prontamente. O email é antonio.almeida@meioambiente.mg.gov.br. Para reserva não é exigido nenhum pagamento adiantado, somente o contato, manifestação de interesse e confirmação da reserva na véspera da viagem. O Parque Estadual do Rio Preto oferece duas opções de hospedagem: os alojamentos e a área de camping. Os preços para Fevereiro de 2015 eram os seguintes: Camping - 10 reais a diária Alojamentos - 60 reais quarto casal; 80 reais quarto para 3 pessoas; 100 reais quarto para 4 ou 5 pessoas. Ficamos no alojamento para 5 pessoas, consistia em um quarto duplo (um com cama de casal, o outro com três camas de solteiro), um frigobar e banheiro grande com dois chuveiros quentes. É necessário levar sua própria roupa de cama e banho. Travesseiros são fornecidos lá mesmo. O alojamento tem uma varanda grande com espaço para rede (que deve ser levada). O alojamento possui Wi-Fi que não funcionou no primeiro dia, mas funcionou nos outros dois. Alimentação: É proibido cozinhar nos alojamentos, para isso devem ser usadas as churrasqueiras da área de camping (há cerca de 4 ou 5 churrasqueiras equipadas com pia e tomada). Existe um pequeno restaurante no parque que oferece café da manhã (10 reais), almoço e jantar (15 reais cada). Os preços são um pouco caros, mas pode comer a vontade. No café da manhã tinha café, leite, toddy, suco, pães, manteiga, queijo, bolo e biscoito frito. No almoço eram em geral duas ou três opções de carne, arroz, feijão, verduras e macarrão. Funcionamento do Parque: Logo na portaria fomos recebidos por um funcionário que confirmou nossa reserva no alojamento e nos orientou a procurar o Centro de Visitantes, pois é obrigatório que todos os visitantes assistam a uma pequena palestra. No caminho para o Centro de Visitantes passamos pelo único ponto do parque onde há sinal de celular, só funciona a operadora Vivo (há uma placa indicando "Celular Vivo"). Há outra placa indicando uma trilha para ver Pinturas Rupestres. Chegando ao centro, outro funcionário já nos aguardava e fomos guiados ao auditório para assistir a palestra. Esta basicamente explica as regras do parque, orienta quanto a boa conduta do visitante e dá algumas informações gerais sobre a fauna e flora da região, além de apresentar os principais atrativos do parque. As trilhas para locais mais distantes e cujo acesso seja classificado com nível de dificuldade alto são feitas exclusivamente com acompanhamento de um guia, que é gratuito. Tudo o que precisamos foi informar qual trilha gostaríamos de fazer e escolher o horário (os passeios saem sempre pela manhã). Trilhas, cachoeiras e demais atrativos: Como já era mais de meio dia quando terminamos de ver a palestra, não poderíamos ir a nenhuma das trilhas que exigissem guias, pois eles só saem na parte da manhã. Portanto, optamos por caminhar até o Poço do Veado e nadar. São menos de 2 km de caminhada, trilha fácil. No dia seguinte, combinamos com o guia de ir até a Cachoeira do Crioulo às 9h. São cerca de 6,5 km a partir do alojamento e essa é a cachoeira mais distante. No caminho de ida, seguimos por uma trilha de terra e passamos por mirantes. Já na volta, voltamos margeando o rio, caminhando em pedras. No caminho de volta passamos pela Cachoeira Sempre-Viva e pelo local de encontro do Rio Preto com o Rio das Éguas, chamado Forquilha. Eu, particularmente, achei o caminho da volta muito mais bonito que o da ida! Há muitas formações rochosas interessantes ao longo deste caminho. De acordo com o guia, em épocas de cheia torna-se inviável voltar pelas margens do rio. No nosso último dia no parque, fomos até as Corredeiras, outra trilha que exige acompanhamento do guia. Diferente da trilha para a Cachoeira do Crioulo, a trilha para as Corredeiras não oferece nenhuma vista de mirantes e a trilha de ida é a mesma da volta. São cerca de 5 km de caminhada e alguns grandes trechos com cascalho. Terminada a trilha, voltamos ao alojamento para almoçar e nos despedir do parque. As contas referentes às refeições devem ser pagas no restaurante, pois este é privado e não pertence ao parque, e a conta da hospedagem é paga na portaria. Ambos devem ser pagos com dinheiro em espécie, não são aceitos cartões. Observações Finais O parque é super organizado, bem conservado e super limpo (não encontrei nenhum sinal de lixo nas trilhas que fiz). Aconselho a visita a todos que tiverem a oportunidade de conhecê-lo, se possível em época de baixa temporada, é muito bom ter a cachoeira só pra você! Citar
Colaboradores Raimundo.Santana Postado Março 17, 2015 Colaboradores Postado Março 17, 2015 Tem uns 10 anos que não vou nesse parque. Ele passou um bom tempo fechado e depois que reabriu ainda não tive oportunidade de voltar. É um dos parques mais bonitos de MG. Realmente vale a pena o passeio. Citar
Membros Milene SFerreira Postado Junho 27, 2015 Membros Postado Junho 27, 2015 Naiara gostaria de parabeniza la pelo relato tão bem escrito. A riqueza de detalhes faz do seu texto um excelente guia de viagem. Conheço o Parque do Rio Preto e sempre volto encantada das visitas. Vale muito a pena a visita. Citar
Membros sa.0909 Postado Maio 4, 2016 Membros Postado Maio 4, 2016 Esse trecho gombô é muito difícil? Citar
Membros canandes Postado Janeiro 13, 2017 Membros Postado Janeiro 13, 2017 Fantástico! Estive nesse parque há um tempo atrás. Tudo que procuro, local preservado e paz. Citar
Membros naiarasc Postado Janeiro 24, 2017 Autor Membros Postado Janeiro 24, 2017 Esse trecho gombô é muito difícil? Não. A rodovia é asfaltada, só exige cuidado por ter grandes declives com curvas fechadas. Tem muitos registros de acidentes por conta de excesso de velocidade. Citar
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