Membros Rutkah Postado Fevereiro 23, 2015 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2015 (editado) Olá mochileiros, bem-vindos ao meu relato! Bom, meu nome é Adriano, esse foi meu segundo (clique aqui para ler o primeiro) mochilão fora do país, mas dessa vez, sozinho. Espero conseguir relatar e despertar em vocês o desejo de conhecer esses dois países sensacionais. Muita gente me perguntou qual o motivo de ter escolhido Colombia e Equador ao invés de Bulgária e China, vou tentar explicar: Na verdade eu já tinha um mochilão fechado para o México com dois amigos (Saulo e Sorrentino) aqui do mochileiros, mas por motivos de trabalho escravo não consegui tirar minhas férias. Havia escolhido México pois, após meu primeiro mochilão na Bolivia, Chile e Peru entre montanhas, vulcões, frio e pollo con papas, tudo o que eu precisava para o próximo mochilão era: PRAIA! Aí vocês perguntam, e pq não foi pro México sozinho? Bom, basicamente pq meu inglês, que é suficiente mas também muitas vezes limitado, seria um problema na hora de socializar, então optei por continuar na América Latina. Sendo assim, praia, calor, baladas loucas, pessoas falando espanhol e violência na venezuela me motivaram a escolher como destinos: Colombia e Equador. Preparação e Roteiro: Diferente do meu primeiro mochilão (que eu comprei a passagem para depois planejar o que fazer), e considerando que sou um ansioso desorganizado, comecei a planejar a viagem com uns 2-3 meses de antecedência. Primeiro eu li muitos e muitos relatos e sites (contei aproximadamente 80 links nos meus favoritos ), nem sempre inteiros, mas toda e qualquer informação útil era colocada num .txt do bloco de notas. Depois, passei a pesquisar por cidades e o que eu poderia conhecer, procurando imagens no google, enfim, tudo aquilo que me interessaria fazer, além de estimar mais ou menos quantos dias iria gastar para conhecer cada lugar. Depois veio a fase dos hostels, pesquisando mais uma vez os quais me interessavam (os party-hostels, claro! ), afinal de alone já bastava eu. Aqui vale um adendo, particularmente acredito que quando fazemos as reservas ficamos muito presos ao roteiro, do tipo, dia X eu TENHO que estar em TAL lugar, o que pode ser um pouco complicado quando se tem 1 mês para viajar. Por isso fiz a reserva dos hostels para metade da viagem (apenas na Colômbia) e não fiz nenhuma no Equador! O resultado dessa idéia mirabolante eu conto mais pra frente. Também comprei as passagens aéreas para me locomover durante a trip, visto que apenas 25 dias viajando eu precisava otimizar o tempo ao máximo. Fora que na Colômbia vale muito a pena viajar voando, a VivaColombia e a Avianca tem ótimos preços e não há pq viajar de ônibus (a não ser que vc seja mochileiro ultra low cost e tenha tempo pra trocar 1h por 24hs de ônibus). Quanto ao roteiro, segue abaixo a versão final: Mochila e Gastos: Quanto a mochila eu já tinha uma tabela com comentários do meu outro mochilão (fiz a tabela e quando voltei adicionei comentários do que havia usado ou não), e com base nela montei minha mochila dessa trip. Abaixo segue a tabela com os comentários das duas viagens. CHECKLIST - Adriano Rutka.xls Muita gente também pergunta dos gastos da viagem. Apesar de não ser milionário e tentar programar tudo de forma mais econômica possível, costumo evitar ficar controlando excessivamente durante a viagem, deixando as coisas acontecerem com mais naturalidade. Com relação ao preço da trip, sai do Brasil com 2000 U$D em espécie e já havia comprado algumas passagens aéreas (ida/volta e 3 trechos). Como disse, na Colômbia as vezes vale a pena pagar um voo ao invés de ônibus, isso pois as estradas são péssimas e também pelo fato de ter tido pouco tempo. As passagens da VivaColombia eu comprei pelo site mesmo e eles também exigem que o check-in seja feito online, se optar por fazer pessoalmente tem uma taxa (+-30 reais). No final das contas acabei gastando um pouco mais do que havia planejado, mas férias é férias, eu mereço! Here we go! Editado Fevereiro 23, 2015 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros de Honra camilalisboa Postado Fevereiro 23, 2015 Membros de Honra Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2015 Ae, Adriano! Continua aí, não faz igual eu que sou enrolada Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rutkah Postado Fevereiro 23, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 23, 2015 (editado) Dia 1 - Saindo de SP Bom, primeiro dia de viagem, malas prontas, tudo nos conformes, partiu Guarulhos. Meu voo era às 15h40min da tarde, menos 3 horas de antecedência, menos o transito caótico de São Paulo, menos o fato de eu morar em Itu a 100 km de SP = resumindo: minha viagem começou logo as 09hs da manhã. Chegando ao aeroporto, hora de conhecer o novíssimo e famoso terminal 3 de Guarulhos que, como quase tudo nesse país, é um lixo. Conheço apenas aeroportos na América do Sul e posso afirmar que nem mesmo esse terminal recém-inaugurado e moderno é páreo para os aeroportos fora do país, lamentável. Passada a frustração e as despedidas, hora de embarcar. Logo na fila de embarque vi uma garota sozinha, que estava na minha frente. Puxei assunto e descobri que ela também estava tirando férias e indo para San Andres, com a diferença que iria ficar uma noite em Bogotá antes, o nome dela era Vanessa. Também descobri que ela iria ficar no mesmo Hostel, no El Viajero, mas por conta dos dias e roteiro diferentes, não foi possível combinar de se encontrar. Logo em seguida já embarcamos e não a vi mais dentro do avião. A essa altura eu já estava super animado, não tinha nem saído do país e já tinha conhecido alguém, realmente, sozinho não iria ficar. Quando entramos no avião ainda me surpreendi com o serviço de bordo, os filmes séries e músicas disponíveis e até mesmo com o atraso do voo, o único atraso de todos os mais de 10 voos da viagem, claro, só poderia acontecer aqui, no Brasil. Voo tranquilo, com uma ou outra turbulência e, entre vinhos e whiskys (que é isso, classe econômica!) conheci a Renata que estava do meu lado, fomos conversando bastante sobre viagens, ela estava indo para a Colômbia com sua amiga e era praticamente um sonho pra ela, pois não era a primeira vez que ela tinha planos de conhecer o país e nas outras vezes não tinha dado certo. Aqui mais um comentário: impressionante a quantidade de pessoas que conheci "realizando o sonho de conhecer a Colômbia", foram várias que me disseram isso, muito legal! Durante a viagem eu ainda fiz uma conexão em Bogotá, na oportunidade conheci uma mãe e filha que estavam viajando para San Andres e também outra família, todos brasileiros e muito simpáticos, fizemos hora juntos até o embarque para San Andres e partimos. Voo tranquilo, sem turbulências dessa vez, e com direito ao anuncio do piloto avisando que ao lado esquerdo da aeronave estava à cidade do panamá, bonita e igual a qualquer outra cidade vista de um avião durante a noite. Dia 2 - Chegada em San Andres Meu voo chegou a San Andrés aproximadamente as 03 da manhã e, apesar de saber como chegar ao hostel caminhando, acabei pegando um taxi pq estava bem cansado. Dividi o taxi com as duas brasileiras que havia conhecido no Aeroporto e fui até o El Viajero. Não vi muitos hostels em San Andres (ao que me parece existem apenas 2), porém o El Viajero parece ser uma boa opção. O hostel fica num prédio de 5 andares (1º Nada, 2º Área social, 3º Recepção, 4º Quartos, 5º Bar/Terraço/Refeitório) que fica bem localizado no centro da ilha. Logo que cheguei e acordei todas as pessoas sem querer já descobri que o ar-condicionado do quarto estava quebrado , e cara, COMO ESTAVA QUENTE AQUELE QUARTO, 10 minutos no caribe e já estava derretendo. Perguntei se haviam falado com o staff do hostel e eles disseram que estavam aguardando alguém vir arrumar, em outras palavras, o jeito era tomar um banho gelado e dormir antes de começar a suar. Nesse meio tempo ainda conheci Fernanda que também estava no quarto, mais uma brasileira gente boa, e Raul, um brasileiro que também estava no voo e havia acabado de chegar no hostel. Dormi. Logo cedo acordei e estava a maior chuva. Conversando com o Raul ele também iria fazer o passeio do Acuario naquele dia. Nos informamos na recepção e eles ficaram de confirmar se haveria o passeio. Enquanto isso fui tomar café da manhã e também comprar um adaptador para tomadas, pois precisava carregar o celular e não sabia que iria ter esse tipo de problema. Por volta das 9hs da manhã o passeio foi confirmado e para isso eu e o Raul precisávamos ir até o local onde saem os passeios. Fomos caminhando mesmo, coisa de 10 minutos, no caminho ainda passamos no centro pois eu queria comprar um snorkel, sem sucesso. Compramos também as sapatilhas antes do passeio sair, visto que eles recomendam essas sapatilhas pra não machucar os pés durante o passeio. A primeira parada foi no Acuario, lá nosso guia disse que ficaríamos até a hora do almoço, onde seguiríamos para John Cay para comer e passar o restante da tarde. A ilhota é bem lotada, há bares vendendo cervejas e também a bebida tradicional da ilha chamada Cocoloko, que é uma mistura de álcool de posto com o álcool de cozinha + corante vermelho, uma delicia. Há ainda um serviço bem amador de lockers em que sua mochila fica super bem guardada embaixo da pia do barman, mas juro era a única opção. Dica: nessa parada é possível ir caminhando até a ilha de Haynnes Cay onde existe o "famoso" Emmerson McDonald. Vi algumas pessoas recomendando o hambúrguer de lá mas não tive tempo de provar, fica pra próxima. Depois de nadar no meio dos peixes e praticar snorkel, era hora de começar as histórias desastrosas da viagem. Isso mesmo, menos de 12 horas de desembarcar em San Andres e eu já havia perdido a minha toalha super absorvente da Decathlon e o Raul já havia derrubado sua câmera digital na água. Um bom começo, sem dúvidas. Durante a lancha para Jonh Cay uma menina simpática veio puxar assunto conosco. Era Claudia, uma colombiana que já tinha feito intercambia no Brasil e que estava acompanhada de Mauricio, um jovem do tipo Coca que mais parece Fanta, mas também gente boa. Acabamos almoçando e passando o dia inteiro juntos. Quando estávamos voltando Claudia e Mauricio nos disseram que iriam pra uma festa num barco, open bar de rum, regado de pessoas de família e boa índole. Marcamos de nos encontrar na orla da praia por volta das 20:30 e voltamos para o hostel. No caminho ainda provamos a primeira empanada con queso da viagem e compramos algumas lembranças que estávamos precisando (protetor solar e cerveja). À noite voltamos no lugar marcado e nada dos dois. Ficamos esperando e o Mauricio acabou me mandando uma mensagem falando que eles não iriam mais para o barco e nos encontrariam no CocoLoco, balada que fica no centro comercial da ilha, com pessoas de família e boa índole. Logo que chegamos à balada eu e Raul nos surpreendemos com o tamanho do local, bem grande para os padrões normais de balada. Pegamos uma cerveja e logo em seguida chegaram Claudia e Mauricio. O engraçado nesse primeiro momento é que todos estavam SUPER bem vestidos, mulheres de salto, homens de calça social e até camisa, com exceção claro, dos brasucas eu e Raul, que estávamos no melhor estilo bermuda e chinelo, afinal, praia é praia! Logo que chegaram o Mauricio foi até o bar e a Claudia me tirou para dançar (oi?), ela queria me mostrar como eles dançavam lá e olha, saudades Colômbia. Logo depois Mauricio voltou com uma garrafa de aguardiente colombiana. Essa bebida é como se fosse a nossa cachaça, uma bebida forte (29% álcool), com sabor anisado, cuja as marcas variam da região onde a mesma é produzida, sendo a mais famosa delas a Antioqueño. Detalhes sórdidos a parte, entre os rala-coxas com a Claudia e os shots de aguardiente, em alguns momentos subiam alguns dançarinos-animadores no palco e todo mundo dançava igual. No começo eu me sentia como uma idosa de 80 anos numa aula de hidroginástica de SPA, mas depois tudo ficou mais divertido. Na Colômbia é comum eles tomarem a cachaça no esquenta, na balada, igual nós tomamos vodka e whisky aqui. Geralmente se bebe com limão ou pura, mas sempre virando shot, uma beleza! Durante a balada descobrimos que Claudia e Mauricio eram noivos e confesso que foi um pouco estranho ficar dançando com ela daquele jeito (hora eu, hora o Raul) durante tanto tempo, mas o Mauricio não parecia se importar muito e só sorria. Raul foi o primeiro a ir embora e, como eu tinha um voo as 07hs para Isla Providencia, acabei indo embora por volta das 3:30hs. Dormi. Editado Fevereiro 27, 2015 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Sorrent Postado Fevereiro 24, 2015 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 24, 2015 Hahahahaha que da hora, no final a coca era coca mesmo. Mulheres acompanhadas em viagens deveriam deixar isso bem claro logo de cara, só pra evitar perda de tempo né Acompanhando Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rogér1o Cruz Postado Fevereiro 24, 2015 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 24, 2015 Acompanhando... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rutkah Postado Fevereiro 24, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 24, 2015 (editado) Dia 3 - Isla Providencia Acordei, ou nem dormi. Tão bêbado que esqueci que estava indo pra uma ilha caribenha e já coloquei calças jeans, camiseta, fleece e botas. Decidi ir caminhando até o Aeroporto, que fica a 15 minutos do El Viajero. Cheguei lá estava tudo fechado, era o único voo naquele horário, provavelmente o único voo da manhã inteira. Percebi uma movimentação e logo já haviam muitas pessoas e funcionários, terminei o check-in e já estava derretendo. O voo para Providencia é tranquilo, apesar de ser um avião bem pequeno e ter passado pela maior turbulência da minha vida (janelinhas brancas de tantas nuvens), cheguei vivo. Logo que desci no aeroporto, durante o desembarque acabei conhecendo outra colombiana, Marcela, que estava chegando na ilha com a mãe. Trocamos whatsapp e combinamos de nos encontrar a tarde em Cayo Cangrejo. Em seguida peguei uma "caminhonete táxi" com uma local muito simpática, Triny. Fomos batendo papo e ela me contando de como era sua vida em Providencia, que conhecia a cidade inteira e que qualquer coisa era só chamar. Triny também disse que o táxi em Providencia custa no máximo 5000 pesos, e que não era pra pagar mais do que isso. Antes de me deixar no centro ainda passamos pegar algumas cervejas, o táxi também fazia fretes. Providencia é uma ilha muito simpática, extremamente tranquila e bem ajeitada, a primeira impressão foi boa, apesar de ter ficado assustado quando vi duas crianças de uns 8 anos de idade pilotando uma moto sem capacete. O centro só é próximo de Santa Catalina (outra ilhota, ligada por uma ponte) e, logo que cheguei no centro procurei o Hotel Providencia, que apesar de ser o único aberto, demorou cerca de 20 minutos para aparecer alguém na recepção e me atender. Por 70000 COP acabei pegando um quarto individual com ar condicionado, não haviam quartos compartidos ali. Check-in feito, fleece e jeans devidamente enfiados dentro da mala, era hora de conhecer a ilha, só tinha dois dias. Antes ainda precisei fazer câmbio pois estava sem dinheiro. Importante: Não existem casas de câmbio em Isla Providencia, o único lugar que ""presta esse serviço"" é o MERCADINHO. E pior, enquanto nas casas de câmbio a conversão era de aproximadamente 1 USD = 990 COP, no tal do mercado era 800. Fui até o Centro e perguntei para alguns policiais sobre Cayo Cangrejo, me informaram que eu deveria ir até um lado X da Ilha e lá conseguiria sair para o passeio. Ok moço, mas como faço pra ir até lá? A resposta é simples quando se está numa ilha onde os taxis também fazem fretes e as crianças pilotam motos, a melhor maneira é: de carona! Com quem? Com a polícia claro!! "Sobe aí que nós te damos uma carona" E lá fui eu, não sabendo se iam me levar para a cadeia, mas literalmente preso na parte de trás do camburão da policia colombiana. Chegando lá o policial ainda me passou seu telefone, se tivesse algum problema, era só ligar. Colômbia = muito amor. Existem passeios de barco que vão até Cayo Cangrejo, não perguntei o preço pois quando se está sem dormir e praticamente bêbado, a melhor forma de ir é alugando um kaiak! "Se você for rápido pode chegar em 30 minutos" disse o cara que estava me alugando o kaiak, hoje eu completo a frase: "Mas se estiver bêbado e não morrer afogado, com muita sorte vai demorar 1 hora". E lá fui eu.. Cayo Cangrejo foi o ponto alto da viagem em termos de praia, o lugar é surreal, coisa de cinema. A ilha é muito pequena e a unica estrutura é um deck que só fica aberto até as lanchas dos turistas chegarem e irem embora. É possível dar a volta fazendo snorkel e também subir até o topo da ilha, que fica no centro e tem uma visão espetacular. Quando cheguei na ilha só havia eu e as duas vendedoras, uma de comida e outra alugando equipamentos para snorkel. Com sorte acabei conseguindo um emprestado, sem pagar nada. Fiz algumas fotos, nadei, conheci Cristiana e Naiana, duas brasileiras muito simpáticas que chegaram logo depois de kaiak (com a diferença que era 1 kaiak para duas pessoas..). Um pouco depois chegou uma lancha com alguns turistas e a Marcela estava nela. Ficamos nadando e conversando até resolvermos dar a volta na ilha fazendo snorkel, o problema foi que no meio do caminho ela acabou batendo o pé em um coral e estava sangrando bastante, então resolvemos voltar. Em seguida sua lancha saiu e tive tempo de fazer a volta sozinho. A vantagem de ir de kaiak por conta é esta, não ficar preso aos horário da lancha e, melhor, quando eles foram embora, as vendedoras também foram. Literalmente eu tinha uma Ilha no caribe inteira só pra mim, sem mais ninguém. Quando milhares de caranguejos começaram a surgir no meio do deck (agora sim eu entendi o nome dessa bagaça) resolvi dar o fora antes que o caranguejo chefe gigante chegasse. A volta de kaiak foi tranquila.. (mentira, demorei 1:30h e quase me afoguei umas 10 vezes ), e quando devolvi o kaiak acabei pegando um mototáxi com o próprio dono da empresa. Chegando no centro fui direto para o hotel e acabei dormindo. Me arrependi um pouco, lembram quando eu disse da ponte que liga Isla Providencia a Santa Catalina? Pois bem, no final da tarde é possível observar centenas de arraias cruzando por baixo dela, junto ao por do sol do caribe. Acordei quando já era noite e sai para jantar um típico prato caribenho, salsa de camaron con patacones (banana verde amassada e frita), também fui até Santa Catalina mas já adianto, durante a noite não tem nada de nada (isso que era sábado!). Dormi. Editado Março 13, 2015 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rutkah Postado Fevereiro 24, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 24, 2015 Ae, Adriano! Continua aí, não faz igual eu que sou enrolada hahaha eu to acompanhando o seu!! Força!! kkkk Hahahahaha que da hora, no final a coca era coca mesmo. Mulheres acompanhadas em viagens deveriam deixar isso bem claro logo de cara, só pra evitar perda de tempo né Acompanhando Sem comentários!! Balada toda no rala-rala e no final a maior decepção, mas ok né, a vida continua!! kkk Acompanhando... Opa, vamo q vamo!! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Paula Adriana Postado Fevereiro 26, 2015 Membros Compartilhar Postado Fevereiro 26, 2015 Bom dia, relato bem legal, mas me tira uma dúvida vc ficou um dia em San Andres, esse passeio aquário e Johny Cay dura o dia inteiro ou tem passeios de meio dia? Vc voltou para San Andres e fez o passeio de volta a ilha ou foi pra outro lugar? Eu vi a sua tabela e vc não colocou o relato completo ainda, por isso a pergunta!!!! Eu vi sua foto de mergulho, eu também mergulho com cilindro e vou pra San Andres e Providence exatamente para mergulhar, vi algumas operadoras, vc chegou a fazer algum mergulho com cilindro tanto em San Andres como em Providence? Continua o relato que esta bem legal!!!! Abraços Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rutkah Postado Fevereiro 27, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 27, 2015 Bom dia, relato bem legal, mas me tira uma dúvida vc ficou um dia em San Andres, esse passeio aquário e Johny Cay dura o dia inteiro ou tem passeios de meio dia?Vc voltou para San Andres e fez o passeio de volta a ilha ou foi pra outro lugar? Eu vi a sua tabela e vc não colocou o relato completo ainda, por isso a pergunta!!!! Eu vi sua foto de mergulho, eu também mergulho com cilindro e vou pra San Andres e Providence exatamente para mergulhar, vi algumas operadoras, vc chegou a fazer algum mergulho com cilindro tanto em San Andres como em Providence? Continua o relato que esta bem legal!!!! Abraços Oi Paula, Preciso arrumar lá e colocar o horário, o passeio geralmente é das 09 as 15hs, ainda é possível fazer depois o passeio das mantaraias, que começa as 17hs e eu não fiz. Também fiz o passeio de volta a ilha sim, ainda vou postar essa parte do relato, mesma coisa com relação ao mergulho com cilindros. Obrigado e se tiver dúvidas é só falar! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros Rutkah Postado Fevereiro 27, 2015 Autor Membros Compartilhar Postado Fevereiro 27, 2015 Dia 4 - Isla Providencia No meu segundo e último dia em Providencia meu objetivo era um só: mergulhar. Acordei as 07 horas, devidamente sóbrio e renovado, pedi para a recepcionista ligar para o Felipe’s Diving e como o hotel Providencia não oferece café da manhã, decidi procurar alguma coisa para comer. Havia uma padaria embaixo do hotel, mas como era domingo não estava aberto. Para ser sincero, aquele horário, de domingo, a única pessoa no centro inteiro de providencia era eu.. Continuei procurando e acabei achando um mercadinho, comprei um croissant de queijo amanhecido, fiz umas fotos da ponte de Santa Catalina e depois voltei para confirmar o mergulho. Foi aí que começou o problema. Conseguimos conversar com a operadora de mergulho apenas as 08:30, eles disseram que enviariam “alguém para buscar”. Só que quando era 09 e pouco eles ainda não haviam aparecido, geralmente os mergulhos saem cedo, comecei a ficar desesperado. Entre ligações e ligações o pessoal disse que não sabia o que tinha acontecido e já eram 09:15. Decidi não esperar mais e foi a melhor coisa que fiz. Antes de continuar, explico: Inicialmente havia programado a viagem para ficar 04 dias inteiros em San Andres e, conforme fui pesquisando, descobri que em Isla Providencia está a terceira maior barreira de corais do mundo e é um dos melhores lugares para se mergulhar. Sendo assim, acabei inventando de fazer essa loucura de dividir 2 dias em San Andres e 2 dias em Providencia, ficou super corrido, mas não me arrependo. Aos mochileiros aqui do site, recomendo no mínimo 04 dias inteiros em San Andres e mais 04 em Providencia. Lembrando que Providencia só é acessível a partir de San Andres, seja por avião (50 minutos, 130000 pesos por trecho, vôos de ida as 07 da manhã e vôos de volta as 16hs, pela companhia aérea Satena) ou então por barco (3 horas, 65000 pesos por trecho, ida 9hs e volta as 15hs que reservei pelo site CatamaranSanAndresYProvidencia). No meu caso, optei por ir de avião e voltar de barco, pois além de ter pouco tempo, quando mergulhamos, recomenda-se esperar no mínimo 24 horas para poder voar devido ao tempo de descompressão. Muito bem, estava prestes a perder um dos objetivos da viagem por conta do amadorismo da agência Felipe’s Diving. Saí na rua e acabei conseguindo um mototáxi, que na verdade era um local que tinha moto e topou me levar. Chegando na operadora havia só uma pessoa que informou que o barco já havia saído para o mergulho. Eu entrei praticamente em choque. Dois meses antes já havia tirado minha carteirinha de mergulhador, estava tudo pronto, e iria perder por motivo nenhum. Pedi indicações de outras agências e parti para a próxima. Quando cheguei na outra agência também já não havia mais ninguém. A última opção era o Hotel Sirius, continuei viagem até lá. Chegando no hotel Sirius mais uma vez senti a tranqüilidade de Isla Providencia, era um lugar tranqüilo, praticamente sem nenhuma pessoa, apenas um senhorzinho deitado numa cadeira de praia. Disse a ele que gostaria de fazer um mergulho e ele disse: “eles já saíram, mas espera aí que você conversa com eles quando chegarem” e voltou a dormir. Ótimo, esperar tranqüilo numa rede em uma ilha no meio do nada, morrendo de ansiedade aguda e vendo todos os meus planos irem por água abaixo, realmente era tudo que eu precisava naquele momento. Esperei.. esperei.. esperei.. 10, 20, 30 minutos.. 45 minutos depois vejo um barquinho no meio do oceano chegando, minha salvação!! Nesse ponto só tenho a agradecer o pessoal do Hotel Sirius, foram super gentis, agilizaram tudo e fizeram minha saída de barco numa boa. Em menos de 30 minutos já estávamos prontos para sair. Me disseram que iríamos fazer o mergulho na Mantas Place, não me recordo a profundidade, mas era um fundo de areia com uma lateral de corais, visibilidade excelente. Conheci algumas pessoas no barco, incluindo Henry, que me passou seu telefone para quando estivesse em Medellin e precisasse de alguma coisa. Além disso, fui apresentado a Diego, um simpático mergulhador que seria meu parceiro naquela saída. Confesso que estava muito tenso e ansioso, era minha primeira saída em alto mar (meu batismo no Brasil foi na Ilha das Cabras em Ilhabela-SP) e também por conta de todo o stress, mas Diego acabou me ajudando bastante. O mergulho acabou sendo tranqüilo, a visibilidade é absurda, não há como comparar com Ilhabela, ainda que meu instrutor no Brasil tivesse falado que peguei um dos 5 melhores dias do ano para mergulhar lá. Mantas Place tem muitos corais e poucos peixes, fiz algumas fotos e até mesmo uma foto com Diego, Henry e sua esposa. Enquanto estávamos mergulhando o guia ia nos mostrando alguns corais e teve uma hora que ele mostrou um “peixe” que veio nadando por perto de nós. Quando este chegou mais perto percebi que era um tubarão , e pra melhorar ele ainda resolveu passar por baixo de mim, quase morri de infarto nessa hora , mas deu tudo certo. Depois de mais alguns minutos Diego veio verificar meu manômetro e nessa hora percebi que estava com pouco ar, sendo assim, eu e mais 3 pessoas que estávamos na mesma situação começamos nossa subida, bastante tranquila e sempre rendendo boas fotos. Já no barco recebi uma água de 350 numa embalagem de saquinho plástico e disse ao guia que gostaria de fazer outra saída. Aguardamos mais alguns minutos e conforme o tempo passava as pessoas iam começando a surgir, quando lotamos o primeiro barco nosso guia anunciou que voltaríamos para a ilha. Apesar de querer fazer outro mergulho, diante da situação já estava no lucro caso não desse certo. Quando chegamos no hotel eu fui o único a desembarcar, os demais estavam seguindo para outra operadora de mergulho, pelo que entendi, apesar de serem agencias diferentes na prática todos acabam se ajudando. Em seguida um dos instrutores que estava no hotel veio me chamar, eles iriam fazer outra saída, e o melhor, só comigo!!! O segundo mergulho também foi tranqüilo, o local se chamava Tetes Place e tinha tanto corais quanto peixes, muitos peixes. O mar estava um pouco esverdeado, com a visibilidade um pouco prejudicada (mas ainda sim incomparável com Ilhabela). A profundidade também não era absurda, mas confesso que foi muito bom nadar no meio daqueles cardumes gigantes de peixes amarelos. Sensacional! No mergulho foi apenas eu e o guia, fomos acompanhando uma barreira de corais até um certo ponto, quando ele fez sinal para voltarmos e posteriormente subirmos. Muito show! :'> Voltando para o Hotel solicitei um mototaxi que me levou até o centro, chegando lá peguei as minhas coisas no hotel e almocei um ceviche de camarão com refrigerante Ritz sabor corante lilás. Aqui é interessante o seguinte, o ceviche colombiano é bem diferente do ceviche peruano. O ceviche colombiano era praticamente camarão + molho rose com bolachas água e sal, nada muito elaborado, preparado na hora, meio estranho mas comestível. Me recordo que paguei 12000 pesos no ceviche e 2000 na lata de veneno lilás, que acabou ficando quase inteira. Depois disso já fui até o porto de Isla Providencia (que fica na rua debaixo ) para aguardar o barco que sairia as 15hs. Recomendo o barco, os lugares são espaçosos, poltronas reclináveis e passa até mesmo um filme de terror nas 3 tvs espalhadas na cabine. Chegando em San Andres encontrei Raul, que estava com Renata, Monique, Marta e mais uma outra brasileira, além de Vanessa, a menina que havia conhecido no aeroporto de Guarulhos!! O Brasil realmente marcava presença ali!! Aqui um detalhe que esqueci de comentar, quando fui pra Providencia acabei levando só a mochila de ataque. A minha mochila eu acabei deixando no locker do hostel, só que o locker do El Viajero era embaixo da cama, com um pequeno detalhe: ele era fechado apenas do lado de "fora" da cama, o outro lado, que supostamente deveria ficar encostado na parede mas não ficava, era aberto!! Podem me chamar de maluco mas era o que tinha naquele momento!! Quando encontrei o Raul ele me disse que haviam novas pessoas no quarto que estavam perguntando de quem era aquele locker, pra minha sorte foi só um dia então não tive problemas. Peguei minhas coisas para fazer o check-in e quando cheguei no meu novo quarto haviam dois suecos, um argentino e advinha? Mais um brasileiro, o Heitor! Papo vai, papo vem, descobri que o Heitor já estava intimo de Vanessa e dos outros brasileiros, e que eles estavam indo jantar numa pizzaria no centro de San Andres. Pedi para me esperarem, tomei uma ducha e fui com eles! No jantar, mais brasileiros, alguém havia conhecido mais um casal de brasileiros, eram Ronaldo, sua esposa e sua sogra (não me recordo os nomes agora). O jantar foi ótimo e foi a primeira vez que tomei a famosa limonada de coco colombiana! MEU DEUS! Aquilo é mais uma maravilha do mundo!! Vou começar a vender na praia e faturar milhões!! Eu realmente não sei o que vai nela e o porque de não existir no Brasil, mas tipo, faz muita falta!!! Depois do jantar voltamos para o Hostel e conheci Felipe e Diego, mais dois brasileiros!! Eles me contaram que estavam viajando desde Cusco-Peru e já estavam em San Andres, isso sim é mochilão! Conversamos um pouco e descobri que o Felipe era tão baladeiro quanto eu, sendo assim, partiu Cocoloco!! O restante do pessoal não quis ir e acabamos indo só eu e Felipe mesmo. O Cocoloco, AHHHH o Cocoloco! Apesar de ser domingo aquilo estava uma beleza!! Acabei descobri que no fundo da balada havia um deck enorme, maior vista para o mar, lugar ideal pra tomar um ar fresco. Só que depois de muita aguardiente colombiana, vodka, rum roubado dos piratas, e como tudo nessa vida quando acontece, acontece comigo, acabei derrubando um par das minhas havaianas no mar! PQP! Um segundo distraído e poseidon se apossou do meu chinelo!! Como? Quando? Onde? Não sei. Só sei que os homens estavam de sapatos, as meninas de salto alto, e eu com metade de um pé de havaianas na balada... o que fazer?!!! Bom, como bêbado nunca se contenta em fazer só uma merda, tive a brilhante ideia de CHUTAR A OUTRA HAVAIANA PRO MEIO DO MAR E FICAR COMPLETAMENTE DESCALÇO! Depois disso eu não lembro, só sei que voltei para o hostel e dormi. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
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