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Bruxelas: Capital da Europa, da cerveja e do...Kebab?


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A KLM deu a louca e consegui Brasília – Amsterdan por um preço irrisório.

 

A permanência em Bruxelas foi de 09 a 11 de Fevereiro de 2014.

 

Na viagem a Amsterdan, foi decidido que Bruxelas teria 3 dias e dividiria a viagem com a cidade holandesa (pensou-se em Bruges, na Bélgica, ou em outra cidade holandesa, mas conhecer uma capital bacana como essa pesou na decisão).

 

O trem sai da capital holandesa, passa por Roterdã e segue rumo a Paris. Bruxelas é uma das paradas. O trem é extremamente pontual. Chega 2 minutos antes do horário determinado para a partida. A paisagem parece bonita, mas infelizmente dormi a maioria do tempo, pois era extremamente cedo. Dá para comprar tudo pelo site e imprimir sem transtornos.

 

A estação de Bruxelas é grande e tem diversas lojas e lugares para comer. Logo na saída percebeu-se como a capital belga não é uma cidadezinha, mas sim uma metrópole surpreendente.

 

O trânsito tem cara de capital mesmo. Parece quase uma São Paulo, mas quando chegamos nos monumentos...percebemos a beleza européia da cidade.

 

Ficamos no hostel Gîte d'Etape - Youth Hostel Jacques Brel (curiosidade: o senhor Jacques Brel é um cantor belga e compositor da famosa Ne Me Quitte Pas. Sim, não é francesa, nem da Piaf ::lol4:: ).

 

A ideia era pegar o mapa fornecido pelo hostel e sair traçando monumentos tudo a pé. Logo percebeu-se um clima de cidade não tão pacata e romântica quando passavam carros de polícia de todo tipo, para todos os lados. Havia Exército na porta de alguns prédios públicos, judaicos e da União Européia. Um rapaz escreveu "Je Suis Charlie" com spray perto do hostel. Isso tudo criou um certo clima de tensão inicial, mas depois acabamos por nos acostumar, porque estava tudo "normal" (dentro da anormalidade de ameaças de atentados terroristas).

 

Procuramos algo para comer. Esperávamos topar com vários lugares oferecendo o tal gaufre (o típico waffle belga), mas o que mais encontramos longe do centro mesmo foram restaurantes italianos, mexicanos, vietnamitas e árabes. Muitos árabes. Comemos mais kebab do que o waffle em si! Muito pelo bom preço, a boa quantidade de comida e por ser sempre a primeira opção que aparecia. Também deixo claro que os waffles ficam mais próximo do centro, na Gran-Place (Grote Markt, em holandês).

 

Outra peculiaridade: nem todos falam inglês. Pode parecer até algo semelhante ao torcer de nariz do pessoal da França, mas eu creio que seja mais pela quantidade de línguas oficiais que a Bélgica tem: são 3; o francês, o holandês e o alemão. É muita coisa já para assimilar. Imagina em um lugar que as fronteiras para outros países estarem sempre a menos de 1 hora de carro e ter 3 línguas! Mas de qualquer forma, quebram o galho muito bem na parte turística: policiais, taxistas e comerciantes em centros principais. Aliás, fique de olho no mapa e nas informações, porque tudo tem nomes em francês e em holandês. Uma rua pode ter 2 nomes completamente distintos. Exemplo: Rue Royale é a Koningsstraat. É mais ou menos isso: O que é Rue vira Straat. O que é Avenue fica Laan. O que é O que é Parc fica Park mesmo, mas muda totalmente o que vem antes...tipo Parc de Bruxelles fica Warandepark. ::dãã2::ãã2::'>

 

Uma dica bem mochileira: vá ao supermercado. Comprar água, chocolate, pequenos lanches. Pode parecer barato pegar água por 2 euros sempre, mas pense que em real fica uns 7 R$ (na época em que fui). Tem momentos que são inevitáveis, mas se passar por mercados nas caminhadas, vale a pena parar e mandar um "mérci". Mercados, aliás, quase todos são Carrefour Express. Lá você pode economizar na lembrança também, porque a quantidade de chocolates amargos e cervejas bacanas na área normal do mercado nos faz lembrar os chocolates e cervejais superultramega-premium que temos aqui nos nossos mercados. E isso nos faz ficar bolados, de fato. ::mmm:

 

No reconhecimento da área do hostel, esbarramos com o Colonne Du Congress.

 

Então, iniciamos a caminhada passando primeiro pelo Palais Royal, de frente ao Parc de Bruxelles. Passamos pela bonita igreja Notre Dame du Sablon e o jardim-praça que fica de frente, o Jardin du Petit Sablon. Rendem boas fotos, mas o tempo não estava bonito (nublado e frio).

 

Continuando a caminhada, rumamos ao Palais de Justice, que, infelizmente, estava em uma reforma enorme em sua fachada. Existe um bonito monumento homenageando soldados em frente ao palácio.

Depois de caminhar um pouco mais, o frio venceu ::Cold:: e fomos ao hostel. Là havia um bar onde as cervejas belgas estavam com um preço convidativo.

 

Logo cedo, a intenção de caminhar até o Parc Du Cinquantenaire. Na chegada, o queixo caiu. É imenso e imponente, principalmente o arco do triunfo ao fundo. Nesse mesmo parque, há o Musée Royal de l´Armée et d´Histoire Militaire. Para quem gosta de armas, história, brasões, veículos miliares, etc, esse é o museu! Enorme e gratuito, conta com uma gama de artigos, uniformes, armas e equipamentos que passam desde a era Napoleônica até a Segunda Guerra Mundial. Existe um galpão anexo que exibe aviões militares de várias épocas. Não é difícil gastar até horas nesse lugar. Vá com tempo.

 

Ainda no Parc Du Cinquantenaire, há o museu de automotivo chamado Autoworld. Ele é pago. Conta com acerco amplo de carros antigos, inclusive com os primordios e primeiros modelos de algumas marcas famosas européias. Ele também pode distrair um amante do tema por um bom tempo.

 

A saga da caminhada tomou os rumos do Leopold Parc, que é bem próximo. Muito bonito com bastantes pessoas fazendo exercícios físicos. Atrás desse parque (ou na frente, dependende do ponto de vista) há o European Parlament. Um prédio interessante, mas não chegamos a adentrar pelo tempo exíguo que tinhamos e por já estarmos satisfeitos com museus naquele dia. O prédio contava com um forte esquema de segurança também.

 

O frio e a fome pesaram e, apesar de ter o mapa em mãos, perdemos a noção de onde estávamos em certo momento, e creio que saímos da área do mapa, porque ficou tudo mais residencial e com pistas mais com cara de rodovias. Sabe aquele lema de caminhar até se perder? Pois é, o lema foi levado a sério e quando acabou a graça, achamos melhor não pegar o metrô (que estava bem lotado) nem mais caminhar sem rumo. A ideia foi pegar um táxi mesmo, que dividindo-se, não fica caro, além de serem bem confortáveis e novos. O destino foi o belo Gran-Place. Ali vimos a real potência em monumentos que é Bruxelas. Gente de todo mundo tentando encaixar os prédios enormes nas máquinas fotográficas e celulares. Missão difícil captar boas imagens com tanta gente na praça e ângulos que não favoreciam. Trabalho para um fotografo ou fotografa bem mestre.

 

A nova missão era encontrar o monumento mais famoso e, ironicamente, menorzinho de todos (após observar tantos outros colossais): O Manneken Pis, garotinho que faz xixi numa pequena fonte. Turistas se acotovelavam para chegar perto e tirar fotos. Pode parecer frustrante aquela pequena estátua ser considerada o monumento mais emblemático de Bruxelas, mas a irreverência e simplicidade dela diante dos outros enormes monumentos sisudos (com anjos, soldados e magnitude em tamanho) é algo no mínimo curioso.

 

Depois de tanto museu e monumento, fomos atrás de comes e bebes, mas não nessa mesma ordem. O pub Delirium é meio toscão e não tem garçom, mas é enorme e nos moldes padrões de pub de ir até o balcão, pedir e pagar. Fui com uma expectativa alta em relação à cerveja, considerada a melhor ou uma das melhores do mundo. Só posso dizer que ao primeiro gole, tive certeza que estava bebendo algo que não era normal. As cervejas da casa são as que mais saem e percebi turistas que arregalavam os olhos ao gole da Delirium. Sem exageros: para o amante da cerveja, aquele lugar é um paraíso. Provei algumas e só não continuei porque o teor alcólico era bem elevado e, se eu fosse provar tudo que gostaria ou repetir as que mais gostei, teria de sair numa maca! ::lol4::

 

Agora, os comes: Cadê o tal gaufre?! Era hora. Havia muitos estabelecimentos de waffle estilo fast food, e um que tinha uma pequena fila e parecia bom e barato. Miramos lá e fomos agraciados com opções de caramelo, chocolate, Nutella, entre outras. É bem gostoso. Depois provei o da Haagen-Dazs e achei bom e barato também. É algo para quem é fã de doce.

 

Faltava o famoso Atomium. Fica bemmmm longe do Centro, já saindo da cidade. As opções são metrô ou táxi. Concordamos que o táxia atendia bem porque daria para rachar e “estudar” o metrô em pleno último dia de Bruxelas não era uma vantagem (mas se já estiver familiarizado ou com tempo, ele chega bem certinho).

 

O Atomium fica em um parque que eu tenho certeza que merecia maior atenção e gasto de tempo...uma pena que não teríamos isso. O complexo de lazer conta com uma vila de restaurantes, parque de diversões, um clube com piscina e a Mini Europa. Tudo fechado por causa do inverno, uma pena. No verão ou primavera aquilo ali deve ficar extremamente agradável e passível de passar o dia todo. Se for nessa época, pense nisso.

 

Bruxelas é uma cidade com gente do mundo todo, inclusive achamos brasileiras residentes. Tem muitos islâmicos também.Cosmopolita sendo antiga.

 

Enfim, depois de muita cerveja, kebab, monumentos grandes, pequenos, algumas risadas e vento gelado. Voltamos a Amsterdan!

 

Bruxelas vale uns 4 ou 5 dias. Se tiver tempo, ir para Bruges ou Antuperpia seria interessante. Pena que o período que eu peguei na passagem maluca da KLM não me permitiu mais tempo.

 

Aqui há uma leitura e fotos interessante sobre a Bélgica que li após a viagem, e ajudou a reforçar minhas impressões: http://nomadesdigitais.com/5-coisas-que-voce-nao-sabia-sobre-a-vida-na-belgica/

 

Em caso de dúvidas, claro que estou aqui para tentar responder! :wink:

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Editado por Visitante
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  • 1 mês depois...
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Olá! Heineken

 

Achei muito interessante teu post!

 

Estou indo para a Bélgica início de Junho que já vai ser verão por lá...

E gostaria de algumas dicas....

 

Quero muito conhecer, Bruges, Bruxelas, ficarei em Waterloo.

E o que vc me diz sobre Antuerpia, vale visitar??

 

e quais outros lugares próximos que vc me indica?

 

Obrigada!!

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Jehpegoraro,

 

Fiquei apenas em Bruxelas.

Pelo que vi Bruges é bem bonito, com alguns castelos, restaurantes, clima medieval... um amigo foi com a esposa e curtiu. Eu acabei não indo para lá.

Antuerpia eu realmente não cheguei a pesquisar!

Imagino que Waterloo deva ter muita coisa ligada à História, pela própria questão Napoleônica.

Recomendo dar uma olhada nos outros tópicos e em sites especializados. Uma ótima viagem!

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