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Alemanha no Natal: 5 lindas cidades em 17 dias!


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Antes de mais nada, agradecemos aos membros do MOCHILEIROS.COM que nos ajudaram na montagem do Roteiro.

Temos fotos e mais relatos individualizados para cada Cidade no Blog http://viajandofeliz.com.br/viagens/category/alemanha/

que, talvez, possa ter alguma utilidade para quem ainda não conheceu a Alemanha.

 

Fotos e mais relatos:

ViajandoFeliz.com.br

Blog http://viajandofeliz.com.br/viagens/category/alemanha/

Destino: Alemanha. Centro + Sul

 

Todos os elogios que fazem à Alemanha, enquanto destino turístico, são poucos.

Após priorizar várias cidades na Europa em nossa lista de “lugares para conhecer”, finalmente (e felizmente) nos decidimos pela Alemanha em Dezembro de 2014.

E que decisão feliz foi esta!

o/

Já tínhamos uma experiência anterior na vizinha Holanda, que, certamente, pela sua cultura “Deutsche”, pesou muito na hora de elencarmos Alemanha como nosso destino no ano seguinte.

 

Roteiro

 

Frankfurt > Nuremberg > Munique > Heidelberg > Frankfurt

 

E lá fomos nós, para o mais difícil: elaborar o roteiro, escolher as cidades, definir nossas cidades-base e pesquisar todos os bate-voltas interessantes e possíveis, claro, em uma nem sempre fácil equação, com muitas variáveis, entre elas tempo e dinheiro disponível, sem abrir mão do item conforto: afinal, fazemos “mochilão arrumado” depois de 45 primaveras… : )

 

Decidimos entrar e sair por Frankfurt e fazer uma espécie de triangulação em 17 dias (de 14 a 31 de Dezembro). Pronto!

 

Por que escolhemos este roteiro?

 

1. Aérea ficou expressivamente mais barata entrando e saindo pela mesma cidade.

 

2. Andar de trem na Alemanha não é caro, quando compra-se passagem com antecedência. Além de adorarmos passear de trem pelo velho mundo!

 

3. O trajeto meio que “triangular” nos faria evitar trilhar a volta em um mesmo percurso, algo bastante chato, especialmente quando envolve viagens de 2, 3 horas.

 

O nosso roteiro ficou então:

 

Frankfurt (chegada + 1 dia)

Nuremberg: 4 dias com bate volta a Furth

Munique: 4 dias

Heidelberg: 2 dias

Frankfurt: 3 dias com bate volta a Mainz.

Que escolha acertada!!!! Discorrerei sobre cada uma em outros links ok? Porém vou me ater abaixo às considerações gerais sobre viajar para a Alemanha em Dezembro!

 

 

Da Temperatura:

Fomos em 14 dezembro, pegamos frio que oscilava entre 5°C e -3°C , entretanto, nada que um bom casaco e botas não protejam (aliás, compramos por preço inacreditável em Frankfurt, assim que chegamos). E luvas. E cachecol. Infinidade deles!

Pegamos 4 dias de neve, tranquilo. Well…bem sei que a resistência maior ou menor ao frio varia de pessoa para pessoa, mas eu, pessoalmente, amo frio. Então, reitero o que disse acima: basta um bom casaco e um hidratante, caso não queira usar uma calça fina sob o jeans. (até aguentei o frio só com o jeans, usando casaco um bocadinho comprido, mas acabei queimando levemente a região atrás dos joelhos no dia que pegamos -3°C… Bastaria uma calça de malha fininha embaixo da calça jeans OU um bom hidratante para proteger… Mas, é vivendo e aprendendo! Recomendaria então um único (e bom!) casaco, que seja fácil de tirar e colocar, quando se entra em ambiente com calefação, com uma blusa de lã por baixo, uma malha de mangas compridas sobre a pele e um bom cachecol… E se encara temperatura negativa sem muito mistério.

Observando-se, claro, a diferença de sensibilidade ao frio de cada um, né?

 

Das Feiras de Natal

Ah, este capítulo, deveria ser à parte… Não creio tenha época mais deliciosa, literalmente falando, para ir-se a Alemanha!

As Feiras de Natal (Weihnachtswichtel), pessoal, são inesquecíveis, fabulosas, mágicas e incrivelmente deliciosas.

Quando lia ou via fotos de Feiras de Natal, imaginava algo mais glamouroso e tal (nem sei porquê…enfim) mas chegando lá, já na nossa primeira Feira, em Frankfurt, percebi que as famosas de Feiras de Natal, são, antes de mais nada, um genuíno evento de encontro e confraternização do povo alemão. A grande maioria dos seus frequentadores é o povo alemão, o “local”, que faz ali seu happy hour, seu encontro com amigos e onde vê-se famílias inteiras desfrutando.

 

Se você quer conhecer de fato o povo alemão, vá uma vezinha que seja, em Dezembro, nas Feiras de Natal.

Comida mais típica, não creio que haja! Muita Cerveja, é claro, além da bebida típica deles nesta época do ano, o famoso “Glühwein”, que é um vinho quente (tinto ou branco) com especiarias, que lembra (um pouco) o nosso Quentão, mas com o sabor mais discreto. Do Glühwein nós gostamos, mas nada que rendesse lá muitos elogios, não.

Já os sanduíches de pão com (todos os tipos de) linguiça, dizem que é de outro mundo!

Eu dei sorte com as barraquinhas de raclete e as de crepes, além de barraquinhas de pretzels – deliciosos e gigantes – com coberturas de queijo.

Imagina isso com cerveja alemã? Pois é.

 

Os sanduíches nestas Feiras de Natal saíam na faixa de €3,50, e o Glühwein e as cervejas, idem.

Já as racletes eram um bocadinho mais caras, na faixa de de €5.

Um detalhe curioso que quase rendeu um vergonhoso embate, foi que ao pedirmos um Glühwein e uma cerveja, apesar de estar escrito na plaquinha de €3,50, nos cobraram 5… Ora! O que eu, brasileira, carioca, imaginei na hora? “Ah, o cara sacou que a gente é turista, e tá querendo se dar bem e cobrar mais!” Que vergonha ter cogitado em pensamento algo assim…

 

É o seguinte: eles cobram de €1,50 de “Depósito” pela canequinha do Glühwein ou pelo copo da cerveja. Aí você pode devolve-los em qualquer outra barraquinha, ficando livre para percorrer a Feira… E apanha de volta seus de €1,50 devolvendo a caneca ou o copo quando e em qual barraquinha quiser! Fantástico né?

E mais: não fica aquela sujeira de copos descartáveis… além de se tomar cerveja o tempo todo em copo de vidro, afinal, no copo certo! Muito legal!

Na verdade, rende um capítulo grandão, só para a Feira de Natal.

Como tem uma em cada Cidade Alemã que visitamos, falarei delas em outro Link, em breve!

 

Dos preços na Alemanha:

 

As cidades da Europa mais baratas que já fomos. Não sei se porque o Rio de Janeiro, onde moramos, tá cada vez mais caro, não achei nenhum preço absurdo na Alemanha, não.

Preços justos para produtos maravilhosos!

Museus: entre €6 a €11.

Cervejas: na faixa de €3 as de 300 ml ou 4.50 as de 500 ml.

Pratos típicos: salsichas com Sauerkraut (chucrute) OU salada de batata, em torno de €7.

Pizzas ótimas: €7.

E por ai vai… Não se morre de fome, é ou não é?

 

E note: não é expressiva a variação de preço conforme o “visual” ou “endereço” do restaurante por lá não… Almoçamos um dia em um restaurante com o selo Michelin na porta que nos cobrou o mesmo que os demais pelo mesmo prato.

Aliás, um parênteses para as comidas: concordaremos que repolho, batata, salsichas e carne de porco – com exceção da batata – não são lá unanimidades… ok. Mas em todas as Cidades que fomos tem Subway, tem Pizza e restaurantes Italianos à bessa, comida japa, quer dizer….. Ah! e tem Pretzels e pães deliciosos! Então de fome jamais se morre na Alemanha!!!

 

Nos supermercados então, se me contassem eu não acreditaria.

Cervejas Paulaner: € 0.89 cents. ( recomendarei muito a Tegernseer, espetacular, mesmo preço! OU, se for chop, a Binding!)

Compramos em um supermercado de Munique barras grandes de Milka Alpine, o delicioso chocolate suíço, que é importado para eles, por €1.19.

Ai ai ai……!!!

 

Do povo:

Não os achamos “frios”. De pouca conversa, talvez. Não esticam o assunto sabe como? Assim como costumamos fazer aqui com algum turista porventura disponível rsrsrs.

Porém os achamos gentis e sempre prontos para ajudar. São pessoas simples, porém (sempre tem um porém) meio sacanas, sabe como? Difícil de explicar sem relatar episódios… Mas, se você entrar numa loja e pedir algo, por exemplo, é bem possível que comentem e riam sobre seu pedido, ou o modo de falar a menos de 2 metros de você (e isso ocorre na língua deles, pior ainda).

 

Da língua:

“Teremos dificuldade com a língua na Alemanha?” Era a pergunta que mais ‘Googleamos’ antes de viajar… E lemos em vários sites que não teríamos dificuldade com o inglês, porque “todo jovem alemão fala inglês.”

Não é bem assim.

Alguns alemães jovens falam inglês. Mas é muito no comércio de todas as cidades nas quais estivemos, cidades grandes como Munique ou Frankfurt, atendentes que não entendiam perguntas simples como “How much is it?”, “Do you have a larger size?”e corriam para chamar um colega para nos atender.

Logo, não creio que possamos afirmar que “sobretudo os jovens falam inglês” na Alemanha.

Talvez jovens de um extrato social econômico o qual nós turistas não tenhamos acesso durante a viagem…

Logo é relativo se dizer que não há dificuldade com o inglês.

 

Notei também que os que falam inglês, o fazem com um acento muito forte, de inglês da Inglaterra, claro, porém com acento alemão forte. Em contrapartida não se esforçam muito para entender o que você diz se for uma pronúncia diferente da britânica, que é a deles.

Mais um exemplo? A maioria dos restaurantes não ofereciam cardápio em inglês.

Então, inglês básico – aliado a facilidade de mímica – é capaz de resolver a questão tanto quanto um inglês perfeito do tipo ‘com extensão em Londres’…rsrs

Frases curtas. E pronto! Não invente!!! Não “estique” a prosa!

Essa foi a minha percepção e registro, ok? Há certamente divergências. /

 

Turismo e História

Se você ama História e, sobretudo, se o assunto “Segunda Guerra” o fascina, você precisa conhecer a Alemanha!

E Nuremberg, especialmente, vai arrebatá-lo!!!

É você “entrando” na História, sabe como?

Nuremberg parece um túnel do tempo, com suas muralhas do ano 800, que cercam quilômetros do Centro Histórico, com seu Castelo, seus museus extramuro sobre a segunda Guerra, as muitas obras erguidas (e bombardeadas) no Terceiro Reich.

 

Há ainda em Nuremberg as construções megalomaníacos projetadas neste período para reunir o Partido Nazista e a juventude Hitlerista, como o Zepellin, local onde Hitler discursava para a multidões, enfim, todos estes registros estão presentes nesta Cidade, considerada pelo próprio Hitler “a mais alemã das Cidades alemãs“, que hoje, seis décadas depois, traduzem para nós, o que foi este fascinante e, depois, sombrio, período da História, bem como nos mostra de perto seus personagens principais, nos ajudando a entender como se deu a ascensão e queda do Partido Nazista e sobretudo, nos revela em detalhes o incrível poder de reconstrução deste povo incrível, já que Nuremberg, dentre outras, ficou totalmente destruída após a Segunda Guerra e hoje se apresenta esplêndida, reconstruída e organizada.

Sim, pois não nos enganemos: o horror da Guerra é sempre uma pista de mão dupla. Milhares de civis alemães também morreram vítimas dos bombardeios dos Aliados, com várias Cidades totalmente destruídas e população alemã devastada por esta que foi a mais absurda e selvagem Guerra.

 

Do desenvolvimento.

Poderia ficar horas escrevendo sobre como são desenvolvidas as cidades e a população alemã, mas não conseguiria descrever quão maravilhada fiquei.

 

Vou citar algo que resume em meu espírito esse registro de civilidade enquanto cidade e gestão pública, que é o aspecto do transporte público.

A gente chega ao aeroporto de Frankfurt, se dirige a uma máquina de fácil operação e escolhe comprar ou um bilhete individual (ao custo de €4,60, se não me engano) ou um bilhete coletivo que, por €7,50, dá direito de uso para até 5 pessoas.

Imagine neste contexto uma família inteira saindo em lazer em um fim-de-semana, pagando apenas um único bilhete?

E mais: após pagar menos do dobro para duas pessoas (poderia ser para cinco) você tem acesso ao trem, metrô ou tram (que são como os nossos antigos bondinhos daqui) e tal acesso se dá sem qualquer catraca, sem qualquer roleta, sem qualquer outro mecanismo de validação do cartão ou de controle de acesso. “Como assim?”

 

Me perguntava: “cadê a roleta?”, “cadê o local para eu validar meu ticket?” e, principalmente, ruminava: “e se eu não tivesse pago pelo Ticket na máquina?” Sim, porque nós poderíamos muito bem ter tomado o metrô para a Hauptbahnhof, nosso destino, sem ter pago, uma vez que não existe qualquer roleta que nos impedisse o acesso.

Mas, aí é que está: a premissa é de que o cidadão seja honesto!

Essa é a premissa que rege a civilidade.

Você crê que o cidadão seja honesto. Ponto.

E ele (re)age de modo honesto porque o sistema de transporte em si funciona de modo perfeito, há a “honestidade” no poder público, no que tange ao sistema de transporte.

 

E foi aí, na chegada, que a civilidade a mim se mostrou na Alemanha.

De cara, ao pegar um metrô.

Ha fiscalização? De certo que há! Tem até placa que avisa que a multa é de €40.

Mas só o fato de o cidadão ser respeitado ao ponto de não precisar de um sistema de controle mecânico ou sistemático no transporte público, já me impressionou deveras.

É isto.

Alemanha é assim e muito mais!

Me apaixonei. Ah! E aceito doações para uma nova visita a este meu “novo amor”, se tiver vocação para cupido, não se acanhe!! rsrs

 

Fica a dica: visite a Alemanha. Por estes e muitos outros motivos!

Vale demais cada dia da viagem.

Conheça a Alemanha e surpreenda-se, assim como nós, com este que é sem dúvida um dos mais belos e desenvolvidos países do mundo!

 

Fotos e mais relatos:

ViajandoFeliz.com.br

Blog http://viajandofeliz.com.br/viagens/category/alemanha/

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