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Oi Renatinha!

 

Vc vai voltar a postar? Queria muito saber de Uyuni e Salar: horário que chegaram da viagem de La Paz, se fecharam agência e saíram para o passeio no mesmo dia da chegada, valores etc.

 

Obrigada desde já! :D

 

 

Luiza, vou voltar a postar sim. kkkkk

é que estou no meio de duas semanas mto crazy no trabalho. não estou tendo tempo nem para almoçar. foi mal.

 

os próximos dias do relato serão o Salar.

 

prometo que vou postar até domingo. ::otemo::

 

magina, precisa se desculpar não!

eba, que ótimo! vou seguir acompanhando, muitas dicas boas ::otemo::

beijos

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Voltei!! Depois de um bom tempo sem conseguir postar, por causa da correria do trabalho.

Segue o relato de dois dias bem tranquilos, mas essenciais para aguentarmos os perrengues do Salar.

A noite, quando chegar em casa, completo o relato com fotos, ok?

 

7º dia – 01º/01/2015 – O dia em que não fizemos absolutamente nada

 

Na nossa programação original, usaríamos esse dia para rodar em La Paz, conhecer alguns lugares legais da cidade, nos despedirmos e a noite partiríamos para Uyuni.

 

Porém, como a nosso planejamento era praticamente inexistente, não sabíamos que não tinha ônibus saindo de La Paz nesse dia. Feriado né! Resultado: só conseguiríamos ir para Uyuni dia 02/01 a noite. ::putz::

 

Tentamos de tudo, todas as alternativas imagináveis, mas não rolou. Realmente tivemos que ficar mais um dia em La Paz. Por isso é importante não ter um roteiro muito apertado, imprevistos acontecem (tá certo que esse era bem previsível). Por causa desse dia perdido, ficamos um dia a menos em San Pedro de Atacama e estava tudo resolvido.

 

Desde o dia 31/12, quando descobrimos que não teria ônibus no dia 01/01, começamos a conversar na recepção para estender nossa diária no Loki por mais um dia. Estávamos num quarto privado há 6 dias e muito bem instalados, com bagunça para todo lado, e não queríamos ter que mudar de quarto, muito menos de hostel. Num primeiro momento a recepcionista tinha dito que seria impossível. Insistimos, voltamos na recepção mil vezes para ver se não surgia uma vaga e nada. Ai no dia 1º cedo, voltamos a perguntar, ela consultou o gerente, e autorizou estendermos a estadia, simples assim. Vai entender.

 

Como disse, esse dia foi leseira total. Estávamos cansados da correria dos dias anteriores, sempre acordando 4h, 5h da madruga para fazer algum passeio, neve, lama, chuva, altitude, e toda noite bar do Loki para tomar umas pacenas. Resolvemos nos dar um dia de folga. Até pq ia vir pedreira pela frente, ou vc pensa que 3 dias atravessando o deserto é moleza? ::essa::

 

Nessa trip queremos fazer tudo que temos direito, correr uma cidade para o outra, conhecer o máximo de lugares possíveis, mas se você não tomar cuidado, adoece e fode todo o resto da viagem. Era o tempo todo tomando muito cuidado com o que comíamos, tomando só água engarrafada e coca (nunca sucos naturais), sempre super agasalhados, sem contar os remédios, começou uma dor na garganta, anti-inflamatório, espirrou, remédio para gripe ou alergia. Geral que conhecemos estava um coquetel brabo de remédios para não cair na cama e perder o resto da viagem. ::xiu::

 

Passamos boa parte desse dia dormindo. Nessa hora, um hostel legal é fundamental. Cama top, roupa de cama limpinha, banho quente.

 

Fomos na recepção bem cedo, para tentar estender a diária, na hora que recepcionista disse que sim, era o que precisávamos para voltar para a cama e dormir o resto do dia. Também deixamos algumas roupas na lavanderia do hostel, principalmente a da noite do réveillon, que estava fedendo cigarro e ia passar cheiro para o resto das roupas da mochila.

 

Enquanto a moça da lavanderia não aparecia e eles concertavam o vidro do telhado, que alguém havia quebrado na noite anterior na festa de reveillon, ficamos um tempão batendo papo com o boliviano que trabalha na agência do Loki. Ele é bem engraçado (esqueci o nome dele), tem um inglês muito bom, e não se parece com os bolivianos que estamos acostumados a ver. Ele não é índio, é negro do cabelo cacheado. Descobrimos que uma pequena parte da população boliviana é negra e a grande maioria é indígena, com aqueles olhinhos puxados e cabelo preto liso. Ele é super gente boa e engraçado, disse que queria que o povo dele fosse bonito e misturado como os brasileiros.

 

Depois disso, voltamos para o quarto e dormimos, dormimos e quando acordamos, dormimos mais um pouco. Levantamos umas 17h e fomos para o bar do Loki comer algo.

 

Lá encontramos a galera numa disputa ferrenha de ping-pong. Ficamos um bom tempo assistindo, até que a galera finalmente desistiu de tentar ganhar de um espanhol que deve passar a vida jogando ping-pong, pq ninguém ganhava dele, ele era muito bom. ::toma:: Pegamos algumas blusas de frio e fomos todos rodar em La Paz atrás de um lugar para comer. Nossa última noite na cidade.

 

A rua estava bem deserta, vimos alguns monumentos legais, igrejas, museus, achamos uma pizzaria aberta e ficamos por lá. A pizza estava bem gostosa, a coca tinha gelo, comemos até não aguentar mais e voltamos para o hostel para dormir mais um pouco.

 

Engraçado que na Bolivia as pessoas só comem pollo, tudo é pollo. Mas não tem pizza de pollo. Vai entender!!!

 

Outra coisa legal, na praça, todos os dias tinham uns palhaços fazendo graça. Mas o mais engraçado é que geral na Bolívia para para assistir. É tipo um teatro ao ar livre, ou melhor, um circo ao ar livre. Todo mundo parado, em pé, vendo os palhaços e gargalhando. Umas duas ou três vezes passamos por esses palhaços e eles zuaram nossa cara, vieram atrás da gente fazendo graça. Viramos a piada para os bolivianos rirem, mas foi legal! ::lol4::

 

Como disse, esse foi um dia bem do atoa, não fizemos nada e acho que não tenho foto de nada, mas foi bem legal passar o dia assim!

 

Gastos 01/01/15: (Lembrando que tudo é para o casal)

Lavanderia – 50 bols

Pizza – 54 bols

 

8º dia – 02/01/2015 – Dia de compras e de conhecer a parte rica de La Paz

Nesse dia acordamos cedo para aproveitar o que La Paz tem de bom. Mentira, acordamos tarde e com a mesma preguiça o dia anterior. ::otemo::

 

Fomos para o mercado das Bruxas fazer umas ultimas compras antes de ir embora. Queríamos uma mochila ou bolsa para carregarmos as coisas extras que compramos e não cabiam na mochila.

 

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Rodamos, rodamos e eu comprei uma mochila artesanal de 55 bols e Igor comprou uma de 80 bols. Me arrependo muito de ter comprado essa mochila porque queria muito a mochila de couro que eles vendem lá e não comprei de pao-duragem. Ela custava um 200 bols. ::ahhhh:: Mas se tivesse comprado a de couro, eu estaria usando ela muito aqui no Brasil, já essa ai que comprei, nem sei onde ta. Economia burra. Quando for para o Peru vou comprar minha sonhada mochila de couro, eu juro! ::love::

 

Nessa hora, como não tínhamos tomado café da manhã, eu estava com muita fome. Nos separamos da galera, que seguiu com as compras e paramos num restaurante bem pequeno, mas delicioso, provavelmente o melhor que comi em toda a Bolivia. Não foi barato, mas valeu a pena, especialmente considerando a alimentação precária que teríamos nos próximos dias no Salar.

 

Lá eu comi um bife de lhama com papas fritas e salada. Como assim eu iria embora sem experimentar carne de lhama? Tinha que comer. E escolhi o lugar certo, pq a moça fez o melhor bife de lhama da história dos bifes de lhama. Super bem temperado e bem preparado. Deu até água na boca agora. A carne de lhama é mais dura que a carne que estamos acostumados (de boi), mas é muito saborosa.

 

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Voltamos par ao Loki e tínhamos uma hora para arrumar nossas mochilas, tomar um banho e fazer check-out. Fizemos milagre para as coisas caberem na mochila. Depois de 8 dias instalados num quarto, você se sente em casa e nossas coisas estavam todas espalhadas. Mas deu tudo certo, fizemos check out e pagamos um total de 1311 bols (960 bols de diárias e o restante de consumação todos esses dias no bar do Loki: comidas, bebidas, bebidas e bebidas).

 

Não sei se falei antes, mas quando você se hospeda no Loki eles te dão uma pulseirinha, tipo pulseira de balada, onde escrevem seu nome e o nº do seu quarto. Assim, toda vez que consome algo no bar, eles lançam na sua comanda.

 

Sério, 1311 bols para duas pessoas, é muito barato! Que saudades da Bolívia!

 

Fizemos check-out, guardamos nossas mochilas num depósito do Loki (eles tem umas prateleiras bem organizadinhas, etiquetam sua mochila e tudo) e nos despedimos da galera que estava com a gente desde o primeiro dia em La Paz. Agora cada um iria seguir para um lugar.

 

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A tarde fomos passear na parte rica de La Paz. Pegamos um táxi do hostel até o teleférico, dai pegamos a linha verde do teleférico e cruzamos La Paz até a zona sul.

 

O teleférico em La Paz não é uma atração turística, é um meio de transporte muito rápido e eficiente, que te leva de um lado ao outro da cidade, fugindo do trânsito caótico da cidade. Ele tem uma estrutura muito boa e nova, tudo bem organizado e com umas 3 linhas diferentes. É muito usado pelos bolivianos mesmo, não vimos muitos turistas lá.

 

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Quando mais você sobe ruma à zona sul, mais fica nítida a desigualdade social. Estávamos no centro de La Paz, onde tudo é bem antigo e histórico, o que justifica não ser muito bonito. Mas também passamos por outras regiões, onde as casas são sem reboco (por causa do imposto, com falei antes), e o povo muito pobre. Mas quando você chega na zona sul, vê mansões hollywoodianas. Coisa de cinema mesmo! Nem parece a mesma cidade!

 

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Descemos na última estação e fomos passear no shopping que tem lá na zona sul. Um pouco de conformo e mordomia antes de encarar o Salar.

 

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Lá compramos alguns biscoitos e água no supermercado para levamos no Salar, fizemos um lanche num fast food boliviano e Igor comprou um óculos de sol (pq não dá para encarar o deserto de sal sem).

 

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Rodamos no shopping por um tempo e achei muita graça de duas coisas:

 

1 - tem um quiosque vende leite no shopping, tipo leite em pó, leite de caixinha, leite! Não entendi, mas respeito! Vai ver eles gostam muito de leite né.

2 – a organização do shopping é tipo sem organização. Você sobe um andar, ai ele não tem nada, nenhuma loja, e vc pensa que o shopping acabou, mas ai você sobe outro andar e tem várias coisas. É muito zuado, não tem muitas lojas legais, mas o supermercado é top. Tem uma loja de carros lá dentro! Bolívia, Bolívia! Não tente entender, só ame!

 

Voltamos para o teleférico, íamos pegar outra linha, mas a fila estava imensa e resolvemos voltar para o centro. Chegando no centro, pegamos um táxi de volta para o hostel, pegamos nossas mochilas e fomos para o terminal de buses.

 

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Lá no terminal era aquela zueira típica! Pessoas gritando nomes de cidades para informar que sairia um ônibus para aquele destino em minutos. Compramos nossa taxa de embarque, esperamos um bom tempo numa fila bem zoneada e embarcamos.

 

O ônibus da omar turismo era ótimo. Leito top, com poltronas largas, super confortável, com o cobertor prometido. Saiu com uma hora de atraso, mas isso é normal na Bolívia. Passamos toda a noite viajando e amanhecemos em Uyuni, quando iniciamos o tour pelo Salar. Mas isso vou contar no próximo post ::hahaha:: (e prometo não demorar muito para fazê-lo).

 

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Gastos 02/01/15 (para o casal):

 

Minha mochila: 55 bols

Mochila de Igor: 80 bols

Almoço: 124 bols

Check out hostel (diárias e consumo): 1311 bols

Taxi até o teleférico: 25 bols

4 Passes no teleférico (ida e volta): 12 bols

Compras no supermercado: 82 bols

Lanche no fast food boliviano: 15,50 bols

Táxi até o terminal de buses: 15 bols

Taxa de embarque: 4 bols

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9º dia – 03/01/2015 – Salar de Uyuni

 

Sei que já disse sobre todos os passeios anteriores que eles são incríveis e não dá para deixar de ir, mas vou ter que dizer de novo: o Salar de Uyuni é a coisa mais impressionantemente linda que já vi na minha vida! Se tivesse que escolher apenas um passeio para fazer na Bolívia, seria o Salar. É tudo isso que vcs veem nas fotos e muito mais!

 

Já li todo tipo de relato aqui no mochileiros, uns dizendo que amaram o salar, outros que odiaram, gente contando que passou muito perrengue, frio, falta de banho, e problemas com o motorista ou a agência. O que posso adiantar do relato que vcs vão ler a seguir é que não tinha como nossos três dias no Salar terem sido mais perfeitos! Foi tudo incrível, sem defeitos! ::otemo::

 

Talvez eu seja um pouco otimista demais, com um alto nível de tolerância a perrengue, e só veja o lado bom das coisas, mas qual o sentido de embargar numa trip dessa e ficar de bode? O que, realmente, faz diferença nesses 3 dias do Salar são:

 

1) dividir o carro com uma galera legal, sem frescura e com bom humor

2) ter um motorista/guia tranquilo e gente boa

3) estar todo mundo na vibe do lugar, todo mundo disposto a fazer desse passeio algo incrível

 

E adivinhem? Para nossa sorte, muita sorte mesmo, tivemos os 3. ::hahaha::

 

Chegamos em Uyuni e a cidade realmente parece uma cidade fantasma, até que chegam muitos ônibus, todos lotados de turista para fazer o Salar. De cara já vem um monte de gente te oferecer o tour pela agência deles.

 

Saimos de La Paz com o nome de uma agência indicada pelo Diego, que estava no downhill e no reveillon com a gente e já tinha feito o Salar pela Tiago’s Tour. Ele nos deu as melhores recomendações dessa agência.

 

Mas chegando lá, fomos nela e ela era muito cara e não queria abaixar o preço, e mesmo com todas as recomendações do mundo, não dava para pagar 850 bols, quando muita gente tinha nos dito que o normal era pagar entre 600 e 700 bols.

 

Quando digo que o melhor de mochilar é fazer amigos muito facilmente e por onde vc passa, Uyuni foi exemplo disso. Como montamos nosso grupo do carro:

 

Lá na noite do dia 1º, quando voltamos da pizzaria, subimos para o bar do Loki, e ficamos de papo com o Luixxxx, que conhecia do grupo do whasts e tinha feito dos os outros passeios com a gente. Como eles conheciam o Luixx, três pessoas do Rio, a Nati, a Mari e o Mateus sentaram na mesa com a gente. Tomamos uns refris, conversamos um pouco e fomos dormir. Nada demais!

 

Depois voltamos a ver os três no terminal de buses no dia 2 a noite, tentando conseguir passagem para Uyuni e quando nos encontramos pela terceira vez, já em Uyuni procurando agência para fazer o tour, pareciamos amigos de inafância!!! ::hahaha::

 

É mais ou menos assim, se vc já viu aquelas pessoas antes em algum momento do seu mochilão, quando vc volta a encontrar aquelas pessoas, vc faz uma festa parecida com a de encontrar um velho amigo. Sei lá, acho que é pq está num país estranho, onde vc não conhece ninguem, e quando ver alguem conhecido já transforma em família. Não sei explicar! ::Ksimno::

 

Juntamos todos e fomos atrás de agência, com um numero maior de pessoas pensamos que poderiamos conseguir um preço melhor. Voltamos no Tiago’s Tour, e eles não queriam abaixar o preço de jeito nenhum. Mas foi bom ter voltado, pq lá completamos a galera do nosso carro!

 

Vi dois meninos que já tinha visto no terminal de buses de La Paz, e perguntei eles se não queriam ir com a gente tentar um preço melhor, afinal, quanto maior o grupo, menor o preço! Eles ficaram meio desconfiados, voltaram para dentro da Tiago’s Tour para tentar de novo um preço melhor, não deram bola pra gente. Fomos para outra agência, ai eles chegaram e falaram que topavam. Eles são o Thiago e o Leo, amigos de Araxá-MG, e assim o nosso grupo do Salar estava fechado!

 

Acho que o ideial é formar um grupo e contratar o tour juntos, caso contrário, vc vai fechar com uma agência, e ficar empacado até eles conseguirem completar o carro, e correr o risco de todo mundo no seu carro ser chato, mal humorado, só falar alemão, ou frances, ou japones, ou serem 3 casais e você. Sei que nosso grupo foi top por sorte, poderia ser todo mundo anzinza ou sem noção e os 3 dias serem um inferno, mas acredito muito que vc atrai o que transmite! Positividade, então!!! ::otemo::

 

Depois que fechamos o grupo, ficamos negociando com várias agências até que uma fizesse um preço razoavel. Tava tudo bem caro, e ficamos naquela brincadeira de quem dá menos, uma agência dava menos, ai a gente ia para ela, ai a outra vinha atras da gente e baixava o preço, ai a gente ia para a outra. No fim, o menor valor que conseguimos foi 700 bols para quem voltaria para Uyuni, e 750 bols para quem pegaria o transfer até San Pedro de Atacama. A agência chama Siloli.

 

Fechado o tour, eles botaram nossas mochilas em cima do carro e nos levaram para a sede agência deles, que fica em outro lugar, numa avenida principal (tem algumas agências no lugar que os ônibus nos deixaram, mas a maioria fica nessa outra avenida).

 

Chegamos lá, guardamos as mochilas na agência, a mulher nos explicou o que faríamos em cada um dos 3 dias, pagamos e pegamos os recibos. Quando ela estava explicando o que o tour incluía, café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar, quarto duplo num hotel de sal e banho quente no primeiro dia , quarto coletivo e banho frio no segundo dia, eu ri e falei para a galera não acreditar, que não tem banho no segundo dia! Perguntei se ela devolveria a nossa grana se não cumprisse o prometido e ela riu. ::quilpish::

 

E adivinhem? O banho do primeiro dia era frio e não tinha banho no segundo dia. Já ir com essa mentalidade de que nada será como prometido, de que a estrutura seria péssima, fez a gente ficar feliz e contente com cada coisinha boa que encontrávamos pelo caminho.

 

Depois de combinar tudo com a agência, fomos atrás de um lugar para tomar café antes do tour sair. Bem de frente a agência, do outro lado da rua, tem um restaurantezinho bem bom! Comida gostosa e wifi grátis por 20 minutos. Comemos um sanduíche bem quentinho de pão, presunto e queijo e tomamos um chá de coca e uma coca-cola. Também compramos umas águas para levar no tour. Sei que a agência diz que fornece água, mas não é toda hora. Então, tem que levar água para ir bebendo no carro, para beber a noite no hotel de sal (é bom levar umas comidinhas tb, tipo biscoito, pra quando a fome aperta).

 

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Depois de comermos, descobrimos um lugar do lado do restaurante que cobrava 10 bols pelo banho quente e considerando o que nos esperava, era bom tomar um banhozinho pra prevenir. Era 10 bols por 20 minutos de banho. Eu e Igor pagamos só 10 bols e dividimos o tempo. Foi mais que suficiente! Valeu muito a pena! ::tchann::

 

Todos prontos, entramos no carro e começamos nosso tão esperado tour. Essa agência tinha 3 carros, o nosso com 7 pessoas (eu, Igor, Nati, Mari e Mateus do Rio, e Leo e Thiago de Araxá), um com o Fabricio e a Thais, os irmãos de BH, um casal que eles conheceram em La Paz, e mais 3 bolivianos, e um outro carro com os Japas ou Chineses ou coreanos, não lembro, que tinha só 6 pessoas. Eles andavam em comboio para um ajudar o outro.

 

Geralmente, os tours são só com 6 pessoas. Uma vai sentada na frente com o motorista, 3 sentadas no banco do meio, e duas sentadas no banquinho do fundo, que é bem pequeno e apertado. Mas a mulher da agência botou 3 pessoas nesse banquinho do fundo. Fomos igual sardinha! Mas valeu a pena pra não separar a galera. ::dãã2::ãã2::'>

 

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Nosso guia/motorista era o Rafael, e como disse, ele fez toda a diferença para o tour ser o mais top de todos. Apelidamos ele de Rafael Dakar, pq ele sempre fazia rotas alternativas e diferentes das que os outros guias faziam, corria como piloto de fuga, tinha todos os esquemas com as cholas das paradas, resolvia o problema de todos os outros guias, deixava a gente botar nossas músicas no carro dele, aumentava o volume do som quando pediamos, parava para tiramos foto sempre que pediamos. Enfim, Rafael era o cara!!! ::love::

 

Saimos da agência e fomos para o cemitério de trens. Lá é um depósito de trens ao ar livre, tipo ferro velho de trens. Dá para tirar umas fotos legais, mas nessa altura tudo que vc quer é ir logo para o deserto de sal. Descemos, tiramos algumas fotos, coisa de uns 20 minutos e voltamos para o carro para seguir viagem.

 

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Voltamos para a cidade, Rafael parou num lugar para pegar umas comidas e guardou na parte de tras do carro. Nessa hora eu tive noção do quão hilário e desconfortável seriam esses 3 dias dentro do carro. Depois que Rafael botou as comidas lá atras e saiu, senti uma coisa gelada nas minhas costas. Para quem não sabe, esse ultimo banquinho da 4x4, é bem pequeno mesmo. Não foi feito para 3 pessoas. Eu estava sentada em uma das pontas e o encosto do banco não vai até o final, ele acaba antes das minhas costas acabarem, se é que me entendem! Fica um buraco, e por esse buraco passou um saco de carne crua que estava gelando minhas costas!!! ::ahhhh::

 

Sério, isso só acontece comigo! Contava e ninguem acreditava que tinha uma carne nas minhas costas! Dai acabei de puxar o saco pelo buraco e mostrei para o pessoal do carro, que riu muito. Joguei ele lá atras de novo e, problema resolvido! ::bruuu::

 

Logo na saída par ao Salar, paramos em um vilarejozinho, o Pueblo de Colchani, onde tem um museu de sal, com umas coisas bem feias e sem graça e muita barraca de artesanato para vc gastar seu dinheiro. Estava tudo muito caro e não compramos nada, só uma coca gelada, a última coca gelada antes de encarar o deserto!

 

Nessa hora quase aconteceu uma merda e serviu para deixar todo mundo esperto! Leo parou numa barraquinha para ver alguma coisa e esqueceu a câmera fotográfica lá, quando se deu conta voltou lá para buscar e o cara da barraquinha disse que uma outra menina tinha dito que a câmera ela dela e carregado. Fala sério, que mau carater! Mas dai o dono da barraquinha levou o Leo até a tal menina, que já estava dentro do carro saindo com o tour dela. Ele só enfiou a mão no carro, pegou a câmera da mão da menina e saiu. Muita sorte! O time foi perfeito, e a boa-vontade do dono da barraca foi essencial.

 

Fala sério, quem pensa que os bolivianos que são desonestos, ta ai uma turista filha da p. e mau caráter. ::vapapu::

 

Tudo resolvido, seguimos viagem. A medida que o carro vai seguindo pela estrada, a paisagem vai mudando daquela terra marrom e meio arenosa para um branco sem fim! Nesse momento eu olhava pela janela e não conseguia acreditar que eu estava realmente lá. Sabe um lugar que vc já viu mil vezes em fotos e sempre quis conhecer e, de repente, vc está dentro daquele lugar! Não dá para explicar, só sentir!

 

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Depois de rodar por um tempo, o Rafael parou para a gente tirar fotos naquele lugar onde tem a escutura do Dakar e as bandeiras e enquanto isso ele foi preparar nosso almoço. Fomos tentar tirar aquelas fotos de perspectiva e acabamos esquecendo do tempo, até que o Leo veio chamar a gente para almoçar, pq tínhamos que sair em 20 minutos.

 

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A comida estava deliciosa! Pollo, para variar, mas estava muito bem temperado, arroz, tomate e banana! Esse lugar onde comemos é um antigo hotel de sal desativado, todas as agências param lá para comer, é muito quente, insuportável ficar lá dentro, mas é bem legal, todo de sal. Para acompanhar o almoço, Rafael nos serviu uma coca-cola quente, muito quente mesmo e a diversão ficou por conta da Mari, que perguntou ao Rafael se não tinha um gelinho! Ele achou tanta graça da Mari pedir gelo no deserto que até foi contar para os outros guias!

 

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Sempre que precisávamos voltar para o nosso carro, no meio daquele um milhão de 4x4 parecidas, ficávamos meio perdidos e o jeito que encontramos de identificar nosso carro foi: ele era o único que tinha um adesivo escrito FUCK YOU. Fala sério! ::lol4::

 

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Seguimos viagem e Rafael nos disse que a próxima parada seria a Ilha de Cactos Gigantes (Ilha do Pescado), lugar onde poderiamos tirar fotos de perspectivas muito melhores. A Isla del Pescado é coberta por milhares de cactos gigantes, é muito lindo, mas para subir temos que pagar e só o Leo e o Thiago resolverma subir. Nós ficamos lá embaixo naquela imensidão de sal tirando milhares de fotos de perspectiva, batendo papo e rindo.

 

As fotos de perspectiva são as mais tradicionais do Salar. Antes de viajar tinha pegado algumas ideias na internet, junto com a criatividade da Mari e as ideias do Fabricio, tiramos muitas fotos legais! São várias tentativas até dar certo, mas é tudo muito divertido! No final estávamos tipo carne de sol lá do norte de minas, cheios de sal e curtidos no sol.

 

Vou postar só uma foto de perspectiva aqui, para não atrapalhar a leitura, na sequência vou fazer um post com várias fotos de perspectivas legais para inspirar vcs!

Essa foto abaixo é a mais bombada de todas, foi postada no insta da Timberland Br e dos Melhores Destinos. Demais né!

 

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Antes de irmos embora, também tiramos algum\s fotos nos cactos, sem precisar subir a ilha.

 

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Todos prontos, entramos no carro e ficamos esperando nosso motorista, Rafael voltar. Tínhamos visto Rafael pela última vez lá perto dos cactos, quando ele sai do banheiro que tem lá. O tempo foi passando e nada de Rafael. Criamos várias teorias, de que Rafael estava com dor de barriga e voltou para o banheiro, ou ele tinha arrumado uma chola e estava namorando! Rafael virou nosso herói! Ao invés de ficarmos putos da cara com ele, na nossa cabela ele virou o melhor guia de todos, o fodão do Salar! Rafael Dakar, nosso piloto de fuga, pegador de Cholas! ::love::::love::

 

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Nossa última parada do dia foi o hotel de sal onde passaríamos aquela noite! O lugar era bem arrumadinho e bonitinho! Fomos um dos primeiros a chegar, escolhemos nossos quartos, eu e Igor pegamos um com cama de casal bem bom, e ocupados a única tomada disponível para carregar nossos eletrônicos.

 

Enxemos a tomada de Ts (benjamins) e botamos os celulares, câmeras e ipodes para carregar. A galera dos outros carros foi chegando e ficando meio brava pq tínhamos ocupado a tomada, mas assim que nossas coisas carregaram, nós fomos tirando e abrindo espaço para a galera.

 

Nesse hotel descemos nossas mochilas, guardamos nos quartos, e Rafael nos serviu um lanche da tarde com biscoitos e chá, nada demais! Fomos tomar banho e, adivinhem??? Banho gelado e o pior, no escuro! Molhava um braço, lavava, enxaguava e secava com toalha, ai lavava outro braço, ai a perna, e por ai vai. Tinha que ir lavando e secando, porque se ficasse molhada, iria congelar. Mas deu para dessalgar o corpo. ::putz::

 

Vejo muita gente reclamando do frio no salar, lá fora a noite pode até fazer frio, mas dentro do hotel é bem quentinho e olha que sinto muito frio, mais que a maioria das pessoas. Para verem que não estou mentindo, depois do banho, fomos jantar e jogar baralho e eu estava de short. ::ahhhh::

 

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O jantar era um sopa de entrada, bem gostosinha, mas como tomei banho por ultimo, quando cheguei já estava acabando. O prato principal, pra varias, pollo!!! Mais uma vez, estava bem temperadinho e gostoso. Não podemos reclamar da comida no salar, comemos muito bem, mas não dava para enxer a barriga. Era meio regrado. Fiquei querendo mais um pedaço! ::xiu::

 

Nessa hora do jantar conhecemos o José, um menininho boliviano muito lindo e carinhoso que ficou o tempo todo na nossa mesa observando a gente!

 

Thiago comprou um vinho ou dois, não lembro, e Nati pegou o baralho e nos ensinou a jogar Presidente. Todo mundo foi dormir e só a gente ficou até bem tarde nessa brincadeira! Nessa hora me dei conta que eu seria uma daquelas pessoas sortudas, que conseguem fazer o salar com um grupo legal e guardam as melhores lembranças dessa experiência. Era um grupo muito homogêneo, todo mundo com o mesmo espirito de “tô nem ai para os perrengues” e “só quero me divertir”. ::tchann::

 

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Enquanto jogavamos, observamos José abraçar e fazer carinho n os meninos, mas nunca chegar perto demais das meninas da nossa mesa. Ele é uma criança muito mais carinhosa que as crianças do Brasil, e também respeita muito as mulheres, tanto que não tem coragem de nos abraças sem nosso concentimento. Foi muito legal ver um pouco da cultura deles.

 

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Muita gente critica o fato das crianças bolivianas sempre estarem trabalhando, ajudando seus pais no negócio da família. Não quero aqui ter uma opinião muito inflexivel ou julgadora sobre isso, o que posso dizer é, sou totalmente contra essas crianças ficarem só trabalhando e não terem tempo para estudar ou para brincar, mas não sei se isso acontece lá. Mas não vejo nenhum mal em ajudar seus pais no negócio da família, pelo contrário, meus pais sempre buscaram envolver eu e meu irmão no trabalho deles, e isso só ajudou a nos tornar pessoas melhores, mais conscientes e batalhadoras. Então, sem julgamentos e pré-conceitos!

 

Depois de beber todo o vinho e alguns se cansarem de perder todas as partidas, fomos dormir felizes! Que lugar lindo! ::otemo::

 

Gastos do dia (para o casal):

 

Tour 3 dias pelo Salar (com transfer para SPA): 1500 bols

Café da manhã em Uyuni; 42 bols

Águas: 15 bols

Banho em Uyuni: 10 bols

Coca-cola gelada no Pueblo: 10 bols

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Renatinha, você pagou os Bs.150 da entrada da Reserva por fora ou já estava incluso nesse preço dos Bs.750?

 

Rodrigo, pagamos mais 150 bols na entrada da Reserva. Não estava incluído nos 750 bols que pagamos para a agência.

 

O preço das agências oscila muito de acordo com a época. Como dia 1º foi feriado e ficou sem ônibus para Uyuni, ninguém conseguiu fazer tour tanto no dia 1º como no dia 2.

 

Assim, dia 3 tava bombado de gente querendo fazer e os preços sobem muito. Também é bem mais caro no reveillon e quando o Dakar está acontecendo, por exemplo.

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Oi Renatinha!

 

Que bom que continuou com o relato! As informações desse post vão ajudar muito ::otemo::

Parabéns pelas fotos, estão lindas!

 

Espero que tenha continuação, hehe

 

beijos

 

 

Luiza, obrigada!!!Vai ter continuação sim! ::otemo::

  • 1 mês depois...
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Postado

Oi Renatinha!

 

Estou adorando o relato, bem detalhado!

 

Meu namorado e eu vamos mochilar agora em julho, todas as dicas de quem já foi são bem recebidas!

 

Aguardando o restante do relato!

 

Bjs, bjs

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