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Waldemar Niclevicz alcança cume do Lenin e conta os detalhes


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http://www.zone.com.br/montanhismo/conteudo/noticias/index/id/26346

 

Waldemar Niclevicz alcança cume do Lenin e conta os detalhes da expedição

 

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Waldemar Niclevicz e Irivan Burda alcançaram o primeiro cume da expedição Leopardo das Neves, que fazem na Ásia Central. O montanhista conta os esforços para a conquista e os próximos passos da dupla.

 

Eu e Irivan estamos em um lugar inusitado, um hotel da década de 50, de três pisos, rodeados por um belo jardim. Damascos, maçãs e grandes cachos de uva se dependuram em grandes troncos retorcidos. A arquitetura de madeira do hotel, na verdade a sede de uma grande fazenda, parece que está a ponto de despencar e o jardim lembra um matagal, completamente abandonado há anos, porém florido mantém o seu encanto. Do outro lado do edifício principal, salas de aulas e coloridos brinquedos para crianças, um playground esquecido pelo tempo. Este hotel em que somos os únicos hóspedes é apenas um dos inúmeros testemunhos das conseqüências da dissolução da União Soviética, ocorrida em 1991. Países como o Quirguistão tornaram-se independentes, mas entraram em decadência com a falta de recursos e expectativas vindas de Moscou.

 

A estrada que enfrentamos ontem também é outro exemplo do que um dia foi e do que é hoje o Quirguistão. Eu e Irivan chegamos aqui em Osh tontos de tanto chacoalhar dentro de um micro ônibus, durante as 9 horas que levamos para percorrer os 280 quilômetros desde o acampamento base do Pico Lenin. A estrada que se leva até os 3.554m de altitude, foi construída pelos russos, e após 1991, completamente abandonada. O asfalto desapareceu, sendo uma sucessão de buracos e uma poeira insuportável. Lentamente está sendo recuperada pelos novos interessados em um certo domínio sobre o Quirguistão, os chineses.

 

Bem, eu e o Irivan já temos muito que dizer dessa fantástica expedição que estamos fazendo aqui na Ásia Central, e a grande novidade é que felizmente coroamos com êxito a escalada da nossa primeira montanha.

 

No dia 19 de julho, às 14h15 (05h15 da manhã no Brasil), Irivan e eu, com todo orgulho, levamos a bandeira brasileira a tremular pela primeira vez no alto dos 7.134m de altitude do Pico Lenin, arrancando gritos de alegria de alpinistas de várias partes do mundo que torciam pelo nosso sucesso, eles foram chegando à montanha aos poucos, e ao saberem do nosso esforço em abrir o caminho em uma temporada com tanta neve, logo nos valorizaram mais. Estamos felizes com a fama inesperada que conquistamos por aqui, somos lembrados como os “fortes e determinados brasileiros”. Que bom deixar tão boa impressão do nosso Brasil aqui nessa parte do mundo!

 

Acabamos nos tornando os segundos da temporada a chegar ao cume do Pico Lenin (um francês, no dia anterior foi o primeiro, usando esquis). O maior problema enfrentado, além da quantidade de excessiva de neve, foi o vento gelado da crista de 7 km e do acampamento 3 (3.100m ) e os 7.134m do cume, nesse trecho foram de 8h45 para subir e 4h para descer.

 

Logo mais deixaremos Osh para ir de avião até Bishkek, (capital do Quirguistão).Então serão 460 km de estrada para chegar até Karkara, de onde um helicóptero nos levará até o acampamento base dos maiores desafios do Leopardo das Neves, o Khan-Tengri e o Pobeda.

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