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Mochilão dos 100 dias: PE-Cusco, Arequipa, Ica , Paracas, Lima, Huaraz, Trujillo, Chachapoyas, Cajamarca, Chiclayo) EC e CO ¿Por qué no?


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Dia 7) Valle Sagrado e um imprevisto...

 

Vou falar bem no começo pra frisar bem: vale MUUUUUITO a pena conhecer as ruínas do Valle Sagrado por conta. Novamente, nem é tanto por causa do dinheiro, mas pela experiência que você terá, que será muito mais completa.

 

O tour contratado nas agências de Cusco custam em torno de 30 a 40 soles sem incluir o almoço (algumas tentam te empurrar a comida junto, mas a um preço absurdo, não compensa de maneira nenhuma) e você conhecerá Pisac e Ollantaytambo que, junto com Saqsahuaman, são pra mim as ruínas mais lindas de Cusco (e sim, eu estou considerando Machu Picchu menos impressionante que as três e não, não foi pela experiência lotada que eu conto logo menos).

 

De novo, o primeiro passo é ir no posto oficial de informações turísticas de Cusco, lá vão te informar certinho onde pegar a van pra Pisac, mas é bem fácil, te asseguro.

Você irá pegar uma van até Pisac, que custará 4 soles e te deixará quase em frente ao posto de informações turísticas de lá. Dê uma passada por lá também, o guia poderá te indicar algumas coisas pra fazer além das ruínas, te dirá onde pegar o ônibus pra Urubamba e de brinde pegamos uma dica de onde comer umas empanadas bem gostosas.

 

Esses postos de informações turísticas oficiais são uma bela de uma mão na roda pra quem viaja por conta, sempre surgem dicas fantásticas pra viagem, mesmo se você já tiver super informado, vale a pena sempre dar um pulinho.

 

Pra subir até as ruínas você tem a opção de ir a pé ou de táxi (25 soles o trecho) e eu mega recomendo o taxi, já que a subida é longa e pesada, além do fato de que ser o mesmo caminho da volta. Melhor conhecer descendo que subindo né?

 

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Tente chegar cedo nesse ponto também, pra se adiantar um pouco aos tours, que chegam em torno das 9 ou 10 da manhã.

 

Siga sempre as setas e o mapa, não vai ter muito erro o caminho (não segui uma das setas e acabei tendo que descer um lugar meio difícil). Você passará por diversas construções, começando pelas terraças de plantio, o cemitério nas montanhas e o forte, de onde se tem uma vista inacreditável do Valle Sagrado e da cidade de Pisac.

 

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Mas pra mim o mais impressionante é o templo do sol, que fica uma hora de caminhada do início. Pedras perfeitamente colocadas e uma localização perfeita. (No tour você nem chega perto de lá, é uma visita de meia hora).

 

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Na descida você ainda se surpreende com várias construções pelo caminho, no mapa tem algumas explicações sobre os lugares, mas se você quiser mais detalhes vale a pena contratar um guia. (No esquema low cost preferi ir por conta, dando uma lida em um guia antes de ir e olhando sempre no mapa, acabei nem perguntando o custo do tour guiado na entrada).

 

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Depois de uma bela caminhada de duas horas e meia por lá, comi empanadas e fui esperar o ônibus pra Urubamba. Paguei 2,50 soles no ônibus local, meio cheio mas uma viagem tranquila, coisa de 40 minutos.

 

Nem se preocupe com onde parar, você deve descer no ponto final, que é no terminal. No terminal procure pelas vans para Ollantaytambo que saem assim que enchem e custarão de 0,70 a 1,50 soles (pagamos 1,50 porque fui sentada e tenho cara de gringa, rs).

 

Mais 20 minutos estava em Ollanta, uma cidadezinha mega charmosa com duas ruínas impressionantes abraçando todo o vale.

 

Chegando em Ollanta o plano era achar algum lugar pra ficar e descansar um pouco, a andança por Pisaq foi pesada... E também descobrir da famigerada van pra Santa Teresa. No posto de informações turísticas de lá a única informação que me deram foi ‘pode ser que tenha van, pode ser que passe, pode ser que passe até meio dia...’ ou seja, 0 info.

 

Eu já tinha comprado a volta de trem e o bus pra Arequipa, não rolava arriscar. Com muita dor no coração, comprei o trem em Ollanta mesmo pro dia seguinte, o horário mais barato que tinha.

 

Aí o resto do dia foi a toa, já que ia ter a manhã do dia seguinte pra conhecer as ruínas de lá.

 

Gastos:

 

Van para Pisac: 4 soles

Táxi para ruínas: 12,5 soles (dividi com mais uma pessoa o original 25 soles)

Ônibus para Urubamba: 2,50 soles

Van para Ollanta: 1,50 soles

 

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  • 2 semanas depois...
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Dia 8) Conhecendo Ollanta e ida a Aguas Calientes

 

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As ruínas de Ollantaytambo valem as duas horas de caminhada pra conhecer tudo (incluídos muitos muitos muitos degraus nesse caminho). De cara você já vê o paredão de pedras dividido em pequenos andares, essa área servia tanto quanto defesa quanto para a prática da agricultura.

 

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Depois da subida você terá uma vista incrível da cidade e também já poderá avistar as outras ruínas na outra montanha, que você poderá visitar também (essas de acesso livre, sem ticket de entrada).

 

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Lá em cima você poderá encontrar um templo, novamente com pedras de um perfeccionismo de assustar.

 

As ruínas que ficam na outra montanha eram usadas como depósitos para grãos e são de fácil acesso, o caminho é um pouco inclinado, mas não muito complexo. E a vista é incrível! Vale o suor ::mmm:

 

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Depois disso foi um almoço leve e trem, chegando em Aguas Calientes umas 4 da tarde. Lá achei um hostel e fui dar uma andada pela cidade.

 

Eu já não sou muito fã de termais e as de AC tem uma fama de serem meio sujinhas, nem animei, rs.

  • 2 semanas depois...
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Dia 9) Machu Picchu – as impressões de uma revisita

 

Se você espera um texto falando das maravilhas da cidade perdida pule direto pras fotos no final do dia.

 

2011 e um sonho de uma mochileira, conhecer Machu Picchu. Na mochilagem de primeira viagem rolou uma arte: visitar as ruínas bem no dia do centenário do descobrimento pelo Hiram Bingham. Vi de tudo, até o presidente do Peru deu o ar da graça.

 

Achei que depois daquilo, qualquer visita a Machu Picchu seria mais tranquila. Engano bobo.

 

2014, pouco mais de três anos depois, acabo voltando a cidade perdida por um acaso e não um plano. Mas bem, vamos lá…

 

Acordei cedo pra subir de ônibus, USD 10 dólares cada trecho, um pouco mais caro do que eu me lembrava. E a estrada estava tão ruim quanto era antes. Mas a quantidade de pessoas era inacreditável, 5:15 da manhã já tinha mais de 400 pessoas na fila pra subir pras ruínas.

 

Chegando em Machu Picchu foi assustador, muita gente já em todos os cantos. Batia longe a minha primeira visita… Isso me preocupou.

 

O gramadão central estava dominado pelas llamas e os turistas não podiam mais entrar por ali, tinha um caminho marcado, setas a serem seguidas (não que isso servisse pra galera, né?) e muitos guardas olhando tudo. Mas não era suficiente, vi muitos turistas subindo nos muros, com bastões de caminhada (o que é proibido) e gente fazendo cagada mesmo (tipo dar um bichinho de plástico pra uma llama morder ::prestessao:: ).

 

As ruínas próximas ao Templo de las 3 Ventanas estavam superdegradadas, com paredes caindo :cry:

 

Saí de lá triste e rezando para que restrinjam a entrada de turistas nas ruínas o mais breve possível, antes que seja irreversível o prejuízo…

 

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OBS: Nas fotos não tem taaaaanta gente, quem me conhece sabe, sou neurótica por fotos sem turistas, rs.

 

Pós trauma, meu resto do dia foi sentar num bar em Aguas Calientes e pedir uma Cusqueña atrás da outra, é a vida =)

 

Mas faltou contar uma história da viagem, rs...

 

Mais um da série como deu tudo errado em Machu Picchu, essa foi a minha experiência com hospedagem.

 

Chegando de trem, já que ir a pé falhou, a busca por hostel começou em Aguas Calientes. Fui tentando ser protegida por Pachamama, sem reserva e mesmo em alta temporada. Arriscado, mas nem tanto, lá chove de hostel mesmo.

 

A primeira tentativa foi no Pirwa, que foi o hostel que fiquei na minha primeira vez, mas falhou, tava cheio. Lá no Pirwa me indicaram uma hospedagem, Joe’s, que estava no Lonely Planet como ‘aceitável’ e barata. Ok, let’s see.

 

Lá era um hotelzinho simples, cama confortável, tv a cabo, chuveiro com água quente e sem café da manhã, bem aceitável. O preço seria de 60 soles por quarto, a ser dividido por duas pessoas. Aceitável também.

 

Como cheguei lá bem morta e muito precisando de um banho, já aceitei fácil e fui deixando as coisas no quarto. O moço da recepção falou que depois que nos acomodássemos poderíamos descer pros detalhes do check-in. Ah, ótimo então, tomo um banho, troco de roupa e depois resolvo isso...

 

Quando desci veio o porém... o dono do hotel veio comentar que, por falta de emissão de umas notas fiscais (cof cof... sonegando.. cof cof...) eles ficariam fechados no dia seguinte, mas que era tranquilo de entrar, a porta ficaria aberta e teria uma outra porta que poderíamos usar também.

 

Oi?

 

Hotel fechado?

 

Analisei a situação e a preguiça me venceu... tinha duas maneiras de entrar, era só sermos discretos e o hotel era ok, só tinha um pouquinho de cheiro de mofo no quarto e eram só duas noites. Ah, quer saber, tudo bem, vai...

 

Dia seguinte chego e está assim:

 

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Mas ok, era só abrir a porta de correr, hahaha.

 

Foi engraçado e virou uma piada por todos os momentos em Aguas Calientes. ::hahaha::

 

E na saída, fazendo o check –out, lóóógico que rolou um papo forte e os 60 soles viraram 50 soles cada noite depois do perrengue de dormir no hotel fechado, rs.

No geral, foi uma boa escolha porque foi muito barato e confortável, mas não indicaria o Joe’s como um excelente lugar pra ficar.

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aaaahh ollanta...... saudades !!

 

a situação dos sítios arqueológicos é crítica mesmo, isso pq no Peru ainda conseguem fazer alguma preservação/restauração...

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Se eu fosse um empresário financiava sua viagem volta ao mundo para você escrever um livro.. Seria muito divertido e útil... Vou retornar ao Peru e passei por essas loucuras lá e voltarei...

  • 4 semanas depois...
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aaaahh ollanta...... saudades !!

 

a situação dos sítios arqueológicos é crítica mesmo, isso pq no Peru ainda conseguem fazer alguma preservação/restauração...

 

Total, Pedrada...

 

E isso pq ainda nem cheguei no tema Chachapoyas, lá sim precisa de investimento (e muito). E me adianto falar que com investimento dá pra fazer a cidade ser um atrativo tão top quanto Cusco!

 

Mas né, a gente só pitaca por aqui...

  • Membros de Honra
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Se eu fosse um empresário financiava sua viagem volta ao mundo para você escrever um livro.. Seria muito divertido e útil... Vou retornar ao Peru e passei por essas loucuras lá e voltarei...

 

Po, pode ficar rico logo pra me financiar a viagem porque tô precisando de um patrocinador! Hahahahha

 

Obrigada pelos elogios! :)

 

To meio relapsa em escrever mas tenho uma desculpa, tô na estrada de novo! Minhas fotos todas estão em casa, aí ferrou continuar o relato kkkkk

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Boa noite Camila, muito bom o seu relato vai me ajudar bastante, vou para o Peru agora em Julho junto com minha esposa, pretendo conhecer Cusco, MP, Puno, Arequipa, Ica, Paracas e Lima, gostaria de explorar muito mais, como Chachapoya, Kuelap, Huaraz mas o tempo e a grana não estão ajudando muito. Também detesto pacotes, gosto de ir por conta. Você tem alguma planilha com gastos, principalmente dos lugares que vou? Se tiver e puder me enviar, vou ficar muito grato. E-mail rodrigoragner@hotmail.com Fone: watss 69 84176366. Abraçosss

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Boa noite Camila, muito bom o seu relato vai me ajudar bastante, vou para o Peru agora em Julho junto com minha esposa, pretendo conhecer Cusco, MP, Puno, Arequipa, Ica, Paracas e Lima, gostaria de explorar muito mais, como Chachapoya, Kuelap, Huaraz mas o tempo e a grana não estão ajudando muito. Também detesto pacotes, gosto de ir por conta. Você tem alguma planilha com gastos, principalmente dos lugares que vou? Se tiver e puder me enviar, vou ficar muito grato. E-mail rodrigoragner@hotmail.com Fone: watss 69 84176366. Abraçosss

 

Não tenho nada assim porque fui fazendo o roteiro na hora... Mas no omelhormesdoano.com escrevi um post falando do dia a dia no Peru, mas foram 45 dias pra percorrer tudo e cruzar ao Equador depois.

 

Tô em viagem agora, mas se tiver alguma dúvida específica me manda um email camila@omelhormesdoano.com

 

Beijooo

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