Membros Gerson Tijucas Postado Janeiro 12, 2015 Membros Postado Janeiro 12, 2015 No dia 05 de janeiro, segunda-feira, eu e meu amigo de mochilão Diego partimos de Tijucas do Sul, Região Metropolitana de Curitiba com destino a Alto Caparaó, Minas Gerais. Para navegação somente um mapa rodoviário 2011 do Guia Quatro Rodas (muito bom) e algum conhecimento de geografia do Brasil. Saímos às 10:30hs, fomos até a Decatlhon onde comprei um fogareiro da Náutica por R$ 85,00, um óculos escuro por R$ 40,00 e onde o Diego comprou uma barraca da Quechua. Eu já tenho a minha cota 2 da Trilhas e Rumos, que é excelente, porém volumosa e pesada. Depois disso tinha que trocar o óleo do ônix LT 1.4, na Valesul de São José dos Pinhais, que consegui de graça devido a um acordo na hora da compra. Saímos 14:45hs de Curitiba, passando por Bocaiúva do Sul, Tunas do Paraná e Adrianópolis no Estado do Paraná, pela BR 476, região do Vale do Ribeira. Região muito pobre. Uma estrada com mais de mil curvas, onde a viagem não rende muito, mas pra mim desconhecida, valeu pela bela paisagem. Ouvindo a CBN ficamos sabendo que havia ocorrido um tremor de terra em Tunas do Paraná, algo pouco provável no Brasil rsrs, que já aumentou nossa adrenalina na viagem. Paramos para um café na cidade e confirmamos o fato. Segundo a lenda lá existe um vulcão adormecido, mas pesquisei na internet e creio que é só lenda mesmo. Mas o tremor foi confirmado pelos institutos com uma intensidade de 3.1 graus. Continuamos viagem como muita chuva e transito com poucos pontos de ultrapassagem. Em Capão Bonito – SP já era noite. Chegando em Sorocaba procuramos por um hotel no centro da cidade e decidimos nos hospedar no Hotel Milano. Estacionamento gratuito até as 08hs, quarto duplo com ar, café da manha e TV a Cabo. R$ 80,00 cada num quarto duplo. Por ficar em uma rua movimentada o barulho era muito grande de manhã. Mesmo assim recomendo o hotel. Saboreamos uma pizza muito boa e que foi entregue muito rápido. Neste dia rodamos 450 km. No segundo dia acordamos as 08:30hs, visitamos o museu da Ferrovia de Sorocaba, que conta a história da estrada de ferro sorocabana. Legal a visita, ainda mais para meu amigo Professor de História. Passamos na decathlon para comprar um cartucho de gás para meu fogareiro, onde descobri que para o modelo Trial que comprei eu teria que usar um cartucho novo cada vez. Sorte que o pessoal foi bacana e então troquei por um Apolo de mesmo preço. Saímos às 11 hs de Sorocaba, passando pela Capital e pegando a BR 116. Almoçamos num restaurante simples em Taubaté, porque por desatenção deixamos bons restaurantes de beira de estrada para trás, por desatenção. Falha nossa. Em Volta Redonda a primeira perdida do caminho. Ao invés de entrar sentido Vassouras começamos a descer a serra e só fomos notar quando estávamos chegando em Seropédica. Contudo isso rendeu uma das fotos mais bonitas da viagem e pudemos conhecer mais algumas cidades. Para recuperar o caminho subimos por Paracambi e Mendes. Em Vassouras uma grata surpresa: passamos por uma Fazenda de Café chamada “São Luiz da Boa Sorte”. Um mergulho na história! Nesta noite dormimos em Leopoldina no hotel Minas Tower. Quarto duplo, com ventilador e TV aberta. R$ 100,00 cada. Preço salgado mas o café era bom. Neste dia rodamos 690 km. Começamos a perceber como os mineiros são simpáticos. Faltavam poucos quilômetros para Alto Caparaó. Nossa reserva de entrada era para este dia, no parque. Em Carangola chegamos no Banco do Brasil. As lojas estavam todas fechadas e comecei a achar que o pessoal saía pra almoçar e tirava uma sesta depois do almoço. Mas uma moça me falou que era aniversário da cidade. Kkkk Parabéns Carangola! 133 anos. Chegando em Caparaó almoçamos no restaurante Mineiro, barato, comida no fogão a lenha, bom custo benefício, comida saborosa, ao preço de R$ 13,00 (se não me engano). A viagem até Alto Caparaó rendeu 1350 km. Na trilha encontramos poucos grupos descendo e ficamos somente eu e Diego no Terreirão. Deixamos nossas malas e subimos até uma altura da serra. Paisagem exuberante, para ficar na memória. No outro dia atacamos o cume de madrugada, como de costume. O Diego não passou bem na noite anterior então ficamos pouco tempo no pico, uma pena. Vomitou a noite toda. A vista do alto é inesquecível. O guri mal podia andar, tinha pegado uma intoxicação alimentar, então carreguei sua mochila do terreirão para baixo. Cada metro era um sacrifício. Chegando na tronqueira fomos direto para o Posto de Saúde. Não havia médico mas conseguimos soro. Entretanto só de chegar na UBS ele começou a melhorar. Os mineiros são muito atenciosos e prestativos, desde o frentista que nos indicou a UBS, passando pelo pessoal do atendimento, até o pessoal da mercearia, todos foram muito educados. Partimos às 10:30hs e o Diego veio dormindo por um tempo. No começo da tarde já tava bom. Nosso destino agora era Parati. Descemos por Teresópolis e fomos agraciados pela vista da Serra dos Órgãos. Parati tava um fervo. Muita gente, pousadas lotadas, mas conseguimos vaga na hospedagem Parati por R$ 60,00 cada, uma pechincha. O carro de todos que vão pra lá ficam na rua. Então fiquei mais tranquilo. A cidade é muito bonita e os prédios são bem preservados. Chegamos cansados e dormimos cedo. Andamos 627 km. No outro dia visitamos com calma a cidade e partimos rumo à Ubatuba, onde comemos um camarão muito bom. A Rio Santos é muito bonita, todas as praias são bonitas, mas como era sexta-feira o transito tava complicado. Partimos para casa e chegamos em Tijucas do Sul às 04 horas da manhã. A viagem de volta somou 1500 km. Nosso objetivo estava atingido, subir o Pico da Bandeira, terceiro maior pico do Brasil. Paisagem incomparável. Já conheço o maior pico do sul e o maior do sudeste. Ficamos com muita boa impressão sobre o povo mineiro. O ônix fez 15 quilometros com litro de gasolina, sempre com ar ligado. Chegou a fazer 16 litros. Gastamos algo em torno de R$ 900,00 na viagem. Na viagem que fiz a Machu Picchu fomos de ônibus. Para Argentina e Uruguai de ônibus. Para o Rio fui de avião. Todos os modais tem vantagens e desvantagens, mas já to com saudade de uma rodoviária...rsrs... mas ainda tenho que fazer uma viagem de moto e uma de bike. Valeu galera! Citar
Membros de Honra Otávio Luiz Postado Janeiro 13, 2015 Membros de Honra Postado Janeiro 13, 2015 Legal Gerson, parabéns pela conquista!!! Caparaó é sensacional, pena que ficou só uma noite. Eu fiquei lá por duas noites e ainda faltou um monte de coisa pra fazer. Tem muita montanha por lá, uma mais bonita que a outra!!! Quero voltar lá mais vezes, pena que pra nós é longe. E o que dizer das Minas Gerais e do povo mineiro? Cada vez mais gosto desse trem... Você foi por Tunas?!?!? Ô estradinha encardida, entre Curitiba e Tunas tem 100 km, 1354 curvas pra direita, 1548 pra esquerda e duas retas. Citar
Membros Gerson Tijucas Postado Janeiro 15, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 15, 2015 Olá Otávio! Realmente a serra do Caparaó é magnífica. Eu até queria subir outros cumes mais próximos, mas as circunstâncias não permitiram. Quanto ao povo mineiro só tive bons contatos. Só elogios. Eu também gostaria de subir mais vezes o Pico da Bandeira, mas é muito longe e tem tanto lugar pra gente conhecer né. A estrada de Tunas é bonita, mas a viagem não rende, rsrsrs, ali a gente pratica uma direção bem esportiva. Duas retas foi boa Citar
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