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Cidades gaúchas adotam medidas extremas contra a nova gripe


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Cidades gaúchas adotam medidas extremas contra a nova gripe

 

Secretaria de Saúde de RS confirmou mais quatro mortes neste domingo.

Casos foram registrados em Uruguaiana, São Borja e Santa Maria.

 

 

Na tentativa de conter a escalada da nova gripe no Rio Grande do Sul, municípios adotam medidas de impacto. Após o estado registrar um aumento nos casos de morte, Uruguaiana (RS) decretou situação de emergência e Caxias do Sul (RS) cogita restringir missas, sessões de cinema e outras formas de aglomeração. A Secretaria de Saúde do estado confirmou, no domingo (19), mais quatros mortes em decorrência da doença.

 

 

 

As informações do governo gaúcho ainda não foram confirmadas pelo Ministério da Saúde, que considera 11 mortes no país. Além dos óbitos no Rio Grande do Sul, já foram confirmadas três mortes em São Paulo e uma no Rio de Janeiro.

 

 

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Para conter a nova gripe em Caxias do Sul, a prefeitura já decidiu antecipar as férias escolares de 89 estabelecimentos municipais de ensino. Além disso, admite adotar medidas como fechar temporariamente cinemas, igrejas, boates e outros locais que facilitem aglomerações.

 

A possibilidade foi cogitada, no domingo, pela secretária municipal da Saúde, Maria do Rosário Antoniazzi. Ela admite que entre quatro e cinco mortes ocorridas em Caxias nos últimos dias podem estar relacionadas à gripe. Não foi informada a data exata dos óbitos ou quem eram os pacientes.

 

Neste domingo, o último caso suspeito registrado foi o de um jovem de 24 anos, que morreu por conta de uma pneumonia. Até sexta-feira (17), havia 51 casos suspeitos da nova gripe na região de Caxias do Sul, e um novo boletim será divulgado nesta segunda-feira (20).

 

Outras cidades

Em Uruguaiana, onde foram confirmadas duas novas mortes no fim de semana, o prefeito Sanchotene Felice decidiu decretar situação de emergência para facilitar a contratação de médicos e enfermeiros e a compra de equipamentos e medicamentos. A decisão foi tomada após a média de consultas superar os 600 atendimentos diários.

 

"O aumento se deve ao fato de as pessoas, atendendo nossa orientação, procurarem preventivamente os postos no primeiro sinal de febre alta e tosse", disse o prefeito.

 

Dez médicos devem ser contratados emergencialmente.

 

Cautela

 

O secretário estadual da Saúde, Osmar Terra, considera que medidas como a suspensão de atividades não devem ser adotadas, salvo em casos específicos como surtos localizados – quando há um grande percentual de infectados em uma área restrita. "Não podemos paralisar o estado e disseminar pânico entre a população. Em 99% dos casos, a nova gripe não exige nem internação", afirmou Terra.

 

O infectologista Marcos Boulos, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), avalia que aglomerações de pessoas tendem a favorecer a transmissão de qualquer uma das chamadas doenças de inverno, que costumam se espalhar por gotículas de saliva e incluem a gripe comum.

 

Boulos considera que tentativas drásticas de bloquear a circulação do vírus são mais eficazes quando ainda não há epidemia. Quando ela já está instalada, como no caso gaúcho, não teriam garantia de eficácia. "O vírus vai se espalhar de qualquer jeito. O melhor é tratar como uma gripe comum, porque a gripe comum também mata, só que nós não acompanhamos isso diariamente", disse.

 

Mais quatro mortes

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul informou, no domingo, em nota, a morte de mais quatro pessoas – dois homens, uma mulher e uma menina – em decorrência da nova gripe.

 

Das quatro mortes, duas foram em Uruguaiana: uma mulher de 36 anos, que estava grávida de oito meses, e uma menina de 5 anos. A primeira morreu na última quinta-feira (16) e, a segunda, na quarta-feira (15). Nenhuma das duas havia viajado para outros países com forte incidência do vírus. Ambas morreram na Santa Casa da cidade.

 

Outra morte ocorreu na cidade de São Borja, em 6 de julho. Trata-se de um caminhoneiro que havia passado pela Argentina. O óbito ocorreu no Hospital Ivan Goulart. A secretaria informou que o homem era obeso.

 

Em Santa Maria, morreu um serralheiro de 40 anos, também obeso. Ele faleceu no Hospital Universitário da cidade, na sexta-feira (17).

 

* (Com informações do Zero Hora)

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