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Expedição à Terra do Meio chega a lugares nunca antes visita


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FONTE: Farol Comunitário

http://www.farolcomunitario.com.br/meio_ambiente_000_0221.htm

 

 

A segunda fase da Expedição Científica à Terra do Meio mobilizou uma equipe de 12 pesquisadores, que passaram dez dias (16 a 26 do mês passado) no interior da Floresta Nacional (Flona) de Altamira para concluir a avaliação ecológica rápida (AER) da unidade de conservação, iniciada em 2007. O trabalho de pesquisa vai subsidiar o plano de manejo da unidade de conservação, localizada no Estado do Pará, próximo à rodovia BR-163, que liga Cuiabá a Santarém.

 

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De acordo com o coordenador científico da expedição, Roberto Antonelli Filho, a conclusão da segunda fase de pesquisas possibilitou o registro das principais tipologias da área, inclusive áreas alteradas e áreas íntegras, ou seja, com mínima interferência dos seres humanos.

 

O técnico do WWF-Brasil e coordenador da expedição, Maximiliano Roncoletta, explicou que o próximo passo será realizar uma oficina com todos os envolvidos no levantamento de informações para consolidar os dados coletados em campo que serão utilizados no plano de manejo da flona.

 

A gestora da Flona de Altamira, Naiana Peres de Menezes, que acompanhou o trabalho dos pesquisadores em campo, ressaltou que o grupo conseguiram chegar a lugares até então nunca visitados. “Os resultados são importantes não só para a Flona de Altamira, mas para a toda a Terra do Meio, que é uma região ainda pouco estudada pela ciência”, afirmou Naiana.

 

Para ela, o envolvimento da comunidade é indispensável, porque a flona não é criada para ser uma redoma. “É importante que as pessoas participem de sua gestão”, disse Naiana.

 

HELICÓPTERO – Os pesquisadores visitaram dois pontos de coleta de dados na parte norte da unidade de conservação. Como a Flona é muito preservada e não conta com estradas de acesso, a única forma de levar a equipe de 12 pesquisadores ao interior da floresta foi de helicóptero, um Cougar do 4º Batalhão de Aviação do Exército.

 

Os objetos de pesquisas abrangeram cinco áreas – botânica, répteis e anfíbios terrestres, peixes, aves e mamíferos. Foi feito um levantamento sobre a situação da unidade de conservação antes das concessões florestais, para que possa definir o tipo de atividade a ser desenvolvida, de acordo com o potencial econômico e com o objetivo maior da floresta nacional, que é a conservação ambiental. As informações também servirão como subsídios para a fiscalização das atividades realizadas na flona depois da concessão.

 

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) irá definir a equipe para elaborar o plano de manejo. A expedição contou também com a participação de um membro do conselho gestor da Flona de Altamira, Gelson Luiz Dill, que acompanhou todas as atividades realizadas, para esclarecer possíveis dúvidas dos outros 21 membros do conselho sobre a expedição.

 

Os resultados da expedição serão sistematizados durante uma oficina, a ser realizada ainda em 2009. As instituições de pesquisa, as ONGs e os órgãos de governo envolvidos na expedição se reunirão para consolidar as informações de todas as pesquisas realizadas, desde 2007, inclusive os levantamentos dos meios físico, biótico e socioeconômico, para a elaboração do plano de manejo.

 

PARCEIROS – Além do WWF-Brasil, responsável pela organização da expedição, do ICMBio e do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), responsáveis pela gestão da flona, participaram da viagem de campo o Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) e o Projeto Onça Parda.

 

Para viabilizar o trabalho de pesquisa, a viagem de campo contou ainda com uma equipe de logística e com o apoio do Exército Brasileiro, que levou as equipes de helicóptero para o acampamento na selva.

 

As florestas nacionais são unidades de conservação de uso sustentável que podem ser utilizadas para a exploração de recursos florestais madeireiros e não madeireiros, por meio de concessões. Até hoje, o Brasil não fez nenhuma concessão no Distrito Florestal da BR-163, porque não há nenhum plano de manejo pronto. Com a conclusão do plano de manejo da Flona de Altamira, poderá ser a primeira a licitar concessões de exploração comercial na região.

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