Membros Rafael Paiva Postado Dezembro 18, 2014 Membros Postado Dezembro 18, 2014 (editado) Faaala galera! Antes de mais nada, sou Rafael, 25 anos, mineiro. Este mochilão pelo México seria teoricamente minha primeira grande viagem sozinho... Mas não foi bem isso... Tive a oportunidade de fazer grandes amigos mexicanos que fizeram com tudo fosse tão único. E o melhor é que por conta disto acabei me aproximando muito da realidade local deles e claro, a troca de experiências e aprendizagem foi intensa! Hora do planejamento e o primeiro desafio: Como distribuir 3 semanas em um país que consegue ter deserto, cidades coloniais, caribe, metrópoles, pacífico, neve, museus, parques florestais...?!? Como tentar encaixar tudo o que você quer conhecer e ainda sobrar tempo pra dormir e comer?? Como?? Pra isso eu entrei numa fase de bastante leitura de relatos aqui no mochileiros, blogs, guias e... Troca de mensagens com o mexicano-brasileiro, mochileiro, viajero e representante do Mictlantecuhtli: Erick. Pra quem não sabe, Erick é um usuário daqui do fórum, nascido e criado na pequena e pacata Cidade do México e que sempre tá por ai, perdido pelos tópicos ajudando a galera que quer conhecer a terra do Chespirito. E ele se tornou um grande amigo e ajudou (e muito) a tornar esta viagem tão bacana! Mas vou explicando o porquê ao longo do relato! Tinha três vontades ao iniciar o planejamento: a) Queria conhecer de perto (e participar mesmo) do Dia de Muertos b) Não poderia ir ao México e não conhecer um dos melhores lugares de mergulho do mundo: Cozumel c) Por que não subir um vulcão? Sem mais enrolação, meu itinerário ficou assim: Dividi o relato em cinco partes: 1) Informações Gerais Abaixo. 2) México Colonial e do Dia de Muertos Dias marcados em verde no itinerário. PÁGINA 1! Dia de Muertos 3) México dos Cenotes e do Caribe Dias marcados em azul no itinerário. PÁGINA 1! Playa Paraíso 4) México da Megalópole e dos Vulcões Dias marcados em vermelho no itinerário. PÁGINA 1! Popocatépetl visto desde Iztaccihuatl 5) Oito horas em Santiago do Chile Dias marcados em marrom no itinerário. PÁGINA 1! 1) Informações Gerais Melhor época para visitar Depois de ler alguns blogs, optei por ir em novembro por não ser alta temporada e por não ser um período de muita chuva. E acertei na escolha. Junho a outubro é o período chuvoso, mas na verdade isso varia de lugar a lugar. No estado de Chiapas, por exemplo, a chuva é mais comum. Eu peguei algumas chuvas fracas lá que duraram no máximo uma meia hora. Mas nada que atrapalhasse a viagem. Na península de Yucatán o tempo é mais bipolar. O céu pode ta azulzão e de uma hora pra outra tudo fica preto, a água cai e dois minutos depois tudo volta ao normal. Passagem aérea & Seguro viagem Cerca de 18 empresas voam pro México, saindo do Brasil. Mas até agora só duas tem voo direto: Aeroméxico e Tam. E escolhi a Tam porque consegui uma promoção boa. Na verdade eu não sei o que aconteceu com estas companhias, mas teve muita promoção boa pro México em 2014. Comprei minha passagem quatro meses antes de viajar pelo preço de R$ 1.514,25. O itinerário foi IDA: Rio de Janeiro – São Paulo – Ciudad de México (CdM) e VOLTA: CdM – Santiago do Chile (escala de oito horas) – Rio de Janeiro. Caso você voe pra CdM: os voos chegam no Aeropuerto Internacional Benito Juárez. São dois terminais e o acesso dele pra cidade é bem facilitado pela presença de metrobus, metrô e taxis. Vou explicar um pouco mais a frente sobre como chegar e sair dele. Fiz o seguro viagem pela internet mesmo na Porto Seguro (http://www.portoseguro.com.br/seguros). Paguei R$ 95,99. É aquela coisa... Não usei, mas nunca se sabe o que pode acontecer. Preferi gastar uma grana e viajar mais tranquilo. Passaporte & Vacinas Desde 16 de maio de 2013, brasileiros não precisam de visto para entrar no México (permanência de 90 dias, podendo ser renovada por mais 90). Porém, é recomendado que o passaporte tenha um prazo de validade de no mínimo seis meses após a data de retorno. O meu passaporte venceria em menos de seis meses e por isso mesmo decidi renová-lo. Eles ficam olhando a data de validade do passaporte? Não sei. Há muitos casos de pessoas que não conseguem entrar por conta desta exigência? Também não sei. Mas decidi não arriscar... Ainda no avião, você irá preencher dois formulários para a entrada no México: um é o de imigração (não perca o canhoto que o agente de imigração vai te dar) e o outro é a declaração alfandegária. Na saída do país você deixa este canhoto com a empresa aérea do seu voo. Uma coisa interessante: não há carimbo de saída do país. Então não se preocupe achando que você ainda continua no México... Vacina contra febre amarela: de acordo com o site da Anvisa, o México exige a vacinação de pessoas vindas de países com riscos de transmissão de febre amarela. Nunca li nenhum relato de pessoas que tiveram que mostrar algum comprovante de vacinação para entrar no México, mas mesmo assim levei meu certificado internacional de vacinação emitido pela Anvisa (e não, nem olharam pra ele). Dinheiro O que levar? IOF de 6,38% no cartão (incluindo VTM), dólar lá no alto por conta das eleições, medo de levar tudo em dinheiro vivo e ser roubado/deixar a doleira com toda a grana na primeira parada. Optei por levar dólar. Poucas (só vi uma) casas de câmbio compram reais e mesmo assim o câmbio é desfavorável. Levei parte da grana no VTM (Visa Travel Money) e parte em dinheiro vivo na doleira. Levei também o meu cartão de crédito do Banco do Brasil – para casos urgentes. Apenas urgentes. E acabei não usando. Hoje a dica que dou é: leve tudo em dinheiro, dentro de uma doleira. Me senti muito seguro em todos os lugares que fui. Quando fui, a cotação estava mais ou menos da seguinte forma: 1 USD = R$ 2.55 em dinheiro vivo (com IOF) ou R$ 2,69 no cartão VTM (com IOF) 1 USD = $ 12,60 a $ 12,7 (dependendo do local) USD= dólar americano, $ peso mexicano Anexei aqui a planilha com todos meus gastos detalhados (alimentação, transporte, albergues, tours...). Usei valores em $ (pesos mexicanos), USD (dólares americanos) e R$ (reais). Gastos_México2014.xls Como disse, levei USD 900 em dinheiro vivo e USD 572 no cartão VTM (Visa). E foi basicamente esta grana que gastei na viagem. Valor total da viagem: ~ R$ 5600 Alimentação A primeira coisa que pensei ao decidir ir para o México foi: como sobreviver três semanas comendo pimenta! Se essa for a sua preocupação, tenho uma informação boa. Você vai sobreviver e ainda vai sentir saudades da comida apimentada! Em (quase) todos os locais que fui eles me deram a opção picante e não picante. Disse “quase” porque tive um encontro surpresa com a temida habanero. Mas também explico mais a frente... Sempre haverá a opção “Menu del dia” para nós, mochileiros. Você paga no máximo $ 40 (mais ou menos oito reais) em uma entrada (sopa), prato principal e uma bebida. E também há filiais da Oxxo e 7 Eleven em toda esquina. Lá você pode encontrar sanduíches e bebidas baratas (combos por $ 20). Caso você queira fugir do menu del dia, há outros pratos também individuais. Pelo que andei vendo o preço fica mais ou menos em torno de $ 180 a $ 200. Dica importante: Os mexicanos costumam almoçar entre 13h-15h. Pra aguentar até lá, eles tomam um café da manhã bem reforçado. Então minha viagem se resumiu a tomar café da manhã como um mexicano e almoçar como um brasileiro! haha Segurança “O México é um país muito perigoso”. Sim. Mas acredito que lá seja tão violento quanto aqui no Brasil. Na verdade o que vi foi um policiamento forte em todos os lugares que visitei. Em toda a esquina (literalmente) há policiais – incluindo dentro de alguns ônibus e coletivos. Lógico que tomei todos os cuidados que tomaria em qualquer país. Deixava tudo na doleira, câmera dentro da mochila, cadeado no locker dos quartos. Ok... Isso valeu pros primeiros dias. Depois já estava andando com a câmera no pescoço em qualquer lugar. Mas isso foi um risco meu, baseado na segurança que estava sentindo. Outra dica: México é seguro inclusive pra você, mochileira sozinha! Conheci muitas viajantes solitárias que estavam totalmente tranqüilas e viajando o país pegando ônibus, vans, coletivos, caronas... Hostels Fiquei apenas em hostels (albergues). A única exceção foi a hospedagem de alguns dias na casa do hermano Erick na CdM. Não fiz nenhum tipo de reserva para nenhum hostel que fiquei (com exceção de Oaxaca. Reservei antes porque era feriado no país e não queria correr o risco de ficar sem). Vou fazer um review abaixo das minhas impressões de cada hostel que dormi (incluindo preço e endereço). Colocarei uma nota de 1 a 5 pra você, mochileiro, tirar suas conclusões. OAXACA “Cielo Rojo Hostel” Preço: $ 160 em quarto compartilhado (4 camas) com banheiro privado. Site: http://www.cielorojohostel.com/ Endereço: Xicotencatl 121, Colonia Centro. Prós: staff bacana, lockers nos quartos, internet boa, inclui café da manhã, localização excelente. Contras: banhos não tão bons. Cheguei cansado e tarde de um tour e nada de água quente. Nota: 4 SAN CRISTÓBAL DE LAS CASAS “Rossco Backpackers Hostel” Preço: $ 150 em quarto compartilhado (4 camas) com banheiro compartilhado. Site: http://www.backpackershostel.com.mx Endereço: Calle Real de Mexicanos No. 16 Prós: staff bacana, lockers bons nos quartos, internet excelente, inclui café da manhã, localização excelente, banheiros muito bons. Contras: não achei que a parte “social” do hostel foi boa. Não sei se é por conta da baixa temporada... Nota: 4 VALLADOLID “Hostal Los Frailes” Preço: $ 120 em quarto compartilhado (12 pessoas) com banheiro privado. Site: http://www.hostaldelfraile.com/ Endereço: Calle 41-A, s/n Prós: ainda procurando... Contras: quarto não recomendado pra quem tem alergia, não consegui comunicação eficiente com o único funcionário do hostel. O hostel foi fechado no outro dia pela agência sanitária do município. Mas não encontrei outro hostel na cidade... Então era esse mesmo. Nota: 1 TULUM “Mama´s Home” Preço: $ 150 em quarto compartilhado (6 pessoas) com banheiro compartilhado. Site: Oficial não tem. Mas está em todo site de procura de hostels. Endereço: Calle Orion SN entre Venus e Sol Oriente Prós: Staff muito bacana, quartos bons... Com o clima de Tulum é difícil achar hostel ruim. Contras: Café da manhã fraquinho. Nota: 4 PLAYA DEL CARMEN “Hostel 3B” Preço: $ 200 em quarto compartilhado (8 pessoas) com banheiro privado. Site: http://www.hostel3b.com/ Endereço: Avenida 10 s/n Prós: Melhor hostel da viagem! Volto um dia só pra ficar lá. Contras: Não inclui café da manhã. Nota: 5 CIDADE DO MÉXICO “Hostal Amigo” Preço: $ 190 em quarto compartilhado (10 pessoas) com banheiro compartilhado. Site: http://www.hostalamigo.com Endereço: Isabel la Católica 61 Prós: Café da manhã excelente! Contras: Lockers pequenos. Nota: 4 “Mexico City Hostel” Preço: $ 180 em quarto compartilhado (8 pessoas) com banheiro compartilhado. Site: http://www.mexicocityhostel.com/ Endereço: República de Brasil 8 Col. Centro Histórico Prós: Café da manhã excelente! Contras: Não encontrei nenhum lugar pra socialização (tipo sala, terraço...) Nota: 4 “Mundo Joven Catedral” Preço: $ 200 em quarto compartilhado (6 pessoas) com banheiro privado. Site: http://mundojovenhostels.com/ Endereço: República de Guatemala 4, Cuauhtémoc, Centro Histórico Prós: Segurança, lockers grandes, banheiros bons, café excelente e localização perfeita Contras: Irrelevantes Nota: 5 Sem mais delongas, o relato! Editado Abril 16, 2015 por Visitante Citar
Membros Jamile Moreira Postado Janeiro 5, 2015 Membros Postado Janeiro 5, 2015 Hola, rafaelrpaiva! Seu relato está só começando mas já está excelente, bastante detalhado. E o melhor: atual. Estou planejando um roteiro mais ou menos parecido com o seu para abril desse ano. Só que vou começar e terminar a viagem pela Cidade do México, não vou passar por Valladolid e só vou ter 15 dias pra fazer tudo o que quero. Aguardo os próximos capítulos do seu relato. Ansiosamente. Rsrs. Desde já, agradeço por compartilhar essas informações conosco. Tudo o que eu já montei do meu roteiro foi com base nos relatos da galera aqui do mochileiros, e pelo que estou vendo, o seu vai entrar pra lista dos favoritos Citar
Membros Rafael Paiva Postado Janeiro 5, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 5, 2015 Hola, rafaelrpaiva! Seu relato está só começando mas já está excelente, bastante detalhado. E o melhor: atual. Estou planejando um roteiro mais ou menos parecido com o seu para abril desse ano. Só que vou começar e terminar a viagem pela Cidade do México, não vou passar por Valladolid e só vou ter 15 dias pra fazer tudo o que quero. Aguardo os próximos capítulos do seu relato. Ansiosamente. Rsrs. Desde já, agradeço por compartilhar essas informações conosco. Tudo o que eu já montei do meu roteiro foi com base nos relatos da galera aqui do mochileiros, e pelo que estou vendo, o seu vai entrar pra lista dos favoritos Valeu, jamilemoreira! Já to certo que vc vai curtir muito o México! Vou terminar este relato logo e espero que te ajude mesmo! Qualquer coisa é só perguntar! Citar
Membros marcelarvieira Postado Janeiro 7, 2015 Membros Postado Janeiro 7, 2015 Hola, Rafael! Estava lendo seu relato, pois vou para o México agora no fim do mês de janeiro e vi que você também é de Juiz de Fora. Adorei as dicas e continue escrevendo, pois vou ficar uns meses no norte, mas tenho muito vontade de conhecer a Península Yucatán. Obrigada por compartilhar sua experiência! Citar
Membros Wendel. Postado Janeiro 7, 2015 Membros Postado Janeiro 7, 2015 Falae, Rafael! Tbm quero ver a continuação deste relato. Tá demorando....hehehe Tbm vou ao México, mas é no final do ano. Os relatos deste fórum estão ajudando muito, pra montar o roteiro. Acho que dá tempo de terminar de ler seu relato, antes de ir. Abç! Citar
Membros Rafael Paiva Postado Janeiro 8, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 8, 2015 (editado) 2) México Colonial e do Dia de Muertos Dia 1 – Partiu México! Como moro em Juiz de Fora – MG, o jeito mais fácil é pegar um voo no Rio de Janeiro. E assim foi feito... Peguei um ônibus até o Galeão e depois um voo para Guarulhos. Às 23:30, uma hora de atraso, com direito à presença da Ana Maria Braga perdida no saguão, meu voo pela Tam partiu em direção ao México. Dia 2 – Dia longo até Oaxaca Meu primeiro destino no México seria a cidade de Oaxaca. A ideia de chegar e correr pra lá seria pela chance de poder ver o festival do Dia de los Muertos de perto. E em poucos lugares as tradições são mais fortes que lá. Cheguei no Aeropuerto Internacional Benito Juárez, na Cidade do México, por volta das seis da manhã. Tinha lido relatos de que a imigração no México é um pouco puxada, com revistas completas nas mochilas e até entrevistas. Mas não passei por nada disso. Nem minha mochila foi aberta. Mas o que vi foi uma fila de imigração bem grande. Demorei quase duas horas pra ser liberado! Então a dica é: paciência! Carimbo no passaporte, mochila nas costas e agora sim o mochilão começou! Meu voo chegou no Terminal 1. Logo na saída você verá dezenas de casas de câmbio. E as melhores cotações de dólar foram encontradas ali, no aeroporto. Encontrei uma cotação de 1 USD = $ 12,83. Comprei meus pesos e fui tomar um café. Dali meu roteiro seria: comprar o cartão do metrobus ($ 10 do cartão + $ 30 passagem), pegar o metrobus no Portão 7 (para Terminal 2 é no portão 3), descer na Estação San Lázaro e depois caminhar até a rodoviária TAPO. E assim foi feito. O metrobus é uma opção bem segura. Em todos que fui tinha um policial dentro dele garantido paz e amor da galera! Peguei o ônibus da empresa A.D.O. em direção ao meu destino final. Aliás, A.D.O (Autobuses del Oriente) é a empresa de ônibus mais importante do México e ela domina grande parte do país! O trajeto que fiz entre as cidades foi feito quase que exclusivamente de ônibus. São quatro tipos de frotas que eles oferecem (do mais simples pros mais confortáveis): OCC, ADO, ADO GL e ADO Platinum. Como era feriado, fiquei com medo de deixar pra comprar a passagem na hora e não ter mais vaga. Tentei comprar com meu cartão daqui do Brasil mas não rolou. Pedi ajuda pro Erick e ele comprou pra mim lá do México! Seis horas e meia depois estava chegando na rodoviária de Oaxaca. Peguei um taxi e segui direto pro hostel. Há opções de ônibus, mas sinceramente, tava cansado de toda a viagem e o preço do taxi segue um padrão justo... Cheguei no hostel e já encontrei com o Erick (ele decidiu passar o feriado também em Oaxaca). Aqui vou abrir um parêntese pra explicar o significado do Dia de Muertos para os mexicanos (ou pelo menos tentar explicar): as festividades do dia dos mortos (nosso finados) começam na noite do dia 31 de outubro e acaba lá pelo dia 2 de novembro (ou 3, ou 4). Para eles, a morte é uma etapa na qual as almas saem desta vida para habitar um lugar melhor. E nas noites dos mortos, estas almas dos entes queridos retornam para o encontro com seus familiares. E é isso. Imagine que uma vez ao ano você tem a chance de encontrar aquele parente sumido que você tanto gosta. O que você vai fazer? Festa! E assim eles fazem. Nas noites destes dias eles cozinham os pratos prediletos dos entes, tocam as músicas preferidas e bebem. E muito. Lógico que tem muito mais significados pra todo este festival. Mas pra não alongar muito vou continuar com o relato. Saímos eu e Erick pra comer e encontrar com mais brasileiros: uma turma de curitibanos formada por Marcelo, Luis, Leando e Débora. Juntos fomos pros desfiles dos Comparsas na Calle Macedonio Alcalá. É tipo um carnaval de Olinda. Só que com temas relacionados à morte: pessoas pintadas de catrinas, caveiras diversas etc etc etc. Tudo muito animado e ao som de “batalhas” de bandas! Ficamos um pouco e depois seguimos para o Panteón General (Calle del Refúgio). A hora mais esperada por mim desde muuuito tempo! Chegando lá o que vi foi um movimento tímido dos familiares. Alguns túmulos enfeitados... Um silêncio. Cadê a festa? Andamos entre os túmulos, fotografamos alguns bem enfeitados e seguimos pra uma feira livre do lado de fora do cemitério. Dezenas de barracas de comida, bebida e música! Mas não consegui ficar muito. Corri pro albergue e dormi (não se antes andar o hostel inteiro atrás de um chuveiro com água). Las Catrinas Pan de muerto Altar dos Mortos Dia 2 – Oaxaqueño por uma noite Acordei cedo e fui encontrar com Erick. Nosso plano era o seguinte: andar o máximo possível. E já corremos pros Mercados Benito Juárez e Mercado 20 de Noviembre. O primeiro mercado é onde você encontra mais artesanato (a um preço camarada) e o segundo é onde você pode comer a típica culinária oaxaquena. Curti muito caminhar nestes mercados. Ali o que você mais encontra é o típico morador fazendo suas compras diárias. Me senti muito seguro, mesmo com toda a movimentação. E foi ali que me deparei com outra novidade: os chapulines. Chapulines são nada mais nada menos do que grilos fritos. E eles estão em todos os lugares. Comi e ainda levei um bocado pra ir saboreando ao longo do dia. Na verdade eu só senti o gosto de limão e pimenta. Não foi o melhor prato da viagem, mas também não é tão ruim assim. Saímos dos mercados e fomos até a Calle Mina #501, logo do lado do mercado. Ali compramos passagens em um coletivo que nos levaria até o Monte Albán. Já compramos ida + volta de uma vez ($ 50). O percurso até as ruínas leva em torno de 30 minutos e ao longo do caminho é possível ter uma visão panorâmica da cidade de Oaxaca. Bem bacana! Monte Albán é uma ruína pré-colombiana que foi a capital dos Zapotecas e posteriormente dos Mixtecas. Não sei se foi porque era minha primeira ruína no México, mas curti muito o local. Bem preservado, fomos caminhando por todas as partes (parando de dois em dois minutos para servir de paparazzi do Erick ). Terminamos o tour autônomo, seguimos pro pequeno museu do sitio e depois pegamos o coletivo de volta para a cidade. Chegando em Oaxaca voltamos pro Mercado 20 de Noviembre pra comer. E ali comi as famosas Tlayudas: tortillas grandes com manteiga, feijão, queijo de Oaxaca e um pedaço generoso de carne. Tão grande que não consegui terminar. Neste momento chegou uma turista me perguntando sobre a GoPro que carregava. Travamos um diálogo longo embolando no espanhol, pulando pro inglês. Até percebermos que éramos brasileiros. Tamo em todo lugar! Já alimentados, seguimos para o mirante do Cerro El Fortín. Mirante lembra alto. E alto lembra escadas. E foi isso. Caminhamos até uma das partes mais altas da cidade. Mas valeu a pena! Deu pra ter uma ideia geral do Centro Histórico e dos vales. Recarregamos um pouco das energias e já descemos em direção ao Templo de Santo Domingo. Trata-se de um templo + convento do século XVI. Dentro dele também se encontra o Museo de las Culturas de Oaxaca. Muito muito bacana! E de dentro do museu também da pra ter uma visão legal do jardim botânico cheio de cactos. Saímos do museu e sugeri pro Erick: vamos voltar no cemitério? Por que não? Estávamos em dúvida se iríamos encontrar festas lá mas mesmo assim fomos. E encontramos. Muita. Foi bem diferente da noite anterior. Muita música, muita animação e muitas cores. Na verdade a minha ideia não era ficar andando, só observando. Queria ir lá conversar com eles. E não demos nem dez passos dentro do cemitério e já consegui realizar minha vontade. Fui conversar com uma família bem cheia de crianças, todos sentados comendo próximos ao túmulo do ente querido. Expliquei pra eles como era nosso Finados. Ficamos ali uns bons minutos trocando experiências. Nos despedimos e depois não conseguimos dar mais dez passos. Uma família muito (MUITO) animada estava nos olhando. Olhei pra eles e eles logo começaram a gritar pra gente ir lá. A partir daí não consigo detalhar mais nada. Já chegamos com doses de mezcal sendo servidas, cerveja e muitas tostadas. Era a família Arrieta. Conversei com todos os integrantes dessa família e no final ainda nos convidaram para visitar a casa deles. Fomos e lá pude perceber ainda mais a receptividade do povo mexicano. Leite quente com chocolate de Oaxaca, pan de muerto, mais mezcal e muita conversa. Obviamente foi um dia muito especial. Despedi deles com a promessa de voltar logo e ainda nos presentearam com uma garrafa de mezcal artesanal. Naquele momento eu tive a certeza de que se a viagem acabasse ali, eu já estaria totalmente realizado. Mas não acabou... Chapulines Mercado 20 de Noviembre Coroas & Fusca Monte Álban Monte Álban Monte Álban Monte Álban Templo de Santo Domingo Dia 4 – O Vale! Acordei cedo e me despedi do amigo Erick. Ele retornaria neste dia para CdM e eu iria para o tour pelos Valles de Oaxaca. Fechei o tour na noite anterior na própria recepção do albergue ($ 150). E ele inclui vários pontos turísticos que vou explicar ao longo do relato. Às 09:00 fiz o check out e a van veio me buscar no albergue. Uma van lotada de mexicanos e mais dois franceses. A primeira parada foi no Arból del Tule (maior tronco de árvore do mundo) na cidade de Santa Maria Assunción del Tule. Ali a van fez uma parada de mais ou menos 15 minutos e a entrada ao local onde o tronco está é paga a parte ($ 10). Achei bem mais ou menos. Vale a pena porque ta ali incluso no itinerário. Depois, a próxima parada foi uma fábrica artesanal de tapetes de lã no vilarejo de Teotitlán del Valle. Obviamente uma parada estratégica. Mas acabei ficando do lado de fora da fábrica fotografando e conversando com um mexicano muito louco que andava com uma garrafa de tequila dentro da bolsa. ãã2::'> Depois dessa parada, seguimos para Hierve el Agua (entrada paga a parte: $ 45). Ai sim! Louco demais! Trata-se de cascatas petrificadas por conta do carbonato de cálcio. Ficamos ali em torno de uma hora e meia. Não entrei nas piscinas porque estava bem frio e não sabia se iria tomar banho ou não, porque meus planos eram chegar em Oaxaca e já pegar o ônibus em direção a San Cristóbal de las Casas. Depois dali, seguimos para um restaurante buffet livre que não estava incluso no pacote do tour ($ 150). Eu achei que estivesse e por isso fui discutir com o garçom e depois fui perguntar ao casal francês (na verdade pai e filha). Ela, que falava inglês, me disse que não sabia e perguntou ao pai, que só falava francês. Ele, nervoso, pegou a conta dele, rasgou, jogou os pedaços do papel no chão e começou a gritar em francês. Percebi que já tava na hora de sair dali. Depois fui descobrir que de fato o almoço não estava incluído... Saindo dali, seguimos para a Zona Arqueológica de Mitla. Linda, linda e linda! Esta zona arqueológica fica a 44 km da cidade Oaxaca e foi um importante sitio para os Zapotecas. O legal de Mitla são as cores ainda preservadas das construções e também a proximidade da Igreja Católica construída pelos espanhóis. A ideia, claro, era mostrar a autonomia espanhola sobre todos estes povos indígenas. A entrada também é paga a parte e dá direito a um guia ($ 43). Acabamos o tour guiado e fomos para uma fábrica de mezcal em Santiago de Matatlán. Ai foi dose de mezcal de todas as formas possíveis! Mas me mantive afastado. Chegamos em Oaxaca por volta das 18:00 e já corri pro albergue para buscar meu mochilão (que estava na recepção) e tomar um banho. E depois corri para rodoviária para pegar o ônibus ADO das 20h (ADO GL) em direção a San Cristóbal de las Casas. Só que não tinha mais passagem. Nenhuma para aquela noite. Comprei então a passagem para a noite do próximo dia e voltei pro albergue. Sorte que tinha um dia sobrando e acabei gastando ali, em Oaxaca. Na verdade eu não tinha a opção de comprar a passagem antes. Porque se o tour atrasasse, eu perderia a passagem. Mas fiquei tranquilo. Já tava precisando de um dia sem correrias! Piscinas naturais em Hierve el Agua Hierve el Agua Casebre mezcaleiro Mitla Mitla Mezcal Dia 5 – Férias das férias Deixei para acordar tarde neste dia e fiquei enrolando no albergue até as 11h, na hora do check-out. Deixei minha coisas na recepção e fui andar pela cidade até dar a hora do almoço mexicano. Ai eu descobri um bom restaurante no Zócalo com entrada, prato principal e suco por apenas $ 35 (Restaurante El Importador). Comi e depois fiquei ali andando pelo Zócalo sem preocupação alguma. Voltei ao Mercado 20 de Noviembre, comi mais chapulines e ainda comprei chocolate oaxaqueno. Voltei para o albergue, tomei um banho e fiquei enrolando mais ainda. Até que deu a hora de partir pra rodoviária pegar o ônibus das 21h. A viagem seria longa... Mas tomei meu dramin e não vi mais nada (nem as inúmeras paradas do ônibus nas barreiras de policiais). Curandeiro Templo de Santo Domingo Dia 6 – A coisa esfria em San Cristóbal de las Casas E esfria muito. San Cristóbal fica lá embaixo, no estado de Chiapas, quase fronteira com a Guatemala. É uma cidade colonial bem calma e cheia de mochileiros. E com um clima bem mais frio em relação à Oaxaca Cheguei ali por volta das 08:00 (11h de viagem) e já peguei um taxi em direção ao Hostel Akumal (li boas indicações). Chegando lá, bati e nada. Bati de novo e um cara veio me atender. Perguntei se tinha vaga e ele já me foi mandando um portunhol. Outro brasileiro! Ele, Lucas, estava hospedado ali com mais um amigo, Danilo. Ambos tinham largado o emprego em BH e seguido uma viagem sem data de retorno pela América Latina (ainda faço isso em breve! ). Só que Danilo voltaria no dia seguinte para o Brasil, já que um projeto que ele participava tinha sido aprovado pelo governo. Conversamos bastante até que a dona do hostel (uma alemã gente boa) acordou e me disse que não tinha mais vaga. Mas me indicou um albergue logo ali do lado, Rossco Backpackers. Corri pra lá, não sem antes me perder e descobrir que o albergue ficava logo na esquina mesmo. Fechei um quarto compartilhado que estava vazio (baixa temporada é isso), tomei um café rápido (mesmo com minha diária ainda não tendo começado de fato) e voltei para o Hostel Akumal. Lá eu iria me encontrar mais uma vez com os brasileiros e juntos iríamos para o Cañón del Sumidero. Cañón del Sumidero é grandes cânion (!) cercados por florestas e que possuem um rio passando através deles. Este cânion fica na cidade de Chiapa del Corzo e podem chegar a 1 km de altura. É possível fazer o tour com agência (dentro dos albergues mesmo tem as agências), mas decidimos ir por conta própria (mesmo não havendo diferença de preço entre as duas opções). Só que havia um pequeno problema. O país inteiro estava mobilizado em torno do desaparecimento dos 43 estudantes em Ayotzinapa. E isso não seria diferente no território zapatista! Eles fecharam diversos acessos, mas no final conseguimos chegar ao destino. Pegamos um coletivo próximo à rodoviária ADO em direção a Chiapa del Corzo. Uma viagem que normalmente duraria 20 minutos acabou durando três horas. A maioria dos acessos estava fechados, então o motorista acabou pegando as quebradas pra chegar em Chiapas. Chegando na entrada da cidade, pegamos outro coletivo até próximo ao píer de onde saem as lanchas rápidas. Choramos um desconto pelo ingresso do tour mas nada ($ 160) . Parece que é um preço tabelado entre eles. Só que há distintos píers com preços diferentes. Enquanto nossa lancha não saía, aproveitamos para tomar a cerveja Victoria´s e conversar com os barqueiros sobre o movimento zapatista. Nosso barco finalmente saiu para o tour guiado de duas horas. A lancha passa entre o cânion e aquilo é incrível! Muito louco... O tour termina na barragem onde um barco vendendo alimentos estava estrategicamente posicionado. Não comprei nada, mas me surpreendi com uns mexicanos do meu barco comprando melancia e pedindo pra tacar muita pimenta. Acabando o tour fizemos o caminho inverso: coletivo até a entrada da cidade e outra até San Cristóbal. Só que dessa vez não havia mais protestos e o motorista seguiu o caminho normal (mas a todo o momento ele estava se comunicando com outros motoristas sobre as barreiras). A viagem durou 30 minutos e a paisagem é bem bonita, com florestas, vales e tals. Cheguei no albergue e tinha chegado outro cara no meu quarto. O Anderson, um paulista que acabou seguindo viagem comigo para Yucatán. Tomei um banho e fui encontrar com os brasileiros, uma alemã e uma australiana no famoso Bar Revolución. Seria a despedida do Danilo. Já tava morto de cansado por conta da viagem de Oaxaca e acabei voltando para o albergue dormir. Cañion del Sumidero Dia 7 – ¡Zapata vive! Neste dia a ideia era fazer algo que não estava nos meus planejamentos iniciais: conhecer um vilarejo zapatista. Não tinha noção de como seria, mas me juntei ao Lucas e à alemã da noite anterior e fomos até o mercado municipal procurar um coletivo que fosse até lá. Pra chegar lá, você tem que pegar um coletivo até o pueblo de Oventic e pedir para descer no Caracol II. Caracol II faz parte de um conjunto de comunidades indígenas autônomas que se espalham pelo território do estado de Chiapas. Esta comunidade também é conhecida como El Caracol de Oventik e constitui a sede de “La Junta de Buen Gobierno Altos de Chiapas”. Logo na entrada da comunidade já é possível ver placas dizendo: “Esta usted en territorio Zapatista. Aqui manda el pueblo y el gobierno obedece”. E foi ali que passei algumas horas, sempre guiado por um morador da comunidade. A entrada da comunidade funciona da seguinte forma: há uma portaria com uma pessoa encapuzada que pede seu passaporte. Ela anota informações sobre local de origem, nome completo e profissão. Depois disso, você espera um pouco até que um guia da comunidade (também encapuzado) vem de pegar. E ali começa o tour pela comunidade zapatista, passando por oficinas de trabalho, uma igreja, plantações, escolas zapatistas (onde eles têm um currículo próprio, com professores da própria comunidade) e também é possível ver as casas deles de longe. É de fato uma experiência muito forte! A maioria dos moradores está encapuzada e a todo o momento é possível ver referências ao Emiliano Zapata e Che Guevara. E também achei interessante ver o papel da mulher dentro das comunidades, assumindo um papel fundamental na rebeldia frente ao sistema. Valeu cada minuto e o mais legal é que eles não cobram nada pela entrada. O guia era bem fechado, sempre respondendo “sim” ou “não” frente às nossas inúmeras curiosidades. Terminamos o tour no restaurante/bar da comunidade. Tudo muito simples, mas com um almoço caseiro que ta até agora na minha memória. Retornamos para San Cristóbal de las Casas pegando um coletivo em frente ao restaurante até o vilarejo de San Andrés e depois outro até o destino final. Por pegar estes coletivos, a gente acaba indo misturado com os locais e foi bem bacana ver como eles são educados... Sempre cumprimentam e se despendem ao sair! Fora a curiosidade de ver um gringo ali, com eles. :'> Chegando em San Cristóbal fui fazer um pequeno city tour. Conheci a Iglesia de Santa Lucia, Mercado de Dulces y Artesanías e o Coreto Central, onde tomei o conhecido “melhor café do México. Aproveitei também para comprar este famoso café pra trazer pro Brasil (por sorte o pessoal da alfândega no Brasil não abriu meu café, achando que tava escondendo cocaína). :'> Já tinha escurecido e acabei indo até a Plaza Santo Domingo. Fiquei ali tirando algumas fotos e depois segui pro albergue. Tava na hora de dormir porque iria madrugar pra seguir pra Palenque! Warning! Mujeres zapatistas Villa Zapatista Mujeres por la dignidad! ¡Zapata vive! Zócalo San Cristóbal de las Casas Zócalo San Cristóbal de las Casas noturno Dia 8 – Palenque No dia anterior eu já tinha fechado um tour na própria recepção do albergue com destino às Cascadas de Agua Azul, Misol-ha e as ruínas de Palenque ($ 355). Acordei às 5 da manhã e esperei pela van na recepção mesmo. Depois de mais ou menos duas horas de estrada, a van para em um local com café da manha no estilo buffet. É meio caro mas tava com fome e sabia que não comeria algo tão cedo. O lugar fica bem cheio com a quantidade de vans que vão chegando. Saindo dali, chegamos nas Cascadas Agua Azul por volta das 10h. O caminho até lá é o mais sinuoso que já vi... A entrada nas cascatas já estava inclusa no pacote que paguei e o caminho entre a portaria até as cascatas em si é um pouco longo (caso você decida ir por conta própria). Estas cascatas parecem um clube de cachoeira do interior. Muitas vendas, muito comerciante e muita família mexicana passando o dia. A água é de fato azul, mas não acho que valha a pena ir só pra vê-las (obviamente, opinião minha). Depois desta cascata seguimos para a cascada Misol-Há (com uma parada de 45 minutos para o almoço). Não achei nada demais na cachoeira e não iria só pra ela. Mas... Tava ali mesmo. E ali também tem um restaurante que de acordo com o motorista é “a sua única opção de almoço até o fim do dia”. Me juntei ao Anderson (aquele brasileiro que estava no meu albergue) e a um casal de Tijuana e fomos almoçar. Pedi um pollo com uns negócios lá e de acompanhamento veio algo tipo o nosso vinagrete: pedaços de tomate com pimentão. Coloquei então este “vinagrete” sobre meu frango de forma a construir uma fina camada vegetal colorida e comi. Só que a bagaça não era pimentão, mas sim o temido habanero (para alguns a pimenta mais forte do México). No primeiro momento é tranquilo e ate dei outra garfada. Mas depois de uns segundos que percebi algo queimando minha boca. Sequei as lágrimas, tomei 1,5 L de água e fiz cara de felicidade, mas no fundo estava com minha boca toda dormente. Saindo ali partimos para as ruínas maias de Palenque. Chegamos lá por volta das 15h e é importante falar que o caminho da entrada do parque até as ruínas é beem longo. Mas muito massa! Todas as ruínas ficam dentro de um parque florestal, dando todo um clima pro lugar. E ali mesmo dentro do parque há inúmeras opções de hospedagens. Como o parque fecharia às 17h, me juntei ao Anderson e juntos contratamos um guia pra nos mostrar os principais pontos. Depois de muito chorar o preço eles nos levou ($ 100 por pessoa). Aquilo ali é mágico. E a maior parte das ruínas ainda está coberta pela vegetação! Fechamos o parque e depois seguimos com nossa van até a rodoviária de Palenque, onde pegaria um ônibus até Mérida, no estado de Yucatán. Meu ônibus só sairia às 21h e fiquei por ali conversando com o Anderson. Conheci um casal de baianos que estavam andando sem rumo pelo México e três atendentes de um café que perguntavam tudo sobre o Brasil (e ainda pediram para eu falar português porque achavam a língua bonita). Peguei meu ônibus, tomei um dramin e fui acordar com um policial andando com a lanterna dentro do ônibus. Era só uma vistoria padrão dos postos espalhados pelo país. Consideração final: é possível fazer todo tour que fiz por conta própria. Mas o preço sairia quase a mesma coisa, tirando o fato que iria gastar BEM mais tempo me deslocando entre os lugares! Cascadas Agua Azul Palenque Arquitetura em Palenque Editado Janeiro 22, 2015 por Visitante Citar
Membros Rafael Paiva Postado Janeiro 9, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 9, 2015 Hola, Rafael! Estava lendo seu relato, pois vou para o México agora no fim do mês de janeiro e vi que você também é de Juiz de Fora. Adorei as dicas e continue escrevendo, pois vou ficar uns meses no norte, mas tenho muito vontade de conhecer a Península Yucatán. Obrigada por compartilhar sua experiência! Marcela, juizforana! Qualquer coisa que puder ajudar e só falar ai! E bom México pra você! vontade de voltar não me falta.. Falae, Rafael! Tbm quero ver a continuação deste relato. Tá demorando....hehehe Tbm vou ao México, mas é no final do ano. Os relatos deste fórum estão ajudando muito, pra montar o roteiro. Acho que dá tempo de terminar de ler seu relato, antes de ir. Abç! hahahaha agora ta indo!! Citar
Membros Jamile Moreira Postado Janeiro 9, 2015 Membros Postado Janeiro 9, 2015 Desculpa, Rafael, mas não segurei o riso quando você falou da habanero! Rsrsrs. Rapaz, se isso acontece comigo, ia ter um troço. Não como pimenta DE JEITO NENHUM! É tipo uma alergia psicológica. Já estou preparando os argumentos para me livrar delas na trip, hehehe. Mas me tira umas dúvidas: O preço do tour para Palenque já incluiu as entradas pras cascatas e o ingresso das ruínas ou você os pagou à parte? Lembra o nome da agência? Você recomenda ou achou meia-boca? Ah, e valeu por reforçar que em San Cristóbal faz frio. Vou acrescentar agasalhos ao meu check-list, hehehe. Citar
Membros Rafael Paiva Postado Janeiro 9, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 9, 2015 Desculpa, Rafael, mas não segurei o riso quando você falou da habanero! Rsrsrs. Rapaz, se isso acontece comigo, ia ter um troço. Não como pimenta DE JEITO NENHUM! É tipo uma alergia psicológica. Já estou preparando os argumentos para me livrar delas na trip, hehehe. Mas me tira umas dúvidas: O preço do tour para Palenque já incluiu as entradas pras cascatas e o ingresso das ruínas ou você os pagou à parte? Lembra o nome da agência? Você recomenda ou achou meia-boca? Ah, e valeu por reforçar que em San Cristóbal faz frio. Vou acrescentar agasalhos ao meu check-list, hehehe. hahahaha mas a pimenta acaba sendo suportável depois de um tempo o pacote do tour de Palenque inclui as entradas sim (só nao inclui o guia em Palenque). Te aconselho a pegar guia lá pq tem muita coisa interessante pra ouvir de lá! Não me lembro o nome da agência, mas me parece que este pacote é padrão de todas as agências! Não deixe de tomar o café de lá tambem Citar
Membros Jamile Moreira Postado Janeiro 9, 2015 Membros Postado Janeiro 9, 2015 Ok Rafael, valeu pelas dicas! Depois do encontro com zapatistas, agora estou curiosa pra saber como foi o mergulho e a subida no vulcão As fotos ficaram show! Citar
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