Membros de Honra LEO_THC Postado Julho 14, 2009 Membros de Honra Postado Julho 14, 2009 FONTE: Blog do Paulo Nunes http://blogdopaulonunes.com/v2/2009/07/conquista-quer-ser-mais-uma-zona-turistica-da-bahia/ Não é nenhum município litoral de belas praias, cachoeiras, riachos grutas e cavernas, mas Vitória da Conquista, distante 509 quilômetros de Salvador, com mais de 300 mil habitantes e cerca de 1 milhão em torno de sua região, tem um potencial econômico e de negócios mais dinâmico do Nordeste e quer ser incluída como Zona Turística da Bahia se somando as 13 já existentes. Ainda está longe de chegar lá, mas a cidade está discutindo idéias e sugestões para preencher todos os requisitos e exigências a fim de que o Governo do Estado e o Ministério do Turismo reconheçam e aprovem mais esse título merecido. A nova Zona se chamaria “Caminhos do Sudoeste”. Nesse sentido, por iniciativa da Coordenação de Turismo da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal e do Sebrae, várias reuniões já foram realizadas com empresários do setor (agências de turismo), entidades de classe, técnicos da área e municípios da região sudoeste. A princípio, a nova Zona Turística englobaria 20 municípios que giram em torno de Conquista, incluindo Itambé, Itapetinga, Anagé, Brumado, Caetité, Guanambi, Ituaçu, Poções e Iguaí, mas com um raio de ação bem mais amplo. Como atrativos, esses municípios têm uma imensa riqueza natural e um patrimônio artístico, arquitetônico e cultural dos mais valiosos e importantes da Bahia. SEMINÁRIO E AEROPORTO Das reuniões, já nasceu o projeto de realização de um grande seminário regional na primeira quinzena de agosto, em Vitória da Conquista, para debater e montar estratégias de trabalho, visando a futura criação do roteiro “Caminhos do Sudoeste”. Nesse encontro serão discutidos vários temas que vão gerar um documento final, contendo o pleito e apontando as propostas essenciais para atender as qualificações de uma Zona. Um dos primeiros itens é fazer o levantamento do inventário de cada município envolvido. As empresas e os órgãos participantes da empreitada estão conscientes de que não é nada fácil, tendo em vista que a região ainda é carente de estruturas físicas e humanas em diversos setores. A implantação urgente de um novo aeroporto para Conquista, de um centro de convenções e expansão da rede hoteleira da cidade são os itens de maior necessidade. No entanto, os agentes estão certos da importância dessa nova Zona Turística e acreditam que se pode chegar lá com o potencial natural e econômico que se apresenta. O coordenador de Turismo da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Conquista, João Alberto, adiantou que já está marcada outra reunião com o grupo de trabalho para esta semana, com objetivo de traçar a programação do seminário. Para o encontro que deverá abordar, entre outros assuntos, Turismo e Desenvolvimento do Sudoeste, estão sendo convidados representantes dos municípios que vão fazer parte da Zona Turística. Tanto João Alberto como o coordenador regional do Sebrae/Conquista, Cláudio Cardoso, consideram o projeto relevante para a região que tem um enorme potencial econômico, principalmente nas áreas de mineração (ferro, manganês, urânio, mármores, granitos), agroindustrial (café, pecuária, laticínios em geral, algodão, flores, fruticultura, derivados de mandioca, engenhos de cachaça) e um comércio forte (Conquista). Além disso, eles citam pontos turísticos que precisam ser conhecidos como a barragem de Anagé, a Gruta da Mangabeira (Ituaçu), o Zoológico da Matinha e a Lagoa de Itapetinga (em Itapetinga), o centro histórico e a Casa de Anísio Teixeira (Caetité), as grutas e cachoeiras de Iguaí e municípios vizinhos, engenhos de cachaça (Itarantim e Piripá), dentre outros locais de atração. A gestora de projetos do Sebrae/Bahia, Rosália Rocha, destacou que a criação “Caminhos do Sudoeste” depende muito do levantamento do potencial de cada município. Ela espera que do evento saiam propostas de concepção da Zona Turística. Dentro desse contexto, assinalou que o encontro deve debater também questões de políticas públicas e elaborar um documento. Devem participar o setor público, empresários do ramo de turismo, produtores das áreas de artesanato, culinária/gastronomia, agentes culturais e artistas em geral. RECURSOS DO MINISTÉRIO O assessor Especial da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia, José Carlos disse que Zona Turística (a Bahia tem 13, como a de Ilhéus, Chapada Diamantina, do Dendê, Costa da Baleia) compreende a região geográfica onde estão incluídos os municípios, com vantagens de participar do bolo dos recursos do Ministério do Turismo e dos convênios com o Estado. Como um dos integrantes das reuniões, José Carlos entende que Vitória da Conquista tem condições de disputar fatias desse bolo. Para tanto, a região, através da realização de oficinas, é obrigada a fazer seu inventário e roteiro turístico, conforme as exigências dos órgãos. Alertou que o caminho para implantar uma Zona Turística não é fácil e deve durar de um a dois anos. O diretor da agência de turismo Maxtur, José Maria Caíres, que coordena um movimento em prol da construção de um novo aeroporto para Conquista, declarou ser muito importante a criação da Zona Turística “Caminhos do Sudoeste”, mas foi enfático ao afirmar que a cidade e a região ainda apresentam carências em termos de infraestrutura. Para ele, um novo aeroporto em Conquista é de necessidade urgente para incrementar os negócios, especialmente na área do turismo. Em seguida, aponta a rede hoteleira (existem 700 leitos em Conquista) que é pequena e precisa crescer. Quanto ao aeroporto, já existe uma verba das emendas do Orçamento da União de mais de R$50 milhões, “mas até agora não tem local definido, nem projeto”. Existe o risco dessa verba ser direcionada para outras obras “e sem aeroporto os outros setores, como o turismo, não se desenvolvem”. Com uma linha Conquista – Salvador – São Paulo – Rio de Janeiro e Belo Horizonte, de acordo com José Maria, fica bem mais fácil trazer o turista e fazer um roteiro barragem de Anagé – Ituaçu (Gruta da Mangabeira), estendendo o percurso até a Chapada Diamantina (Ibicoara, Mucugê, Andaraí e Lençóis), sem contar outros municípios como Iguaí, Itapetinga, Livramento de Nossa Senhora (fruticultura irrigada) e a histórica Rio de Contas. Por fim, José Maria chama a atenção para a questão do treinamento de pessoal nas cidades, como taxistas, recepcionistas de hotéis, guias e outras atividades ligadas ao turismo, para oferecer um serviço de qualidade ao visitante. Com quase 300 mil habitantes e um clima ameno, a cidade de Conquista conta hoje com o Festival de Inverno (agosto), bons restaurantes (pode ser feito festival de gastronomia), três museus, um Centro de Cultura, uma universidade e quatro faculdades particulares e monumentos históricos, mas ainda é carente em termos de programação cultural. Existe ainda um projeto do Banco do Nordeste de instalação de um Centro Cultural, e as áreas do Monumento ao Cristo, de Mário Cravo, e o Poço Escuro estão sendo reformados e urbanizados. Vários casarões foram reformados, destacando a Casa Regis Pacheco.
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