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Esse é o relato de minha viagem á Bólívia e Peru feita em novembro de 2007. Já faz algum tempo, mas acredito que algumas informações podem ser úteis e, assim como eu gosto de ler sobre relatos de outros viajantes, penso que o meu também pode servir de inspiração a outros mochileiros como eu.

 

1. De São Paulo a Corumbá – 15.11.07

 

Depois de três anos de espera, finalmente consegui fazer minha incrível viagem a Machu Picchu, a cidade perdida dos Incas. Eu e a Vivi estávamos nas preparações para o nosso casamento, e a Vivi não queria ir, pois estávamos com pouca grana, mas eu fui firme, não queria prorrogar por mais um ano e colocar um sonho na frente de outro. Então, fui sozinho.

A Vivi foi me levar na rodoviária do Tietê onde peguei o ônibus da Viação Andorinha. Chegando lá, ela ficou com vontade de ir também, então tomou a vacina contra febre amarela e comprou uma passagem de avião para me encontrar em La Paz uma semana depois.

O ônibus saiu da rodoviária do Tietê ás 11 da manhã debaixo de chuva e seguiu em direção ao interior. Tinha vários bolivianos dentro do ônibus, uma policial que sentou ao meu lado e conversou comigo o tempo inteiro, até a divisa do Mato Grosso do Sul, onde ela desceu, e mais três caras de Santo André, Fernando, Eduardo e Thiago, que também estavam indo para Machu Picchu.

Fizemos paradas em Botucatu e Presidente Prudente. O onibus passa pelo Rio Paraná, na divisa entre São Paulo e Mato Grosso do Sul, mas estava escuro então eu não vi nada. Nós compramos cerveja nas paradas e fizemos a maior zueira. Mas depois a cerveja acabou e o pessoal ficou cansado, daí todos dormiram.

 

2. Corumbá e Trem da morte – 16.11.07

 

De madrugada o ônibus fez uma parada em Campo Grande, mas estava escuro e não dava pra tirar fotos. Acordei ás 6 da manhã na cidade de Miranda com uma hora a menos de fuso. O café da manhã parecia bastante gorduroso, então eu preferi não comer. Depois foram mais duas horas até Corumbá. É legal porque o onibus atravessa o Pantanal e é possível avistar tuiuius e jacarés na beira da estrada.

O onibus foi direto para a fronteira. Descemos no posto policial para carimbar o passaporte e preencher um controle de imigração. É bem tranquilo. Ao passar na fronteira os cambistas te abordeam para trocar dinheiro, troquei R$ 100 por B$ 360.

O contraste é imediato. Em Corumbá as ruas são bem cuidadas e a cidade é organizada. Em Puerto Quijarro as ruas são de terra e existe bastante pobreza.

Ao descer do ônibus vários Bolivianos se aproximam de você para oferecer serviços, contratamos uma corrida de táxi por B$10 até a estação de trem.

Em frente a estação também é tudo precário. Alguns bolivianos que vieram conosco no ônibus ficariam um dia na cidade para tomar o trem no dia seguinte, pois não haviam mais bilhetes, mas eu não queria perder um dia ali. Então conversamos com uns caras na estação que combinaram em colocar a gente pra dentro do trem sem bilhete mediante uma caixinha. Daí começou a aventura.

Primeiro ficaram com as nossas identidades. Os caras ficaram preocupados, mas eu não esquentei tanto, pois estava com meu passaporte. Também não tínhamos direito a assentos. Sentávamos nas poltronas vazias, mas se o dono do assento chegasse eramos obrigados a levantar e procurar outro lugar.

Faziamos muita algazarra. Compramos cerveja numa parada, e como era muito barato R$ 0,60 compramos uma caixa e distribuimos para as pessoas no vagão. Até que tomamos um enquadro da polícia boliviana, pois é proibido consumir bebidas alcoólicas dentro do trem.

Depois do come da polícia a galera ficou mais calma. O engraçado é que justo o Fernando, que é o mais tranquilo da galera, foi quem tomou uma geral, pois os outros caras já tinham tomado a sua cerveja, inclusive eu, e tinha um boliviano com uma latinha na mão que jogou pela janela quando a polícia chegou,

Andávamos de um vagão para outro, fizemos amizade com as outras pessoas no trem e passávamos metade do tempo em pé entre os vagões. No trem se vende de tudo: frango frito, espetinho, peixe frito, pão de todo tipo, soda fria, água mineral, suco, gelatina, etc. É muito cômico, não existe higiente e só os bolivianos têm coragem de comer a comida. Poucos brasileiros se atrevem a comer.

Á tarde eu dormi um pouco, pois sabia que quando chegássemos em Roboré o trem ficaria cheio e ficaríamos sem lugares pra sentar. E foi o que aconteceu. Já estava de noite e havia muita gente do lado de fora da estação.

Entrou um monte de gente pra viajar e outro monte de gente vendendo comida. Havia uma menina com um balde de suco que gritava: suco, suco, suco. E quando você pedia o suco ela enfiava o braço dentro do balde com um copo de plástico e pegava o suco pra você.

Eu não estava muito preocupado com o meu lugar, nem os caras, com excessão do Salcinha, um cara de São Paulo que se juntou a nós e queria sentar, então, como só havia um lugar vago, deixamos para o Salcicha. Ficamos mais de duas horas em pé entre os vagões, contando piada e dando risada. Até que o condutor do trem passou e arrumou lugar para todo mundo, cada um em um vagão diferente.

Consegui dormir um pouco. Os caras ainda foram despejados novamente e tiveram que caçar novos assentos.

 

3. Trem da Morte e Santa Cruz de la Sierra – 17.11.07

 

Quando amanheceu tinha comida diferente passando: pão com mortadela, pão com salcicha, café brasileiro, gelatina de pata de vaca, etc.

Acordamos com a polícia chamando o Fernando:

_ Usted estava con las Chicas?

Ele não entendeu nada, então os guardas foram embora, eu disse a ele que os guardas perguntaram se ele estava com as meninas.

Tinha duas meninas assanhadas dentro do trem. Eram duas bolivianas bonitas, mas menor de idade, e o Fernando ficou conversando com uma delas. E acabou sobrando pra ele novamente, pois a bolsa da menina sumiu e os guardas acharam que ele poderia ter pegado. Fizeram ele abrir a mochila novamente. Depois o condutor do trem apareceu e não deixou que os policiais revistassem mais ninguém.

É preciso ter cuidado com as mochilas. As nossas estavam todas juntas e estávamos em bastante gente, por isso fiquei mais tranquilo, mas se estivésse sozinho teria mais cuidado.

A hora dentro do trem não passa de jeito nenhum. Estávamos ansiosos para chegar logo em Santa Cruz de la Sierra. E eu estava louco para escovar os dentes e tomar banho. Também estava com fome, pois com medo de ir ao banheiro do trem, que era imundo, preferi não comer nada, apenas barras de cereais e cerveja.

O capitão devolveu nossos documentos de manhã pra nossa felicidade, e também para a felicidade do Salcicha, que era o mais preocupado. Há pelo menos duas horas um bolivianos falou pra gente que faltava meia hora pra chegarmos em Santa Cruz.

Quando o trem chegou, nos despedimos do pessoal e fomos para o hotel Suécia, na frente do Terminal. Tomamos banho e voltamos para o Terminal para comprar as passagens para o dia seguinte. Depois fomos para o centro de Santa Cruz, um lugar bonito, com uma igreja grande que estava fechadae uma praça limpa e arborizada. Em volta da praça ficam as sedes do governo da província de Santa Cruz e faixas pelo movimento de separação que existe na Bolívia.

Já era 4 da tarde e não encontrávamos restaurantes abertos. Então comemos “hamburguesas con papas fritas” e cerveja local. Fazia dois dias que eu não me alimentava direito, e saí dali com a barriga cheia.

Tirei algumas fotos no centro de Santa Cruz enquanto os caras ficaram sentados no banquinho e depois voltamos para o Hotel para dormir um pouco.

Por volta das 11 da noite, os caras me acordaram e fomos pra balada. Haviam poucos bares no centro. O Eduardo e o Thiago queriam ficar rodando por todas as ruas até achar um bar mais legal, mas não haviam mais. Tinha uns três na frente da praça 24 de Septiembre, e andamos mais uma hora até decidirem entrar em um deles, o Café Lorca, que eu gostei muito.

Comemos uma poção de amendoim com batatas e bananas fritas e tomamos cervejas. Descobrimos neste bar que o agito da cidade fica em outra avenida, longe do centro. O Eduardo e o Thiago ainda foram pra lá, mas eu e o Fernando voltamos pro hotel, pois já era tarde. E antes de tomar o táxi pro hotel o Fernando quase toma a terceira geral, pois resolveu tirar a água do joelho no meio da praça.

 

4. Santa Cruz de la Sierra a Sucre – 18.11.07

 

Acordei bem cedo e, como a galera ainda estava dormindo, resolvi dar uma volta sozinho. Primeiro fiquei um pouco na internet e depois comprei minha passagem para Sucre. Como sempre ouvi que essa viagem era uma das mais cansativas, então comprei numa companhia boa.

Encontrei um italiano que estava conosco no trem e tomei uma cerveja com ele no bar. Comprei xampu e barbeador numa barraca. É difícil encontrar mercadinhos na Bolívia, e na farmácia não encontrei protetor solar.

Voltei para o hotel. O Eduardo e Fernando tinham saído, mas o Thiago ainda estava dormindo. Eu acordei ele, pois daqui a pouco teríamos que sair do hotel. O boliviano que limpa os quartos nos disse que nunca foi a La Paz, pois a estrada é muito perigosa e os motoristas dirigem bêbados! É bom saber. Muito obrigado pela informação.

Deixamos as malas no hotel e fomos no centro almoçar. Encontramos um restaurante com comida brasileira muito bom. Comi arroz, feijão, picanha e batata frita e linguiça. Os donos eram brasileiros e a maioria dos clientes também. Em Santa Cruz existem muitos brasileiros que estudam medicina lá, pois é mais barato. As mulheres de Santa Cruz também são bonitas, ao contrário do resto da Bolívia.

Encontramos um mini-mercado no centro. Comprei umas barras de cereal e depois voltamos para o hotel para pegar as malas.

Antes de pegar o onibus ainda tomamos umas cervejas no terminal. No restaurante que entramos não tinha cerveja, mas o balconista foi correndo buscar em outro bar pra gente.

Me despedi da galera e tomei o onibus. Buscama, confortável e muito bom. Paramos a noite em um local muito pobre chamado Samaipata. O restaurante era sujo e o banheiro era imundo. Acho que o mais sujo que já vi em toda minha vida, mas ainda assim, tinha pessoas que comiam naquele local sem preconceito, inclusive estrangeiros.

A estrada para Sucre sobe os altiplanos bolivianos e é muito ruim, mas eu nem percebi, foi dormi a viagem toda, e quando tive fome comi as minhas barras de cereais.

 

5. Sucre a Uyuni – 19.11.07

 

O ônibus chegou á Sucre ás 6 da manhã, como previsto. A rodoviária é feia e o entorno também. Comprei a passagem para Uyuni para ás 7 da manhã, portanto não tinha tempo livre para conhecer a cidade, mas o ônibus passou pela parte histórica, e deu pra ver que ela é bem interessante. Pena que não consegui tirar fotos.

Ao meu lado sentou um espanhol, senhor aposentado que viajava sozinho pela América do Sul durante quatro meses. Conversamos por toda a viagem até chegar em Potosí, ás 11 hs. Ele ficaria dois dias na cidade, e eu tive que esperar outro ônibus da mesma companhia que continuaria a viagem.

Não tive uma boa impressão de Potosí. Achei ela feia, suja e desorganizada, mas depois me contaram que a parte histórica é bastante bonita, e tem o Cerro Rico e o Palácio de la Moneda.

Na saída de Potosí, o motorista do ônibus bateu de propósito em uma caminhonete, apenas porque o cara parou no meio da rua. Fomos para uma delegacia e perdemos cerca de uma hora e meia por conta disso. Os motoristas na Bolívia são muito irresponsáveis. Nos cruzamentos não existem semáforos, passa quem buzinar primeiro. Não se estacionam os carros ao lado da calçada para embarque e desembarque. Eles param no meio da rua mesmo e quem vêm atrás tem que esperar e fica buzinando. Também não existem faixas de pedestres, e os motoristas fecham os cruzamentos, causando grandes engarrafamentos, é uma terra sem lei.

A viagem de Potosí a Uyuni foi muito cansativa. Estradas de terra sem nenhuma sinalização e penhascos enormes. Nesse momento da viagem tive um pouco de dor de cabeça, pois estávamos a cerca de 5.000 mts de altitude.

Conheci no onibus três brasileiros de Rondônia: Jairo, Jeronimo e Natália. Conversamos um pouco, mas quando o ônibus chegou em Uyuni ás 8:30 da noite, nós nos desencontramos e eu acabei fechando o passeio ao salar com a agência Blue Line, e fiquei num quarto com banheiro privado num hotel em frente à agência Hotel Avenida. Á noite não foi tão fria como eu achava que seria, e consegui dormir tranquilo.

6. Salar de Uyuni – 20.11.07

 

Acordei bem cedo e fui dar um rolê no centro de Uyuni. O dia estava bonito e a cidade parecia calma e agradável. As lojas ainda nem estavam abertas. Tirei umas fotos e fiquei esperando a hora passar até o início do passeio que começaria ás 10:30hs.

Teve um austríacos que faria o passeio conosco, mas passou mal por causa da altitude e ficou no hotel.

Conheci duas meninas suiças que fariam o passeio, muito legais, falavam várias línguas, então conversamos em inglês e espanhol. Tinha também dois casais jovens de alemães, mas estes eram muito fechados. Somente uma das meninas tentou conversar comigo, mas a gente não se entendeu muito bem.

O guia não explicou nada. Somente nos levou até os lugares e serviu o almoço. Primeiro fui ao cemitério de trens, um local com um monte de trens antigos e sucateados. Lá encontrei com os 3 brasileiros de Rondonia. Estavam fazendo o passeio de 3 dias. Depois fomos a um pequeno povoado onde em um museu do deserto e umas lojas de artesanato.

Em seguida entramos no Salar. É quase impossível olhar para o chão sem um óculos de Sol, por causa da claridade. O carro andou em linha reta por mais de meia hora. Fizemos uma pequena parada para foros no meio do salar. O chão é muito branco e duro. Eu pensava que fosse arenoso, mas não é.

Depois chegamos á Ilha Intihuasi. Parece uma ilha no meio do oceano, mas é um mar de sal petrificado. A ilha tem diversos cactus gigantes. Encontrei os três brasileiros e fiquei metade do tempo andando com eles. Subimos até o topo da ilha, com muito cansaço por causa da altitude.

Outra metade do tempo fiquei andando com as duas suiças. Tirei umas fotos legais com elas no meio do Salar.

Eu que não gosto muito de comidas diferentes, comi uma das refeições mais exóticas da minha vida: Quinua com carne de llama. Gostei muito, a quinua parece um arroz com casca meio adocicado, e a carne de llama é parecida com carne de carneiro.

Todos ficaram conversando em alemão durante o almoço, inclusive as duas suiças, e eu fiquei boiando.

Adorei o passeio ao salar, foi um dos pontos altos da viagem. Na volta nós passamos pelo hotel de sal, mas não entramos. Vimos também os geiseres que brotam do solo devido à atividade vulcânica. Esta hora fazia frio e ventava muito.

Chegamos á Uyuni em meio de um vendaval que derrubou várias placas e não era possível enchergar direito devido ás tempestades de areia. Eu não tinha mais direito a ficar no hotel e ainda faltavam duas horas para o meu ônibus sair. Então entrei numa pizzaria para passar o tempo.

Encontrei dois equatorianos que vieram me pedir cigarro no salar, e também um alemão e um argentino que se juntaram a nós na mesa. Ficamos conversando em espanhol e inglês, assistindo jogo e tomando cerveja.

O alemão não falava nada em espanhol, mas estava aprendendo, e viajava junto com o argentino, que falava bem o inglês. Fo muito legal. O argentino me recomendou um hotel em La Paz onde os hóspedes podem escrever nas paredes, podem fumar maconha e ainda é cheio de argentinos. Eu hein!

Tinha dois ônibus que faziam a viagem até La Paz, um mais economico a B$50, e outro mais caro B$200 com semi-leito, ar condicionado e banheiro. Então pensei, eu quero aventura, e comprei a passagem do ônibus mais barato.

Saí para pegar o ônibus, e nesse meio tempo só pude ir duas vezes ao banheiro. Eu precisava ir mais uma, afinal, tinha bebido cervejas. O onibus saiu sem checar os passageiros e sem esperar ninguém, e tivesse ido ao banheiro teria ficado pra trás. O onibus era ruim, a estrada horrível e ainda colocaram um monte de bolivianos sentados no meio do corredor. E eu morrendo de vontade de mijar. Não resisti. Joguei pela janela a água de minha garrafa e mijei dentro dela. Como o onibus estava escuro, ninguém viu. Pouco depois o ônibus parou para o pessoal mijar á beira da estrada. Para descer do ônibus tinha que pular os bolivianos que estavam no chão. É nisso que dá pegar o onibus mais barato.

 

 

7. La Paz – 21.11.07

 

A viagem de onibus foi muito cansativa. Foram quatro horas numa estrada de terra e o onibus pulava muito. Era impossível dormir. E eu ainda viagei com minha mochila no meio das pernas, pois o risco de ser roubado era grande.

No caminho sentou um estudante equatoriano ao meu lado, estava voltando de um congresso na Argentina com mais oito amigos. Foi minha sorte fazer amizade com ele, chamava-se Carlos, pois quando o onibus parou em Oruro de madrugada para troca de ônibus, eu não estava entendendo nada, e foi ele que me orientou.

A viagem de Oruro a La Paz foi num ônibus melhor e foi tranquila. Só haviam estrangeiros e deu pra dormir numa boa. Nada de bolivianos sentados no corredor.

A chegada em La Paz é pela cidade de El Alto, a mais de 4.000 mts de altitude. A primeira impressão é de que La Paz é uma grande favela. Mas não é bem assim. Na rodoviária usei a internet e depois tomei um táxi até o Hostal Copacabana. Estava cheio e tinha que esperar algumas horas. Dei uma olhada em outros hostels, mas acabei ficando mesmo no Copacabana.

Essa foi a parte mais chata na viagem. Sozinho em uma cidade grande e pobre, cansado e sem nenhuma programação de passeio para fazer.

Dormi um pouco no hotel e depois fui dar uma volta na cidade. Encontrei o Carlos com outro amigo equatoriano, ficamos andando juntos na cidade. Descemos até a avenida principal, 9 de Julio. Fomos na Igreja de São Francisco, onde La Paz foi fundada. Depois fomos até o palácio do Governo. Lá estava tendo uma grande manifestação contra o Parlamento, que tinha projeto de mudar a sede para Sucre.

Bolivianos e Chollas gritavam palavras de ordem, e haviam policiais armados por todo lado. Bateu um medo, pois lembrei dos confrontos que tiveram a pouco tempo atrás nessa região e deixaram vários mortos, mas por sorte, tudo não passou de uma manifestação pacífica.

Mais tarde começou a chover, então entrei no museu de artes. Fiquei lá até a chuva passar. Prédio interessante com arquitetura espanhola e uma grande fonte no meio do páteo interno.

Depois fui andar na avenida principal de La Paz, e percebi que a cidade não é tão pobre quanto parece. E nas ruas do centro antigo, onde estou hospedado, vende-se de tudo, e o preço das coisas é bastante economico.

Á noite entrei sozinho em um bar para ver o jogo do Brasil. Todos lá dentro torciam para o Uruguai, menos eu, mas o Brasil ganhou de 2x1. Tomei três cervejas, fiquei bêbado e voltei para o hotel logo após o final da partida. Dormi como uma criança.

 

8. La Paz (Chacaltaya) – 22.11.07

 

Fui fazer o passeio ao Nevado Chacaltaya que contratei no dia anterior. O guia passou no hotel para me pegar ás 8:30hs conforme combinado. Entrei na van, só tinha europeus. Eram duas suiças, um casal de italianos e um casal de suecos.

A van foi subindo as ruas de La Paz pela periferia, ao invés de utilizar a autopista, acredito que para não pagar pedágio. É muito legal, os bolivianos constroem prédios beirando os barrancos. É como os “puxadinhos” feitos no Brasil. Os filhos casam e constroem as casas em cima das casas de seus pais. As casas viram prédios de três ou quatro andares amontoados nos morros.

A van parou num lugar bem alto para sacarmos algumas fotos, depois continuou o passeio até Chacaltaya, que dura cerca de uma hora e meia.

Paramos no meio do caminho novamente para tirar fotos de Wuayna Potosí, com mais de 6.400 mts de altitude, muito bonito.

A base de Chacaltaya fica a 5.200 mts de altitude. Infelizmente não é mais possível esquiar, pois o aquecimento global derreteu parte da neve e hoje em dia a pista de ski mais alta do mundo serve apenas de passeio turístico.

Como eu não sei esquiar e nunca tinha visto neve em minha vida, não me importei muito. Estava ansioso para subir até o pico da montanha.

Começamos a caminhada. O guia foi na frente, o italiano, acostumado a andar na neve também. As duas senhoras suiças não aguentaram subir até o topo e pararam na metade. O sueco passou mal com a altitude, e eu parava para respirar ofegante a cada três passos, e como não sabia andar na neve, caía toda hora. Demoramos quarenta minutos para subir os 200 mts que separam a base do pico, parece muito, mas não é nada fácil subir 200 mts quando se está a mais de 5.000 mts de altitude.

Tiramos fotos lá no alto. Havia um símbolo do nazismo desenhado numa pedra que a italiana fez questão de riscar. Depois, o italiano me ensinou a andar na neve, e a caminhada foi mais fácil.

Tomei chá de coca na base do Chalcataya. Não é ruim, mas não dá nenhum barato.

Na volta de Chacaltaya, passamos pela cidade de La Paz e fomos para o Vale de le Luna, do outro lado da cidade. São pedras esculpidas pela ação do tempo que parecem a formação rochosa da lua, eu não achei muita graça, mas como estava incluso no passeio, vale a pena. Lá encontrei três brasileiras, mas não deu tempo de conversar com elas porque a van já ia voltar.

A região sul de La Paz é mais rica, tem bairros bons, com shoppings e construções mais novas. A van nos deixou perto do hotel. Eu dormi um pouco e ás 8 da noite tomei um táxi até o aeroporto para buscar a Vivi.

O vôo dela chegaria ás 11hs. Eu fiquei no aeroporto todo ese tempo impaciente, e o avião atrasou 1:30hs. Para o meu desespero, ela não desceu do avião. E como a gente não tinha se falado a tarde eu não sabia o que tinha acontecido.

Tentei ligar para o Brasil, mas os telefones não faziam ligação a cobrar. O motorista de táxi me levou de volta ao hotel e disse para eu ficar tranquilo, mas eu ainda estava tenso. Não tinha nenhuma loja de cabines telefonicas funcionando, pois já era 2:00 da manhã. Também não dava pra ligar do hotel e nem pra acessar a internet. E eu continuei sem saber o que tinha acontecido.

Pra aumentar minha agonia, a campainha do hotel estava quebrada e o cara da recepção estava dormindo. Eu fiquei meia-hora do lado de fora chamando até o cara acordar.

Fui dormir preocupado, na verdade, quase não dormi. Deitei sem tirar a roupa do corpo para não perder tempo quando acordasse no dia seguinte.

 

9. La Paz (Tihuanaco) – 23.11.07

 

Acordei ás 6 da manhã e tomei um táxi até a Rodoviária, pois sabia que lá as cabines telefonicas estariam funcionando. Consegui ligar para a Vivi. Ela perdeu o vôo porque pegou um grande congestionamento em São Paulo (básico).

Voltei para o hotel, dei mais umas voltas na cidade e tirei mais fotos. Já tinha pedido o horário dos passeios para Tihuanaco. Então resolvi ir sozinho.

Os ônibus para Tihuanaco saem de frente ao cemitério, assim como ôninus para várias outras localidades. Ele sobe a cidade pela periferia para não pagar pedágio, e passa por El Alto.

Enquanto La Paz fica num buraco e tem 2 milhões de habitantes, El Alto tem 1 milhão e ambas são bem pobres. La Paz se eleva sobre as montanhas, e El Alto se estende por um extenso planalto. No centro de El Alto ainda existem ruas de terra, e existe uma grande feira que acontece de terça e domingo onde se vende de tudo, de roupas velhas até pilhas usadas.

A viagem demora cerca de uma hora e meia. Estava sol e céu azul. Acho que foi o dia mais bonito da viagem. O ônibus para na frente do museu. Achei a entrada cara – B$ 80. O museu não tem graça e não pode tirar fotos. Legal mesmo é o sítio arqueológico que fica mais adiante. Tihuanaco foi uma civilização andina que viveu a mais tempo que o império inca. Existem vários artesanatos que datam de antes de cristo. Vasos de cerâmica, estátuas, lanças e outros apetrechos.

Saí do museu, porque além de chato ainda tinha um monte de excursões lá dentro. Fui pro Sítio Arqueológico. Logo na entrada você sobe um morrinho que dá vista para todo o sítio. Na praça central tinha mais de quinhentas pessoas e estavam fazendo uma oferenda com uma llama em um tipo de ritual que eu não entendi. Haviam pessoas de várias nacionalidades. No fundo da paisagem tem uns morros que formam uma paisagem muito bela, até porque estava sol e céu azul.

Eu tirei fotos no portal do sol, passei ao lado do ritual, mas não perguntei o que era, e o pessoal começou a ir embora. O sítio arqueológico ficou vazio.

Eu ainda fiquei lá por mais uma hora, mas não tinha nada mais pra fazer. Sentei numas barraquinas que tem na frente do museu e bebi uma cerveja. Mas não tinha nenhuma sombra no local e a cerveja ainda estava quente. Então, fui embora.

Fiquei um tempão esperando passar um microonibus para voltar a La Paz, e quando chegou um, estava lotado, daí eu fiz uma besteira.

Não recomendo entrar em um microonibus boliviano que esteja lotado, pois fui sentado num banco ao lado da porta, e mesmo que não haja mais espaço, eles colocam mais gente dentro do ônibus. Fui com uma cholla do meu lado apertada e quase sentada no meu colo. Uma sensação nada interessante, pois aparentemente, elas não tomam banho, e também não são nada atraentes.

Chegando a La Paz, tinha um desfile nas ruas perto do cemitério e o trânsito estava ainda mais caótico, então resolvi ir até o centro a pé, não tem problema, pois é só descida, e ainda conheci uma parte da cidade que provavelmente eu não veria. As ruas parecem um grande mercado, com barraquinhas nas calçadas que vendem de tudo e você tem que ir pro meio da rua se quiser desviar delas e andar mais rápido.

Comi uma pizza no centro de La Paz, mas não gostei, não se parece em nada com as pizzas de São Paulo. E depois fui pro hotel descansar um pouco, pois teria que buscar a Vivi daqui a pouco.

Quando acordei saí do hotel e resolvi ir até o aeroporto de van, é mais barato e você se integra á cidade.

Fiquei menos tempo no aeroporto. A Vivi chegou num vôo antes que veio direto de Santa Cruz. Só que ela chegou sem a mala, ou melhor, mochila, que ficou em Cochabamba em outro vôo. Daí a gente preencheu um papel para a Aerosur entregar a mochila no dia seguinte, só que a Vivi falou que ficaríamos no Hotel Copacabana. Hotel bonito, de cinco estrelas, só que ela se confundiu, estávamos no Hostel Copacabana, de mochileiros e cheio de brasileiros, pelo que dizem, só que eu não encontrei nenhum.

 

10. La Paz a Copacabana – 24.11.07

 

Eu queria levar a Vivi para dar uma volta no centro de La Paz antes de irmos á Copacabana, afinal, ela perdeu um dia e não conheceu nada de La Paz. Mas precisávamos esperar os caras da Aerosur trazerem a mochila dela. Eles levaram no Hotel Copacabana, então, tive que ligar para a empresa e avisar que estávamos no Hostel Copacabana. Foi rápido e meia-hora depois o cara chegou com a mochila dela.

Depois disso nós descemos pra andar pela cidade. Passamos na Calle Sagarnaga, Mercado das Bruxas, que tem um monte de especiarias e roupas baratas, vende até feto de llama. Passamos pelo convento de São Francisco, Palácio do Governo e descemos para a 9 de Julio. Almoçamos no Brosso, um restaurante muito legal no centro de La Paz. Depois voltamos para o Hostel. A cada passo na subida parávamos para descansar. E a Vivi comprou um monte de bugigangas, pois tudo é muito barato, então ela adorou.

Pegamos nossa mochila no hotel e tomamos um táxi até o cemitério. De lá partem microonibus para Copacabana. Entramos numa jardineira e aguardamos a partida. Existem ônibus de turistas que vão para lá, só que são mais caros e saem de manhã, e já estava tarde.

A viagem é muito bonita, pois vai margeando o lago Titicaca e passa por várias montanhas ao redor do lago. Até parece o mar, de tão grande. Tem uma hora que o ônibus para e entra numa balsa, e a gente tem que pegar um barquinho até o outro lado. É muito legal.

Chegamos na cidade e o ônibus parou em frente á igreja de Nossa Senhora de Copacabana, que é muito grande. Procuramos um hotel perto da igreja, mas não encontramos nenhum hotel legal, e acabamos ficando em um que parecia ser melhorzinho. Depois descobrimos que os hotéis melhores ficam mais perto do lago, mas já era tarde.

Estava muito frio e era preciso usar blusas, gorro e até cachecol. A tarde, comemos um lanche num restaurante na rua que vai para o lago, e á noite fomos em outro restaurante, pois a Vivi queria comer “Trutcha” do Lago Titicaca.

Até eu comi peixe, que não gosto, mas não podia perder a oportunidade de comer truta do Lago Titicaca. O restaurante era bem bacana, e o casal de garçons pareciam estrangeiros muito loucos que gostaram da cidade e resolveram ficar por lá. Na volta para o hotel estava ainda mais frio e a cidade já estava vazia.

 

 

11. Copacabana a Puno – 25.11.07

 

Acordamos cedo e fomos a um restaurante tomar café. Lá encontramos três brasileiros que iam pegar o trem da morte no mesmo dia que eu, mas não entraram no trem porque não tinham passagem. No dia seguinte o trem entrou em greve, e eles tiveram que pegar um avião.

Contratamos um passeio de meio-dia até a Ilha do Sol. Corremos pro hotel e voltamos para fazer o passeio.

Ficamos em cima da escuna, mas ventava forte e a Vivi preferiu descer. O motorista da escuna guiava o barco com o pé. Demorou uma hora e meia pra chegar na ilha. Chegando lá, ficamos pouco mais de uma hora. Foi tempo suficiente pra subir a escada do sol, que canseira! Lá em cima tem uma vilinha e mais nada além da paisagem.

Um menino periu para tirar uma foto. Eu tirei e depois ele falou que tinha que pagar. Tudo bem, eu já imaginava, e dei uma moeda a ele. Descemos as escadas, tomamos um chá de coca e pegamos a escuna de volta. Ela ainda passou por uma construção antiga dos Incas. Um templo num barranco da ilha do sol.

Chegando em Copacabana, pegamos as mochilas no hotel e tomamos um busão pra Puno. Cinco minutos depois descemos a fronteira com o Peru. Fomos os primeiros do ônibus a passar pela aduana, e depois ficamos do lado peruano, onde carimbamos os passaportes, trocamos o dinheiro, e ficamos esperando o resto da galera.

A viagem dura mais algumas horas ao redor do lago, até chegar em Puno. De lá, desembarcamos na rodoviária e fomos até o porto pegar uma lancha para conhecer as ilhas flutuantes dos povos uros.

O busão e a lancha no peru são legais, bem melhores que os transportes na Bolívia. E o guia explicava tudo em inglês e castelhano. As Ilhas dos Uros são ilhas flutuantes feitas com raízes da Totora, uma planta típica da região. E ficam numa parte do lago que é protegida dos ventos. Os Uros moram nas ilhas, que são construídos por eles mesmos, parece palha. O chão é firme e úmido. O guia fez algumas explicações e depois ficamos á vontade para andar na ilha. Demos uma volta em um barco de totora até a Ilha Taquile, uma das principais delas. Que tem até bar, hotel e telefone público. Tinha umas inglesas que dormir uma noite no hotel. Deve ser uma experiência muito interessante. Adoramos as ilhas, e na volta pegamos um pôr do sol que foi um dos mais bonitos da viagem.

Em Puno, o ônibus ia demorar pra sair, então fomos de táxi até o centro para comer num restaurante. Pedimos uns mistos e tomei uma inca-cola, diferente e gostosa, mas eu estava com pressa, então nós fomos bem rápidos.

A cidade parecia ser interessante, ao contrário do que eu tinha lido, mas estava de noite, então não dá pra ter uma boa idéia. Voltamos pra rodoviária e ficamos com mais seis brasileiros, os três que tínhamos conversado de manhã e as três meninas que conheci em La Paz. Combinamos de ficar juntos na sequencia da viagem, pois todos tinham o mesmo roteiro até Machu Picchu, mas a Vivi não gostou muito de uma das meninas, que por coincidência era a mais bonita e que falava mais.

No ônibus, tivemos que viajar com as mochilas entre as pernas, pois estava de noite e disseram que era perigoso. Eu hein. Não quero ter os meus pertences roubados.

 

12. Cusco – 26.11.07

 

O busão chegou em Cusco ás 4 da madruga. Saímos da rodoviária e tinha um cara lá do lado de fora gritando meu nome. É que como chegaríamos de madrugada, combinei um hotel com o cara da agência de viagens de Puno.

O cara colocou nossas malas num táxi e fomos pro hotel. Conosco foram as três brasileiras, o cara com as duas paranaenses, um casal de espanhóis, uma israelense e um australiano.

Não deu pra ver muita coisa de madrugada, mas percebi que as ruas eram estreitas e as casas tinham uma arquiteura espanhola. Estava com sono e não prestei atenção no hotel. A Vivi também não. Ainda bem.

Acordamos de manhã e percebemos que estávamos num moquifo, pra mim sozinho está bom, mas não pra ficar com minha noiva. Os caras do hotel não eram chegados numa limpeza, tinha até bituca de cigarro no chão. O piso do banheiro era vermelho, a privada estava respingada e pra tomar banho tinha aquela cortininha safada.

Saímos do hotel e fechamos todo o passeio incluindo city tour em Cusco, Vale Sagrado, trem para Águas Calientes, hotel e entrada para Machu Picchu. O guia foi conosco até a estação de trem para comprar as passagens para Machu Picchu. Na volta, passamos em uma agência de viagens e compramos as passagens de avião para Lima. Eu queria ir de busão, mas tínhamos poucos dias, e precisávamos ganhar tempo.

Comemos uma lasanha em um restaurante da Praça de Armas e depois fomos pro hotel. O passeio ia começar. O city tour começa pela Praça de Armas, uma praça grande com flores e chafarizes. De um lado tem uma grande igreja, a catedral de Cusco, e do outro fica a grande igreja da Companhia de Jesus. Nas duas outras pontas, corredores com várias lojas cobertas por bares e restaurantes nas varandas.

O city tour começou pela catedral, tivemos que pagar para entrar, e isso já rolou um stress, pois achavamos que estava incluso. A catedral é da hora, tem a forma de uma cruz e um monte de estátuas maneiras lá dentro.

Depois descemos a rua e fomos até o templo de Qoricancha, estava chovendo e apareceu uns caras tirando fotos da gente. A Vivi comprou capas de chuva, só que eu não queria usar. Também pagamos a entrada ao templo de Qoricancha que não estava incluso no bilhete. O bilhete é importante, pois tem um monte de sítios arqueológicos legais que se forem pagos de forma avulsa saem mais caro, mas não dá entrada aos museus mais legais de Cusco.

No Qoricancha tem um páteo grande no centro e arredores ao redor. A monitora mostrou pra gente a arquitetura inca e o calendário astronomico. As paredes do templo têm uma pequena inclinação do lado interno e as pedras eram postas de um jeito que não desabavam quando havia terremotos.

A astrologia deles tinha animais considerados sagrados pelos Incas. O Puma, o condor e a serpente. Do lado de fora do templo tem um jardim com um gramado muito bonito.

Depois do Qoricancha tomamos a van e subimos algumas montanhas ao redor de Cusco, podendo avistar a cidade, e fomos até o sítio arqueológico de Sacsayhuaman. A área que compreende o sítio arqueológico é muito grande e ninguém pode construir casas na região. Parte das ruínas foi destruída pelos espanhóis, mas ainda assim é bem legal e tem um monte de lugares para andar. Tinha um cara com um condor que fazia poses para a gente tirar fotos. Tinha peruanas que também faziam poses com llamas e trajes típicos para fotos. É claro que tinha que pagar. E também tinha um mirante muito legal que dava pra ver toda a cidade de Cusco.

Na hora de ir embora apareceu os caras que tiraram foto da gente em Cusco, e a princípio eu não me interessei, mas o postal ficou tão legal que acabamos comprando. Depois ainda fomos num sítio onde tinha uma fonte da juventude, e eu passei um pouco de água nos meu cabelos brancos.

Na volta a van parou numa feira de malhas, mas a gente não comprou nada. Já tinhamos comprado um tapete com o calendário Inca na fonte de Qenqo. O preço inicial de 300 pesos saiu por 180. O assédio dos vendedores é de mais, só perde para Salvador, então você não pode mostrar interesse nas bugigangas, se não os caras te pegam e imploram até você comprar.

De noite fomos dar um rolê no centro de Cusco. Ao redor da praça de armas tem vários restaurantes. Comemos uma pizza e tomamos cerveja Cusqueña numa varanda em frente a praça de armas. Pizza ruim, cerveja boa e preço bom.

Depois fomos ao Mama África, que todo mundo fala. Tem bastante concorrência entre as casas noturnas, e fica um monte de gente de dando folder e falando pra você entrar na casa que eles fazem propaganda. No Mama África tomamos um drink chamado Machu Picchu, que é groselha, suco de laranja e licor de menta. As três bebidas não se misturam, e o copo forma as cores do reggae. O Mama África é escuro e tinha um pessoal dançando salsa, mas eu e a Vivi não quisemos arriscar.

 

 

 

 

 

 

13. Cusco (Vale Sagrado) – 27.11.07

 

Na turma que fez o passeio ao Citytour e que hoje iria ao Vale Sagrado tinha um casal muito engraçado, pois o homem sempre se atrasava e a esposa ficava chamando ele o tempo todo.

Antes do passeio nós descemos pra tirar umas fotos da praça de armas e tomar o café da manhã. A van passa pelo mesmo caminho que fez para Sacsayhuman, mas continua até passar para o outro lado da montanha. Descendo a montanha rumo a Pisac é possível avistar o Vale Sagrado. Pedimos para a van parar para tirar fotos. O bus parou perto de uma van e todos desceram. Antes de chegar a Pisac paramos em uma feira paramos em uma feira onde eu e a Vivi compramos o álbum de fotos para nossa viagem. Muito da hora.

Depois paramos na feira de Pisac. É uma das feiras de artesanato mais legais da região e toma várias ruas do vilarejo que fica entre as montanhas. A Vivi se empolgou com as compras e eu fiquei tenso, tive que dar uma breque nela e, quando voltamos para o ônibus, estavam todos sentados esperando pela gente.

As ruínas de Pisac ficam no meio das montanhas e é preciso muito folego para as caminhadas. Passamos por trilhas nas montanhas até chegar ás ruínas. É muito legal, pois fica a 3.300 mts de altitude, assim como Cusco e Chinchero, e as três cidades que têm a mesma altitude, mesmo estando numa região montanhosa, tem tambpem a mesma distância: 3km, formando um triangulo perfeito.

Pisac é mais impressionante que Sacsayhuman, mas ambos são muito legais. Voltei exausto para a Van. Tomamos suco de laranja feito na hora nas barraquinhas perto dos ônibus.

De Pisac saímos e o ônibus atravessa todo o Vale Sagrado, margeando o Rio Urubamba, a caminho de Ollantaytambo. Não tem sobe e desce e passamos por várias plantações e vilarejos pelo caminho.

Almoçamos num restaurante legal, e ficamos conversando com um suiço muito louco que se sentou conosco e identificou-se como Miguel, e começou a conversar. O cara tinha largado mulher e filho na suiça para viajar o mundo, era novo, tinha 32 anos, e estava na estrada a quase um ano, pois esse era o sonho dele. Já tinha passado pela Ásia e Europa, e agora estava pela América do Sul.

De volta ao busão, a maioria dos viajantes eram europeus, e todos ou quase todos tinham um livro que liam durante a viagem. Enquanto eu e a Vivi, os dois brasileiros chatos, falávamos o tempo todo.

Em Ollantaytambo teríamos mais escadas pra subir. A cidade parece maior que Pisac. Achei interessante o sistema de escoamento de água a céu aberto, feito elos Incas, uma arquitetura rica e inteligente.

A montanha que subimos em Ollantaytambo era menor que a de Pisac, mas não menos cansativa, pois o ônibus não vai até a metade, como em Pisac. Existe um ponto da montanha onde tem uns desenhos, nesse local o sol bate apenas uma vez por ano, no solstício de verão.

A van seguiu para Chinchero, mas deixou a gente com nossas mochilas em Ollantaytambo, onde pegaríamos o trem para Machu Picchu. Tínhamos algumas horas para ficar na cidade e nada para fazer. Então resolvemos tomar umas cervejas. O Miguel foi com a gente, e também outro suiço que estava a três meses na América do Sul.

Os caras são muito educados, conversaram entre eles em espanhol para que eu e a Vivi participassemos da conversa, pois um era da região francesa da Suiça e o outro da região italiana. O italiano eu entendo, mas francês não.

Tomamos umas cervejas quentes num restaurante e depois fomos a uma Lan House, onde acessamos email e comemos um lanche. Descemos juntos para a estação, por uma rua escura. Lá entramos e nos separamos dos suiços dentro do trem.

O trem é só de turistas e estava cheio de brasileiros e um monte de gente conversando. Eu e a Vivi acabamos dormindo, e só acordamos em Águas Calientes.

Indo para o hotel eu encontrei o Eduardo e o Fernando na praça central da vila. Eles estavam um dia em nossa frente, mas conversamos pouco, e no hotel, colocaram a gente no melhor quarto.

Enquanto a Vivi tomava banho eu desci com os brasileiros e tomei uma cerveja, mas voltei logo pra não deixá-la sozinha. E tem mais, no dia seguinte teríamos que acordar antes das 5hs para ir a Machu Picchu.

14. Machu Picchu – 28.11.07

 

Acordamos com o guia batendo à nossa porta. Não era nem 5hs da manhã. Levantei com toda disposição, afinal, hoje era o grande dia de ir a Machu Picchu. O grande dia.

Saímos do hotel e pegamos um ônibus ás 5:30hs da manhã. De noite não dava pra ver direito, mas de manhã foi possível ver o povoado de águas calientes. A beira do rio Rurubamba e cercado de montanhas por todos os lados. Montanhas bem altas que cercavam toda a vila.

O ônibus que vai a Machu Picchu sobe a montanha em zique-zague. A subida parece que não acaba mais. Lá no alto tem um restaurante caro e uma fila enorme pra entrar na cidade. O guia nos deu um suco e dois lanchinhos pra gente comer lá dentro. É proibido, mas colocamos na mochila então ninguém viu. Foi bom porque lá dentro não vende comida, então matamos a fome na hora do almoço sem precisar sair da cidade.

Tinha muita serração de manhã e não era possível tirar boas fotos. Eu estava ansioso pra tirar uma foto em Machu Picchu com a camisa do timão.

O guia ficou a parte da manhã conosco, deu algumas explicações nos principais pontos da cidade e depois foi embora. Ficamos por conta e teríamos o dia todo para andar lá dentro.

O casal de espanhóis e os seis brasileiros estavam conosco, mas quando fomos subir o Wayna Picchu cada um foi no seu ritmo. Nos separamos. As brasileiras foram na frente e os espanhóis foram atrás. Quando se olha o tamanho do morro dá vontade de desistir, mas continuamos. Fizemos em uma hora, dentro da média. No meio do caminho a serração foi se acabando e o sol apareceu. Loucura! A visão lá de cima é fantástica e as fotos ficaram da hora.

Ficamos lá no alto cerca de uma hora. A entrada para o Wayna Picchu é limitada a 400 pessoas por dia, portanto, é bom entrar cedo. Mesmo no pico da montanha existem construções da época do Império Inca, escadas, muros de pedra e um observatório. Olhar para baixo dá até vertigem. Você vê o Rio Urubamba serpenteando as montanhas em direção ao Vale Sagrado.

Tem um pássaro em Machu Picchu que se alimenta da comida que as pessoas dão pra ele, e quando eu tirei meu pão pra fora da mochila ele rapidamente apareceu, voando em um ou dois segundo até o alto da montanha para participar do lanche com a gente.

Na volta encontramos um monte de gente subindo o Wayna Picchu, e nós descendo, dando incentivo pra quem subia. Encontramos vários brasileiros, e tambem tinha o Suiço Miguel, com umas brasileiras.

O dia foi bom, fez sol o dia todo. Andamos a cidade de trás pra frente , depois da frente pra trás. Tiramos fotos no cartão postal de Machu Picchu. Depois eu fiz alguns filminhos muito legais.

A cidade é muito louca. As pedras se encaixam em um ângulo levemente inclinado que mantêm a estrutura firme quando acontece os terremotos. Existem umas llamas que ficam pastando no meio do gramado. É uma forma inteligente de manter a grama baixa sem precisar mandar cortar.

Saímos de Machu Picchu. Eu tomei uma cerveja Cusqueña no bar em frente á entrada e depois pegamos a van de volta. São seis dólares a van para voltar até Águas Calientes. É bastante caro, mas a Vivi estava cansada e nós já tínhamos andado o dia todo. Mas conheci umas meninas que foram e voltaram de a pé. Deve ser legal, pois quem não tem tempo pra fazer a trilha Inca pode ir a pé desde Águas Calientes e sentir um pouco da aventura.

Á tarde saímos pra comer no povoado de Águas Calientes. Comemos uma pizza, compramos umas camisetas e mais uma vez encontramos um monte de brasileiros lá. O povoado de Águas Calientes é interessante porque não tem carros. Só o trem chega lá passando entre as montanhas, ao lado do Rio Urubamba. É uma vila pequena e bem turística, que serve de ponto de apoio para quem vai á Machu Picchu.

Antes de dormir, eu precisava encontrar uma Lan House, pois o Corinthians jogaria com o Vasco, e caso ele ganhasse, estaria livre do rebaixamento para a série B, mas infelizmente não deu certo. O Vasco ganhou a partida no Pacaembú e minha agonia continuaria por mais alguns dias.

 

 

 

 

15. De Cusco a Lima – 29.11.07

 

Acordamos de manhã bem cedo para tomar o trem de volta á Cusco. A estação ficava atrás do hotel, e eu achei que o trem fosse para um lado, mas ele foi para o outro. Tudo bem. Tomamos o trem e descemos em Ollantaytambo, que é mais barato, e de lá tomamos uma van até Cusco. A van chegou em Cusco e fomos tomar um café da manhã antes de pegar nossas malas no hotel.

Como tínhamos um tempo disponível antes de tomar o vôo para Lima, resolvemos dar mais uma volta em Cusco para terminar de conhecer a cidade. Mas já tínhamos visto o principal, e nenhum dos museus que entrávamos aceitava o bilhete geral. Na verdade, os museus dentro da cidade que aceitam o bilhete não têm graça. Os melhores tem que pagar avulso.

O vôo de Cusco até Lima saiu ás 2hs da tarde, e uma hora depois chegamos em Lima. Eu gostaria mesmo de ter ido de ônibus para ir apreciando a paisagem, mas são cerca de 20hs de viagem e já não tínhamos esse tempo.

O avião levanta vôo da cidade de Cusco. A vantagem é poder vê-la de cima, cravada no meio das montanhas. Quando chegamos em Lima parecia uma outra viagem. O clima é totalmente diferente do ambiente andino a que tinha me acostumado. O tempo estava feio e nublado, sem falar na poluição. É uma cidade grande e não turística.

Tomamos um táxi no aeroporto que nos levou até o bairro de Miraflores. Pedi ao táxista que nos indicasse alguns hotéis da região. Ele nos levou em alguns hotéis caros que certamente ele tinha comissão. Pior é que os hotéis não ficam um perto do outro, se não, eu poderia escolher. Eles ficam afastados e não há uma zona turística central. Pedi para ir ao bairro de Miraflores porque tinha lido que era um dos melhores de Lima. Realmente é um bairro bonito, mas era diferente de todo o resto da viagem.

Deixamos nossas malas no hotel e saímos para dar uma volta. O Oceano Pacífico ficava a dois quarteirões do hotel e pouco mais adiante tinha o Shopping Larcomar, em frente ao mar e em cima de um grande barranco.

O Shopping Larcomar é legal porque parte dele é aberto e fica em cima de um barranco de frente pro Oceano. Dá tomar um chopp olhando para o pôr do sol no Pacífico. Também só isso que é bonito, pois a água é turva e gelada e a praia é toda de pedras. Ninguém entra, mas é uma fantasia boba de brasileiro ver o oceano pacífico, ou seja, chegar ao outro lado do continente.

Comemos comida mexicana em uma loja do Shopping. A Vivi comeu um Taco e eu comi um Burritos, e tomamos cerveja Brahma, que é muito vendida por aqui. Voltamos pro hotel e eu passei mal, mais tarde quem passou mal por causa da comida foi a Vivi.

 

16. Lima – 30.11.07

 

Eu melhorei, mas a Vivi continuou passando mal durante o café da manhã e teve que usar o banheiro do hotel. Eu pedi desculpas a todos, em espanhol, e disse que minha esposa estava enbaraçada (grávida).

De manhã a gente nem saiu, ficamos no hotel e eu esperei um pouco pra ver se ela melhorava. Só que ela também não queria perder o dia deitada no hotel, então, um pouco antes do almoço, tomamos um ônibus e fomos para o centro de Lima.

Primeiro passamos em frente a uma praça com uma grande estátua de San Martin, depois andamos mais um pouco e chegamos á Plaza de Armas, onde fica a sede do Governo Peruano. Havia uns jardins bonitos e uns prédios bem ajeitados. A calçada de um dos prédios parecia tão bem encerada que se não fosse preta seria possível se ver no chão.

Um peruano chegou perto da gente e ofereceu um city tour que nos levava até o Cerro, um morro perto do centro de onde era possível avistar toda a cidade. Lá em cima é bem legal, pois se vê Miraflores, o centro, o oceano, as rodovias ao redor de Lima e outros morros ao redor. Apesar do tempo feio, valei a pena.

Á tarde, com a Vivi já recuperada da comida mexicana, voltamos de táxi para o hotel e mais uma vez fomos comer no Shopping Larcomar, mas desta vez pegamos mais leve. De noite descobrimos uma rua em Miraflores que tem um monte de barzinhos. Não reparei se existem hotéis ao redor, mas acho que o agito era aqui e nós não sabíamos. Tinha um Bar do Brasil com um monte de morenas com a poupa da bunda de fora dançando. Não gostei. Comemos em outro boteco e voltamos pro hotel.

 

 

17. De Lima a São Paulo – 01.12.07

 

Em nosso último dia de viagem eu apressei a Vivi para descermos até a praia para tomar um banho de mar. Deveríamos ter feito isso ontem, mas acabou não dando tempo. O bairro de Miraflores fica no alto e para chegar na praia tem que descer umas escadas que descem o barranco. Andamos pela praia. Não tinha ninguém tomando banho, nem de água, nem de sol. Até porque não tinha sol. É ruim entrar na água, pois além de ela ser muito gelada, o mar é bravo e a praia cheia de pedras é mais um obstáculo. É ruim de andar a pé sobre elas, pois machuca os pés.

Eu molhei só as pernas, que já era o suficiente. A Vivi molhou os pés sem tirar o tênis. Nos apressamos em subir o barrando novamente, pois queria tomar um banho antes de ir pro aeroporto, e ainda tinha o risco de pegar um trânsito na volta, pois o aeroporto fica do lado oposto da cidade.

E realmente pegamos trânsito na volta, mas como saímos do hotel bem cedo, então não teve problema. A Gol estava com vôo novo para Lima, portante, a passagem aérea saiu em promoção por apenas R$ 500, mas não gostei do atendimento, pois em um vôo de cinco horas eles nos serviram apenas umas bolachinhas.

Chegamos ás 9hs da noite no aeroporto de Guarulhos e os pais da Vivi estavam esperando a gente. Saímos do aeroporto e antes mesmo de passar em casa, fomos comer uma pizza descente.

Pra terminar, no dia seguinte foi o último jogo do Corinthians no campeonato brasileiro. E infelizmente, o Timão empatou em 1 x 1 com o Grêmio, e o resto da história todos já conhecem.

  • Membros
Postado

É exatamente o roteiro que eu queria, principalmente pelo Machu Picchu e o Salar de Uyuni. Te adicionei como amigo, se puder me passe mais detalhes , principalmente o gasto com a viagem hehehe.

Obrigada!!!

  • Membros
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Olá Daniela,

 

Segue abaixo alguns custos que tive durante a viagem, estão todos convertidos em reais:

 

Transporte (valor por pessoa) R$

Bus de SP a Corumbá 180,00

Trem de Corumbá a Sta Cruz 50,00

Bus de Sta Cruz a Sucre 25,00

Bus de Sucre a Uyuni 17,00

Bus de Uyuni a La Paz 18,00

Taxi de La Paz ao Aeroporto 13,00

Van de La Paz ao Aeroporto 1,00

Bus de La Paz a Tihuanaco 6,00

Bus de La Paz a Copacabana 9,00

Bus de Copacabana a Puno 6,00

Bus de Puno a Cusco 33,00

Van de Cusco a Ollantaytambo 6,00

Vôo de Cusco a Lima 230,00

Taxi do Aeroporto a Lima 25,00

Vôo de Lima a SP (Gol) 560,00 (na época estava em promoção, hoje eu não sei).

 

Hotéis (valor da diária) R$

Santa Cruz Hotel Suécia 1 pessoa 13,00

Uyuni Hotel Avenida 1 pessoa 14,00

La Paz Hostal Copacabana 1 pessoa 18,00

La Paz Hostal Copacabana 1 casal 28,00

Copacabana Hospedaria Sucre 1 casal 19,00

Cusco Hospedaria San Blas 1 casal 24,00 (não curti não, era meio sujo)

Lima Hotel El Ducado 1 casal 132,00 (como era o final da viagem, queria ficar num hotel da hora, mas achei muito caro).

 

Passeios (valor por pessoa)

Passeio de 1 dia no Salar 56,00

Entrada Ilha Intihuasi 3,00

Passeio ao Chacaltaya 17,00

Entrada em Chacaltaya 4,00

Entrada no Valle della Luna 4,00

Entrada em Tihuanaco 22,00

Passeio de 1/2 dia á Ilha do Sol 4,00

Passeio á Ilha dos Uros 16,00

Entrada Qoricancha e Catedral 9,00

Pacote (City tour em Cusco + Sacsayhuaman + Qenqo + Vale Sagrado + almoço + Pisac + Ollantaytambo + Trem ida e volta + hotel em águas calientes + entrada em Machu Picchu + guia) 288,00

Microbus de Machu Picchu a Águas Calientes 11,00

City tour em Lima 10,00

 

Abraço.

 

Denis Tognetti

  • 3 semanas depois...
  • Membros
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Deto,

 

Estou com algumas dúvidas , sou mochileiro de 1º viajem e não sei se compro minha passagem de volta antecipadamente, não encontro preços atrativos de lima para o rio. Vc comprou antecipadamente ou comprou na hora mesmo ? Vi que estava na promoção mas não entendi se comprou antes.

Ainda não defini meu roteiro naum sei se saoi por lima ou se retorono pra santa cruz e pego um vvo pra campo grande. Está tudo dependendo do preço, se puder me ajudar ..

 

Vlw.

  • Colaboradores
Postado

karaka!

eu to rindo ate agora!

 

desculpe mas teve situacoes q vc enfrentou q foram hilarias pra mim!

 

mas fiquei loko pra ter aventuras do mesmo nipe q vc teve na minha q eu qro fazer agora em setembro....

 

valew pelas dicas e pelos valores! ja da pra ter uma ideia d qnto gastar!

 

valew!

  • 1 mês depois...
  • Membros
Postado

Cara, tava procurando informações para ir de La Paz a lima, passando por Machu Picchu e deu pra ter uma boa noção depois de ler o teu texto. parabéns pelas informações!

  • 3 meses depois...
  • Membros
Postado

Muito bom teu relato... tava qrendo fazer esse percurso Santa Cruz Sucre de Onibus, ai povo falou q era sinistrão, fikei com medo, mas agora vc me deu um pouco de coragem...mas faltou uma coisa... horarios de partidas... seria legal vc disponibilizasse!

  • 2 meses depois...
  • Membros
  • 3 anos depois...

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