Membros RoxaneOliveira Postado Janeiro 8, 2015 Membros Postado Janeiro 8, 2015 Muito legal o relato, Maria. Ai meu Deus desse sequestro relâmpago das meninas de Aracaju, hein? E agora? Eu vou sozinha. Vou tentar andar em grupos, pois estou com um frio daqueles na barriga. Estou indo agora dia 15 e suas dicas são de grande valia. Um abraço! Citar
Membros sara_izabeliza Postado Janeiro 9, 2015 Membros Postado Janeiro 9, 2015 Tá muito bom esse relato! E de todos que eu li acho que essa empresa que fez esse passeio pra vcs, parece ser muito boa, já ta tudo anotado aqui, pra quando eu for fazer essa trip! Citar
Membros mariameiroz Postado Janeiro 9, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 9, 2015 julirosacarvalho e RoxaneOliveira vc vão se apaixonar pela Bolívia. É a coisa mais insana que eu vivenciei... só tomar aquele cuidado que estamos habituados a ter que tudo vai sair bem!!! Ainda bem que vcs estão gostando...=) Vou correr para terminar antes que vocês viajem!!!! Citar
Membros mariameiroz Postado Janeiro 9, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 9, 2015 Deserto de Siloli - 2º dia Cinco da manhã, o despertador toca para mais um dia de deserto e paisagens de outro mundo. Acordamos atrasados porque no dia anterior o Rossando tinha atrasado mas dessa vez ele estava pontualmente ao lado do coche e de mau humor. Comemos correndo e partimos para os geisêres Sol de Mañana que aparentemente tem esse nome porque ficam ativos apenas pela manhã. Eles não pareciam nem perto de ficarem inativos, na real. O Henrique pirou nos geisêres - achou a coisa mais impressionante do mundo. O Rossando disse rosnando (acho que ele tava de ressaca de novo hahaha.. esqueci de comentar que uma das coisas que o 'Tiago" afirmou quando fomos contratar a empresa era que os motoristas não bebiam em serviço!! Que bom que isso é um diferencial não?) que uma das características do antiplano boliviano era a atividade vulcânica intensa e uma das mais "belas manifestações do Planeta Terra são esses geisêres dos Vulcões de Puna". Era um monte de piscina de barro fervendo, subindo e descendo, e várias fumaças meio estranhas e coloridas por causa dos minerais. Ainda tava muito frio e ficar perto dos geisêres acalmou o coração. Depois disso, passamos pelos banhos termais mas eu não sei o qeu dizer sobre eles. Não entramos, não deu a menor vontade de entrar e tinha uns gringos malucos dando bombinha na água. E ai corremos porque o Caio ia ficar na fronteira do Chile e o transporte dele saia as 10h00 da manhã. O Rossando queria nos convencer a não passar pelas lagoas porque elas estavam congeladas. Ele prometeu que ia mostrar outras coisas mais legais mas a gente não arredou o pé, queríamos as lagoas!!! Isso contribuiu para o mau humor dele. Passamos ainda por umas pedras, umas paisagens estranhos e estávamos com fome porque o café tinha sido bem escasso. Em um momento ele parou o coche para ir ao baño e os meninos aproveitaram. Nisso, o bombeiro já estava tendo alucinações... que nem quando em desenho animado o cara vê alguém como um cachorro quente gigante. Ele olhou para umas moitinhas marrons, apontou e exclamou: nossa é um deserto de coxinhas!!!! A gente realmente achou que ele ia sair correndo e tentar comer uma.Todos mundo caiu na gargalhada.... com gosto de saudades de casa e coxinha na boca. Paramos em um lugar que ao meu ver foi a coisa mais incrível dessa viagem. Acho que talvez, seja o cenário mais sensacional que eu me deparei nesses 15 dias de trip, talvez na minha vida inteira. Chamava Deserto Dalí, O nome segundo um Rossando carrancudo e lacônico foram os gringos que deram porque as montanhas parecem as pinturas do pintor espanhol. Eu sou apaixonada por Dalí e desde aquele dia, sou apaixonada pelo deserto no meio da Bolívia que leva seu nome. Não posso dizer mais e nem tenho palavras. Tem que ir lá e ver com os próprios olhos. Pausa para fotos... estava perto da hora de dizer adeus. A penúltima parada da viagem foi nas Lagunas Blanca e Verde. Nós paramos em cima de um morro e teve muito pouco tempo para tirar mais fotos...mas as duas era maravilhosas. Coisa de louco, essas lagoas coloridas do deserto de Siloli. Andamos até a fronteira. Abraçamos o Caio e desejamos uma ótima viagem. E ele se foi... para o Chile. E nós... ficamos entregues ao Rossando. Dentro do coche, ele arrumou o retrovisor e disse "Agora temos sete horas de viagem até Uyuni novamente. Com poucas paradas". Paramos apenas um um monte de pedras que ele achou que devíamos achar interessante. Era legal mas... nós queríamos pizza, cama e um banho quente!!!!!! Realmente, essa foi a hora de meditar, respirar fundo e segurar o cansaço, a vontade de tomar banho, de dormir, de fazer xixi em um lugar limpo, de trocar de roupa (acreditem, tinha esquentado nesse dia. DO NADA), de comer decentemente, de um guia bem humorado... enfim. Sete horas pelo deserto adentro. Ainda bem que estava em boa companhia. Olha, foi cruel essa viagem de volta. Lá pelas tantas a gente parou finalmente para comer. A comida foi virando precária... nesse almoço do último dia o Rossando nos deu um pouco de arroz duro, um pouco de legumes e uma lata de atum. UMA LATA DE ATUM para dividirmos em cinco! O Alessandro, o bombeiro, quase chorou. Juro, os olhos dele encheram de lágrimas. Ele e o Henrique tinham passado muito mal por causa da maionese que eles sabiamente tinham colcado um quilo no almoço do dia anterior. Mas só com muita maionese zuada e catchup aguado par engolir aquele arroz. Foi osso. Não sabemos muito bem o porquê mas o Rossando começou a ficar felizinho. A gente acha que ele estava perto de voltar para casa ou encontrar com algumas das amantes dele. Só sei que na pressa dele de voltar a gente terminou chegando muito antes do tempo - a gente desenvolveu uma teoria de que ele tinha que retornar as 17h00. Resumo da ópera, 15h00 a gente estava muito perto de Uyuni. Então ele resolveu parar de boa, em uma vila chamada São Cristovão, para matarmos essas duas horas sem fazer absolutamente NADA! Ficamos parados, ao lado do coche, olhando por duas horas uns para a cara dos outros. Quando estávamos voltando para Uyuni, acho que ele notou nosso mau humor. No nada ele freia, abre a porta, vai no porta malas e pega um saco de pirulito! O cara sabia que nós éramos baratos. Ele comprou nossa felicidade com um pirulito. Chegamos em Uyuni exaustos e com fome. Colocamos as mochilas nas costas (que estavam na sede do Tiago Tours... nós levamos apenas uma mochila para o deserto) e procuramos a pizzaria mais próxima. Os mineiros que encontramos em La Paz estava indo no sentido ao contrário do nosso e tinham recomendado uma pizzaria que servia carne de lhama. Estava louca para comer essa pizza mas meus companheiros de viagens, famintos e esgotados, só pensavam em peperonni. Uyuni também só tem uma rua com 8 pizzarias e acho que todas tem o mesmo precinho meio salgado que nem o Salar. Justo. Comemos em uma que estava no Trip Advisor. E comemos como ogros com grande canecas de cerveja. Os bombeiros pegaram o ônibus para La Paz. Desejamos boa sorte para eles. Recentemente, eu vi no Facebook que eles ficaram noivos. Comentei: "Aposto que depois de terem sobrevivido a Bolívia vocês viram que sobrevivem a tudo". Eles riram. Se tenho uma preciosa dica para um mochilão pela América Latina é: Pegue dicas com quem você encontra. Faça amigos. Fizemos um bom amigo naquela ida ao Salar: O Rafa ficou conosco alguns dias e ainda nos falamos todos os dias no whatsapp. Nós seis, os sobreviventes do Salar, combinamos um dia de irmos para São Tomé das Letras. Espero que isso aconteça. Apesar de talvez nunca nos encontremos novamente, fica aquela máxima: três dias dentro de um coche sem revisão, com um guia boliviano de mau humor, vendo paisagens enigmáticas e estonteantes, passando frio, fome e cansaço é o suficiente para lembrar de alguém para sempre. Então, eu, Henrique e o Rafa fomos esperar em uma das esquinas o nosso ônibus para Sucre. Essa passagem nós compramos na hora (Aleluia!) e pagamos 60Bs para um. A viagem era de 6 horas. Entramos no ônibus e em dez segundos estávamos dormindo. O descanso dos guerreiros. E então...rumo a capital da Bolívia, que acreditem ou não, não é La Paz. Citar
Membros mariameiroz Postado Janeiro 9, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 9, 2015 (editado) Sucre O cansaço era tanto que o que parecia seis horas foram na verdade 25 min. Chegamos pela manhã em Sucre, em uma rodoviária estranha e pequena e ficamos esperando o Rafa decidir o que ele queria da vida. O plano dele era pegar o trem da morte em Santa Cruz de La Sierra no dia seguinte, às 13h00. Ele não sabia muito bem o que fazer, se ia de ônibus, nem quais eram os horários. Uma das melhores dicas que eu peguei aqui no mochileiros e que eu faço questão de passar é a seguinte: compre uma passagem de avião se deseja ir de Sucre para Santa Cruz de La Sierra. Eu comprei aqui no Brasil pela BOA (http://www.boa.bo/bienvenido) e foi a melhor coisa que eu fiz na vida. Custa cerca de R$ 100 e dá para comprar pela internet. O trajeto feito de avião dura 35 min. De ônibus são cerca de 15 horas. A estrada deve ser caótica e no meio daqueles penhascos. Essa dica não é apenas uma dica, é um conselho de sobrevivência!!! Nós deixamos nosso número com o Rafa e fomos para o nosso hostel. Eu estava quase chorando querendo tomar um banho. Dividimos o táxi com 2 neozelandeses o que foi uma puta falta de sacanagem porque o taxista cobrou 5 Bs por pessoa! A corrida foi muito curta....!!! Nosso hostel era o Hostal CasArte Takubamba (J.M.Serrano Nro 256, Sucre 001, Bolívia) que é um hostel bonito, arrumado, meio artístico... mais adequado para casais na real. Mas caiu que nem uma luva para mim e o Henrique porque a gente precisava muito de sossego. Ficamos em um quarto para 8 mas não tinha ninguém. O banheiro era limpo e organizado. Foi sensacional. A única reclamação que eu tenho foi na hora de pagar: eles não aceitavam dólares mas fomos cobrados em dólares. A moça usou a cotação 7 Bs para 1US$ apesar do hostelworld dizer que é combrado 6,9 Bs para 1 US$. Parece pouco mas no final deu uma diferença de uns 10Bs. Depois de um bom banho e escovar os dentes finalmente caímos na cama. Dormimos até quase 11 da manhã. Ai o Rafa mandou mensagem que ele tinha comprado a passagem da Boa para Sucre no nosso vôo e que estava em um hostel alemão mais para o centro. Uma coisa legal de se saber: a loja da Boa no aeroporto não aceita dólar, somente a do centro. O Rafa teve que ir e voltar. Eu e o Henrique nos arrumamos e saímos para fazer câmbio pela última vez antes de encontrar com ele. Perguntamos para o amigo do hostel que nos deu algumas indicações. Lá em Sucre foi onde mais sentimos o peso de não termos levado dólares. Eles não queriam trocar poucos reais... nossas economias estavam ficando escassas e precisávamos dos dólares para irmos embora. Rodamos bastante até trocar em uma barraquinha por 1 real/2,60 Bs que aceitou trocar nossos reais. Depois, encontramos o Rafa. Ele tinha conhecido um taxista que parecia um guia e combinado com ele de nos levar no aeroporto... ia custar 60 Bs essa viagem. Sucre é uma cidade que não parece que faz parte da Bolívia. É linda, cheia de nuances, arrumada, com casinhas com reboco, ruas com calçada, gente diferente andando na rua... parece uma cidadezinha histórica. Almoçamos no hostel dele mesmo, 25Bs a refeição que era o valor médio. Eu e o Henrique dividimos. Depois, subimos em direção a La Ricoletta. Subimos bastante, eu fui arrastando o Henrique e o Rafa. Mas valeu a pena. Chegamos em um lugar bem legal, uma pracinha com a igreja La Ricoletta (nome comum nos países latinos americanos) com um pátio imenso na frente. Dava para ver Sucre inteira de lá, com suas 7879 igrejas. Sentamos em um café super confortável, chama Café Mirador e pedimos uma Paceña. A moça surgiu com um copo geladinho, delícia. Quase choramos de felicidade. Depois andamos por ai, meio sem rumo. Sucre tem vários museus mas a gente só queria ficar de bobeira mesmo. Na praça principal chegamos na Casa da Liberdade que não entramos por falta de verba. Mas lá descobrimos que Sucre é a capital constitucional da Bolívia, onde foi assinada a independência! Oficialmente, a capital do país é Sucre!!! FIcamos boquiabertos. Pergunta do UM MILHÃO. Nessa altura do campeonato já sabíamos que a Bolívia é um país um tando excêntrico. Mas isso já era demais hahaha como a sede do governo ficava em outra cidade e e ninguém nunca ouviu falar disso? Pois é, viajar realmente te mostra outros parâmetros!!! Afasta a ignorância. O cara do hostel tinha dito que tinha um mosteiro muito legal que tinha um Pôr do Sol muito louco. Queria mais aquele para a minha coleção de Pores do Sol magníficos bolivianos. Mas a gente simplesmente não conseguia achar o local. Subimos e descemos a rua umas 8712897 vezes e nada. Cansamos e sentamos em uma pracinha para descansar. Compramos uma batata e uma pipoca de um cara bizarro e com higiene altamente questionável e ficamos ali, observando um cara que estava sendo empurrado do banco por uma chola. Descobrimos o mosteiro mas tinha que pagar para subir e naquele momento não tínhamos condição de pagar absolutamente nada. O Henrique estava muito puto que a gente tinha pago uns 350 reais de taxas para a Gol no vôo de volta para o Brasil. Se a gente tinha realmente de pagar aquela taxa de 24 dólares, para que servia esses 350 reais??? Resolvemos parar em uma agência de viagem e questionar. Qual foi a nossa alegria quando eles disseram que desde abril de 2014 a taxa de embarque estava inclusa nas nossas passagens? Ou seja, a gente já tinha pago esse valor????? (Detalhe que compramos nossa passagem no dia 01 de abril). UHU tínhamos 50 dólares sobrando agora!!!!! Que alívio!!!! Então, demos uma sondada em qual bar íamos bebemorar. Resolvemos fazer um pub crawl em todos os bares da rua principal da cidade. Sucre não tem apenas uma rua, mas é bem pequena. De boa para ir e voltar a pé. Super charmosa e acolhedora. Lindinha, mesmo. Imperdível. Escolhemos alguns bares e voltamos para o nosso hostel para nos arrumarmos...e então, no meio do caminho, reencontramos a Annie, nossa amiga francesa que conhecemos em MP!!! Nos abraçamos e ela nos contou que estava esperando a roupa dela ficar pronta, que ela tinha mandado lavar em um estabelecimento e que os caras tinham marcado para ela buscar as 16h00 e não tinha ninguém!! E ela estava indo embora!!! Esperamos com ela a moça da lavanderia contando empolgados sobre o passeio de Uyuni... ela estava indo para uma cidade conhecer a Amazonas Boliviana. Depois, fomos andando até o hostel em que ela estava hospedada. Ela nos contou um pouco sobre o Toni e o Nicco e depois pegou um táxi e foi embora de novo. Eu e o Henrique voltamos para o nosso hostel, depois encontramos com o Rafa, jantamos em um bar, depois bebemos em outro e fechamos a noite em um terceiro. Umas 23h00, eu e meu irmão caminhamos (confesso que com certo receio) até o nosso hostel e dormimos. No outro dia, as 6h00 o taxista estava nos esperando. Ele realmente era um guia.. contou a história de Sucre, como que teve um golpe que levou o governo para La Paz e que tiveram inúmeras revoltas para tentar resgatar o governo de volta. Disse que alguns guerrilheiros pró-Sucre pediram asilo em um seminário e os manisfestantes a favor do governo em La Paz entraram à noite e mataram todas as pessoas que estavam lá, inclusive, os padres. Cortaram as orelhas e os corpos estão todos enterrados em Sucre. "E o Bolíviar?" . Segundo o taxista, tanto ele quanto o General Sucre, que ajudou na independência da América espanhola, estão sepultados na Venezuela. Fiquei com medo de não dar tempo de pegar o vôo mas deu. No aeroporto de Sucre, despachamos nossas malas e pagamos a taxa em um guichê separado (custa 11Bs) e voamos para Santa Cruz de La Sierra. A BOA é bem confortável, visivelmente melhor do que a Star Peru. Deram um lanchinho de frango que demos para o Rafa que ia encarar ainda o trem da morte. E o vôo durou 35 minutos cravados. Santa Cruz de La Sierra Assim que chegamos em Santa Cruz fomos na Gol descobrir se realmente a taxa para sair da Bolívia estava inclusa nas taxas que já tínhamos pago e depois de uns 20 minutos disseram que SIM!!! FIcamos muito felizes!!! Pensamos até em comemorar no Hard Rock Café! O táxi foi bem caro, cobraram 80 Bs para levarmos o Rafa no terminal intermodal e depois nós para nosso hostel. Dava para pegar ônibus mas como íamos ficar exatamente 24 horas em Santa Cruz achamos que valia a pena. Deixamos o Rafa, demos uma boa viagem dupla para ele, e fomos para nosso hostel. Fiquei em choque com Santa Cruz. Era visivelmente uma cidade perigosa. Perguntamos para o taxista qual era o nível de perigo e ele nos informou que não devíamos pegar táxi a noite. Esse nível de perigo. Estava quente, muito quente. Fazia em torno de 37 graus...Foi uma viagem de extremos, do nível do mar em Lima para 5000 metros de altitude no meio do deserto de Siloli, de menos dois graus Celsius para o calor de Santa Cruz. Chegamos no nosso hostel, combinamos do taxista nos buscar no outro dia lá pelas 10 da manhã. Nosso hostel chamava Loro Loco (avenida Suarez Arana, 134 | Entre 1ro y 2do Anillo, Santa Cruz UV3, Bolívia) e era pouco para o quanto pagamos pelo quarto individual. Estava muito quente e não tinha sequer um ventilador no quarto. Admito que achei o clima meio estranho... parecia que estávamos em Porto Rico em uma cidade de praia. Os gringos todos andando de biquini... tinha uma piscina.... foi inusitado. Acho que devido a aproximação de Santa Cruz com o Brasil as pessoas lá parecem conosco. O café era Nescafé, tinha pão francês em vez daquele duro que normalmente comemos nos desayunos. Nos arrumamos e saímos. Fomos até a Praça 24 de setembro, comemos em um restaurante muito muito legal e meio barato chamado Lorca (http://www.tripadvisor.com.br/Restaurant_Review-g297317-d1068090-Reviews-Lorca-Santa_Cruz_Santa_Cruz_Department.html) e tentamos comprar umas lembrancinhas já que a viagem estava acabando e nosso dinheiro estava sobrando. Isso foi díficil porque tudo era caro e feio. Nós entramos em uma feirinha e uma das lojas vendia umas cholinhas de barro bem bonitinhas... a moça disse que era 3 por 10 Bs e eu disse que queríamos comprar muitas e se não rolava um desconto. A moça disse que já era muito barato, qeu custava 0,25 dólares e que nós estrangeiros queríamos explorar o povo boliviano! Fiquei olhando, incrédula, apara a cara da mulher e disse "eu não ganho em dólar" e ela disse "isso é problema seu". Eu sou muito calma mas fiquei com muita raiva! Pensei em falar um monte de coisa mas avaliei e sinceramente, não valeria a pena. Então, fui na barraca ao lado, comprei exatamente as mesmas cholas e passei com a sacola na frente dela. Bom, nossa viagem estava chegando ao fim. Embaixo do sol causticante, voltamos para nosso hostel as 16h00 mas antes passamos no supermercado para comprar nossa janta. Compramos uns hamburgueres, pão e queijo animados com o primeiro hostel que ficamos que tinha cozinha. Ainda compramos algumas Passeñas para dar para nossos amigos aqui no Brasil e uma caixa de coca para levar para nossa mãe. Comemos, reservamos os 60 Bs e decidimos que íamos encher a cara ali mesmo no hostel com o resto do dinheiro que nos restava. Afinal, nossa viagem tinha sido muito sensacional e perfeita para estragarmos nos 45. Eu peguei uma Passeña e o Henrique, saudosista, escolheu Brahma que já vendia por lá. Depois de analisamos os rótulos, descobrimos que todas as cervejas da Bolívia são produzidas pela....Ambev. Ai parti para a Brahma mesmo que era mais barata... Fiquei feliz de ter tomado a decisão de ficar no hostel. Uns gringos resolveram dar uma volta e foram assaltados.... chegaram brancos por lá. Quando fomos dormir, umas duas da manhã, deitamos na cama com a sensação de dever cumprido. Começamos a nos despedir mentalmente da Bolívia e ser inundado pela felicidade de voltar para casa, para nosso Brasil, ouvir português, sentir o cheiro de Campinas, comer feijão e pão de queijo. O outro dia, rumo ao aeroporto. Depois dos trâmites da imigração, fomos preencher os cartões da embaixada boliviana que perguntam quais eram nossos objetos de valor e se estávamos levando mais de dez mil dólares em dinheiro. Nós resolvemos contar o que tínhamos: 20 dólares, uma caixa de coca, 9 Passeñas, dois gorros de Cusco e um pingente da Pacha Mama. Isso era o que restava de uma viagem incrível. Além de ótimas lembranças e muitas histórias para contarmos. Dizem que viajar é a única forma de gastar dinheiro e enriquecer. Para os futuros viajantes, eu fiquei com algumas pendências em relação a Bolívia e o Peru. A costa do Peru é sensacional. Paracas é um refúgio no meio do nada. Nazca e suas linhas misteriosas tem um quê de imperdível. E Arequipa que poderia ter trocado por Puno. Na Bolívia, faltou Potosí - a cidade de prata mais alta do mundo. O tempo nunca vai ser suficiente mas é uma desculpa para prometer que um dia íamos voltar. Agora, próx mochilão: Leste europeu em agosto com mais dois amigos. Agora que terminei esse relato, vou começar as pesquisas. Quem quiser me ajudar, fique a vontade. Editado Janeiro 13, 2015 por Visitante Citar
Membros julirosacarvalho Postado Janeiro 12, 2015 Membros Postado Janeiro 12, 2015 Amei seu relato, suas dicas!! Está tudo anotado!! Obrigado por compartilhar sua experiência conosco Citar
Membros mariameiroz Postado Janeiro 14, 2015 Autor Membros Postado Janeiro 14, 2015 =) Fico feliz que você tenha gostado!! Espero que ajude vocês e muitos outros!!! Um beijão e boa viagem! Citar
Membros Heloa Oliveira Postado Abril 4, 2015 Membros Postado Abril 4, 2015 Mariameiroz Aproximadamento qto ficou seu mochilão? Citar
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