Membros de Honra Leo Ramalho Postado Novembro 21, 2014 Membros de Honra Postado Novembro 21, 2014 (editado) Estive no Chile em 2009, e de la pra ca muito já aconteceu em minha vida. Já andei bastante por esse nosso quintal que é o mundo e hoje posso dizer que sou um viajante um pouco mais experiente, bom pelo menos os perregues hoje me divertem mais! A anos que escutava meu pai dizendo ( leia-se pentelhando ) que queria ir pro Chile, que queria conhecer pessoalmente seu amigo de Radio Amador “ PX “ com quem por muitos anos manteve contato e que morava na cidade de Rengo, a uns 100 km de Santiago, que queria poder encher a cara de vinho sem precisar vender o próprio fígado pra pagar a garrafa, dentre outras coisas. Neste ano, infelizmente, a Leticia Quaresma, minha parceira de viagem e amor da minha vida, não pode ir, pois um projeto no trabalho a impediu de tirar férias. Sabendo que tudo estaria sob minha responsabilidade,( Cade a Leticia com todas aquelas planilhas que surgiam do nada ?) combinei com meu irmão então que faríamos uma viagem de Pai e Filhos e que agradavelmente foi somada apenas por um amigo do meu irmão, o Zé. Uma figura! Na verdade, estava eu como guia e mais 3 turistas semi-cvc a tira colo, mas fiz tudo com o maior cuidado para que eles achassem que mochilar era super fácil e prazeroso. Bom, comprei as passagens pra mim com minhas milhas e a do meu pai e do meu irmão em dinheiro mesmo ( dinheiro deles! ) , cada uma saiu por 750 reais ida e volta já com taxas. O roteiro seria parte do que eu já tinha feito em 2009, chegando em Santiago e depois seguindo de ônibus para Pucon, incluindo apenas uma visita a Rengo no meio do caminho. Partimos no dia 24/10/14 e voltamos no dia 04/11/14, sendo 12 dias no total. Pagamos R$ 2,65 no dólar ( nem vou deixar meu comentário sobre isso, mas ele teria algo com as eleições...hahaha ) e la em Santiago o câmbio mais favorável foi na Calle Augostinas por 583 pesos por cada dólar. No aeroporto valia 565 pesos por cada dólar. Pronto, estava feita nossa viagem pra um simples país da América do Sul, onde nosso dinheiro é motivo de comédia e o custo de vida é mais caro que na Suécia! Em Santiago ficamos no Rado Hostel, muito bem localizado na calle Pio Nono e com uma infraestrutura de meter inveja em muito hotel 3 estrelas aqui no brasil. Quartos muito limpos, tudo muito novo, uma mega cozinha equipada e uma área comum bem bacana com direito a terraço com churrasqueira, vista para o Patio Bella Vista e pro Cerro San Crisitovam e som ao vivo sem precisar sair do Hostel! Reservei diretamente pelo site do Hostel e foi tudo bem tranquilo desde nossa chegada até o checkout, onde apoós sair dos quartos as 11h, ainda deixamos as mochilas guardadas até a hora de ir pro busão. Tambem pudemos utilizar toda a infraestrutura do hostel até a hora de partir ( cozinha, wi-fi, áreas comuns ). Eles cobram uma taxa se vc quiser tomar uma ducha antes de sair, mas na pratica, ninguém controla isso, então se vc quiser entrar no banheiro pra cagar e no meio tempo usar a ducha fica a seu critério e consciência. Em Pucon, eu havia reservado uma Cabaña pelo Booking.com, mas como até um dia antes da viagem o proprietário não confirmou a reserva, resolvi cancelar e procurar um hostel. Acabei fechando no La Nuez, que no final foi uma excelente escolha. Posteriormente o Staff da cabaña disse por e-mail que não trabalhava mais com o Booking.com, mas também não havia retirado o anuncio ( percebi que ele queria uma propaganda gratuita, sem ter que pagar a comissão do site ). O hostel La Nuez é muito bem localizado, na Av. Colo Colo, bem em frente a um supermercado gigante e a um mini shopping. Faz esquina com a Av. O´hings e esta a 3 quadras de tudo! Quem administra é a Ju, uma brasileira super gente boa, que também administra o Loung Brasil. O Hostel tem camas super confortáveis, boas cobertas, aquecedor, agua quente sempre, é muito limpo, tem sala com lareira e o café da manha muito bom, com frutas, granola, café com leite, pão, mateiga, geleia, mel, iogurte e tudo mais. A cozinha é bem equipada. A mascote do hostel é a Fiona, uma vira-lata com descendência de algum fila brasileiro que traçou geral a cachorrada de Pucon. Impressionante como os cachorros la são grandes. Figura ela também! A Ju não fica no hostel o tempo todo, mas eles tem um telefone celular que fica estrategicamente escondido na varanda para que se for preciso os hospedes usem e liguem pra ela. Quando nos hospedamos, recebemos a chave do quarto e também a chave da porta de entrada da casa, e realmente assim que nos sentimos, em casa. Durante nossa hospedagem havia um casal de Russos com o filho, um espanhol que acabou ficando nosso amigo e um outro casal de argentinos Hermanos gente buena. A casa é muito aconchegante mesmo, e no final acabamos tendo a mesma liberdade de uma Cabaña só que com café da manha incluso! Para ir para Pucon fomos de Tur Bus e para voltar usamos a JAC. No Balanço dos Serviços a JAC na minha opinião levou a melhor nota, com poltronas mais confortáveis e ônibus zero KM. Em ambas fomos de Saloun Cama em percurso noturno que é a classe intermediaria de viagem. O Junior Gomes ( ex-backpeackes Sur ) ainda estava no Chile e foi ele quem comprou pra gente os TKTs. Com o Voucher em mãos foi muito fácil trocar pelas passagens. Detalhe que no próprio guichê da TourBus no terminal Alameda eles também já te dão as passagens da JAC. Meu irmão disse que preferiu a TurBus, mas nem tanto pelo ônibus e sim pela localização das poltranas. Na ida fomos no andar de baixo, em uma sala fechada e longe do banheiro. Na volta fomos no andar de cima, próximo a escada que dava acesso ao banheiro e segundo ele, como mija a noite esses Chilenos! Ida 21 mil pesos, volta 28 mil pesos. As passagens não tem valor fixo e quanto pais próximo da data da viagem, mais caras elas ficam. Tambem não da pra comprar pelo site das empresas sem que vc tenha um cartão de credito Chileno. Entao, se você não tem um amigo cearense passando frio em Pucon igual eu tinha o Juninho, o jeito é calçar a cara, encher o peito e entrar em uma agencia CVC e pedir ajuda pra comprar. Para ir a Rengo, Vinã e Valpo alugamos um carro na Chilan rent a Car, um Spark, categoria popular, muito econômico e bonzinho de dirigir que vinha com os opcionais de série : estepe, macaco e triangulo, além de volante, bancos e metade de um paínel e mais, era tão chick que acreditem se quiser, tinha até 2 cintos de segurança, um pro motorista outro pro passageiro. Quem vai atrás o manual recomenda que saiba rezar. Fiz a reserva pelo site deles aqui mesmo do Brasil e o fds completo saiu por 29 mil pesos Para andar por Santiago, tudo foi a pé ou de metro. Compramos logo que chegamos o cartão BIP e depois fomos carregando conforme a necessidade. Dia 1 Saímos de São Paulo as 15h pela TAM, voando desconfortavelmente no A320 velho ( acho que um dos poucos deste modelo da TAM que ainda tem divisão de classes) mas foi um voo tranquilo, sem muita turbulência e com o famoso sobrevoo por cima das cordilheiras que vale qualquer aperto e falta de espaço. Chegamos em Santiago por volta das 18h horário local, o aeroporto não mudou muito desde 2009, então foi tranquilo sair, passar pela imigração e pegar nossas mochilas que já estavam até fora da esteira quando finalmente chegamos para busca-las. A TAM não nos deu o papel da alfandega nem da declaração de bagagem, então quando chegamos nos guichês tava aquela muvucada de brasileiro pedindo caneta emprestada pra preencher o papel. Bom pelo menos desbacterizados com aquele spray dos infernos nos fomos ( exigência do governo Chileno ). Saimos e fomos procurar uma casa de Cambio. Voce sai da área das esteiras e já encontra uma AFEX. Na tentativa de algo melhor, deixamos para torcar o rico dinheirinho no lado de fora, mas o valor era tabelado. 565 pesos por cada Dolar. Trocamos apenas 50 dolares e já saímos em busca do ponto de ônibus da Turbus. Fica bem em frente a porta de saída no andar de desembarque e ao lado esta também o ponto da Centropuerto, que também faz a linha aeroporto-Santiago. Cada trecho custa 1700 pesos e são pagos diretamente ao condutor. Os Onibus da Turbus são de 2 andares ( tipo os panorâmicos infernais da CVC ) e a viagem até a primeira estação de metro (Rejas ou Pajaritos dependendo do horário ) leva cerca de 40 min. As mochilas vão dentro do ônibus mesmo em um compartimento separado e por incrível que pareça, muito poucos turistas estavam com a gente. A maioria dos outros passageiros eram funcionários do aeroporto os de suas lojas de conveniências voltando pra casa depois do termino da jornada de Trabalho Descemos na estação Rejas e compramos o bilhete BIP ( cartão recarregável ) por 1400 pesos. No metro de Santiago, paga-se valor diferenciado conforme a hora do dia, sendo nos horários de Pico sempre mais caro, e também mais cheio. Em Sampa o valor é um só pq é horário de pico o dia todo...hahaha... No balanço geral, foi sempre bem tranquilo andar de metro, raras foram as vezes que pegamos ele com superlotação. Detalhe especial para os trens com Pneus! Chegamos a estação Baquedano em pouco mais de 10 min e de la até o hostel são 200m de caminhada. Deixamos nossas coisas no quarto e saímos para bebemorar. O Bairro Bella Vista é comparável a Vila Madalena em Sampa, e a Calle Pio Nono é a mais badalada. Ali estão 2 universidades e uns 50 barzinhos por toda a extensão da rua. Muita gente, ainda mais sendo Sexta-Feira. Conseguimos uma mesa e tomamos algumas escudo e outras cristal. Voltamos pro Hostel e cama! Thats All Folks por hoje! Dia 2 Acordamos cedo e fomos de metro até a Calle Augostinos para trocar dinheiro. Descemos na estação Universidade de Chile e de la fomos caminhando até o calçadão. O melhor cambio que encontramos foi 583 e la mesmo já trocamos. Uma outra coisa bacana que descobrimos caminhando por terras chilenas, é que a Claro funciona no Chile. O Henrique ( meu irmão ) comprou um Chip de 3 mil com uma recarga de 3mil, somente de dados. Com isso ele ficou com um pacote de 200 MB para uso em qualquer aplicação e o melhor, com FB, Whatsapp ( inclusive voz, vídeos e fotos ) e Twiter ilimitado por 15 dias. Impressionante como em qualquer buraco da viagem, inclusive nas termas que ficavam dentro do Vilarica sempre tínhamos sinal da Claro. No final, abandonei meu chip que estava com um pacote internacional e também comprei um chip por la. Voltamos para o Hostel e fomos buscar o carro que eu havia reservado na Chilean. A loja deles fica a 150m do hostel e foi bem tranquilo para fazer a retirada, inclusive com um brasileiro como atendente. O Plano era ficar 3 dias com o carro e devolver so na Segunda, mas acabamos devolvendo no Domingo a noite mesmo, que apesar de não ter desconto nenhum na diária, economizamos 12 mil do estacionamento ( Estacionamento caro da Porra! ) Pegamos nosso mega espaçoso GM SPARK, tentamos entrar todos dentro dele com um pouco de dificuldade e já saímos direto para a Costaneira Norte-Sul todos unidos pelo mesmo ideal e pelo mesmo espaço do carro. Ah, detalhe que na locação já esta incluso o TAG que te permite andar pela pista subterrânea de Santiago que é pedagiada a cada quilometro, tipo o sistema sem parar aqui do brasil só que la funciona, e que sempre tem menos transito do que as pistas de superfície. Saindo pela Costaneira, andamos até a Ruta 60 sempre acompanhado pelos parreirais e seguimos com destino a Viña del Mar e Valparaíso. Nossa primeira parada foi Valparaiso ( Valpo pros íntimos ) . Paramos em um estacionamento de um supermercado JUMBO que era de graça e fomos caminhando até um dos funiculares para poder subir a apreciar a vista do porto e seus enormes navios cheios de containers e do pacífico. Custa 100 pesos por pessoa por cada trajeto ( subida ou descida ). Andamos um pouco e já seguimos para Viña del Mar. Parada obrigatória no Relógio da praça e depois fomos caminhar pelo peatonal e curtir aquela praia de areia dura, de gente de calça jeans, clima de uns 15 graus e agua recém chegada de um iceberg que se desfez! Mas somos brasileiros e não desistimos nunca, criamos coragem, tiramos a meia de lã e molhamos por quase 3 segundos os pés naquela maravilha chilena de oceano pacífico! Curamos a hipotermia dando umas chineladas no pé pra ver se a circulação voltava ao normal e fomos embora. Ah, no caminho de ida paramos em um buteco na estrada com uma placa, bom era na verdade uma madeira pintada a mão que dizia “ empanadas caseiras “. Seguramente as melhores que comemos em toda a viagem. E olha que comemos muito!... Chegamos em Santiago e fizemos a melhor descoberta da noite, a garrafa de 1,5 litro do Concha y Toro custava 1500 pesos ( Algo em torno de 7 reais ). No brasil a garrafa de 750 ml custa uns 30 conto. Bom, fiz uma macarrão com molho de salsicha e enchemos a cara de vinho pela primeira vez de muitas nesta viagem. CONTINUA....... Editado Novembro 21, 2014 por Visitante Citar
Membros de Honra Leo Ramalho Postado Novembro 21, 2014 Autor Membros de Honra Postado Novembro 21, 2014 Dia 3 Acordamos cedo como o de costume de quem está de férias e corremos para não perder o café que encerrava as 10:30h. O Domingo estava programada para ir até Rengo visitar o amigo do meu pai que ele sempre conversou pelo Rádio “PX” e que levou 15 anos para conhecer pessoalmente. Rengo fica a aproximadamente 100 km ao Sul de Santiago. É uma típica cidade do interior, assim como temos aqui no Brasil, com sua estação de trem ( fui descobrir la somente que dava pra ir de trem vindo direto de Santiago ), com sua praça da Bandeira e as casinhas típicas de quem usa a cidade apenas como dormitório. Uma curiosidade de Rengo é que lá existe um marco na praça central que segundo esta anunciado, é o marco exato onde o Chile é dividido entre Norte e Sul. Na duvida tiramos a foto clássica com um pé em cada lado. La encontramos o Sr. Manuel Vergara, o famoso amigo do meu pai. Ele é um motorista de taxi, de origem bem simples mas que nos recebeu como se fossemos uma autoridade internacional visitando sua casa. Nos serviu empanadas, cazuela de frango e seus melhore vinhos fabricados por ali mesmo na região. Aqui no Brasil, um dos famosos que vem de la e é facilmente encontrado nos melhores supermercados são os Missiones de Rengo. Passamos o dia por lá jogando conversa fora e escutando os causos do Sr. Manuel e de sua esposa Karine, que ao final ainda nos presenteou com uma garrafa de vinho cada pra cada um. Voltamos pra Santiago para fazer a devolução da nossa Limusine e chegamos correndo, quase em cima da hora, pois a loja fechava as 18h. Tudo bem agitado até eu perceber que o celular do meu irmão ainda estava com o horário do Brasil, e nem precisávamos ter colocado a velocidade de cruzeiro no possante. Voltamos pro hotel, e fomos comer algo ali pelo pátio Bella Vista mesmo. Se não me engano 9 mil pesos por cabeça, caro pra caramba pro nosso rico dinheirinho; Passamos no supermercado, compramos mais umas 3 garrafas de 1,5 l e enchemos a cara de vinho o resto da noite. Dia 4 Já tinha ouvido falar tanto aqui no mochileiros quanto em outros locais que o passeio para a Concha y Toro era muito pega turista, uma coisa muito industrializada e que todo mundo fazia só por que todo o outro mundo também fazia e assim por diante. Como tenho aversão a esses passeios muito quadrados dei uma pesquisada na intenet vi um relato falando muito bem do guia da Vinícola UNDURRAGA, que ele era uma figura etc. Resolvi arriscar e agendei para o próximo dia o nosso tour por 8 mil por pessoa incluindo a taça que é brinde. Deixei por via das dúvidas agendado para as 17h também a Concha y Toro, pois como não sabia como ia ser a Undurraga, não podia desapontar meus parceiros cvc, ao menos uma vinícola descente eles tinham que conhecer. Bom, acordamos cedo novamente neste dia, e como de costume a moça la do café já estava nos esperando com a maior cara de felicidade de quem queria tirar a mesa pra ir embora. Tomamos nosso café, que alias era bem completo também, nos mesmos moldes do La Nuez em Pucon que descrevi la em cima, e saímos para o Walk City Tour, com o guia mais famoso de Santiago, o Mapa! Andamos por tudo quanto é buraco, do palácio de La Moneda, a Praça de Armas, Cerro Santa Lucia, Museus, Parque Florestal, e todos os demais prédios famosos de Santiago. Fazer este city tour é bem bacana, por que vc vai seguindo uma rota que já tem traçada no mapa, começando por uma estação do metro ( universidade de Santiago ) e terminando em outra ( La moneda se não me engano ). Chegamos ao Mercado Municipal e apesar de ser bem turístico e ter aqueles garçons que sempre torcem pro mesmo time que você e sempre te perguntam sobre o Bahamas e sobre o Café Fotot ( sei la se é assim que escreve ) resolvemos ir almoçar la no Dande Augusto. Meu pai queria muito comer um pescado desde o dia que havíamos chego, e eu também já tava de saco cheio de comer empanada e macarrão com salsicha, então la fomos nós na via sacra de sempre que descrevi ai, garçom após garçom. No final, como vc ta la pra se divertir mesmo, acaba achando graça dos pobres, por que eles além de zuar com os clientes passam o dia se zuando. Ali literalmente The zueira never ends!. Voltamos pro hostel para descansar e na sequencia ir no cerro San Cristobal, apreciar a vista de Santiago e o por do sol na cordilheira. Chegamos la por volta das 19h e subimos de funicular ao custo de 1800 pesos por pessoa para o trecho ida e volta. Na metade do morro está localizado o Zoo de Santiago, e para entrar compra-se um ingresso a parte. Nós não fomos pois já estava tarde. Andamos por tudo e subimos até o pé da estátua da Imaculada Concepicion, sentamos e ficamos esperando o por do Sol, mas apenas com um porem, esquecemos ( esqueci, foda-se ) que o funicular encerra as 20h. Pois bem, estava feito o primeiro perrengue da viagem. Foram 9 km de caminhada até o bairro da Providencia as 22h por uma estrada semi deserta e escura descendo em zig zag a porra do morro todo. Vez ou outra passava uns ciclistas fazendo downhill e todos tinham a mesma resposta, não importa o quanto já tínhamos andado, sempre faltava 4 km!. Bom, de todas as maneiras fizemos um pouco de exercício. Eu e meu irmão quase seguimos órfãos de pai pelo resto da Viagem. O véio veio em passos lentos, mas se mostrou bruto, ogro, macho como quem sabia que quanto mais rápido chegasse no Hostel , mais rápido o vinho entraria no nosso corpo e completou a quase São Silvestre de Santiago. Ao final como percebi que eles já estavam cansados, menos o Zé, que queria voltar correndo pra cima de novo, quando chegamos finalmente no pé do Cerro, so que do outro lado de onde havíamos subido, resolvi pegar o metro e seguimos pelas próximas 4 estações até a Baquedano onde voltamos pro Hotel e adivinha o que fizemos?? Claro, enchemos a cara de Voltarem, pq o vinho naquele momento não ia melhorar a dor na panturrilha e na canela! Dia 5 Acordamos mais cedo do que nunca, afinal impossível dormir com o corpo moído de uma semi maratona feita sem nenhum aquecimento e sem nenhum preparo físico. A Moça do café da manha até se espantou quando nos viu e olhou no relógio pra confirmar se já não tava na hora dela ir embora, mas não, pra tristeza dela ainda era 8:30 da manha. Nos arrumamos e saímos para a Vinicula Undurraga. É bem tranquilo para ir de ônibus e Metro. Pega-se o metro até a estação Central. Dentro da estação tem uma galeria Arauco, é so ir por essa galeria até o final onde esta o Terminal São Borja, encontre as escadas rolantes, suba e va para a plataforma 72 a 77 ( elas mudam ), onde saem os ônibus com destino a Talagante. Paga-se como de costume ao motorista e é so avisar que você ira descer na vinícola que ele mesmo já da um berro quando chega na porta. Pra voltar é so atravessar a rua de frente da Undurraga e pegar o Ônibus em direção a estação Central. Eles passam de 10 em 10 minutos. Tem o Ônibus paradeiro e o expresso, e como o nome já diz um vai parando o outro não. Considerando todo o trajeto do metro mais a caminhada dentro da galeria e o busão levamos 1:30h e já estávamos na porta da Vinicula. A Undurraga é uma Vinicula infinitamente menor e mais caseira que a Concha Y Toro. Em comparação uma produz cerca de 250 milhoes de litros por ano a outra produz apenas 5 milhoes. Sendo assim, o passeio torna-se mais aconchegante na Undurraga , e tenho que falar, o Guia Germano é realmente um verdadeiro Showman. Não vou contar suas facetas aqui pra não estragar a graça de quem ainda não foi, mas ele é realmente muito bom no standy-up comedy . Andamos por tudo, descobrimos a diferença entre vinhos reservados, reserva e gran reserva, aprendemos a identificar o vinho apenas pela garrafa e com toda certeza ate pra um zé ruela que nem eu, que não sabia nada de vinho, me senti um pouco mais enriquecido de conhecimento com esse passeio. Ao final degustamos ( olha que linguajar mais chique estou usando já ) 4 tipos de vinhos, compramos alguns e voltamos pro Hostel... So que não!!! Cara!!!, tem o passeio da Concha Y Toro reservado. Saímos correndo pois íamos também de Metro e ônibus, atravessamos Santiago inteiro de metro ( quase 1:40h ), pegamos um taxi que custou 6 mil e pra que??? Pra chegar la e já ter fechado! ... Praga do tal Casillero del Diablo e do Guia Germano que falou que quem vai a Undurraga dificilmente iria a Concha y Toro depois, so não disse que era por causa da distância! Bom voltamos pro Hostel, e como de costume mais vinho, mais macarrão ( dessa vez alho e óleo com ovo pouchet ) feito pelo Henrique. Enchemos a cara, arrumamos a mochila e ficamos por ali mesmo jogando conversa fora com os outros hospedes que falavam espanhol ou português. ( 90% ). Dia 6 Dia de ir pra Pucon, mas o busão era so as 22:50h. Então resolvemos ficar de bobeira no hotel e pra não dizer que não fizemos nada, pegamos o metro e fomos até a estação Los Domenicos, onde tem o Pueblito Los domenicos e uma feira de artesanato que arrecada fundos pro Eike Batista. So pode, por que com o preço que as coisas custavam, alguém tem que estar enriquecendo novamente com aquilo. Voltamos pro Hostel e ficamos la, de boa, bebendo vinho e comendo petiscos. As 20h saímos pro Terminal Alameda, onde pegaríamos o Busão pra Pucon. Chegamos no Terminal, trocamos o Voucher e pontualmente 15 minutos atrasado o Busão estacionou e embarcamos rumo a uma excelente noite de sono pelas belíssimas estradas Chilenas ( eu acho, não vi nada, na verdade dormi pra caraio..haha ) CONTINUA..... Citar
Editores Claudia Severo Postado Novembro 26, 2014 Editores Postado Novembro 26, 2014 Que legal Leo! Acompanhando Citar
Membros de Honra deiafranzoi Postado Novembro 27, 2014 Membros de Honra Postado Novembro 27, 2014 Leo, esse relato tá muito engraçado, aguardando a continuaçao!!! Citar
Membros Jacy_Gyn Postado Novembro 29, 2014 Membros Postado Novembro 29, 2014 Seu relato está ótimo, fiquei emocionada do seu carinho com seu pai, parabéns!!! Minha filha também vai me levar para Santiago para passarmos o natal/2014 e vamos fazer quase os mesmos roteiros (exceto Pucon) Eu tenho uma dúvida, como você reservou para conhecer a Vinícula Undurraga? No site só tem os telefones, não achei nenhum e-mail. Precisar reservar mesmo, ou podemos ir sem reserva? Citar
Colaboradores RicardoRM Postado Novembro 29, 2014 Colaboradores Postado Novembro 29, 2014 Leo Ramalho, legal seu relato, acompanhando !!! Galera cheia de energia, isso para mim é fonte de inspiração para vida toda ! Parabéns a todos ! Citar
Membros de Honra Leo Ramalho Postado Dezembro 17, 2014 Autor Membros de Honra Postado Dezembro 17, 2014 Obrigado Gente. Tive uns contratempos no trabalho nas ultimas semanas e quase nao me sobrou tempo para dormir direito, e com sono não consigo escrever relato..hahahaha. Voltei a escrever a parte de Pucon hoje e em breve posto para finalizar o relato. Jacy, Para reservar o tour na Undurraga mande email com o horario escolhido e a quantidade de pessoas para "visit@undurraga.cl" Abs Leo Citar
Colaboradores Juliana Champi Postado Dezembro 18, 2014 Colaboradores Postado Dezembro 18, 2014 Legal seu relato. Quando recuperar o sono perdido termina ele pra gente. Citar
Membros anlessa Postado Dezembro 18, 2014 Membros Postado Dezembro 18, 2014 Muito legal seu relato! E to rindo com ele também, ta bem engraçado! Aguardando continuação.... Citar
Membros de Honra Leo Ramalho Postado Janeiro 6, 2015 Autor Membros de Honra Postado Janeiro 6, 2015 Dia 7 Chegamos cedo em Pucon e o Hostel La Nuez fica a 3 quadras da estação da TourBus. Fomos a pé. Ao chegar fomos recepcionados pela Ju, que é quem gerencia o hostel. Brasileira da gema ela e seu marido, um Israelense super gente boa nos serviram café e chá e nos deixaram muito a vontade na casa, e realmente nos sentimos em casa mesmo. O hostel é bem arrumado, com uma sala ampla com lareira e quartos limpos, um quintal bem grande e um mega supermercado bem em frente, mas já feli do hostel la no começo, então vamos a Pucon. Saí e fui até a agencia Florencia para fechar os passeios que havia programado. O pessoal da agencia é super gente boa também , e o Carlos fez de tudo para que nos sentimos VIP. Fechei a Cavalgada ao Salto El Claro, o Tour até a base do Vulcão, o Tour pela Zona e as termas Geométricas, respectivamente nesta sequência pelos próximos 4 dias. No mesmo dia já fizemos a cavalgada, saindo da própria agencia as 14h e com retorno por volta das 18h. Fomos de van até uma zona rural onde Raul e seu sobrinho já nos aguardavam com os cavalos selados e as capas de chuva tipo poncho, pois naquele dia a agua não dava trégua. Saímos com os pocotós morro acima e pensem numa subida bruta. Eu com meus 118 kg fiquei com pena do cavalo, mas o bicho subiu na boa, alias, o meu era o único cavalo com personalidade própria, não importa o que eu fizesse, ele ia na velocidade e caminho que ele queria andar e não aceitava andar atrás de ninguém. O Raul me passava pra ir indicando o caminho e bastava ele perceber que era o segundo que já trotava pra passar na frente, pra subir até que foi suave, mas pra descer, a bunda do cavaleiro aqui ficou quadrada. Chegamos ao final da estrada morro acima e entramos por uma porteira, no que parecia ser uma propriedade particular. Descemos uma pirambeira de uns 150 m e ao final demos de cara com o Salto El Claro, realmente muito lindo, uma queda d’água de grande volume com 70 m de altura e um poço grande que refletia o ceu de tão transparente. Ficamos por ali um pouco, algumas fotos e voltamos pirambeira acima (quase morrendo sem ar ) e depois morro abaixo até onde a van nos buscou e levou de volta a Pucon. Voltamos para o hostel, mas antes passada obrigatória pelo supermercado pra comprar o vinho básico de todos os dias e um capelete com molho branco que eu mesmo tratei de cozinhar enquanto o povo se esquentava na lareira. Dia 8 Acordamos cedo como o de costume, e o sol das 11h já deixava o Vilarica parcialmente descoberto. Tomamos o café no hostel ( muito bom ) e fomos para a agencia. Ao chegar, o Carlos já nos esperava e deu a melhor noticia da viagem. Até a noite anterior, fazia umas 3 semanas que não nevava e quando fechei os passeios o próprio Carlos já havia me alertado que para chegar ate a neve teríamos que caminhas pelo menos uns 1200 m vulcão acima. Como eu já havia subido o Vilarica ( até onde o guia deixou ) em 2009 e já tinha visto ele todo branquinho, fiquei chateado pelos meus turistas companheiros de viagem, mas conformado afinal eu já tinha ido... Masss, São Pedro tomou uma taça de vinho com a gente aquela noite e depois de 3 semanas, naquela madrugada havia caído uma nevasca gigante, tão grande que fez o Carlos mudar o discurso. Chegamos na agencia e ele todo feliz veio me falar que havia tanta neve que teríamos que parar uns 500m antes do normal pois a van não estava passando. SHOW!.. SNOW.. Saímos de van e pelo caminho ainda passamos pelo caminho de lava que a última erupção do Vilarica em 1984 havia deixado e como pintos no lixo chegamos ao vilarica, com muita neve, todo branquinho, exatamente igual eu havia visto e subido em 2009. Fiquei bem feliz, foi a primeira vez na neve para o Henrique e para o Zé e para meu pai creio que a última vez que ele havia pisado naquele gelo todo fazia quase 40 anos. Ficamos por ali, admirando a montanha, tentando enxergar as comitivas que estavam tentando chegar ao topo naquele dia e brincando que nem crianças em meio aquela natureza tão diferente da nossa. Ficamos la por umas 3 horas e voltamos pra Pucon. Comemos uma excelente Lomo a La Pobre em um dos muitos restaurantes de Pucon e voltamos para o Hostel pra mais uma vez apreciar a Lareira e mais e mais vinho!!! Dia 9 Dia de Tour pela Zona, um passeio que eu havia feito por conta própria em 2009. Saimos de Pucon com destino ao parque Mariman, onde podemos caminhar paralelo ao rio e conhecer os Salto el Mariman, el Feo e la Ultima sonrisa, de la seguimos aos Ojos del Canburga, o tal rio de aguas de degelo que emerge do subterrâneo e sua maravilhosa Laguna azul. Na sequencia fomos ao Lago Caburga e finalizamos o Tour nas termas Comey-Co, muito bem estruturada e com 2 piscinas, sendo uma em ambiente fechado com vidro. Particularmente é um tour bem ao estilo da CVC, mas como meus “clientes” eram novatos resolvi encarar. No final foi bem bacana, em especial as termas, pois em 2009 havia ido na Las Posones de noite e desta vez fui na Comey-Co de dia. Voltamos pra Pucon e o resto vocês já podem imaginar…hahaha Dia 10 Continua.... Citar
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