Colaboradores João Paulo JP1502431785 Postado Novembro 20, 2014 Colaboradores Postado Novembro 20, 2014 Pico Itapiroca Paz e luz! Nos juntamos mais uma vez galera, agora para subir até o ponto mais alto do sul do Brasil. O Pico do Paraná na proa! Este link é da nossa trip anterior, a primeira trip, subimos o monte Roraima no começo do ano (2014). http://www.mochileiros.com/monte-roraima-3-amigos-ferias-um-mes-antes-da-viagem-t95435.html Desta vez o grupo nosso aumentou, vieram juntos o Tayfran, o Zaca e a Barbara. Bom, comecei a trip perdendo o voo, cheguei atrasado no aeroporto e o Rafael embarcou sozinho para Curitiba. Consegui um assento no próximo voo e fiquei imaginando o monte de merda ele iria me falar quando chegasse lá, embarquei e segui viagem. Não sabia quando os outros chegariam e acabei chegando quase junto com os dois caras que vinham do Rio Grande do Sul. O Tainan e a Barbara viriam um pouco mais tarde de São Paulo, enquanto isso fomos comprar o rango da trip, já que dessa vez não contávamos com a ajuda do José. O jeito era comprar, carregar e cozinhar. Voltamos para o aeroporto e os dois chegaram na sequencia. O pico da noite foi o bar que o Rafael nos levou para comer carne de onça. Cerveja boa, vento frio e carne crua! Estávamos no Paraná, no Armazem Santa Ana, bar que parecia ter parado no tempo, lembrava um celeiro misturado com uma mercearia dos anos 80. Lugar tipico e muio foda! Ta ai o endereço para quem quiser conhecer: Armazém Santa Ana Av. Sen. Salgado Filho, 4460 - Uberaba Curitiba - PR Lotamos a casa do cara, dormimos para sair cedo no dia seguinte. Pé na estrada gurizada! Pouco tempo depois nem lembrava das ruas lotadas de São Paulo, começavam a aparecer as araucárias e a paisagem se misturava com as montanhas. Em menos de 15 minutos já estávamos na entrada do parque, pagamos 10 Dilmas para entrar, fomos avisados de como eram as trilhas e os procedimentos a seguir. Não prestei atenção em nada e fiquei por conta de quem estava mais próximo ao cara, ouvi um monte de coisas e não intendi nada! Juntamos a tralha e encontrei um escaravelho perto de onde deixamos o carro. Um bom sinal já que nunca tinha visto um inseto daqueles. A entrada da trilha esta bem marcada, bem fácil de segui-la, então começamos a subida. Minha maior preocupação era atrasar o grupo, estou me recuperando de uma fratura no pé e ainda não tinha feito nada do tipo. Voltando para a trilha, alguns pontos o mato está bem fechado, mas o chão marcado continua pisado. Apesar de ser montanha o caminho é muito parecido com o de algumas trilhas que fiz na Serra do Mar em São Paulo, cheio de mata atlântica, bromélias e a umidade é bem alta e quando o caminho começa a ficar mais inclinado parece que havia chovido algum tempo antes. Para minha surpresa encontrei um pássaro no inicio da trilha, escondido no mato caminhando no chão. Além disso vi uma pena fincada na terra, uma pena grande e algo tanto quanto inusitado para se observar. Uma pena tão leve nunca ficaria daquela maneira a não ser que um humano a colocasse daquela forma. Uma boa simbologia sobre liberdade aparecia e sumia já no inicio. E me parecia ser de uma ave de rapina, provavelmente algum gavião ou coruja. Julguei novamente um sinal de sorte, mais tarde descobri que o Tayfran a encontrou e a colocou naquele local. Caminhamos cerca de 30 minutos e a trilha já começa a ficar um pouco mais inclinada, alguma subidas, pedras e raízes. Era o que esperava daquele lugar, até então estava tudo muito fácil e queria um pouco de diversão. Algumas paradas para descansar e apreciar a vista, logo alcançamos o ponto onde está a bica e encontramos além dela um cachorro. O Tayfran tirou um carrapato dele e ele nos seguiu até a volta no dia seguinte. Descançados, agora a subida começava de verdade, muitas raízes, um pouco de lama e os grampos fixados na rocha. Melhorou muito o nível da subida! Já havia lido alguns relatos sobre os grampos e acredito que tudo vai da condição física de cada pessoa. O que li até então me pareceu bem lúdico, tanta a rocha quanto os grampo estavam molhados e subimos sem nenhuma dificuldade. É sem dúvidas a parte mais divertida da subida. Não sei como fica a parte ante do cume do Pico do Paraná que também tem grampos e outras coisas para se apoiar e subir. Essa era teta! Deixando os grampo e subindo mais um pouco, esse é o ponto onde tem uma corda fixa para ajudar na subida. Bem legal a sensação, só segurar firme e vai numa boa. Mais meia hora de caminhada e encontramos esta placa. Decidimos ir para Itapiroca ( É a quinta montanha mais alta da Região Sul do Brasil, formação rochosa de granito e gneisse, altitude de 1805 m.) Naquele momento já sentia qeu arrastava a perna, me incomodava um pouco caminhar. E eles sempre me animando a continuar, ajudou muito! A neblina ficava um pouco mais densa e fazia frio. Procuramos um ponto para montar o acampamento e estava tudo encharcado. A água parecia não escoar naquele local e onde se pisava com força brotava água da terra. A paisagem já havia mudado completamente outra vez e não dava para ver muita coisa. Só era possível sentir o vento cortando nossas roupas e as gotas de água caindo nos olhos. Olhamos várias vezes e procuramos o melhor lugar para montar o acampamento, o melhor jeito foi atrás dos arbustos para evitar um pouco o vento. Encontramos uma barraca com a armação quebrada e ficamos na dúvida se a pessoa havia subido e a deixado para continuar sem levar peso ou se a barraca havia simplesmente quebrado e a pessoa resolveu deixar ali. O Tainan levou uma lona e os caras cortaram a barraca e conseguiram forrar e manter o chão seco em um lugar que não conseguia admitir que era possível. Naquele momento já não racionava por causa do frio e da dor que sentia no pé. A fome também já estava brava! Os brothers foram engenhosos montando o acampamento. Ventava muito e ficou muito bem preso, resistiu a noite de água e ventania. A grande discussão no mercado agora estava espalhada no chão, pelo menos 3 não cominam nada que os outros 3 comia. Então o jeito foi fazer tudo por partes, e acabou dando certo. Todo mundo ajudou e saiu uma massa com atum e cogumelos e 1kg e 1/2 de cebola! hahaha Fora isso um vinho para esquentar o esqueleto e muito chocolate. Cortaram as meias da Barbara e agora que estou escrevendo me pergunto o motivo, estava tão cansado que não me lembro porque fizeram isso. Sem dúvida alguma foi a noite que mais passei frio na vida, o vento levantava a barraca a noite toda e fazia muito barulho. Água escorria pelas paredes, e conseguia sentir a umidade do lugar. Já acampei em lugares mais altos e mais frios. Não passei frio nem na trilha Inca no Peru, e agora graças a meu excesso de confiança dormi mal! Os outros 4 não reclamaram tanto quanto eu e o Stelle. Acordamos tarde no outro dia, e não tínhamos tanta comida o quanto pensávamos. Nem água e menos ainda tempo para desmontar o acampamento e descer cerca de 1:30, depois subir mais 3 horas até o pico do Paraná e voltar para a base caminhando cerca de 6 horas. Eu fiquei na pilha para subir, mas os outros tinha que voltar para casa e pegar voo naquela noite. Então optamos por aproveitar a vista e explorar o local. Ah, o cachorro fico junto o tempo todo, e acabou dormindo la em cima também,não sei como ele resistiu o frio e a chuvinha sem proteção. Logo na entrada nos pediram para trocar o livro de cume que estava na caixa de metal do Itapiroca, fomos procura-la. Mas antes a vista imponente do pico do Paraná, que estava justo na nossa frente com o sol forte e cima e algumas nuvens a sua volta. Fiquei impressionado com a beleza daquela cadeia de montanhas, pouco tempo atrás nunca havia ouvido falar do lugar e agora estava ali parado boquiaberto e contemplando a força da natureza. Fomos trás da tal caixa e logo a encontramos, bem fácil. Trocamos o livro antigo que estava completo e colocamos o novo com nossos nomes. Descemos a mata em frente a pedra com a caixa e seguimos uma trilha mais fina que está logo na frente. A vegetação começa a ficar mais fechada e o calor ajudava bastante na caminhada. Saímos em um mirante, ou vários deles. Dali já era possível ver estávamos rodeados de montanhas e que havia muita coisa se para explorar, o lugar é incrível. Acho que neste exato momento a Barbara já estava planejando o seu sumiço. Depois disso voltamos até a parte mais alta de onde estávamos para pegar a trilha de volta e ela não aparecia, então começou a gritaria. Barrrrrbara! Barabaraaaaa! OÔhh Borabara!!!! E nada... O Rafael: "...ela não reponde, não não pode ser..." Eu: "...não tem lugar para ela cair aqui..." Só vi o Tainan sumindo, procuramos por marcas em todos os cantos e nada de sinal de escorregão e menos ainda dela. Mais uns 5 minutos gritando e nada. De repente: "...ela tá aqui." "...aqui onde caralho!?" "...não sei, mas ela ta respondendo." "...então ta bem né?" "...tá sim!" Eles finalmente apareceram, neste lugar se sobe para depois descer. Acho que ela foi descendo porque vi o acampamento. Na verdade não faço ideia do que aconteceu. Sei que ela deu um susta na gente! hehehe Então já íamos descer. A descida sempre é mais fácil, estava bem tranquilo com a situação. Comemos os últimos sandubas e o Stelle se despendido do cão com a uma cara de Hannibal Lecter. Uma parada para descansar e tomar um café, o sol tinha sumido na metade do caminho e dali fomos direto até a base. E isso ae galere, fim da linha, banho de gato e cerveja. Botas no lixo! Ciao roupa suja e pé na estrada para voltar para casa, isso nunca vai acabar! Gostaria de finalizar o meu relato com uma frase de um chileno que diz muito a respeito do estilo de vida que decidi adotar. Onde você se encontra hoje é onde você deve estar. Confie. Todos os lugares são apenas parte de uma viagem. Alejandro Jodorowsky Ótimas viagens a todos! Citar
Membros HelioLopes Postado Setembro 2, 2016 Membros Postado Setembro 2, 2016 download/file.php?id=65700 por que ele tá cheirando a bota ???? ahahahahaha Parabéns pela trip Citar
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