Membros alexandresfcpg Postado Novembro 24, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Novembro 24, 2014 Oi Alexandre!Eu li em alguns relatos que algumas pessoas tiveram dificuldade em trocar real no Peru. Você levou real né? O que vc achou? Eu vou agora em dezembro, e to pensando em levar tudo em real... O dólar tá mto alto, vou perder mto dinheiro trocando duas vezes...=/ Olá Juliana! Sim, fui "obrigado" a levar real por conta da palhaçada que tava o valor do dólar. Antes de sair pra rua, eu entrei na Internet e vi que a cotação oficial do nuevo sol era 1,19 se não me engano, e consegui por 1,13. Olha a conta que fiz agora: pesquisei e descobri que o dólar no dia 28/09 (dia do cambio por soles) tava, já com as taxas embutidas, R$ 2,5322, comprando R$ 1400,00 (valor que troquei por soles) eu obteria US$ 552,88. Se eu fosse comprar os soles com os US$ 552,88 (ao valor de S/ 2,89 pra cada US$ 1,00 no câmbio de lá), eu obteria S/ 1597,82, mas com o real a S/ 1,13 por R$ 1,00, eu consegui S/ 1582,00, portanto, foi pouca perda até. Agora, não cheguei a ver o câmbio em Lima, mas em Cusco era horrível pro real, troque em Arequipa que foi o melhor que vi! Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros julianatrento Postado Novembro 24, 2014 Membros Compartilhar Postado Novembro 24, 2014 Obrigada!!! Então, e o dólar agora não tá chegando a menos de R$2,60 com as taxas. Eu já tinha feito a conta em bolivianos, mas em soles ainda não! Acho que vou levar real mesmo, e trocar em arequipa! =) Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros alexandresfcpg Postado Novembro 25, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Novembro 25, 2014 Obrigada!!!Então, e o dólar agora não tá chegando a menos de R$2,60 com as taxas. Eu já tinha feito a conta em bolivianos, mas em soles ainda não! Acho que vou levar real mesmo, e trocar em arequipa! =) Demorou, mas antes passe me várias casas e veja a melhor, nós chegamos num domingo e só tinha uma aberta, foi a do cara que citei (Jesus), se quiser ir nessa, ela fica ao lado da Praça de Armas, você indo da rua do Monastério sentido praça, é naquela calçada direto, no final dela você verá uma agência de turismo e terá uma espécie de balcão de vidro na entrada, é lá. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros julianatrento Postado Dezembro 3, 2014 Membros Compartilhar Postado Dezembro 3, 2014 Ei!!! Cadê você? Viajo daqui 15 dias, vai terminar antes? =))) hehe Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros alexandresfcpg Postado Dezembro 3, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Dezembro 3, 2014 Opa, tô vivo hahaha Tá foda meu tempo ultimamente, mas eu já escrevi a parte de Cusco, demorou porque são 5 dias, só tá faltando formatar, entre hoje e amanhã eu prometo que coloco. Aí só vai faltar Lima e Paracas, mas é rápido. Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros alexandresfcpg Postado Dezembro 3, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Dezembro 3, 2014 02 DE OUTUBRO – 15º Dia Cusco E aí galera! Desculpem meu sumiço, mas é que tô tendo problemas em gerenciar meu tempo, mas nas poucas folgas que encontro vou escrevendo o que dá. Então, bora acompanhar mais um pedaço dessa aventura? Vem comigo que no caminho eu explico! Antes de começar a falar sobre Cusco, um detalhe que esqueci de mencionar sobre Arequipa e Puno, não foi só na rodoviária de Potosí que o pessoal tinha o hábito de ficar gritando os destinos de uma forma torturante, em Arequipa e Puno isso acontece também (o nível não é o mesmo, mas irrita também). E melhor, lembram da mulher que gritava “Suuuuuuucreeeeeeeeeeeeeeeee”? Achamos uma pior em Puno, enquanto pegávamos os bilhetes no balcão da Transzela, uma mulher ao lado gritava: Areeeeeequipãããããããããããããããããããã (desse jeito mesmo, com o “a” meio anasalado, e voz de Oliva Palito imitando sirene de ambulância.) Sério, imaginem um duelo entre as duas, seria quase um Alien VS. Predador! Jesus! Bom, vamos lá! A viagem seguia madrugada adentro ao som de Symphony of Destruction. Mas não é a versão consagrada na voz de Dave Mustaine, e sim na do Devil Muyestranho que tava do meu lado. Pachamama viu! O cara que tava na janela do outro lado, que iniciou os trabalhos, tinha parado de roncar, mas o cidadão que tava do meu lado roncava por ele e pelo cara. Dormir que é bom, nada, porque além do ronco a minha tosse de cachorro ajudava a cagar minha madrugada. O Renan e a Marina dormiam igual criança que brincou o dia inteiro, acho que nem se tocasse uma buzina na orelha deles os acordaria. Teve uma hora que pensei comigo mesmo e tive uma ideia: lembrei de uma frase que ouvi muito nas festas da faculdade que estudei, que era “Se eu não durmo, ninguém dorme!” e decidi partir pra batalha! IIIIIIIIIIIT’S TIIIIIIIIIIIIIIIIIIMEEEEEE!!!!!!!!!! Comecei a infernizar a vida daquele homem: era cotovelo que “sem querer” passava pro lado de lá e cutucava ele (sabe, aquela apoiadinha que você dá no braço do banco e ops, escapou?); era travesseiro que “inexplicavelmente” escapulia pro lado dele; era uma tossida que, sei lá, “do nada”, saia alta e putz, não é que acabava indo na direção dele! Poxa vida, que chato isso, não! Resultado: uma certa hora, como a parte onde estávamos (que era um pouco mais cara) estava com alguns acentos vagos, o cara se levantou e foi sentar lá na frente. Alexandre...wins...flawless victory...fatality! ãã2::'> Mas logo começou a amanhecer, e percebi que Cusco se aproximava, o que aumentava a minha ansiedade, pois chegar à capital do Império Inca significava se aproximar de realizar um sonho de infância: conhecer Machu Picchu. Finalmente chegamos! Mesmo procedimento: pegar as mochilas, perguntar se o endereço do hostel era longe e pegar um táxi. DICA DO PORTUGA: Se você estiver com aqueles mochilões que tem barrigueira, não feche a barrigueira quando for despachar, nem o peitoral, porque tenho certeza que os arrombados das companhias usam elas como alça, pois toda a vez que pegávamos elas em algum desembarque, na hora que colocar, a barrigueira e o peitoral estavam sempre alargadas, tinha que ajustar tudo de novo. Pegamos o táxi, sob a trilha sonora do terror do Peru chamado Corazón Serrano, uma espécie de Calipso deles (provavelmente a mina da rodoviária de Arequipa era uma das vocalistas). E é o grande sucesso deles por lá! Uma amostra do Corazon Serrano, quantos minutos vocês aguentam? Chegamos ao WR e o problema de La Paz se repetiu, tínhamos reservado pela Internet ainda em Arequipa, mas teríamos que aguardar até às 14h para fazer check in, a diferença é que agora eu não estava só, os três rodaram juntos. A exemplo de La Paz, guardamos as mochilas nos lockers e fomos tomar café (já era liberado pra nós). Aliás, que bagunça foi aquela! Fomos ao bar, onde era servido o café, e nada. Estranhamos, já eram umas 8h20 e nem sinal do café. De repente, começa um corre-corre dos funcionários, acho que todo mundo perdeu a hora. Em alguns minutos, estava organizado tudo e fomos matar o que nos matava, e nesse tinha café já pronto, na garrafa térmica, quase tive um orgasmo quando tomei. Também estranhamos que havia muita bagunça próximo ao bar, a mesa de pebolim tava cheia de trangalhada em cima, uma certa sujeira e depois soubemos que a noite anterior teria sido daquelas, digna dos relatos que li sobre lá, daí o motivo de tanta gente perdendo a hora e da bagunça. Estão perdoados! Voltamos à recepção, pegamos um mapa e fomos dar um peão pra fazer hora, e decidimos começar a rodar pelas agências de turismo com o intuito de ver qual logística faríamos para Machu Picchu (já tínhamos as entradas compradas), que seria dali a 3 dias. Entramos em uma, entramos em outra, e detalhe, sempre o velho corredor polonês de vendedores, padrão Peru isso. Em uma delas, ficamos até assistindo um pedaço de um jogo do impressionível campeonato peruando entre o Cienciano, time da cidade (o mesmo que eliminou meu time de uma Copa Sulamericana na qual foram campeões) e um outro que nem sei quem era. Achei estranho plena quinta-feira de manhã com futebol, e ao vivo pela TV. Em todas, eles tinham o trem pra vender, mas em horários péssimos e caros. Em uma, nos ofereceram o esquema kamikase da van sinistra pela estrada louca com a caminhada máster e a correria da volta. Explicando melhor: pega-se uma van em Cusco que vai por uma estrada sinistra (é tão zoada que o vendedor nos dizia para ficar tranquilos pois ninguém havia morrido com eles AINDA , vai vendo), depois faz a tal caminhada de 8Km a partir da hidroelétrica até Águas Calientes, e na volta tem que estar na tal hidroelétrica no máximo 14h30 pra pegar a última van, ou seja, tem que sair de MP no máximo umas 11h30 ou 12h pra chegar no local. Sinceramente, até topava a aventura na ida, mas sonhei a vida inteira conhecer MP e me recusava a chegar lá, ficar um pouco (ainda subiríamos Huana Picchu) e vir embora mais cedo, tava realmente disposto a pagar caro, mas curtir o momento, afinal, economizamos em tanta coisa e MP era considerado por nós (ou por mim, pelo menos) o ponto principal do mochilão. Seguimos andando e fomos até o local onde se compra o tal do boleto turístico, é na bilheteria do Museu de Sítio de Qoricancha (não confundir com a Qoricancha que está incluso no City Tour), fica na Av. El Sol, você paga 130 soles a inteira, que dá direito a 16 atrações, ou 70 soles em uma mais restrita (não lembro o que estava incluso), e ela tem validade de 10 dias. Boleto turístico Seguimos andando e descobrimos que ao lado da Praça de Armas tinha uma loja da Peru Rail e fomos lá. Compramos as 3 passagens de ida e volta por US$ 110,00 cada, ou S/ 318,00, na ida sairíamos de Ollantaytambo às 21h (chegada prevista em AC para 22h40) e a volta pegaríamos em AC às 18h35 (chegada prevista em Ollanta às 20h15), ainda bem que eu tinha previsto essas despesas na planilha, senão estaríamos fodidos! Próximo passo: fechar o Valle Sagrado, afinal, ele passaria a ser estratégico para a gente, pois sairíamos no sábado, e quando chegasse em Ollantaytambo, ao invés de seguirmos para Chincheros, ficaríamos por lá e pegaríamos o trem para AC (um dos vendedores nos sugeriu isso, disse que muita gente faz isso). DICA DO PORTUGA: Caso resolvam ir de trem para Águas Calientes, fechem o tour do Valle Sagrado para a véspera de Machu Picchu, desçam em Ollantaytambo e fiquem por lá. Primeiro, de Ollanta para lá é mais barato que de Poroy (primeira estação, próxima a Cusco), depois já economizam na condução (para ir a Poroy tem que pegar táxi). E detalhe: o passeio em Ollanta acaba umas 16h mais ou menos, então fechem um horário de trem próximo desse, a estação é perto, nós tivemos que ficar fazendo muita hora e lá não tem nada pra fazer, é um porre! Acabamos fechando em uma agência (pra variar, não lembro o nome), mas o preço era quase padrão: 25 soles, em todas tava isso, fomos na que o cara explicou melhor (o que nos ensinou o macete de descer em Ollanta). Andamos um pouco mais pelo centro, e antes de voltar ao hostel ainda paramos pra almoçar num menuzão econômico numa quebrada que era tipo uma galeria, um beco, sei lá, e tinha dois restaurantes, escolhemos o mais barato e entramos (um era 7 soles e o outro 8 soles) e depois de tomar nossa sopa, ao saber dos pratos principais, descobri que um deles era uma espécie de “arroz, feijão e carne”, não me lembro o nome, mas era com a palavra “seco”, pedi e quando chegou quase transpirei pelo olho de emoção. Saindo de lá, ainda parei numa farmácia pra comprar um xarope, pois minha tosse tava terrível. Ah, caso queiram comprar um xarope por aquelas bandas, peça “jarabe” (lê-se rarabe), Ok, assim ninguém ficará pagando mico na farmácia como fiquei (imaginem eu pedindo xarope, apontando pra garganta, tossindo e fazendo gesto de beber algo até a balconista, segurando riso, entender o que eu queira). Voltamos ao hostel na hora marcada e finalmente conseguimos fazer nosso check in, ficamos num quarto bem próximo das escadas, letra L, e era muito bom, nesse o banheiro era privado, e só tínhamos nós no quarto. E o sinal de WiFi era o melhor que tivemos a disposição, sinal bem forte. Saímos e demos mais um peão pelo centro, a Praça de Armas é muito bonita, tem duas grandes igrejas em frente a ela. Uma curiosidade sobre as igrejas que aprendemos no Free Tour, que faremos no dia seguinte: uma das primeiras coisas que os espanhóis fizeram foi construir igrejas em cima de todos os templos dos incas, então onde tiver uma igreja em Cusco, é sinal que ali havia um templo inca. E mais, ainda mandaram trancar os porões para não ter acesso a eles. Se já nos sentíamos incomodados com o corredor polonês de Arequipa e o da avenida onde passávamos pelas agências, em Cusco conheceríamos um novo tipo de vendedor: vocês lembram de um jogo de fliperama e vídeo game chamado Golden Axe? Nele, tinha umas caveiras que surgiam do chão. Pois é, os vendedores de Cusco aprenderam a técnica delas, porque você tava num lugar e de repente...PUF, eles surgiam do nada, vendendo tudo o que tu imaginar, não podia dar um passo e PUF, lá vinha mais um. E eles não compreendem a palavra não, vão andando atrás insistindo. Que inferno! Ao lado do hostel tinha um grande supermercado e fomos lá comprar algumas coisas, como água, suco e alguma coisa pra comer. Voltamos ao hostel e lá conhecemos dois brasileiros: um chamava acho que Vitor e o outro era Felipe, os dois eram de São Paulo eu acho. Eles também fariam MP, mas só o Felipe no mesmo dia que nós. No período da tarde fomos conhecer primeiro o Museu do Sítio de Qoricancha, onde compramos o boleto, mas ele não está incluso, custa 10 soles, é um pequeno museu com 3 salas onde estão expostas peças de sítios arqueológicos dos períodos pré-inca, inca e colonial, e nele não é permitido tirar fotos. É interessante, recomendo! Depois fomos para o Museu Inca, ele é bem grande, tem vários espaços e conta a história do povo Inca, com peças de cerâmica, têxteis, muitas múmias, armas, ferramentas, enfim, muitas peças arqueológicas, além de várias maquetes animais de cenários, fortalezas, lugares (tem uma de Moray que muito louca!). Vale a pena passar um bom tempo lá, também 10 soles a entrada! De volta ao hostel, pagar uma ducha, e antes de ir por bar, saímos para comer e na rua ao lado da rua do hostel, tinha uma hamburgueria com lanches mega baratos, cada sanduba (hambúrguer ou cachorro quente) custava 3 soles. Entramos lá, subimos a escadaria e fizemos os pedidos. Os lanches vem rápido e é bem gostoso, compensa muito, eu comi dois, ainda rachamos uma Inca Kola grande. Nós três estávamos satisfeitos, mas acho que o Felipe, que só fez companhia, não estava com uma cara muito contente (achei ele um pouco leite com pera pra um mochileiro), o Vitor nem quis vir (fez uma cara de “imagina se vou comer num lugar desses”). Não sabem o que perderam! Voltamos e bora pro bar, afinal escutei muitas histórias do bar de lá, inclusive dos brazucas que conhecemos em La Paz, e eu estava ansioso. Aquela noite o tema seria homens vestidos de mulher, igual foi em La Paz, mas dessa vez o Renan nos poupou se sua “exótica beleza”, em compensação o Felipe conseguiu da moça que trabalhava no balcão um vestido emprestado. Aliás, era só ele querer e ela daria mais que o vestido pra ele, até falei várias vezes sobre isso. O bar era animado, bem melhor que o de Arequipa, a mesa de snooker ficava no próprio bar, lá no fundo, e nesse dia estava rolando um torneio de beer poing. Tinha um casal que tava ganhando de todo mundo, ninguém tirava eles. Tinha ainda um amigo que em algumas rodadas arremessava também, e era igualmente implacável! A disputa rolou por quase a noite inteira, eu, o Renan e o Felipe jogamos umas duas vezes e perdemos, mas na terceira ganhamos e tiramos eles. Vai Brasil! A noite estava animada, o bar não estava tão cheio, mas quem tava lá não tava de brincadeira, muita gente subia no balcão, várias cenas engraçadas, inclusive um escocês que estava com os caras do beer poing subiu no balcão e fez uma dança doida típica daquela região. Foi muito legal essa primeira noite! Lugar onde compra o boleto turístico Um dos inúmeros becos de Cusco Gastos do dia Almoço: S/ 7,00 Museu Qoricancha: S/ 10,00 Museu Inca: S/ 10,00 Mercado: S/ 6,00 Brejas: S/ 20,00 Hamburgueria: S/ 6,00 (lanches) + S/ 5,00 (refri) Trem: S/ 318,00 Valle Sagrado: S/ 25,00 Boleto: S/ 130,00 Xarope: S/ 16,00 Continua... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros alexandresfcpg Postado Dezembro 3, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Dezembro 3, 2014 03 DE OUTUBRO – 16º Dia Cusco Bom dia Cusco! Mais um dia começa, e muita coisa pela frente. Café tomado e bora pra rua que pra ficar no hostel eu ficaria em casa mesmo! Primeira parada no Mercado Central de San Pedro, bem parecido com o de Arequipa, e depois seguimos para o Museu de História Natural, ficava dentro de uma faculdade (Universidad Nacional de San Antonio Abad Del Cusco, a mesma que mantém o Museu Inca), é um pequeno museu (apenas duas salas) que fica em frente à Praça de Armas, tem várias espécies de plantas e animais empalhados, fala sobre as espécies de cada região do país, tem amostras de frutas, sementes e produtos típicos do país, alguns fósseis, amostras de rochas e até uma parte com algumas aberrações, achei bem interessante, é só 3 míseros soles. Museu de História Natural De lá, seguimos para o simpático bairro de San Blás, fica passando a Praça de Armas, é o bairro artístico de Cusco. Entramos em uma loja para olhar algumas lembranças e a vendedora, que foi muito simpática conosco, nos vestiu com umas roupas típicas para tirarmos fotos, e sem cobrar nada e sem compromisso de comprarmos algo (no Peru, por nada se cobra algo) e depois fomos até uma praça bem bonita próxima a Praça de Armas, chamada Plaza Regocijo, e enquanto estávamos sentados olhando o lugar, fomos abordados por um rapaz de camisa rosa que estava escrito Free Tour, ele veio nos convidar a participar de um tour andado por Cusco. Como já havíamos feito em Arequipa e gostado, e sabíamos que tinha em Cusco, aceitamos de cara, fomos com ele até a Praça de Armas, onde se concentraria o pessoal, a saída seria meio dia. San Blás Praça Reconcijo No começo, só tínhamos nós, mas aos poucos, como diria Roberto Carlos, vieram aos milhares, de todos os lugares. Tinha bastante gente, e eram dois guias, um que só falava em inglês e o outro em espanhol. Não sei por que, pegamos o que falava espanhol (por que será, né!), só fomos nós três e um alemão que estava estudando espanhol, os outros foram com o outro que falava inglês. Pegamos caminhos diferentes e seguimos com o Raul, nosso guia, gente finíssima. A cada lugar que parávamos, ele dava várias explicações, e manjava bastante, foi uma aula de história que nem se somasse todo o Ensino Fundamental e o Médio dariam conta. Mesmo já aclimatados com a altitude, as intermináveis ladeiras e escadarias tiravam o fôlego, mas a empolgação e as folhas de coca davam o gás necessário, aliás, essa tal de coca é um bagulho louco mesmo, vocês acreditam que enquanto eu mascava, até minha gripe passava? Nem tosse, nem dor de garganta, nada, até a respiração melhorava. Santa coca! Cusco realmente é surpreendente, entrávamos em becos que do nada viravam praças belíssimas, como no charmoso bairro de San Blás, onde havíamos apenas entrado na primeira rua, e lá descobrimos até uma praça muito bonita com uma cascata e em volta dela tem vários ateliês de artesanato de famílias tradicionais de lá, nem precisa dizer que os preços são pra quem quer exclusividade. As construções de pedra pura eram impressionantes, e em algumas era possível ver serpentes ou puma entalhados, esses animais, juntamente com o condor são símbolos dos mundos incas. Entramos numa casa, era uma sala pequena, onde nos encontramos com o outro grupo, era um lugar onde um tiozão fabricava uns instrumentos no mínimo exóticos. Tinha um violão, ou viola, ou algo da mesma família (manjo muito de instrumentos) que era feito com casco de tatu, tinha um instrumento feito com osso de algum bicho qualquer que eu não lembro, e ele ainda pegou uma daquelas flautas andinas e tocou aquela música “Chorando se foi, quem um dia só me fez chorar” hahahahahaha. Na saída, ele nos contou que uns 6 meses antes, o baterista de uma chamada O Rappa (perguntou se conhecíamos hahaha) ficou maluco com os instrumentos do tiozão, o Raul até disse que o cara foi meio chato. Ainda contemplamos uma bela vista do alto da cidade de um mirador que fica junto da Igreja de Santa Ana. No final, encerramos o passeio conhecendo um lugar especializado em pisco, onde eles nos mostraram como é feito o pisco sour, bebida nacional do país, fazendo na nossa frente (pergunta se lembro da receita, cabecinha viu!), e claro, degustamos no final (fiquei do lado do balcão e tomei duas taças hahahaha). O guia ainda nos deu muitas dicas bacanas e nos indicou onde comer um bom cuy, o porquinho da Índia deles, iguaria que nós tínhamos intenção de provar em solo peruano. Ali o passeio terminou e gostamos muito, recomendo bastante, não sei o outro, mas o Raul é sensacional, demos cada um 10 soles, teve gente que deu bem mais (chapado de gringo rico naquela bodega hahaha). Raul, nosso guia, e o detalhe das serpentes entalhadas na pedra Da-lhe ladeiras! Esse era o outro guia, parecia ser muito bom também! Literalmente falando, animal! O famoso tiozão dos instrumentos! Pumas nas pedras Vai um pisco aí! De lá, colamos num restaurante, que o Raul indicou, quase ao lado de onde tomamos pisco, custava 10 soles o menu, no padrão: sopa (1 e meia, né) e o prato principal, e ainda foi servida uma bebida que parecia um chá, era quente, não sei identificar do que era, mas não era ruim, só um pouco estranho o gosto. De quebra, ainda veio uma sobremesa, parecia sagu e tinha pedaços de morango, era bom. Não lembro exatamente o prato desse dia, mas lembro de que mal consegui levantar de tanto que comi, rezei pra no caminho achar uma ladeira pra descer rolando. Andamos mais um pouco e atendendo a lombriga da Marina, paramos num Starbucks que tinha perto da Praça Reconcijo, próximo ao Museu do Cacao (que tinha entrada grátis, mas acabamos não nos interessando no momento), tinha bastante gente, eu, como tava cheio, pedi um cafezinho normal só pra dar aquele tapa no rango, no final veio uma xicarazinha de merda e custou 5,50 soles. VTNC! Voltamos pro hostel e à noite colamos novamente no bar, a mesma animação de sempre, o povo no balcão, muito “borrachos”, uma galera batendo uma sinuca esperta, e acabamos conhecendo duas figuraças: uma chileno e um argentino. O argentino tinha uma cara de que tava maconhado, era a tranquilidade em pessoa, tudo na paaaaaz; já o chileno era um fio desencapado 220V, magrelo e alto, com um bigode de porteiro, tava causando, ele era muito engraçado, quando falamos que éramos brasileiros, ele disse que já havia estado em Florianópolis e só repetia expressões como “popozudas” a todo instante. Uma hora, ele tirou uma foto nossa, e como o Renan adicionou ele no face, ele viu a foto postada, a legenda era: “Yo e lós cabros!” Hahahahahaha, lós cabros foi foda! Como estávamos segurando um pouco a grana e bebendo quase nada, ele não se aguentou de nos ver “caretas” e nos pagou uma cerveja. No final da noite, quando estavam fechando o bar, a galera tava se agitando pra ir pra outro pico, não lembro qual, mas não era o Mama África (balada mais famosa de Cusco, em frente à Praça de Armas) e eu e o Renan iríamos dormir porque no outro dia íamos acordar cedo fazer Valle Sagrado e começar a odisseia do Machu Picchu, mas o chileno insistiu para que fossemos com ele. Aí veio uma parte engraçada: o Renan mostrou a aliança e falou que não ia porque ele tava com a mina dele e não ia dar perdido, o chileno me saca uma correntinha, mostrou a aliança presa nela e disse: “A minha deixei no Chile hahahaha”. Todos rimos, esse era malucão mesmo! Ah, antes de encerrar, falando de balada, o Raul, no percurso do tour, nos indicou uma casa noturna bem legal, ela é uma espécie de aquecimento pra balada de Cusco, chama Km 0, fica em San Blás, toca todo tipo de música e cola bastante gente, não fomos por que não deu, mas fica a dica aí! Que beleza! Gastos do dia Museu Historia Natural: S/ 3,00 Almoço: S/ 10,00 Gorjeta tour: S/ 10,00 Café: S/ 5,50 Mojito no bar do hostel: S/ 9,00 Continua... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros alexandresfcpg Postado Dezembro 3, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Dezembro 3, 2014 04 DE OUTUBRO – 17º Dia Cusco – Valle Sagrado – Águas Calientes Sáááábado de sooooool, alugueeei um caminhão! Sol até estava, mas ao invés de um caminhão reservamos foi o tour para o Valle Sagrado, onde começaríamos o fim de semana que teria como ponto alto Machu Picchu. Estava ansioso! Arrumamos nossas coisas, fizemos o check out, deixamos as cargueiras no locker (levando a de ataque com o essencial) e bora até a agência onde compramos o tour, que ficava na Av. El Sol, pois era de lá que sairíamos, segundo o agente que nos vendeu. O Renan e a Marina decidiram comprar algo pra levarmos, e combinamos de eles se encarregarem disso enquanto eu ia indo na frente pra segurar nossos lugares (vai que dá uma zebra e eles saem antes, sei lá). Perguntaram o que queria, falei que não sendo pedra eu encaro qualquer coisa, fui andando e eles entraram em algum lugar no caminho. Cheguei na agência, ela estava aberta, mas estava tudo em cima do balcão, tinha uma tia limpando lá e ninguém atendendo. Perguntei do passeio, ela pediu pra esperar alguém chegar, daí lembrei que o agente tinha dito que podia ser lá ou em outro endereço, era no final da rua, perto de uma grande obra que estava tendo ali. Segui adiante e de repente ouço alguém me chamar: “Ei, usted, ei!”, achei que era algum vendedor mala, mas quando olhei era o agente, ele me reconheceu, e ainda perguntou dos outros dois, falei que estavam vindo e ele pediu para aguardar ali e saiu. Enquanto isso voltei até a agência para ver se eles haviam chegado e estavam lá esperando, o Renan disse que falou com um cara e ele disse que não tinha nenhum passeio para sair de lá, ele mostrou o recibo, e o cara perguntou o nome do agente, quando o Renan disse o cara torceu o nariz, como quem diz: “Vixe, tinha que ser!” . Eu não lembro o nome do cara agora, mas acho que ele deve ser do tipo que sai vendendo sem ter nada certo e se vira pra arrumar depois, mas ele pareceu ser honesto (tanto que até me reconheceu antes mesmo de eu vê-lo), só é enrolado. Voltamos ao local e esperamos o doido aparecer de novo, ele então chega e diz para segui-lo. Fomos até uma praça adiante e tinha uma pá de busão estacionando, todos quase cheios, e depois de uma certa demora e corre-corre ele arrumou um para nós. Acho que funciona assim: os caras vendem os passeios, na hora os ônibus surgem e eles vão enfiando o povo dentro. É confuso, mas no final dá certo. Entramos no pequeno ônibus e depois de cheio, o guia entrou, se apresentou e seguimos caminho. Seu nome era Juan Carlos, ele explicou o esquema do passeio e perguntou se alguém iria descer em Ollantaytambo para pegar o trem até Machu Picchu, bastante gente levantou a mão, a maioria no trem que sairia umas quatro e pouco, ele disse que ficaríamos até por volta das 16h lá e que nos liberaria para irmos, a estação era próxima. Só o nosso trem era mais tarde, teríamos que fazer hora. A viagem segue, Cusco ficava para trás e antes de chegar a Pisac, primeira cidade do Valle a ser visitada, paramos num vilarejo no meio do nada para visitarmos uma espécie de feira de artesanato (sim, preparem-se, no Peru todo passeio que fizerem vocês irão parar em tudo que é lugar de venda de artesanato, eles realmente não perdem a oportunidade de ganhar dinheiro dos turistas), aproveitamos para comer umas empanadas que o Renan comprou na parada que fez antes de sairmos. Essas estavam um pouco secas, mas vai assim mesmo. Voltamos ao busão e agora sim rumo a Pisac. Quando chegamos lá, antes de irmos às ruínas, o ônibus parou em frente a uma fábrica de prata, descemos (menos o Renan e a Marina, que preferiram ficar no ônibus) e fomos lá. Para quem gosta de jóias, e de prata em especial (e era aquela 950, a melhor que tem), o lugar era um sonho, tinha muitas peças, inclusive umas estátuas de uns guerreiros incas muito loucas com detalhes feitos em prata. Ainda na loja ficava a fábrica das peças, tinha uma moça que ia explicando todo o processo enquanto os trabalhadores iam fazendo as peças. Particularmente achei interessante, mas também não é o tipo de coisa imperdível. Volta pro ônibus, pegamos uma subidinha e logo chegamos às ruínas. Lá chegando, descemos do ônibus e o guia perguntou quem tinha o boleto turístico (era preciso para entrar nos lugares do Valle), quem não tinha ele levava até onde comprava, tinha um posto de venda ali, enquanto os outros passavam pela portaria, onde o funcionário pegava o seu boleto e furava no local da atração. Esperamos todos se juntarem e fomos acompanhando o guia, que usava uma bandeirinha para não nos perdermos dele (a maioria dos guias tinha esse costume), além de às vezes gritar: “Grupo de Juan Carlos, por a cá!”. Aliás, um adendo sobre a bandeirinha: já havia reparado, tanto na Bolívia quanto no Peru, que é muito comum usarem a bandeira do arco-íris, que todos conhecem como a bandeira do movimento gay. Só que na verdade essa bandeira representa a união dos povos andinos, ou algo assim, e inclusive é a bandeira da cidade de Cusco. Logo avistamos os terraços, são enormes degraus onde os incas faziam suas plantações, o guia explicou todo o processo, como funcionava, o fato dos terraços ficarem apontados para o sol da manhã (os caras pensavam em tudo, muito foda), subimos umas escadarias e vimos as suas construções, as explorando um pouco. Pisac basicamente era uma cidade exclusivamente agrícola, não tinha muita coisa além disso. Depois de conhecer o lugar e ouvir as suas histórias, tiramos nossas fotos e voltamos para o ônibus, acho que ficamos mais ou menos uma hora por lá. Pisac Pega esse guerreiro inca! Pedras que eles usam na confecção das jóias A moça que dava as explicações Os terraços de Pisac Entrada do parque Aquela bandeira que parece do movimento gay (mas não é) é a do nosso guia. Próxima parada seria em Urubamba, onde almoçaríamos. O esquema era igual ao do canyon, menu por 25 soles, mas assim como lá também iríamos comer por conta. O restaurante ficava num lugar muito bonito, e mesmo não comendo lá o guia mandou entramos e que ficássemos na parte de trás, era uma espécie de jardim, sentamos numa mesinha e ficamos ali, mandando aquelas empanadas meio zoadas curtindo a brisinha e o visual do lugar, até brinquei falando que estávamos melhor que o povo que pagou e tava lá dentro. Confesso que se tivesse uma rede, perderia o passeio fácil, tava muito bom ali. Hora do almoço, e eu abrindo a boca na hora da foto. Sempre! Restaurante bonitinho Finalizado o almoço, bora pra Ollantaytambo. A cidade é bem bonitinha, descemos em frente a portaria do parque, demos os boletos para serem furados e entramos, o lugar era grande, tinha enormes degraus, ou melhor, terraços, uma grande escadaria lateral e muitas construções. Fomos subindo e o guia ia explicando sobre o lugar, ali foi uma espécie de fortaleza, onde travou-se a única batalha vencida pelos incas contra os espanhóis. Uma curiosidade era o uma formação numa montanha vizinha que lembra perfeitamente um rosto de um inca, tinha também umas espécies de guaritas, enfim, o lugar era incrível. Essas informações foram as poucas que consegui captar da explicação, pois tinha um grupo de japoneses próximos de nós (aliás, era uma verdadeira invasão nipônica, meu medo era o Godzila aparecer atrás das montanhas) no qual o guia simplesmente falava um absurdo de alto, mas sério, era muito alto mesmo , ficava difícil ouvir nosso guia, todo mundo tava se incomodando com ele. E o pior é que ele devia estar fazendo palhaçada, porque os japas riam toda a hora dele. Minha vontade era dar uma voadora nele pra ele rolar aqueles degraus todos, provavelmente seria carregado pelo povo como herói hahahaha Exploramos bastante o lugar, posso afirmar que Ollantaytambo é quase um aquecimento para o Machu Picchu, pois possui características parecidas, mas em bem menor proporção. É um passeio que recomendo, ajuda a já entrar no clima de MP, além de ser uma bela aula de história. Pouco antes das 16h, o guia avisou quem ia pegar o trem pra já ir indo, explicou o caminho (é bem fácil) e chamou aos demais para seguir para Chincheros (pelo que soube, tem algumas ruínas e uma grande feira onde pode-se comprar alguma coisa legal), última parada do tour. Como nós nem iríamos a Chincheros e nem iríamos pegar o trem àquela hora, poderíamos desfrutar um pouco mais, já que o lugar fechava às 17h. Teve um momento em que eu me separei dos dois ainda lá em cima e acabei chegando a uma espécie de fonte, próximo da entrada do parque, um lugar bacana, passa até um tipo de riozinho ali, e de repente ouço alguém chamando. Era o guia achando que eu fazia parte do povo que ia pra Chincheros e ele tava me chamando pra ir embora. Eram umas 16h30 mais ou menos, e algumas pessoas simplesmente sumiram, o guia tava desesperado procurando elas, isso porque ele havia dito desde o início que dando a hora de sair ele não esperaria ninguém, ele vazava e pronto. Mas é óbvio que ele não poderia fazer isso, eu tava até com dó do cara, ele tava com cara de desesperado. Apesar do forte vento frio, o tempo era muito bom, e rolou até um belo arco-íris na nossa saída. Praça de armas de Ollantaytambo Entrada da Fortaleza Nosso guia tentando explicar, apesar do guia japa (estava atrás de mim) Encontre o rosto na montanha Ache o inca Belo arco-íris Estragando a paisagem hahahahaha Fomos andando pela cidade, passamos a rua onde ficava a estação e chegamos a uma pequena praça de armas, ainda não eram 17h e tínhamos que enrolar até às 21h, e o tempo começava a ficar estranho, parecia que ia mudar. Entramos num mercadinho ao lado da praça para ver se tinha algo para levar pra MP, pois sabíamos que em Águas Calientes as coisas seriam mais caras, inclusive mandamos uma mensagem para o Felipe (um dos brazucas que conhecemos no hostel) que já estava por lá, ia fazer MP no mesmo dia que nós e chegou no início da tarde, perguntando se ele queira que levasse algo pra ele, ele já havia comprado as coisas por lá mesmo e disse que lá era absurdo os preços. A Marina comprou umas balas de coca, já que a coca em si ela não conseguia usar, compramos umas barras de cereal, água e uns salgadinhos. Em volta da praça tinha vários lugares pra comer, principalmente pizzarias, e resolvemos entrar em uma pra comer e passar o tempo, pois achávamos que próximo da estação não teria nada. Nos sentamos, pegamos o cardápio com o garçom e escolhemos, não lembro os sabores, mas era uma meio a meio. Enquanto aguardamos, aproveitamos o WiFi grátis (e bom) e ficamos conversando. Demorou bastante para sair a pizza, mas tempo não era problema pra nós, e finalmente ela chegou, a bicha era grande até, e tinha uma cara boa. Pedimos uma jarra de limonada (que, aliás, é espremida com casca e é um pouco aguada, é padrão no Peru) e mandamos ver na redonda, estava ótima, rachamos a conta e fomos dar mais um peão. Já estava escuro, estava com uma cara de que choveria e fomos até um mercadão que tinha lá. Estava para fechar eu acho, alguns box já tinham fechado inclusive. Saímos e ficamos sentados num banco em frente à praça pra enrolar um pouco e então partimos rumo à estação. Encoberto pelo ônibus, o mercado que entramos Vai uma pizza aí? Fizemos o caminho de volta até a fortaleza e pegamos uma rua, pelo que falaram seguia por uns 10 minutos, tinha a opção de ir naqueles táxi-moto, estilo tuc tuc, muito comum no Peru, mas preferimos ir andando. É uma rua comprida e escura, tem um movimento razoável, sem calçada. Logo avistamos a estação, e pra nossa surpresa tinha muitas lanchonetes e barraquinhas ao lado dela, e como estava cedo (devia faltar mais de uma hora) ainda entramos em um café pra enrolar um pouco mais. Resolvemos usar a seguinte tática: cada um pediria uma coisa, mas de forma intercalada, um por vez, e assim ganharíamos tempo . O Renan pediu um chá de coca, e bebeu bem devagarinho, sem pressa nenhuma, e quando ele acabou eu pedi um cappuccino, mesmo esquema, quase um degustador. Por último, a Marina pediu algo que não me lembro agora, mas enrolou também. Enquanto isso, o povo de lá se entretia com algo que parecia um Raul Gil peruano, era um programa de calouros só com crianças que cantam pensando que são adultos. A essa altura já havia começado a chover, e como a hora se aproximava, fomos para a estação, passamos a portaria e fomos até a sala de embarque, estava movimentada, pegaríamos o último trem do dia. Antes de entrar, perguntamos pra um guarda se tinha algum ônibus que fosse pra Cusco, ele disse que sim, era subir a rua de volta. Notamos que tinha muita gente local para pegar o trem e estranhamos, afinal ele é bem caro até pra nós, que dirá pra eles, mas mais tarde viríamos a descobrir que para a população local tem uns vagões separados que custam 5 soles se não me engano. Finalmente ele chegou, manobrou e se posicionou para embarcarmos. O nosso vagão era o mais econômico, o Expedition, mas mesmo assim era bem confortável, limpinho, bem legal (também, pelo preço que pagamos tinha que ser de ouro né!). O trem partiu e logo começou o serviço de bordo, primeiro serviram uma bebida (coca, café, chá, suco ou água), e depois passaram servindo um lanchinho, que na verdade você escolhia entre uns trecos doces, achei bem fraquinho. Logo avistei pela janela a tal da hidroelétrica, sabia que estavamos próximos, e não demorou muito chegamos a Águas Calientes. O desembarque é no meio da rua, até porque o trilho passa no meio da cidade, é bem confuso, um amontoado de gente pra todo lado. Seguimos com destino ao hostel que a Marina tinha pego informação em Cusco, chamava-se Supertramp, paramos em frente a praça principal e lá tinha uma mapa da cidade, conferimos o endereço e seguimos caminho. Segue daqui, vira de lá, erra uma entrada acolá e chegamos ao hostel, tinha uma cara de despojado, com alguns grafites pelas paredes. Fizemos o check in (já pagava na hora), pegamos um quarto de 10 pessoas, custava 32 soles, e trombamos o Felipe, ele havia chegado no início da tarde e ficou lá porque a Marina indicou, ele disse que quando chegou não tinha ninguém, ficou sozinho também num quarto de 10, mas não era o mesmo que o nosso. Fomos pro quarto e logo percebi que não tinha tomadas suficientes pra todos, e eu precisava carregar minha câmera, aí soube que na recepção eles carregam, deixei lá numa extensão de tomada com outros diversos celulares e câmeras que estavam plugados. Pensei em tomar banho, mas primeiro estava bem cansado e tinha muita gente na fila, aliás, a primeira impressão que tive que o lugar era meio bagunçado, resolvi ir dormir direto, pois levantaríamos às 4h. Pelo menos fui poupado de ver um figura que tava no nosso quarto saindo do banheiro sem camisa e de ceroula. Chegando à estação Sala de espera Hidroelétrica Desmbarcando em AC Praça principal de AC Nosso hostel, Supertramp Gastos do dia Empanadas: S/ 5,00 Check out WR: S/ 72,00 (duas diárias) Pizza e limonada: S/ 12,00 pra cada Capuccino: S/ 6,00 Hostel: S/ 32,00 Continua... Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros alexandresfcpg Postado Dezembro 3, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Dezembro 3, 2014 (editado) 05 DE OUTUBRO – 18º Dia Águas Calientes – Machu Picchu - Cusco 4h da manhã! Ainda estava escuro, mas o despertador e a ansiedade me despertaram para o grande dia. Lendo assim, parece que pulei da cama radiante, mas acordar cedo é acordar cedo independente da razão, o sono imperava ainda, e aquele mau humor matinal idem. E pra ajudar, descubro que minha câmera foi desconectada da tomada, ou seja, não tinha dado quase nada de carga. Fiquei puto da vida, e coloquei ela na tomada novamente pra tentar carregar alguma coisa. Sinceramente, não tinha motivo pra isso, pois eu tinha uma bateria reserva cheia, mas imaginei que tiraria muitas fotos e faria muitos vídeos, e tinha medo de uma bateria não dar conta, mas não adianta, sou ranzina de manhã cedo mesmo, é normal. Partimos para o café, mas tinha tanto sono que nem fome sentia, e o café parecia bom, a mina que tava lá até fritava ovo pro povo, mas fiquei só no chá de coca mesmo. Pra vocês terem uma ideia de como eu tava sequelado, tinha um quartinho onde você podia deixar suas coisas pra ir a MP, e o gênio luso ao invés de deixar o peso morto numa sacolinha e levar o necessário na mochila de ataque, eu fiz o inverso. Na hora que cheguei na porta com a sacola na mão, o povo me olhou e falou: “Tá zoando né?” “ Tua vai assim, o jegue!”. Eu me dei conta da cabaçada e voltei pra trocar, enquanto o pessoal foi indo na frente. Ainda bem que não existe Nobel de Burrice, senão tava no papo! Já estava clareando, e todos os caminhos levavam uma peregrinação de pessoas até o mesmo lugar. A fila do ônibus já estava grande, fui comprar minhas passagens e acabei descobrindo que fui engabelado. O bilhete custa 19 obamas ida e volta ou 10 só um trecho, comprei os dois logo, só que paguei em soles e deu 55,50. Localizei os parças na fila e me juntei, e o Renan me falou do golpe da caixa; na verdade, em soles custava 55,15 (pior que tinha uma placa escrita ao lado, mas como sono nem li), mas ela tava cobrando 55,50 de todo mundo, o Renan percebeu e não pagou, e a mulher ainda achou ruim. Vocês devem estar pensando que tô sou chato por estar reclamando por causa de 35 centavos, realmente não era isso que me faria mais pobre, mas penso no tamanho que a fila tava e cada um dando 35 centavos a mais, essa mulher faturou bem nesse dia, isso se ela não faz sempre. Safadjenha! Fila do busão Busão caro da porra Após esperar um tempo, finalmente entramos no micro-ônibus e partimos para a Velha Montanha (tradução de Machu Picchu), era uma bela subida, pelo caminho avistava o povo que fazia a subida a pé, tinha uns degraus pelo meio do mato que cortavam a estrada, era bem puxado, muitos estavam com cara de derrota, quem sabe um dia eu encaro esse desafio! Uma meia hora de subida e chegamos à portaria do parque, nem podia acreditar que esse dia chegou! A fila era grande, mas até que foi rápido, mostramos as entradas e entramos, mas no tempo que aguardamos muitos guias se ofereciam para fechar grupos, girava em torno de 30 soles, mas conforme a choradeira iam baixando pra 25 e até 20 soles por pessoa. Preferimos esperar mais um pouco pra achar algo melhor. Eu sabia que tinha um esquema de carimbar os passaportes na portaria e perguntei onde era, me informaram que só libera depois das 9h, portanto só o faríamos na saída. Seguimos por um caminho até avistar a cidade (sim, Machu Picchu é uma antiga cidade inca). Parei alguns segundos pra admirar a paisagem, parecia um sonho! E lá dentro ainda fomos abordados pro alguns guias, mas o preço era o mesmo, e como o Felipe e uma amiga que ele arrumou no hostel iam fazer a tal da Montanha (é um outro rolê que te lá e precisa comprar antes também), só que às 9h, e nós íamos pra Waynapicchu àquela hora, não teria como, e pra nós três o cara não faria, ou cobraria mais caro, então deixamos quieto. Mas sinceramente, me arrependo de ter feito o rolê sem guia, não é a mesma coisa. Entrada de MP Entrando em MP Primeira vista do lugar, nada mal né! O lugar tem bastante sinalização, e fomos seguindo até Waynapicchu, tinhamos entradas pra primeira turma, de 7h. A entrada fica do outro lado da cidade, mas não é tão longe assim, e tem uma portaria, onde antes de entrar você mostrar também o ticket (no caso, impresso da Internet), assina um de livro de entrada, com nome, nacionalidade e horário de entrada. Teríamos até às 9h30 pra estar de volta. O caminho é tipo uma trilha, e começa com uma baita descida pra depois vir a subida sem fim. Uma hora era a previsão de chegar no topo, haja fôlego! No começo, a escadaria é de boa, mas aos poucos vai se transformando num desafio. Os degraus não possuem uma regularidade, alguns são largos, outros estreitíssimos (meu pé, de lado, ficava metade dentro e metade fora, e ele nem é tão grande assim). Tinha degrau que parecia um bloco baiano, sem exagero, era estreito e um quadrado só. Alguns deviam ter uns 40 ou 50 centímetros de altura (é sério) e estreitos. Tava osso, tinha pontos que tinha umas cordas ou ferros, mas eles acabavam justo nos piores trechos, às vezes era necessário agarrar no mato ou no barranco. Alguns pontos eram absurdamente ingrimes, quase verticais mesmo. A nossa sorte é que estava frio e com cara de chuva, se estivesse sol e calor estaríamos mais fodidos ainda, minha garrafa de água quase não deu conta (recomendo levar bastante mesmo), e ainda assim tava osso, uma hora tirei o agasalho porque tava pingando de suor. Aquela escadaria era algo insano, até desenvolvi uma tese: ou eles calçavam algo em torno de 30, ou eles eram alados, e fizeram aquela escada lazarenta pra foder os espanhóis, sei lá hahahahaha Em determinado momento a Marina ficou pra trás, não tava aguentando, ainda parei pra esperar um pouco acima, mas o pessoal passava e falava que minha amiga estava sentada. O Renan disparou na frente e foi embora, e eu resolvi subir também. Tinha muita neblina, o visual tava meio prejudicado, mas conforme subíamos ameaçava abrir, até que chegamos ao lugar onde dá pra ver a cidade do alto, onde se tira a tal “foto clássica” (que na verdade, nem é ali). Ante de chegar nesse ponto, precisa passar por um pequena caverna, tem que engatinhar um pedacinho, mas é bem rápido Eu confesso que existem três coisas das quais tenho medo: altura, moto e da Elza Soares (sim, eu tenho medo daquela mulher). Mas resolvi encarar o fantasma e me sentei a beira do penhasco pra tirar umas fotos, aproveitando uma rápida limpada e uma perfeita vista da cidade e da estrada, em forma de zigue zague. Mal sabia que aquele estava longe de ser o pior! Tinha mais uma subidinha, mas eu tava de boa ali mesmo, até que de repente surge ela, renascida das cinzas com uma fênix...Marina Winterly, em carne, osso e disposição, e depois de admirar a paisagem, subiu o restante. Depois dessa, é lógico que subi também né hahaha Lá em cima, tinha um espécia de uma pedrona onde o povo tirava fotos e depois de uns minutos começamos a descer, a saída era do outro lado, portanto de qualquer maneira teria que subir mesmo até ali. Agora vem o meu pesadelo! Assm que viro pra começar a descer, me deparo com uma escadaria absurdamente ingrime e com um baita penhasco no fim dele . Meu, eu congelei na hora que vi aquilo, não conseguia me mexer, travei, pensei em como desceria aquela bexiga. E não adiantava o papo que pra baixo todo santos ajuda que piorava. DICA DO PORTUGA: Se tiver medo de altura, não façam o Waynapicchu, é sério! Eu tremia tanto que guardei a câmera no bolso pra poder usar as duas mãos pra auxiliar na descida. Como não consegui tirar uma foto daquilo, achei uma imagem na Internet que ilustra o local, vejam e tirem suas próprias conclusões! Se levou uma hora pra subir, pra descer levaria mais. A maior parte do caminho eu simplesmente desci sentado, degrau a degrau, e não fui o único, vi muitos fazerem isso, alguns desceram de quatro e teve gente que pulou pelos terraços. Diz a lenda que o Renan me filmou, mas o projeto de gente não me manda meu vídeos. E como uma coisa ruim sempre pode piorar, ainda começa a chover, e chover com louvor! Puta que pariu, só me fodo nessa merda, já diria Conrado do Fudêncio (personagem fatalmente inspirado em mim). Dessa vez foi a Marina quem disparou na frente e foi embora, enquanto o Renan ficou pra me ajudar, chegando a dar a mão muitas vezes em trechos horríveis. Tinha horas que deixava o povo passar pra não atrapalhar, e continuava minha lenta descida. Tinha gente que ainda passava e dava uma moral, tipo, vai lá que tu consegue. Porra, eu tinha que conseguir, senão tava morando lá até hoje né hahahaha O mais vergonhoso era ver um velhinhos, mas velhinhos mesmo, descendo aquilo como se estivessem desfilando numa passarela. Finalmente, depois de uns escorregões, muitos mato e terra nas unhas, uma calça imunda, bastante tremedeira e várias orações, chegamos a portaria. Nunca senti tanto alívio na minha vida! A turma das 10h já fazia fila, e tinha alguns brasileiros, que me reconheceram (eu tava com a camisa da seleção) e perguntaram como foi. Só lembro de responder: “Da hora, será inesquecível, principalmente a descida!”. Entrada de Waynapicchu Grande vista Uma hora e meia de escadaria pela frente! Pra chegar no alto, precisa pessar essa pequena caverna Foto clássica (medo da porra) Saaaaaaaaantossssssss!!!!!! Primeira descida, nem deu medo... Enquanto assinava o livro (o mesmo que assinei na entrada, mas tinha que marcar também o horário de saída), numa fração de segundos, o Renan desapareceu como se fosse o Mestre dos Magos (até a altura era compatível). Chovia bastante e eu procurei o infeliz, mas nada, segui o caminho achando que ele estivesse indo reto, mas nada. Bom, continuei meu passeio imaginando que uma hora o encontraria, mas o pior é que toda a comida havia ficado na minha mochila, que tava mais vazia, e fiquei preocupado deles sentirem fome. Tinha muita coisa pra se ver, era demais aquele lugar, a chuva é que tava azedando um pouco o rolê, fico imaginando o povo que subiu Waynapicchu às 10h, além de mais dificuldade pra subir, não teriam a mesma vista que tivemos. Fui até o alto e de um lugar chamado Porta do Sol, ou Templo do Sol, não lembro agora, e percebi que é de lá que se tira aquela foto que chamam de clássica, com uma bela vista de MP e inclusive de Waynapicchu. Já era por volta de meio dia quando, descendo até a parte baixa, escuto um grito: “Portugaaaaaaa”!!!! Olho pro volta e vejo o jovem lenhador de bonsai me chamando, estava sem a Marina, disse que ela estava embaixo e pediu pra chamar ela. Desci e a chamei, e como ele ia explorar aquele lugar ainda e eu o outro lado, combinamos de nos encontrar na saída, próximo ao portão. Perguntei se ele precisava da comida, mas ele disse que acabou comprando algo na lanchonete que tem lá. Em resumo, eram umas 14h mais ou menos, já havia explorado acho que tudo e decidi ir embora, ia até a portaria aguardar eles. A essa altura, a chuva já tinha dado trégua. Lá chegando, eles já estavam lá, tinham acabado de chegar também, já tinham carimbado os passaportes e eu ia carimbar o meu. Tinha uma fila razoável, e na minha um senhor que era coreano (vi no passaporte dele) que tava carimbando uns 5 ou 6, sem exagero. O sol já começava a apontar e tinha muita gente entrando, principalmente japoneses, como tinha japonês aquele dia! Embarcamos no busão (ou businho hehe) e voltamos a Águas Calientes. Bom, vou falar por mim, estava bem cansado, Machu Picchu é sensacional, sem palavras, mas é um rolê puxado, você anda bastante, sobe, desce, sobe, desce, dá pra cansar legal, fora Waynapicchu que havia sugado todas as minhas energias! Mas vale a pena! Paramos pra comer num lugar qualquer, os menus econômicos não são tão baratos quanto nos outros lugares, mas tava dentro do orçamento. Eu sinceramente tava tão cansado, e bem ou mal tinha me alimentado, que nem tava com tanta fome, e só a sopa (e meia) já me deu um grau legal, quando o prato chegou acabei deixando uma boa parte. Ainda ficamos acompanhando o noticiário das eleições, que a exemplo da brasileira, também era naquele domingo. Eu estava tão chateado por não estar aqui escolhendo entre Dilma e Aécio... Pra fazer hora, já que nosso trem sairia às 18h20, fomos até uma feirinha que tinha ali na avenida principal. Depois de muito olhar e andar, resolvemos já ir pra estação, que ficava atrás da feirinha, pra ficar esperando a hora. Nessa hora, voltei ao hostel pra pegar minhas coisas que ficaram lá. Cheguei, peguei minha sacola e encontrei o Felipe e a amiga dele sentados onde ficavam os PC's, ficamos conversando um pouco sobre MP, e fui embora, ele ia ficar mais um pouco, mas o trem dele sairia antes do nosso, umas cinco e pouco. Reencontrei o povo lá na estação e ficamos lá moscando por um tempão, só observando as figuras estranhas que passavam por aquela estação. Tinha um grupo de gringos, visivelmente europeus, que fizeram uma roda no chão e estavam se acabando de comer bananas. Tinha um grupo de estudantes, tudo molecada, e tava mó bagunça na estação, pensei comigo, só falta irem no nosso trem, mas vi no bilhete de um deles que o trem que eles iam pegar era o Vistadome, que era mais caro que o nosso. Tão podendo hein hahaha! Até o Felipe passou pra embarcar, e nós lá, esperando. Finalmente chegou a hora, embarcamos, esse vagão era diferente, os lugares eram de quatro pessoas, duas num lado e duas no outro viradas de frente e uma mesa no meio. Usufruímos do serviço de bordo e ficamos conversando um pouco, quando começou a tocar uma música típica no vagão, e nós começamos a imitar os instrumentos: eu a flauta e o Renan batucando, e do nosso lado tinha um grupo de franceses (conclui ouvindo-os falar), e um deles simplesmente me saca uma flauta andina da mochila, rindo, e começa a tocar, só que horrivelmente hahaha, foi engraçado. Além de nós três, tinha uma moça do meu lado, e logo descobrimos que era brasileira, ela era carioca, e tinha ido comemorar o aniversário dela em MP. Nada mal hein! Ela tinha ido na sexta e iria embora no dia seguinte, ficamos conversando, ela contou que foi engabelada por um guia, com o qual ela fechou um pacote que dava direito ao transporte e o passeio guiado, não lembro o valor, mas tinha pago uma puta grana. O Renan disse que conheceu um tiozinho com sotaque de nordestino que tava reclamando de que tinha acontecido o mesmo com ele, e a menina disse que sabia quem era, o Renan disse que ele xingava muito. Dá pra entender né! DICA DO PORTUGA: Cuidado ao fechar os passeios, se for com agência, sempre peça um recibo e de preferência especificando o que está incluso, o nome do guia ou do agente, e se for com guia, se informe antes pra não passar apuro. Chegamos a Ollantaytambo, e fomos atrás de transporte pra Cusco. Já no portão fomos abordados por vários taxistas, o primeiro pediu 140 soles (sem nem uma cuspidinha, assim, a seco) e aceitou reduzir pra 100, mas sem chance. O segundo pediu o mesmo, tentei chorar pra 80, nada. Até que o Renan achou uma van sinistra por 20 por cabeça, topamos, mas aí o taxista percebeu e veio atrás de mim tentar reconsiderar os 80, falei que isso eu tinha já, só se ele baixasse pra 70 ia com ele. Como ele disse que não, bora pra van sinistra. Fomos no fundão, e sofremos. O motorista tava virado no Jiraya, seguiu num pau de louco pela estrada sinuosa, num escuro da peste. E a cada curva, caíamos pra um lado e pro outro em cima dos outros. Havíamos combinado que ele nos deixaria nos hostels, a carioca tava num outro, mas na entrada de Cusco pararam a van e já queriam cobrar adiantando, nós não pagamos e a viagem seguiu. Não é que ele queria nos deixar num lugar mó longe, daí debatemos com ele e no final ficamos em frente ao WR, daí ajudamos a menina a pegar um táxi, nos despedimos e entramos. Fizemos um novo check in, pegamos nossas mochilas e fomos pro quarto, que dessa vez era no final de tudo, letra Z, era bem próximo do bar. Estávamos bem cansados, e enquanto o Renan e a Marina saíram pra achar algo pra comermos, tirei a minha roupa que estava imunda, tomei aquele banho do guerreiro e quando sai, eles já tinham voltado e estavam até dormindo, não acharam nada aberto, afinal era domingo e já umas 23h mais ou menos. Capotei na cama, estava moído, minhas pernas doíam de tanto que tremi naquela montanha. Mas estava feliz, tinha realizado meu sonho. E agora, qual será a próxima meta? Isso é assunto pra outra hora. Nem tava chovendo muito... Cada um se protege da chuva como pode Papel de parede do meu PC, essa sim é a verdadeira foto clássica! Passaporte devidamente carimbado Gastos do dia Ônibus: S/ 55,50 Menu: S/ 10,00 Van sinistra: S/ 20,00 Continua... Editado Janeiro 26, 2015 por Visitante Citar Link para o comentário Compartilhar em outros sites More sharing options...
Membros alexandresfcpg Postado Dezembro 3, 2014 Autor Membros Compartilhar Postado Dezembro 3, 2014 06 DE OUTUBRO – 19º Dia Cusco Esse dia dormimos um pouquinho mais, nos demos esse luxo. Meu joelho doia bastante, mas isso não impedia de curtirmos nosso último dia em Cusco. Queriamos ir até a tal feira de artesanatos que tinha lá, o Raul havia nos indicado, disse que tinha coisas mais baratas. Olhamos no mapa o local e partimos. Antes, fomos até uma agência e fechamos o City Tour pra aquele dia mesmo, sairia por volta de meio dia, e depois fomos até a tal feira. O lugar parecia um mercadão, tinha várias lojas de tudo: artesanatos, roupas, lembranças em geral. Compramos algumas coisas e partimos rumo a segunda missão do dia: comer o famigerado do cuy. Para quem não sabe do que estou falando, cuy é um simpático e fofinho porquinho da Índia peruano (o bicho é bem grande), e é também um prato típico do país. Centro artesanal de Cusco Com base na indicação do Raul, localizamos o endereço do restaurante e logo chegamos. Chamava-se El Chactao, o lugar é bacana, porém bem quente, pois eles colocaram umas espécies de lonas coloridas em volta e meio que tampava a circulação de ar. Pegamos um cardápio, eu escolhi um cuy chactado, ele vinha com um talharim, um pimentão recheado e uma saladinha; e o Renan escolheu um cuy chactado também, mas era um prato que vinha com mais coisas, portanto era maior, pois ele ia dividir com a Marina. Para saber, mandamos uma jarra de chincha morada. Enquanto esperávamos, a garçonete nos serviu uma porção de milho torrado, tipo milho de pipoca quando não estoura, só que cada caroço grande que só vendo. Como demorou pra chegar, ela trouxe mais umas duas rodadas daquilo, muito gostoso! Finalmente o prato chegou, e a Marina quase teve um treco quando viu. Ela não imaginou que o bicho viria inteirinho, todo achatado no prato. No final o Renan teve que comer o dele sozinho, e eu me senti um viking comendo o meu com a mão (recomendação da garçonete). Sinceramente, foi uma das coisas mais gostosas que já comi, recomendo com louvor experimentarem isso quando forem ao Peru (apesar que um amigo meu disse que comeu em Cochabamba, na Bolívia). O treco é tão grande que não aguentei nem comer o restante da comida, só ele já encheu. O negócio, é comer cuy e já era! Já era quase hora da saída do City Tour, e enquanto os dois foram até a agência, fui até o hostel guardar o que compramos, pegar a bateria da câmera do Renan e pegar algo mais que não lembro. Como era um pouco longe, resolvi acelerar e acabei lesionando minha coxa (lembrando que tava com o joelho um pouco dolorido já). Vai manquitolando mesmo! Quando cheguei na agência (tava uns 10 minutos atrasado) já tinham saído e o cara, perguntando se eu era o Alexandre, me mandou até a mesma praça de onde havia saído o passeio do Valle Sagrado. Lá chegando, avistei o Renan e a Marina, eles disseram que nosso ônibus havia saído mas iríamos pegar outro, afinal, tinha uns ainda lá, estava uma bagunça. Entramos no que nos mandaram, o guia começou a explicar o esquema do tour, só que era meio metido a piadista, porém sem graça, imaginamos que seria um tour chato, só que quando chegou em Qoricancha eles pararam e o guia mandou nós três descermos e nos levou até a turma onde deveríamos estar desde o começo. Qoricancha seria a primeira parada, o lugar era conhecido como templo do sol, e era bem sagrado pra eles. Pra entrar paga a parte (não está incluso no boleto turístico), são 10 soles, e hoje o lugar abriga o Convento de Santo Domingo, tanto que há muitas referência ao Santo pelo lugar. É bem interessante! Quando saímos de lá, notei que tinha um cara fotografando o pessoal, não entendi aquilo, mas no final descobriria o porquê. Qoricancha Maquete do lugar na época inca De lá, partimos rumo a Saqsaywaman, uma espécie de fortaleza militar dos incas, bem colada a Cusco, é rápido chegar lá. O esquema é o mesmo, passa pela portaria, quem tem boleto só apresentar, quem não tem compra na hora. Ventava bastante, estava frio, mas como gosto de frio, não me incomodei muito (sentia só um pouco), estava só de camiseta e calça, era o único, todos estavam de agasalho, inclusive um grupo de argentinos (que na teoria são acostumados ao frio). O lugar é bem grande, tem algumas ruínas da antiga fortaleza, já que boa parte foi destruída pelos espanhóis. Em uma delas, você sobe as escadas e tem acesso a um mirante com uma bela vista de Cusco. Próximo, tem também um Cristo grande, inclusive o Raul havia nos dado uma dica sobre o lugar: DICA DO PORTUGA: Segundo o Raul, nosso guia do Free Tour, se quiser conhecer Saqsaywaman sem precisar do boleto turístico ou pagar, basta dizer que está querendo ir até o Cristo. Não tentamos isso, mas ele disse que funciona. Quem quiser tentar, depois diga se funciona mesmo. Uma coisa que começamos a perceber é que o guia era meio zoado. Era um moleque novo, e ele explicava bem mais ou menos as coisas, digo isso porque via os outros guias e a explicação era bem mais prolongada. Além disso, ele ficava com um fone de ouvido e mesmo durante as explicações, ele ficava mexendo no celular toda hora. Não por nada, mas ele nem dava muita atenção pro pessoal, falava bem pouco, mandava ir tirar foto e ficava na porra do “zap zap” (sim, eu consegui ver ele digitando). Depois de ver o local e tirar as fotos necessárias, voltamos pro ônibus. Lembram que falei que o Renan queria um raio de um condor? Pois então, quando íamos pro ônibus, uma senhora estava vendendo uns treco dela (aliás, em todos os lugares tinha vendedores), e tinha um condor, o Renan perguntou o preço, e sei lá, era uns 30 soles. Ele achou caro e seguiu andando. A senhora, não satisfeita, continuou insistindo, baixando pra 25, 20, até, percebendo que o Renan não ia comprar, ela deu um pique (a Marina que viu isso), se pôs na frente do Renan e ofereceu acho que por 15, ele disse que tinha 11 ou 12, não lembro, e ela vendeu. Saqsaywaman Mirante com vista para Cusco Todo lugar tem seu Cristo Próximo destino seria Tambomachay, era um local que servia de descanso para os incas, e onde eles costumavam tomar banho nas pequenas cascatas de água. Não há muito o que se ver, apenas uma única ruína e um imenso jardim que segue em torno do caminho até lá. Tinha um cara que tava vendendo roupas de frio, e quando me viu só de camiseta logo veio me oferecer, mas não quis comprar mesmo com a sua insistência. Na hora da saída, ele me avistou e voltou a insistir na venda, até que, vendo que eu não queria mesmo, ele abriu os braços e disse: “Não estás com frio hombre?” com uma cara de indignação absurda hahahahahaha. A tarde caia e ventava muito, mas essa hora eu já não sentia nada de frio, tava tranquilo. Tambomachay De vermelho, no meio, o vendedor indignado Nesse lugar ficamos pouco, logo seguimos para Puka Pukara, que ficava do outro lado da estrada, um pouco adiante, entramos no ônibus e andamos poucos metros. Conhecida com “Fortaleza vermelha”, é uma pequena construção que, óbvio, servia de fortaleza e centro administrativo. É uma visita bem rápida, não há muito o que se ver, e o guia não ajudava também. Puka Pukara A última parada do tour era em Qenko, um local utilizado para rituais de sacrifícios e de mumificação. Consiste em uma formação rochosa com uma galera abaixo dela, e como já havia anoitecido, o local era bem escuro. A Marina preferiu ficar do lado de fora mesmo, e nós entramos, parece uma caverna, a visibilidade era zero, usávamos os celulares pra iluminar o lugar. O lugar é pequeno, tem uma espécie de altar, e estava até que quentinho em relação ao frio do lado de fora. Na saída, que era do outro lado, contemplamos uma bela vista noturna de Cusco, muito legal. Os ônibus haviam encostado nessa parte e o Renan voltou pra chamar a Marina, avisei o guia e ficamos aguardando próximo do ônibus. Após alguns minutos, vejo o Renan voltar correndo pela estrada dizendo que a Marina não estava lá. Já estávamos atrasando a saída do ônibus, daí tivemos uma ideia digna de Prêmio Nobel: olhar se ela já não tinha entrado no ônibus. E lá estava ela, tranquila como nada tivesse acontecido. Somos umas antas mesmo hahahaha, mas pelo menos tenho a desculpa de ser português né! Qenqo Cusco à noite, bela imagem! Quando estávamos saindo, uma mulher subiu junto conosco no ônibus para vender um livro sobre a história dos Incas, e depois, próximo a Saqsaywaman, outra mulher subiu. Lembram quando falei do cara que tava fotografando a gente próximo a Qoricancha? Pois é, a mulher chegava nos nossos bancos e mostrava as nossas fotos, elas viram com uma moldura e algo escrito (não lembro o que era). Custava S/ 20,00 ou US$ 8,00, achamos muito caro e devolvemos, e depois que a mulher saiu a Marina pensou: "Devíamos ter cobrado 1 ou 2 soles por terem tirado nossa foto sem pedir, igual o povo aqui faz!" Se eu tivesse pensado nisso na hora, eu diria, sem zoeira! Concluo que o passeio foi bem fraco, mas acredito que o guia foi o maior responsável por isso, pois por mais que tivesse pouca coisa pra ver, um bom guia tira leite de pedra, digo isso porque mais adiante teremos um exemplo disso. Demos uma passada no hostel, encontramos o Felipe e fomos comer algo. Passamos numa brosteria, lugar que vende uma iguaria comum na Bolívia e no Peru, trata-se de um frango frito estilo KFC, e ainda não havíamos provado. Tinha porção de 1/4 e 1/8, mandei trazer o maior pra mim, pedi uma Inka Kola e arrepiei, tava gostoso que só a peste aquilo. Até o Felipe (que já tinha problemas com dinheiro) encarou com louvor aquilo, e curtiu! Passamos no mercado pra comprar algo pra fazer nosso café da manhã, já que sairíamos muito cedo pra embarcar pra Lima. Compramos pães, frios (nessa hora, me desentendi com a moça que fatiava pois ela não queria cortar um queijo que queríamos, até uma brasileira que tava lá intercedeu, mas tudo ficou resolvido no final), um suco, tomates e cenoura. Voltamos ao hostel, sentamos numa mesa do lado de fora do bar, pegamos uma faca emprestada, montamos os lanches e embalamos para comer cedo. Fomos dormir, levantaríamos cedo e partiríamos pra Lima, última parada do mochilão, já com aquele sentimento de "tá acabando". Pena que não conseguimos usufruir tudo que tinha no boleto, principalmente Maras , mas fica pra próxima! Gastos do dia City Tour: S/ 15,00 Lembranças: S/ 40,00 Cuy: S/ 40,00 + S/ 5,00 da chincha Qorikancha: S/ 10,00 Broasteria: S/ 12,00 Mercado: S/ 7,00 cada Continua... 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