Membros alexandresfcpg Postado Janeiro 5, 2016 Autor Membros Postado Janeiro 5, 2016 Olá Ingrid, que bom que está gostando, em breve vou postar o relato do mochilão do ano passado que ainda não consegui ter tempo de fazer. Eu também queria ter feito com o Chile, mas o combo grana/tempo não permitiram, mas fiz ano passado então estou quites comigo mesmo kkkk Espero que dê certo seus planos, e se tiver dúvidas é só chamar! Citar
Membros tiagofas Postado Janeiro 7, 2016 Membros Postado Janeiro 7, 2016 valeu cara.... mto bom teu relato.. quero fazer uma viagem bem parecida com a tua... moro em sp capital e pretendo ir de avião campinas corumbá.. trem da morte, depois ir até Uyuni, fazer o tour, ir pra La paz, copacabana, arequipa, cuzco... e voltar de avião por lima queria dar preferência ao trem sem que possível.... abração Citar
Membros alexandresfcpg Postado Janeiro 8, 2016 Autor Membros Postado Janeiro 8, 2016 Legal que esteja gostando, e esse roteiro é sucesso, pode fazer que você não se arrependerá! Citar
Membros KarenSB Postado Janeiro 8, 2016 Membros Postado Janeiro 8, 2016 20 DE SETEMBRO - 3º DiaSucre - Potosí - Uyuni Hostel Travelers Nosso quarto Depois de tomar aquela friagem e ainda uma bela ducha gelada, advinha quem acordei resfriado? E com um pouco de dor de cabeça, mas essa já credito um pouco as brejas que tomamos ontem (a Paceña é muito boa, mas um pouco forte). Bom, levantamos não muito cedo mas também não muito tarde, tomamos um café da manhã com as coisas que compramos no mercado no dia anterior, arrumamos nossas coisas e pedimos para chamar um táxi. Não demourou muito e ele chegou, era um tremendo pau velho (padrão FIFA), a motorista era mulher e elas estava com as duas filhas no carro. Aliás, um adendo sobre os carros, tanto na Bolívia quanto no Peru, em todos os que vi, e fiz questão de reparar nisso, eles tem o hábito de colocar sobre todo o painel do carro uma espécie de tapete, é uma coisa muito estranha, mas é moda por aqueles lados. Enfim, entramos no táxi e seguimos para a rodoviária, que era bem longe dali. De repente ela para o carro e diz que chegamos. Na boa, aquilo parecia tudo, menos uma rodoviária, tinha cara de um centro comercial com várias lojinhas fuleiras, que na verdade eram as agências das empresas de ônibus. Rodoviária de Sucre Conforme relatei, nossa intenção era ir direto pra Uyuni, mas a única linha que tinha viagem pra lá era a 6 de Octubre, se não me falha a memória, e as saídas eram meio-dia, conforme disse o cara do hostel, mas justamente naquele dia não tinha ônibus pra lá, se não me engano era só de segunda. Tinha uma opção à noite, mas não iríamos esperar, então tivemos que comprar passagem para Potosí. Compramos o da empresa Alonso de Ibañez que saia 11h30, custou 20 evos, além da taxa de uso do terminal, uma taxa que em todas as rodoviárias tanto da Bolívia quanto do Peru tem que pagar a parte, é mixaria, na de Sucre custou 2,50 evos. Aguardamos na plataforma e quando o busão chegou, ele tinha uma aparência de velho, mas quando entramos vimos que era bom, nem parecia os ônibus que li em alguns relatos, aliás, nesse quesito até demos sorte na Bolívia. O busão rumo a Potosí Estrada para Potosí Rodoviária / inferno de Potosí Parece ou não um circo? Conforme muitos relataram, a estrada de Sucre para Potosí era boa mesmo, bem asfaltada, você vai subindo as montanhas e o visual é espetacular. A viagem levou mais ou menos umas 3h30, chegamos em Potosí umas 15h15 mais ou menos, descemos na rodoviária nova, por fora ela parece uma mistura de circo com ginásio, mas por dentro é uma sucursal do inferno. Ao entrar, de cara já nos deparamos com a gritaria do povo: La Paaaaaaaaaaaaz, La Paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaz Cochabaaaaambaaaa Cochaaaabaaaaambaaaaaaaaaaaaaaa Saaantaaaa Cruuuuuuuuuuuuuz Sucreeeeeeeeeeee, Sucreeeeeeeeeeeeeee (eleito por unanimidade a mais irritante de todas) Imaginem o povo gritando isso em voz alta e ao mesmo tempo, ficamos por lá uns 15 ou 20 minutos e eu estava endoidando já, só queria uma metralhadora nessa hora. Aliás, uma metralhadora e um chá de coca. Durante o percurso, fiquei pensando sobre a tal da altitude, pois sabia que Potosí ficava a 4000 metros de altura e estava cabreiro, mas, inocentemente, eu puxava o ar e pensava: “Tô respirando normal!”. Descemos em Potosí e nada, tudo bem, perguntei aos meus amigos e eles também não sentiam nada. Entramos na rodoviária do inferno e tinha uma espécie de mezanino, e como no andar de baixo não achamos passagem pra Uyuni, subimos a escada e fomos lá para ver se tinha. Quando chegamos em cima eu simplesmente comecei a ver tudo balançando e minha cabeça rodou, fui rápido e me segurei na parede, por pouco não cai. Meus amigos me olharam e perguntaram se estava tudo bem, eu disse que estava tonto. O folego já era, parece que eu tinha acabado de disputar uma meia maratona, a sensação era ruim. Bem vindo a minha vida soroche! Meus amigos estavam bem aparentemente, só se cansaram um pouco da escada, mas nada demais. Uns 2 minutos depois (ou menos) eu melhorei, continuamos a procurar e descobrimos que para ir pra Uyuni tínhamos que ir para o tal ex terminal, a antiga rodoviária da cidade. Pedi informação para um funcionário e descobri que dava pra ir de busão ao invés de táxi, era só atravessar a rua, de cara já vimos um micro-ônibus com uma placa escrito “Ex Terminal”, pegamos ele, custou 1,50, bem mais barato que táxi, e seguimos por uns 10 ou 15 minutos até o lugar. O micro-ônibus parou e o motorista nos avisou que era ali, era um prédio bem feio por fora, e ao entrar, notamos que o esquema da gritaria era igual, só mudavam os destinos: Cotagaitaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Tupizaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Vilaroooooooooooooooooooooooooon... Uyuniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii seis e mediaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... Uyuniiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ocho e mediaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa Aaaaaaahhhhhh diabo, vai gritar assim na cadeia! Eu mereço, e minha cabeça já sentindo o drama da altitude . O horário mais próximo que tinha era às 17h30 da empresa 11 de Octubre (eles tem uma paixão por colocar datas no nome das empresas) e como eram umas quinze pras cinco, sentamos e aguardamos. Precisei tomar uma aspirina, pois parecia que alguém tinha colocado a mão por trás dos meus olhos e tava massetando eles, e só eu estava mal, curiosamente o único que faz atividades físicas regulares em relação aos meus sedentários amigos. Mas como já me disseram, não há uma lógica pra altitude, cada pessoa reage de um jeito, e eu fui o contemplado. Enquanto esperávamos, o Renan viu em uma barraquinha, que vendia muitas coisas, uns sacos com vários pães, pareciam bons, custava 5 pesos cada pacote, e vinha muitos pães, compensou muito. E sim, eram gostosos, como todos os pães que consumimos na Bolívia e no Peru. Aquela rodoviária era realmente algo inimaginável, difícil elencar o que era mais estranho naquele lugar, o povo ou a rodoviária em si. O banheiro (que custava 1 boliviano para usar, mas na hora que fui o cara não me viu entrar hahahaha) certamente tá no TOP 5 de piores que vi na minha vida, o Renan, que é quase um viking, quase não conseguiu entrar (na verdade, ele queria fazer um “número dois”, mas nem o cocô dele merecia aquele banheiro). O busão chegou, e na hora de embarcar, quase não acreditamos no que vimos: enquanto o povo ia despachando as suas malas e mochilas, duas cholas se aproximaram carregando um “pequeno e singelo” fogão industrial. WTF? Como assim? Imagina, você, lá de buenas, pondo sua mochila no bagageiro e chega duas doidas carregando, cada uma de um lado, um fogão industrial, que pelo tamanho, devia pesar toneladas. E durante toda a nossa viagem ainda teria a oportunidade de ver mais coisas que jamais serão “desvistas”.Sobre o ônibus, também era bem estranho por fora, como o de Sucre, mas igualmente confortável por dentro. A passagem custou 30 bolivianos e 1da taxa de embarque, que foi cobrada dentro do ônibus por uma funcionária do terminal. Aliás, não foi só do lado de fora que aconteceu algo estranho, afinal, uma coisa ruim sempre pode piorar. Já dentro do ônibus, ao meu lado (sim, atraio zica) sentou uma mulher com duas crianças: uma no colo, uma no corredor ao lado do marido dela. Ao cobrar a taxa de embarque, ela tinha a lista de passageiros e fez uma chamada, mas nem o marido e nem a segunda criança estavam na lista. A mulher simplesmente comprou a dela e de uma das filhas e enfiou a outra filha e o marido no busão, tipo promoção, pague um e leve dois hahahahaha. Discute dali, discute daqui, sei que no final acabaram ficando todos e o raio da mulher enfiou as duas crianças no banco, tornando minha viagem “muito confortável”, já que uma veio com a cabeça deitada no meu colo ( o que fez em determinado momento minha perna “dormir”) e a outra sentada ao lado da mãe, ou seja, sentamos quase que em três. Show tia, show! Ah, o marido veio sentado no corredor mesmo. Só faltava ele sentar também no mesmo banco! Busão para Uyuni A viagem seguiu já com a noite caindo e, segundo o que havia me informado, duraria umas 6h, imaginamos chegar em Uyuni depois das 23h30. A estrada até era boa, mas era muito escura, sem iluminação nenhuma e era impossível ver algo pela janela, tava com um pouco de neblina, parecia que estavmos cruzando Silent Hill. Mesmo assim, o motorista fez várias paradas pelo caminho, e do meio do nada PUFFF...surgia alguém da escuridão e entrava no busão, parecia ônibus circular municipal, o pessoal foi se alojando no corredor, em pé ou até sentado. Às vezes alguém descia também, no mesmo esquema, o busão parava e PUFFF... a pessoa sumia come se fosse engulida por um buraco negro. De repente, em uma das paradas, o motorista simplesmente desceu e PUFFF..., sumiu no meio do breu. Cadê ele? Onde esse louco foi? Estavamos no meio do nada! Passaram uns 5 minutos e o povo foi ficando impaciente, um cara que tava atrás de mim começou a gritar: Baaaaaaaamoooooo, baaaaaaaamoooooo, baaaamooooooooooooooooooooooooooo Meu Deus, é hoje, o dia da gritaria! Ele fez isso umas 3 ou 4 vezes, até que do nada, PUFFF... o cara surgiu das trevas, entrou no busão com algo na mão e foi embora, mas ainda parou mais algumas vezes, e o tiozão sempre berrando: Baaaaaaamooooooooo, baaaaaamoooooo. Chegava a ser engraçado e acabamos adotando por toda a viagem o hábito de falar “Baaaaamooooooo” quando tínhamos que sair ou fazer algo, virou bordão. Quando estavamos já na entrada de Uyuni, percebi que os vidros ficaram embaçados e quando fui passar a mão para desembaçar quase a congelei. Aquilo era sinal de que devia estar muito frio lá fora. Chegamos ao destino e, mesmo com tantas paradas, a viagem durou pouco mais de 4h, eram umas 21h40. Ao descermos do ônibus, notei o quanto estava frio, mesmo com blusa, calça e gorro, eu tremia de frio, só queria achar um lugar pra ficar, mas antes tivemos que enfrentar o apocalipse zumbi do povo oferecendo passeio para o Salar. A única coisa que eu dizia era “ Ahora no, ahora no”, dando uns dribles de futsal no povo. O pior é que o arrombado do motorista demorou para abrir o bagageiro do busão e nossas mochilas eram as últimas, nisso a maioria do pessoal já tinha vazado e ficamos só nós lá. Fezes! Assim que as pegamos, fomos atrás de um hostel que a Marina tinha pego, mas, pra variar, não achamos o endereço, e nem tinha viva alma pra dar informação àquela hora e naquele frio, então a primeira placa de hotel que vimos fomos atrás, e logo vimos a do Hotel Vieli, era uma placa bem grande e iluminada, bora pra lá mesmo. No caminho, vimos um relógio de rua que indicava que eram 20h30 e que estava 0ºC. Eita preula! Tirei até foto. Chegamos ao hotel gelados de frio, perguntamos se tinha quarto e o atendente disse sim, e custava 50 evos com três camas. Demorou, vai esse mesmo. Comentamos da temperatura e ele disse que aquele relógio estava errado (aliás, na Bolívia é normal os relógios de rua estarem sempre errados) e nos apontou para o dele, que marcava 21h55 e 12ºC. Menos mal, mas aí veio a surpresa: eram 12ºC negativos. Taquipariu, deu até mais frio de saber aquilo. Antes de ir ao quarto, pedi a senha do WiFi e, ao contrário de todos os lugares em que ficamos, ele não forneceu a senha, ele pediu o celular e colocou a senha. É mole! E pior, pedi se podia colocar na minha câmera também (ela tem WiFi), pois queira postar uma foto dela no Facebook. Ele pegou a câmera, colocou a senha (ou fingiu) e como não concetou ele disse: “A rede aqui é limitada, se tiver muita conexão, o sinal cai”. Porra, o cara tava miguelando o WiFi? É cada uma viu! Agradeci e fui para o quarto, era espaçoso e confortável, tinha até TV. Fui tomar um banho (quente dessa vez, aliás, quase um “pela-porco”), comemos alguma coisa que tinhamos comprado (não lembro o que, mas devia ser lanche) e fomos dormir, pois pretendiamos acordar cedo pra procurar uma agência e fechar os três dias do Salar. Friiiiiooooooo Hotel Vieli Nosso quarto Gastos do dia Táxi hostel/rodoviária: b$ 4,00 por pessoa Ônibus p/ Potosí: b$ 20,00 Taxa de embarque: b$ 2,50 Micro-ônibus p/ ex-terminal: b$ 1,50 Ônibus p/ Uyuni: b$ 30,00 Taxa de Embarque: b$ 1,00 Hotel Vieli: b$ 50,00 Pães na rodoviária: b$ 5,00 Continua... Citar
Membros UniMarlon Postado Janeiro 9, 2016 Membros Postado Janeiro 9, 2016 Roteiro FODA! Parabéns! Citar
Membros alexandresfcpg Postado Janeiro 12, 2016 Autor Membros Postado Janeiro 12, 2016 Valeu Marlon, que bom que está gostando! Citar
Colaboradores rodrigo.2014 Postado Setembro 3, 2016 Colaboradores Postado Setembro 3, 2016 Relato muito foda! Estou indo na segunda-feira! Citar
Membros Nogy__ Postado Setembro 3, 2016 Membros Postado Setembro 3, 2016 Quem dera estivesse EU indo na segunda-feira, saudades dessa trip... Bons ventos, Rodrigo Citar
Colaboradores rodrigo.2014 Postado Setembro 3, 2016 Colaboradores Postado Setembro 3, 2016 Quem dera estivesse EU indo na segunda-feira, saudades dessa trip... Bons ventos, Rodrigo Valeu brother!! Citar
Membros alexandresfcpg Postado Setembro 6, 2016 Autor Membros Postado Setembro 6, 2016 Boa viagem Rodrigo, garanto que não se arrependerá, aquele lugar é muito da hora, como disse o Nogy, saudades de lá. Sábado agora embarco pra Colômbia e espero que seja no mesmo nível. Citar
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