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BOLÍVIA E PERU (SETEMBRO/OUTUBRO 2014) - Meu primeiro mochilão: histórias, gastos, fotos e vídeos.


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07 DE OUTUBRO – 20º Dia

Lima

 

 

Ainda era madrugada em Cusco e já estávamos de pé. Nosso voo era às 5h30 e tinha que chegar 30 minutos antes pra fazer check in, então bora comer os lanches que deixamos prontos já que não pegaríamos o café do hostel, pegamos as tralhas, fizemos o check out e fomos pegar um táxi até o aeroporto. Paramos o primeiro que passou, ele cobrava uns 10 ou 15 soles (não tenho certeza agora) e pegamos ele mesmo. Ainda estávamos bem sonolentos, e o taxista estava com o som ligado, mas bem baixinho, quase inaudível, mas um acorde da música nos chamou a atenção... MARIIIILIIIII, MARIIIILIIIII!!!!!!! :o Hahahahaha, olha a Marili de novo, a mesma que nos acompanhou no tour do Salar! Só dei aquela olhada marota pro banco de trás e vejo o riso dos dois, e eu segurando pra não rir alto do lado do motorista.

Não demoramos muito e chegamos ao aeroporto, era pequeno mas até que bonitinho, estava quase vazio, e rapidamente despachamos as mochilas e fomos pro salão de embarque aguardar o voo.

 

 

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Aeroporto de Cusco

 

 

Quando reservamos as passagens ainda no Brasil, esse voo era o único que permitia escolher os lugares, e escolhemos os três juntos, e pedi pra ficar com a janela, afinal nunca tinha conseguido sentar no lado dela (também, tinha poucos voos na carreira hahaha), mas na hora eles ficaram num lugar e eu em outro, no banco do corredor. Muito provavelmente é o check in que define os lugares, só pode.

O avião decolou e o dia começava a querer clarear, a aeromoça nos serviu um lanchinho (uma caixinha com um Club Social e acho que um doce ou um pão com algo, não lembro agora), guardei pra comer depois. Entre eu e o cara que foi na janela ficou vazio, e tinha mais alguns bancos vazios no avião, mas nenhum de janela.

Mais ou menos uma hora e meia depois aterrissamos em Lima, ou melhor, em Callao, cidade vizinha onde fica o aeroporto. Conforme havia lido antes, o aeroporto de “Lima” é realmente bem bonito.

Pegamos nossas mochilas e fomos em direção ao saguão enquanto procurávamos um sinal de WiFi pra caçar algum um hostel, pois não havíamos feito isso em Cusco (erro crasso). A única coisa que tínhamos em mente era ficarmos em Miraflores ou em Barranco, os melhores bairros de Lima segundo relatos que li e o livro que comprei. E aí começou nosso tormento! Mal chegamos ao saguão e uma verdadeira horda de bárbaros taxistas começou a nos abordar de uma forma até inconveniente, quase nos obrigando a pegar seus táxis. Teve um que insistiu até em nos seguir, e eu já tava preparado pra grudar o cara na porrada, pois já havia até sido estúpido com o cara e ele não desistia ::vapapu:: . Fomos pedindo informações e chegamos a um balcão que seria de informações, tinha uma sigla que não me lembro. Perguntei a moça se dava para chegar onde queríamos de ônibus e como fazer, mas ela não sabia muito bem, ou não me entendeu, mas insistiu para que fossemos de táxi. Negativo moça! Era questão de honra para mim não pegar táxi, eles foram muito folgados. A corrida saia em média uns 50 soles.

E do lado de fora era pior, eles se colocavam na nossa frente e enchiam o saco, era pior que o corredor polonês de Arequipa e Cusco, eu simplesmente nem falava nada, passava direto e o Renan que ainda falava algo. Eu já tava irritado! Um dos taxistas acabou puxando papo com o Renan, o cara parecia gente boa, contou que veio ao Rio ver um jogo da Copa e o taxista daqui cobrou 200 reais uma corrida do aeroporto até o Recreio dos Bandeirantes. WTF!? ::ahhhh:: Não conheço o Rio e nem sei onde fica o tal do Recreio, mas seguramente achei o preço um absurdo. Ele estava disposto a fazer por 40 soles, mas falamos que íamos dar mais uma volta.

Vimos um guarda e fomos perguntar se tinha ônibus para Miraflores e ele disse que sim, bastava sair por uma parte lateral do estacionamento do aeroporto e andar uns metros pela calçada até o ponto, tínhamos que pegar o ônibus com a letra S. ::otemo::

 

 

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Aeroporto de Callao

 

 

Confesso que me senti como se estivesse em São Paulo ou outra grande cidade esperando o cata-osso nosso de cada dia pra trabalhar. O ponto estava cheio, o transito era caótico e os ônibus passavam abarrotados, e nós com aqueles mochilões, que beleza!

Após deixarmos uns 2 ônibus com a letra S (na verdade, o prefixo era S e alguma letra junto que não lembro, vinha escrito Miraflores na lateral), passou um até que razoável, tinha espaço pra entrarmos e baaaamo baaamooo baaaaamoooo embora. A passagem custou 1,50 soles e um passageiro nos informou que levava uns 40 minutos até Miraflores.

Callao é bem estranha mesmo, tem cara daquelas cidade de região metropolitana, bem caótica. Ao decorrer da viagem, lugares foram vagando e fomos sentando. Os ônibus em Lima em geral tem som ambiente (e não vem dos celulares dos funkeiros não) e uma hora começou a tocar “Pense em Mim” em espanhol, com o Leonardo mesmo. Todos rimos! E também rolou Corazón Serrano. Todos choram! ::putz::

Tínhamos um mapa de Lima que pegamos em Cusco ainda, era só dos dois bairros que citei, e ficávamos tentando achar nos anunciantes um hostel, e decidimos descer num local que, segundo o mapa, ficava próximo de alguns.

Descemos numa avenida grande, tinha cara de ser a principal do bairro, e começamos uma verdadeira jornada em busca do abrigo sagrado.

Miraflores é um bairro muito bonito, altamente residencial, tem realmente cara de bairro nobre, uns baita casarões diga-se de passagem, mas hospedagem que é bom tava osso de achar. Entramos em um primeiro, era 40 soles, parecia bem mais ou menos, saímos, fomos ver mais um, até que, depois de, sei lá, uns 30 minutos eu acho, achamos o Loki, ele é bem discreto, quase imperceptível, você passa por ele quase sem notar, e eu entrei para me informar, enquanto os dois aguardavam lá fora. Tinha vagas e custava 36 soles o quarto para 4, voltei e os avisei, e como já estávamos bem cansados de andar com aqueles mochilões naquele calorão e sabíamos que o Loki tem fama de bom, decidimos ficar. Tinha que subir dois lances de escada (um deles era bem longo) para chegar no nosso quarto, era bom, tinha banheiro próprio, e que banheiro grande! Por fora, o lado de fora do quarto era pintado com uma ave estilizada, era legal o lugar. Ainda tinha mais um lance de escadas e em cima tinha umas cadeiras, tinha um tipo de barzinho, com pia e tudo, e a vista do bairro. Ah, e o WiFi era bom!

 

 

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Nosso quarto

 

 

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Terraço

 

Como chegamos cedo, eu não lembro exatamente a hora mas devia ser antes das 10h, o café ainda estava sendo servido e fomos pro bar. Diferente dos outros hostels que ficamos, nesse o esquema era diferente, você pedia pra moça do balcão o café, ela dava a cesta com 2 pães, os potinhos de geleia e manteiga, o café o chá você pegava num balcão do outro lado, e ainda tinha direito a um copo de suco de abacaxi que ela servia.

Dentro do hostel, como em tantos outros, tinha uma agencia de turismo e, mesmo sabendo que normalmente é mais caro, fomos sondar quanto ficaria ir para Paracas, no caso eles só tinham o ônibus e não o passeio paras as ilhas e para a reserva, não lembro exatamente o valor mas usamos como base para conseguir por menos. Sentei em um dos dois computadores que tinha lá (na verdade, um não funcionava o teclado) e comecei a pesquisar, e depois pegando algumas informações com um cara da recepção (era um americano muito gente boa que estava lá pra estudar espanhol, mas falava muito pouco), descobrimos que era melhor ir na agência da Cruz Del Sur pessoalmente comprar as passagens.

Saímos para dar uma volta, pelas nossas contas precisávamos fazer um saque, pois achamos que o dinheiro não seria suficiente. Ainda aqui no Brasil, vi várias pessoas relatando que no aeroporto de Lima tem uma taxa de embarque de U$ 30,00 que muito brasileiro já passou apuro, e como por aquelas bandas sempre é cobrada taxa de embarque sabíamos que tinha que guardar essa grana, que em soles daria algo próximo dos oitenta e poucos soles, mas por precaução calculei guardar 90 soles (o dólar era em média 2,89).

Andamos pela avenida principal, por lá não conseguimos encontrar nenhum lugar que tivesse um menu econômico, afinal é um bairro mais caro e isso nos preocupou, então teríamos que apelar pra lanches mesmo, e logo avistamos um Subway, entramos e pedimos aqueles Baratíssimos, era 6,50 soles.

Depois de comer, paramos num caixa eletrônico e a intenção era sacar tudo na minha conta, isso geraria uma única tributação, e depois eles me pagavam. Combinamos sacar 400 soles pra nós, mas a porra do meu banco tem um limite e só liberou 300 soles.

Voltando para o hostel, vimos um homem com um carrinho vendendo frutas, resolvemos comprar um cacho de bananas, custou 6 soles (caro, não!) ::sos:: e voltamos pro quarto.

Guardamos as bananas e resolvemos ir comprar as passagens pra Paracas. No caminho, ainda passamos em uma agência de turismo na Av. José Pardo, mas não nos interessou, então fomos pegar um ônibus que sabíamos que passava ali e nos levaria a rodoviária da empresa. Explicando, em Lima não existe uma rodoviária geral, e sim a rodoviária de cada empresa, é como se tivéssemos aqui a rodoviária da Breda, da Útil, da Expresso Brasileiro, entre outras.

O ônibus veio, era na verdade um micro ônibus, custou 1 nuevo sol apenas, bem mais barato que os 40 soles que nos enfiariam de táxi. Descemos e a rodoviária (ou terrapuerto, como eles chamam) era do outro lado da Javier Prado Este, e precisávamos atravessar uma passarela, o que causou arrepios no Renan. Acreditem, o nanico tem verdadeiro pavor de atravessar viadutos ou passarelas, morre de medo, por causa dos carros que passam por baixo. WHAT!? :o E eu preocupado com meu medo de altura...

Antes de atravessar, paramos numa vendinha e compramos uma garrafa grande de água, e fomos até a rodoviária, estava bem movimentada, mas até que não demoramos muito na fila e pedimos passagens de ida e volta para Paracas para o dia 09, a de ida seria a do primeiro horário: 3h30 e a volta seria às 18h50, tempo suficiente para fazer os dois passeios. Cada uma custava 65 soles, pegamos as passagens e fomos embora. Na saída, pra variar, um taxista nos abordou e aproveitamos pra perguntar quanto ficava uma corrida de Miraflores até lá às 3h, ele respondeu que até o bairro é 30 soles (desceríamos no começo dele) e até o nosso hostel era 40 soles, pegamos o seu cartão e ficamos de ligar.

Fomos até o ponto, pegamos o busão e já no caminho me dei conta que esqueci a garrafa de água cheinha na rodoviária. Caralho, só eu mesmo! ::prestessao::

Voltamos ao hostel para guardar as passagens e saímos novamente para andar com mais calma pelo lugar, era um bairro muito bonito mesmo, e como sabíamos que a praia era perto fomos pra lá. Que lugar incrível! Tinha um enorme jardim por toda a sua extensão (era um parque na verdade), tinha espaços para crianças, adestramento de cães, e até umas estatuas que simulação um casal meio safadjenho :twisted: . Mas o mais curioso era a praia ficar mais abaixo que o local. Lima fica numa espécie de platô, ou seja, a cidade fica mais alta que a praia, lá embaixo tinha um avenidona e a praia, muito bela. Tinha também muita gente andando de paraglider, e próximo dali um imenso farol. Passamos um bom tempo ali, vale muito a pena conhecer esse lugar! Notei também que tinha uma quadra onde rolava uma espécie de projeto que ensinava tênis para crianças.

Depois de passar um tempo ali admirando aquele visual, resolvemos voltar, e no caminho paramos numa vendinha para eu comprar uma água já que “inteligentemente” eu havia esquecido na rodoviária (não lembro o preço, mas lembro que foi mais caro, e era mesma marca e mesmo tamanho) e do lado de fora um cara tava com um carrinho cheio de pães, estavam com uma cara muito boa e compram um cada, acho que foi em torno de 1,50 ou 2 soles, não lembro, e fomos comendo pelo caminho até o hostel. Eram muito gostosos, eram recheados de doce de leite (só eu que escolhi um comum sem perceber ::putz:: ), deu vontade de voltar e comprar mais.

 

 

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Miraflores

 

 

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Seus indecentes!

 

 

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Chegamos no hostel, aproveitei para usar o Skype para tentar falar com minha mãe, já que o WiFi dali era muito bom, e finalmente consegui. Como o Renan e a Marina já haviam tomado banho foi minha vez, e pra variar passei mais uma aventura com o chuveiro. A ducha até estava quentinha (essa hora já estava fazendo um certo frio por lá), mas a porra do chuveiro tava com a pecinha da ponta meio solta e ele começou a esguichar água pra todos os lados, tava uma beleza aquilo. E quando comentei com meus amigos, adivinhem? Com eles não aconteceu nada disso! Sério? Nossa, que estranho acontecer só comigo isso... :(

Nessa hora conhecemos a outra pessoa que estava no nosso quarto, era um colombiana muito doida, trocou um pouco de ideia conosco, não lembro como chegou o assunto, mas começamos a falar de palavrões e quando explicamos o que era porra, a doida se matou de rir e não parava de falar frases usando porra no meio. De repente, do nada, ela pegou as coisas e vazou, tipo, foi embora, parece que ia pra outro quarto. Não entendemos, mas tudo bem.

Saímos pra procurar algo pra comer e acabamos dando uma volta por uma praça próxima da avenida onde havíamos comido e feito saque de manhã, tinha uma igreja muito bonita e bem iluminada, e ao lado dela um pátio que tinha muitos, mas muitos gatos, era impressionante a quantidade, tinha uma espécie de feirinha e muitas barraquinhas com doces típicos e coisas locais. Acabamos parando numa rede de fast food chamada Bembos, o Renan disse que conhecia, mas eu nunca havia ouvido falar. Mandamos uns lanches e uma Inka Cola que na verdade era com outro nome, de um concorrente (tipo Coca Cola e Pepsi), mas o sabor era o mesmo e voltamos por hostel.

 

 

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E lá vamos nós conhecer o bar! Tava até movimentado, mas nem passava perto da agitação do bar do WR. Tinha uma mesa de sinuca, uma de pebolim e um alvo de dardos, e lá fomos eu e Renan para o pebolim. Logo colaram uns caras pra jogar conosco, eram brasileiros, ficamos jogando e depois conversamos um pouco, depois eles foram jogar sinuca e ficamos mais um pouco no pebolim. Tomamos umas cervejas e ficamos por ali mais um pouco, tava bem parado, e teve uma hora que mó galera vazou para algum role.

Resolvi me aventurar nos dardos, eu nunca havia brincado disso antes e acabei conhecendo duas argentinas que também estavam jogando, uma delas tava ficando com um dos brasileiros que conhecemos, e confesso que até que eu estava ficando bom naquilo. Fiquei muito tempo compenetrado ali até cansar. O Renan e a Marina estavam sentados num sofá que tinha do lado do pebolim só observando tudo.

 

Gastos do dia

 

Hostel (WR): S/ 72,00 (duas diárias)

Táxi até o aeroporto: S/ 10,00 ou S/ 15,00

Saque: S/300,00

Subway: S/ 6,50

Bananas: S/ 6,00

Busão: S/ 2,00 (ida e volta)

Água: S/ 4,00 mais ou menos

Passagens para Paracas: S/ 130,00 (ida e volta)

Bembos: S/ 12,00

Cerveja: S/ 9,00

 

 

Continua...

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08 DE OUTUBRO – 21º Dia

Lima

 

Como faríamos Paracas no dia seguinte, a missão do dia era conhecer um pouco melhor Lima, já que só teríamos aquele dia pra fazer isso, pois em dois dias voltaríamos ao Brasil (isso nos dava um aperto no coração :( ), então pedimos algumas informações no próprio hostel e borá pra rua! A primeira parada seria num tipo de sítio arqueológico que fica no meio da cidade, era há umas boas quadras do hostel, mas a caminhada era de boa. No caminho, ganhamos várias buzinadas de taxistas que queriam que os pegássemos. Em Lima rola uma espécie de reversal russa: não é você que pega o táxi, o táxi é que te pega.

Chegamos ao lugar, chama Huaca Pucllana, é um parque fechado onde em volta o pessoal aproveita pra praticar corridas e outras atividades físicas. Olhando por fora nos lembrou muito o Valle de La Luna de La Paz, e mais frente ficava uma portaria, mas descobrimos que custava 12 soles pra entrar, pensamos bem e resolvemos deixar quieto.

 

 

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Vou fazer um muro desses hehe ::otemo::

 

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Huaca Pucllana

 

 

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Bem próximo avistamos uma espécie de quiosque de informações turísticas, e fomos buscar algumas dicas do que fazer ou conhecer. A mulher nos deu um grande mapa de Lima e nos indicou um ônibus que partia de uma avenida próxima que levava até o centro da cidade e era de graça. Ah malandro, “de grátis” é tudo que eu gosto de ouvir, então seguimos até a avenida e chegando ao ponto, que é sinalizado como “Corredor Azul”, lá veio o ônibus, que é azul como diz a placa. É um ônibus comum, com cara de circular municipal, mas é de graça filho, bora, e seguimos até o centro.

 

 

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Tem vários pontos desses espalhados, é onde pega o busão grátis

 

 

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Esse é o ônibus

 

Descemos em frente à Igreja de Las Nazarenas, estava bem cheia, estava tendo alguma programação especial, e descobrimos que aquele dia era algum feriado, mas não entendi do que. Bem em frente onde descemos e à igreja, tinha uma portinha com uma escada e uma placa indicando que ali era um menu com preços de 6,50 a 7 soles. Como já era próximo da hora do almoço, resolvemos subir. Olhando por fora tinha uma cara de restaurante “morte-lenta”, mas quando subimos era outra coisa: bem espaçoso, limpo e arrumadinho. Olhamos os cardápios e eu pedi de entrada uma sopa de morón, fiquei curioso em experimentar pra ver o que era, consistia numa semente que parecia um pouco com lentilha, sei que era muito gostoso, e de prato principal se não me engano pedi um peito de frango (pechuga), já o Renan abriu mão do menu e mandou um ceviche, ele estava com lombriga de comer desde que chegamos ao Peru. Eu não estava muito a fim, havia comido uma vez no Chile e não curti, mas resolvi dar uma garfada no do Renan e confesso que me arrependi de não ter pedido, estava realmente divino. No final das contas comemos muito bem e não pagamos caro, e o lugar é muito bom, recomendo, se chama El Sabor de Piscis, fica na Avenida Tacna em frente à igreja.

 

 

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Igreja de Las Nazarenas

 

 

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Entrada do restaurante

 

Seguimos caminhando pelo Centro Histórico, que lembra, por exemplo, o de São Paulo. No caminho encontramos uma espécie de centro comercial só de artesanatos e lembranças, tem três andares e muita coisa pra se ver e comprar, mas cuidados com os preços, é bom pesquisar e pechinchar bastante. No entorno do lugar também tinha algumas lojas do mesmo ramo.

 

 

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Conhecemos a Praça Mayor, onde ficam a prefeitura de Lima e o Palácio Presidencial, é grande e bonita, tem uma espécie de trenzinho que fica andando em volta dela, parece legal. Sentamos um tempo para admirar o lugar e seguimos andando, passamos por uma espécie de boulevard, aproveitamos pra tomar um sorvete, tinha uns sabores meio exóticos e era divino o sabor ::otemo:: , e chegamos a Praça San Martin, e lá um fato curioso, tinha alguns jovens com camisas e cartazes que estavam se juntando para protestar contra algo que era os jovens terem que trabalhar e não poderem estudar, não lembro bem o que era agora.

Tinha muita coisa pra ver ainda, alguns museus, mas a grana e o tempo eram curtas e infelizmente só tínhamos aquele dia pra conhecer Lima, ainda queríamos ver a tal da fonte de luzes dançantes que é bem famosa, mas ficava num parque muito longe de onde estávamos e só funcionava após às 20h30 se não me engano, então resolvemos voltar, afinal teríamos que levantar antes das 3h para ir pra Paracas. :(

 

 

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Plaza Mayor

 

 

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Palácio do Governo

 

 

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Vai um sorvete aí?

 

 

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Praça San Martin

 

 

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Descemos do ônibus na altura do mesmo ponto onde o pegamos, e ficava em frente a um hipermercado que tinha como slogan “Todo cuesta menos”, então vamos lá né.

 

 

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Hipermercado

 

 

Compramos algumas coisas pra comer e levar na viagem, e também aproveitei pra comprar umas Cusqueñas e Inka Colas pra trazer pro Brasil (foram 2 de cada) pro povo de casa experimentar. Ainda aproveitei pra fazer o saque de 100 soles que faltou e fomos embora.

Chegando no hostel, eu e o Renan fomos lá pra parte de cima e usamos as mesinhas pra montar os sanduíches, tínhamos comprado uma baguetes, frios e salada, além de sachês de requeijão (ou algo parecido) e de patê, e mandamos bala, fizemos um monstrão pra cada um de nós, seria a nossa janta ::otemo:: . Ah, a propósito...

 

 

DICA DO PORTUGA: NUNCA, eu disse NUNCA mesmo compre refresco em pó sabor chincha morada, fomos inventar de fazer isso pra ver se era bom e é simplesmente HORRÍVEL, disputa pau a pau com as Sureñas que tomamos na Bolívia, desce que nem gato vivo aquela desgrama ::essa:: .

 

 

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Esses estavam bons (com exceção daquele envelopinho roxo no meio da mesa, eca ::dãã2::ãã2::'> !)

 

 

Fomos pro bar e uma hora resolvemos tentar ligar para o taxista que nos deu o cartão, mas não conseguimos, tentamos ligar para uma companhia de táxi, mas a lazarenta da atendente parecia não entender o que queríamos e deixamos quieto, fomos pra rua e abordamos um taxista que passava por ali, perguntamos quanto ficava pra ir a Cruz del Sur às 3h e ele deu o mesmo preço: 40 soles. Pedimos pra ele passar naquele horário que iríamos com ele.

Voltamos e fomos comer nossos sandubas na sala de vídeo, estava passando um filme que não lembro qual era, mas uma semana depois passou de novo aqui no Brasil.

Descemos mais um pouco pro bar, tava bem parado e como era quarta e ia passar um jogo do Curitia na TV, o Renan (que é corintiano) subiu pra sala de vídeo para ver o jogo (estava passando pela Globo Internacional), se não me engano era com o Cruzeiro, e tinha um cara lá também, ele era brasileiro e flamenguista, estava ouvindo o jogo do Flamengo pela Internet e disse que a TV tava com delay de quase uma hora na transmissão.

Terminado o jogo, fomos pro quarto tentar dormir porque o dia começaria muito cedo pra nós.

 

 

Gastos do dia

 

Almoço: S/ 33,00

Sorvete: S/ 3,00 (se não me engano)

Mercado: S/ 13,45

Saque: S/ 100,00

 

Continua...

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09 DE OUTUBRO – 22º Dia

Lima – Paracas - Lima

 

 

2h40. O despertador toca, pegamos nossas coisas, comemos uma bananas e bora pra rua esperar o táxi como combinado. O problema é que deu a hora e nada e ficamos com medo do cara ter nos esquecido, então o primeiro táxi que parou nós pegamos.

Chegamos uns 15 minutos antes da saída do ônibus, passamos pela revista, mostramos as passagens e entramos logo, pois não tínhamos mochilas pra despachar. Sempre tinha ouvido que a Cruz del Sur era a melhor empresas de ônibus do Peru, muitos a chamavam de avião terrestre, o ônibus realmente era muito bom, bem confortável, mas no final criaríamos algumas restrições a ela. Pra começar que a saída atrasou quase meia hora.

 

 

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Terminal da Cruz del Sur

 

 

Conforme o dia ia amanhecendo, a paisagem do deserto ia se revelando, e eu observava que do lado esquerdo (onde eu estava) via-se o deserto e do lado direito o mar. Uau!

Por volta umas 7h45 chegamos ao destino, a agência ficava numa espécie de quiosque, bem rústico mesmo, e lá também funcionavam uma vendinha, uma agência de turismo e era junto de um hostel, que fazia parte da agência de turismo. O lugar ficava no meio do nada.

 

 

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Mais um amanhecer no deserto :D

 

 

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Agência da cruz del Sur, de turismo, e o que mais quiser.

 

 

Já fomos tratando de fechar o pacote das ilhas e da reserva, demos os nomes pra moça (claro, fizemos em nome da Marina porque tínhamos aqueles problemas com nossos “difíceis” nomes) e ficamos aguardando. Diferente de outros passeios feitos, nesse você primeiro faz o tour e paga na volta, confesso que é estranho e acredito que dá margem até pra calote. E quase ocorreu um.

Finalmente surgiu o guia, pegou uma prancheta no balcão, começou a chamar os nomes e mandou segui-lo. Entramos em uma van e enquanto seguíamos ele se apresentou, seu nome era Luis, era cabeludo e usava umas roupas meio estilo Indiana Jones, parecia aqueles caras que fazem documentários pra National Geographic.

O role de van durou só uns 2 ou 3 minutos e logo chegamos a um píer, que era particular da agência, e era onde estava atracada a lancha que nos levaria às ilhas. Entramos na lancha, colocamos nosso coletes e como todos prontos começamos a navegar. Tinha bastante gente e nós nos sentamos bem no fundo. Estava um sol muito forte e bastante calor, mas ele recomendou que colocássemos blusas de frio, porque ventava demais em alto mar. E de fato, ventava muito mesmo, era bem frio!

 

 

DICA DO PORTUGA: Além de ir bem agasalhado, não se esqueça do protetor solar e labial, apesar do vento frio o sol é extremamente forte!

 

 

No percurso, o guia foi dando algumas explicações, mostrou o porto de Paracas, parou a lancha num ponto pra observarmos pelicanos num barco abandonado, e mais adiante avistamos uma formação que parecia uma ilha com uma montanha e nela estava o famoso candelabro, fica do lado esquerdo do barco. Ele parou por alguns instantes para que o fotografássemos, era impressionante, e ele estava lá há mais ou menos uns 500 anos, mas devido ao clima seco praticamente ausente de chuvas e poucos ventos (a parte do candelabro fica protegida dele) as linhas estão intactas até hoje. Muito provavelmente era utilizada para orientar na navegação.

Seguimos mais um pouco e já era possível avistar as ilhas. Conforme íamos nos aproximando, ia ficando nítida a beleza do lugar.

É um verdadeiro santuário de pelicanos, gaviões do mar, caranguejos, pinguins e lobos-marinhos, além de golfinhos (infelizmente, não vimos nenhum :( ).

A lancha vai zigue-zagueando pela ilha e faz algumas paradas para fotos ou vídeos, o problema é que tem tanta gente na lancha que fica até difícil tirar uma boa foto. Sugiro que fiquem do lado esquerdo, é um pouco melhor do que o direito pra fotos (apesar que o barco inverte de lado algumas vezes). Ver os lobos-marinhos descansando nas pedras é muito engraçado, parece que estão numa praia tomando sol. Ah, e é bom rezar pra não levar uma cagada na cabeça, porque é tanta ave que tem ali que fica voando sobre a gente que não ser batizado é lucro! ::hahaha::

O passeio dura aproximadamente 1h30 entre o percurso e a estada na ilha, vale demais a pena!

 

 

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O Luís é o de óculos, chapéu e segurando o microfone, lá na frente.

 

 

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Porto de Paracas

 

 

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Candelabro

 

 

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Voltamos a Paracas e ficamos aguardando o tour pela Reserva Nacional de Paracas, que sairia mais ou menos 11h30, então pagamos o tour da ilhas e ficamos sentados numas mesinhas que tinham lá. Aproveitamos para comer o que tínhamos levado, pois a fome já batia e o almoço era bem mais tarde pelo que soubemos, e só havíamos o comido um lanche que serviram no ônibus.

No horário combinado, o Luis apareceu, pegou sua pranchetinha a la Joel Santana, fez a chamada e fomos novamente pra van. Éramos os únicos brasileiros desta turma, a mesma que fez as ilhas. Seguimos pela mesma rodovia que entramos em Paracas, e logo avistamos a entrada da reserva, onde paga-se uma taxa de 15 soles para entrar. A princípio parece um imenso deserto e que não tem nada demais, mas aí entra aquilo que falei anteriormente sobre a diferença que faz um bom guia. Do nada ele mandou parar a van, desceu com um pincel e uma chave de fenda na mão, sentou no meio do solo e mandou ficarmos em volta dele. Começou a rabiscar o chão com a chave fazendo desenhos da Terra, e com o pincel ia limpando algumas parte do solo, explicando que ali antigamente foi coberto pelo mar, mas aí por conta de congelamento dos polos a água foi baixando, enfim, resumindo, ele simplesmente fez várias paradas no caminho e foi dando uma puta aula de Geografia, Geologia e História que nunca teríamos tido na escola. O cara não só parecia um documentarista pela aparência, mas também pelas explicações. O cara era foda! E o mais engraçado é que durante as explicações ele fazia perguntas e quem acertava ganhava uma bala (inclusive eu ganhei ::otemo:: ). Em um determinado lugar, ele nos mostrou uma pedras enormes que na verdade eram cristais de sal, provando que ali já foi mar.

Em meio as explicações, ele nos liberava para perambular pelo local e tirar fotos e vídeos, além de atenciosamente tirar dúvidas de quem lhe fazia perguntas. Fora que ele adorava tirar fotos quando lhe pediam. Lembro que tinha duas minas, acho que eram irmãs, aparentavam ser chinesas (sim, eu sei diferenciar chinês de japonês), mas vi na lista que eram canadenses, e que não paravam de tirar fotos, estavam com kit completo: tripé, câmera fodona, e claro que fizeram amizade com o guia facilmente.

O lugar era incrível, tinha umas praias de tirar o fôlego, e os mirantes permitiam uma vista única e inesquecível. ::otemo::

Entra uma parada e outra, tinha um carro (aliás, um carrão) que também nos acompanhava. Era um pessoal (um casal, se não me engano) que contratou um guia particular, sei lá como funcionava aquilo, e fizeram todo o tour num carro particular com um cara (que também era o motorista) explicando tudo :o . quem pode, pode né!

Ficamos mais ou menos umas 2h30 rodando por lá e ele nos levou para almoçar numa espécie de vila de pescadores.

Tinha acho que uns 2 ou 3 restaurantes, ele recomendou um onde todos foram, mas nós pra variar comemos coisas que levamos.

Aproveitamos pra andar pelo lugar, confesso que nunca vi tanto pelicano na minha vida, tinha mais pelicano ali do que taxista no aeroporto e vendedor nas praças de armas hahahahaha

Tinha um restaurante do lado que o cara tava alimentando alguns e fomos tirar uma fotos, ele então nos deu alguns peixes para alimentá-los e tirar foto, foi muito engraçado, mas óbvio que estávamos no Peru e nada lá é de graça, logo ele nos pediu algum trocado para “comprar mais alimento” para as aves. Ah tá, sei, beleza champs!

Ainda fomos a uma última praia chamada Playa Roja, ele disse que ali muitos animais apareciam mortos trazidos pelas correntes, inclusive tinha um lobo marinho morto quando chegamos lá.

 

 

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Cristais de sal

 

 

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Marina e os pelicanos

 

 

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Que pedra engraçada...não, pera!

 

 

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Playa Roja

 

 

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Por volta de umas 15h45, o passeio terminou e voltamos à agência, como nosso ônibus só saia às 18h50 fomos dar um peão por Paracas. A orla é realmente linda, mas a cidade em si não tem nada pra se ver, então andamos bastante, entramos num mercadinho pra comprar algo pra comer cedo, pois nosso voo era às 8h30, mas decidimos não levar nada. Passamos ainda por uma feirinha de artesanatos que tinha lá, mas só ficamos olhando mesmo pra passar o tempo, depois sentamos em uns bancos de frente pro mar e ficamos olhando a tarde cair.

 

 

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De volta à agência, sentamos e ficamos aguardando o busão, e nessa hora lembramos que não tínhamos pago o passeio da reserva, fomos até o balcão pagar. Se quiséssemos dar o calote, nem notariam. :evil:

Foi dando a hora e nada dele, passou uns 15 minutos e fui até o balcão onde vendiam as passagens perguntar o que havia acontecido, mas ninguém sabia dar alguma informação sobre o atraso. Pra resumir ele foi aparecer umas 19h30 ou mais, ou seja, mais de 40 minutos atrasado.E pelo que me disseram, às vezes isso acontecia mesmo. ::grr::

Passamos pela revista, entramos e logo ele saiu, não demorou muito e serviram um lanche, era um pão com queijo e uma maça mais uma bebida, acordei os dois que já haviam desmaiado de sono para pegarem os deles.

Devido ao atraso, só fomos chegar em Lima umas 23h. Fomos para o ponto e nada de ônibus, e como estava bastante deserto e sabíamos que Lima não é exatamente uma cidade muito segura, paramos um táxi e pegamos ele até Miraflores, o cara nos cobrou 30 soles e descemos na avenida principal, queríamos achar um lugar pra comer, mas o pior é que em Lima, assim como em La Paz, apesar de serem capitais, o comércio fecha cedo, e o que estava aberto não servia mais comida, tinham virado baladas. A cidade também não dispõe de disque pizza ou algo do gênero, nem o hostel servia mais nada de comer no bar, voltamos a rua e acabamos encontrando um fast food aberto. Pedi um lanche que chamava Tipburguer, era um puta prato com um hambúrguer e uma porrada de coisas, tudo no prato mesmo. Comi pra caralho!

Voltamos ao hostel e nem fomos pro bar, estávamos bem cansados e já fomos deixando as coisas arrumadas pra ir embora, já com aquele clima de depressão pós-viagem começando a querer bater. Acabou- se o que era doce!

 

 

Gastos do dia

 

Táxi para Rodoviária: S/ 40,00

Tour para as Ilhas: S/ 30,00

Tour para reserva: S/ 40,00

Entrada dos parques: S/ 15,00

Táxi até Miraflores: S/ 30,00

Tipburguer: S/ 15,90 (com impostos)

 

 

Continua...

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10 DE OUTUBRO – 23º Dia

Lima - Guarulhos

 

Com muita dor no coração, começávamos a nos despedir da viagem. Arrumamos nossas coisas, coloquei umas 2 bananas na mochila de ataque, enchi minha água e era hora de partir pro aeroporto. Como era muito cedo (o voo saia às 8h, mas como era voo internacional, o check in é 2 horas antes) e não sabíamos como era esquema de ônibus e também era último dia mesmo, pegamos um táxi mesmo, custou 40 soles.

Devido ao pouco trânsito do horário, chegamos logo ao aeroporto, despachamos nossas coisas (a fila era enorme), pegamos as passagens e fomos enrolar um pouco. Lembram que falei que havia guardado 90 soles pra pagar a tal taxa do aeroporto? Pois bem, fomos procurar onde pagava a tal taxa (os cabaços esqueceram de perguntar na hora do check in) e fui me informar num balcão da LAN, e a moça nos informou que essa taxa já estava inclusa na nossa passagem. Ou seja, no final das contas, guardamos aquele dinheiro à toa. ::putz::

 

 

DICA DO PORTUGA: Informe-se na hora que comprar a sua passagem se as taxas de embarque já estão ou não inclusas na passagem.

 

 

Bom, então tínhamos 90 soles cada, mais os últimos trocados que sobraram, e fomos até um Starkbucks comer algo, pedi um cappuccino e um tal de panini, era um pãozinho pequeno com um recheio que nem lembro, acho que era presunto e queijo, ou só queijo, sei lá,só sei que era caro e fraco, mas era o que tinha pro momento. Aproveitei e reforcei com as duas bananas que levei e, depois de passarmos pela imigração, fomos torrar nossa grana no Duty Free. Como precisava gastar tudo sai comprando o que dava: chocolate pra família, bala de coca, lembrança, enfim, consegui torrar tudo, sobraram só as moedas, que trouxe de recordação. O problema foi na hora de pagar, um cara se encrencou com o cartão e formou uma puta fila, o que me fez demorar mais que o previsto, e a hora do embarque tava batendo já. Paguei rapidamente e literalmente sai correndo pelo aeroporto em direção ao portão de embarque. Quando chego próximo, vejo só o Renan e a Marina e a moça da companhia colocando a corrente pra fechar. Nããããããããoooo, peraeeeeeee!!!! Ufa, cheguei no último minuto, quase perdemos o voo por minha causa, mas deu certo. Mas pelo menos consegui gastar meu dinheiro, já o orelhudo do Renan simplesmente me voltou com 115 soles porque não sabia o que comprar e achou que perderia o voo. Pois é, também não entendi, mas agora tá ele com 115 soles aqui no Brasil que vale menos que ação da Petrobrás (aliás, se alguém se interessar eu passo o contato dele, ele quer vender ::cool:::'> ).

Quando entramos no avião, percebemos que estava com muitos lugares vagos, e eis que finalmente consegui...peguei um, lugar na janela, era bem no fundo, me senti realizado!

Seriam 5h30 de voo até Guarulhos, e o fim de uma odisseia de 23 dias inesquecíveis.

 

 

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Até a próxima Peru!

 

 

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Cordilheira dos Andes

 

 

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Lago Titicaca

 

 

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Algum lugar do interior de São Paulo

 

 

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Descendo em Guarulhos

 

 

Será uma viagem que jamais esquecerei, todas as experiências vividas, os sabores, os cheiros, os lugares, as pessoas, tudo foi muito marcante. Foi o primeiro de, se Deus quiser, muitos outros mochilões!

A lição que fica, e que digo com total segurança a vocês é que:

 

Viaje sempre de coração e mente abertos, não tenha medo do desconhecido;

Tente ver o melhor de cada lugar, por mais que seja sujo, feio ou pobre, não importa, todo lugar tem o seu encanto;

Experimente tudo que puder;

Vivencie cada minuto da viagem;

Vá pra rua, saia do hostel, conheça cada palmo do lugar;

Conheça pessoas, não tenha medo de não falar por não saber a língua, vai por mim, é possível (se eu consegui qualquer um consegue);

Pechinche sempre, vale a pena!;

Pegue toda informação que puder antes de viajar, isso faz muita diferença na hora do aperto.

 

Bom, o relato termina por aqui, qualquer dúvida que tiverem perguntem que responderei. Obrigado a todos que acompanharam minha viagem e espero que vocês possam fazer viagens tão maravilhosas quanto a que fiz ou até melhores. Quem sabe nos encontremos em algum próximo relato, espero ter a oportunidade de poder partilhar com vocês alguma outra experiência.

 

 

Gastos do dia

 

Táxi para aeroporto: S/ 40,00

Strabucks: S/ 22,50

Duty Free em Lima: o dinheiro que sobrou (não lembro quanto tinha, mas torrei tudo)

Cometa de Guarulhos a Praia Grande: R$ 28,00

 

 

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FIM! ::otemo::

  • Membros
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Acompanhei o seu relato desde o inicio e foi ótimo! Dicas muito úteis.

 

Foi muito bom viajar com você! ::otemo::

 

 

Obrigado pela companhia _prik!

Quem sabe eu não possa relatar mais alguma viagem mais pra frente!

E espero ver o relato da sua também!

  • Membros
Postado
Parabéns pelo relato, sua viagem foi incrível! Vai me ajudar muito na elaboração do meu roteiro =)

 

*Aguardando ansiosa pela planilha de gastos rs...

 

 

 

Obrigado Bia! Espero poder ter colaborado assim como muitos relatos colaboraram comigo! Boa viagem!

Quanto a planilha, vou tentar elaborar uma com calma, eu anotava tudo numa agenda, vou ver se passo a limpo!

  • Membros
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Parabens alexandre confesso que viajei literalmente nos seus relatos, muito bom e cheio de detalhes, chegou ao fim, me valerá como experiencia pro meu próximo mochilão que pretendo fazer que será por Bolivia, Peru mas tambem incluirei o Chile. Parabens

  • Membros
Postado
Parabens alexandre confesso que viajei literalmente nos seus relatos, muito bom e cheio de detalhes, chegou ao fim, me valerá como experiencia pro meu próximo mochilão que pretendo fazer que será por Bolivia, Peru mas tambem incluirei o Chile. Parabens

 

Valeu Vendramini! Espero que faça uma boa viagem e não deixe de relatar para podermos viajar junto também!

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