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Muito bacana seu relato, pretendo fazer um parecido, só que inverso, descendo de la paz até calama e avião pra santiago e acrescentando Mendoza...

Você poderia passar alguns preços depois...

Obrigado

 

Oi, Eduardo.

 

Os valores dos tours, hostels e alimentação e transporte fui citando no decorrer do relato.

 

Mendoza foi um dos cortes que tive que fazer em nosso roteiro por falta de tempo, mas com certeza vale a pena demais.

 

Abçs

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olá Priscila,

bem legal essa trip, lindas fotos !!

aguardando o final....

e que saudades do salar!!!

valeu pelo relato e boas viagens !!

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olá Priscila,

bem legal essa trip, lindas fotos !!

aguardando o final....

e que saudades do salar!!!

valeu pelo relato e boas viagens !!

 

Obrigada, Pedrada.

 

Escolhendo as fotos para postar o restante do relato (dá um trabalho rsss).

Vi que você já esteve em Cuba, que é um dos destinos que estão na minha lista. Vou ler.

Abcs e boas viagens pra vc também.

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Dia 11: Reserva Eduardo Avaroa – San Pedro de Atacama.E como tudo que é bom dura pouco, era hora de retornar à San Pedro. Acordamos por volta de 5h00 e 5h30 já estávamos na estrada. A meneira de dirigir de Johnny me dava bastante medo. Ele corria muito, no escuro, as vezes com muita poeira que deixava a visibilidade quase zero em estrada de terra, toda esburacada. Apesar do sono, quase não consegui dormir durante todo o caminho de retorno.

 

Chegando à fronteira, desembarcamos do carro e o mesmo ônibus que nos levou no dia da ida já estava naquele ponto, aguardando a nossa chegada e trazendo outros grupos que estavam iniciando o tour naquele dia. Um desses grupos embarcou no carro com Johnny, nos despedimos e seguiram viagem.

 

Por esse motivo que digo que essa coisa de no terceiro dia de tour, almoçar em Pueblo, ir até cemitério de trens e ficar algumas horas em Uyuni é justamente para passar o tempo e segurar a turistada por mais uma noite, já que assim, troca-se o motorista e esse ao levar o grupo até a fronteira, já pega um novo grupo para iniciar um novo tour.

Com o tempo que se tem, seria perfeitamente possível seguir até a fronteira no terceiro dia após o Salar e cruzar a fronteira antes das 5h00 da tarde. Mas enfim, as agencias tem que ganhar dinheiro, não há outro tipo de de tour senão esse, então ainda assim vale a pena “perder” esse quarto dia do retorno só por ter ganho outros 3 dias incríveis.

 

Tomamos café da manhã, fizemos os tramites legais e embarcamos no ônibus rumo ao lado chileno. O Chile é bastante exigente quanto ao transporte de gêneros alimentícios, com o intuito de evitar pragas agrícolas. Confiscaram tudo que era maçã da mochila da galera. Eu já tinha dado as minhas para o motorista do ônibus.

O ônibus nos deixou em nosso hostel (Sonchek) por volta de 13h00. Fizemos check in novamente e aproveitamos para tomar um longo banho naquele chuveirão maravilhoso. Esqueci toda a minha consciência ambiental e usei e abusei do chuveiro. Depois de 3 dias quase sem banho, pode, né? Rsss.

 

Aproveitamos a tarde para falar com a família, já que estávamos isolados há 3 dias e para descansar. Falou-se em fazer o passeio de bike para Pukará de Quitor, mas eu realmente precisava de um descanso. Fica para a próxima.

 

À noite fomos jantar no Blanco com Antony e Christina (o casal inglês/alemão que fez o tour para Uyuni conosco). Pedi um risoto de quinoa com camarão que estava espetacular e um pisco sour para brindar aquela aventura incrível. Tudo deu uns 14 mil pesos por pessoa. Acima da nossa média, mas em ocasiões especiais póóóóóóde. Adorei o ambiente do restaurante também. Fica a dica de um lugar para um jantar mais sofisticado em San Pedro.

Fomos dormir cedo pois no dia seguinte o traslado nos buscaria as 7h30 para nos levar à ao aeroporto de Calama e teríamos uma longa jornada até nosso próximo destino, o Sul do Chile.

 

Dia 12: San Pedro de Atacama – Santiago – Pucon. Às 7h00 em ponto o traslado estava na porta de nosso hostel, com meia hora de antecedência, tivemos que sair meio correndo. Juntos conosco foram mais dois brasileiros, Marcus e Adriano e um casal de gringos.

 

Nosso voo saiu de Calama rumo à Santiago às 11h00 junto com Marcus e Adriano e combinamos de deixar nossas mochilas no flat que eles haviam locado no Bella Vista, já que nosso ônibus para Pucón sairia só as 23h30.

 

Pegamos um traslado compartilhado por 6 mil pesos cada, que nos levou direto ao flat dos meninos. Almoçamos no Pátio Bella Vista no La Casa em el Aire. Um prato super diferente que não me lembro o nome, mas lembrava uma pamonha enorme na aparencia com carne de porco e carne de boi. Muito, muito bom.

 

Passamos o restante do dia andando pela região com Marcus e Adriano. E lá que descobrimos que escolhemos o pior dia para estar sem hotel, precisando pegar metro em Santiago. Era 11 de setembro, aniversário do golpe de Estado de 1973 no Chile, encabeçado por Pinochet, o qual deu início ao regime militar que perdurou por 17 anos. E todo ano, nesse dia, acontece um tremendo de um protesto de alguns grupos meio “extremistas”. Repetindo o que me foi falado em Santiago, não me informei profundamente sobre o tema, então não tenho uma opinião politica.

 

Os protestos não são lá muito pacíficos. Bombas, incêndios em transporte público, um tremendo de um quebra-quebra mesmo. E lá estávamos nós precisando ir até a estação Los Heroes de metrô para pegar nosso ônibus à Pucón, quando, o metrô estava fechado. Nenhuma empresa de taxi queria se arriscar a nos buscar naquele horário e nossa situação foi ficando complicada.

 

Resolvemos descer e tentar pegar algum taxi na rua mesmo. Os carabineiros nos orientaram a não sair dali da região do Bella Vista e não nos aproximarmos de forma alguma da Plaza Itália porque lá a coisa estava bem pesada. E o casal de brasileiros bobos na rua com a mochila enorme nas costas no meio de tudo aquilo. seria cômico se não fosse trágico rssss. Aliás, os próprios carabineiros nos ajudaram a parar um taxi que passou depois de um bom tempo. Um senhor muito estranho, a favor da ditadura e que nos cobrou 20 mil pesos para nos levar até a estação, que era longe, mas, achei caro mesmo assim. Enfim, não estávamos em condição de escolher e encaramos.

 

A rodoviária estava um caos, lotada, com ônibus atrasados que não saiam por causa do protesto, sem lugar para sentar. Tive meu momento mendiga e quase dormi por cima das minhas mochilas sentada no chão rsss. Nosso ônibus saiu com quase 3 horas de atraso, porque a polícia so autorizou quando os manifestantes já haviam se recolhido, com medo de vandalismo. Melhor, né? Morta de cansaço que eu estava, dormi quase as todas as 10 horas de viagem, mesmo naquele ônibus super desconfortável da Turbus (pegamos o semicama que era pior que muito comum no Brasil).

 

Engraçado que pesquisei muito antes de fechar o meu roteiro e não encontrei nenhuma menção ao caos de 11 de setembro em Santiago. Se soubesse não teria marcado de chegar/sair de Santiago justo nesse bendito dia rsss. Mas faz parte, viajar é isso. Você entra no país dos outros e não pode esperar que tudo pare porque você quer fazer turismo. É você quem tem que se adaptar. No final das contas, foi engraçado e serviu para rir muito (mas que deu um medão na hora, deu rsss).

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Dia 13. Pucón. Rio Trancura, Saltos de Marimán, Ojos de Caburgua, Lago Caburgua e Termas Quimey-Co. Acordei no ônibus por volta de 6h30 e era noite fechada ainda, demorou muito para amanhecer. No Sul, nessa época, os dias amanhecem mais tarde. Com o clarear do dia, pude ver o quanto nossa paisagem tinha mudado. Há pouco mais de 24 horas estávamos no deserto mais árido do mundo e agora a paisagem era verde, cheia de araucárias e arvores de clima frio, o dia cinzento, garoa bem fininha, vulcões nevados. Adoro programar roteiro com esses contrastes. Já me animei completamente, esqueci o cansaço e parecia o primeiro dia de viagem! Eita sensação gostosa!

 

PS: que poltroninha sem vergonha o semi cama da Turbus! Recomendo gastar mais e escolher uma categoria melhor, não vale a economia não. Meu joelho chegou travado de passar a noite toda sem poder esticar as pernas.

 

Serviram o café da manhã no ônibus. Enquanto contornávamos cidades como Temuco, Villarrica, etc, até que finalmente chegamos em Pucón por volta das 10h30. Valentina, de nosso hostel, estava lá toda simpatia nos aguardando. Achei um tremendo de um carinho ser recebido com aquele sorrisão depois de uma noite cansativa, além de não perder tempo procurando o hostel, por isso (e por outras razões) recomendo MUITISSIMO o Hostel Emalafquen (não sei pronunciar até hoje rsss). Foi a minha melhor estadia no chile, me sentia na casa da minha vó.

 

O hostel é de uma senhorinha muito fofa que dá vontade de levar para casa, a Dona Ema (por isso ema bá blá blá o nome do hostel, é o sobrenome dela). Ficamos em uma suíte enorme com banheiro privado e uma cama queen que me fazia dormir antes de contar o primeiro carneirinho rsss por 46000 pesos a diária para o casal sem café da manhã. Há uma cozinha compartilhada muito boa.

 

Depois de um bom banho, saímos para percorrer as agências e fechar os passeios para esse dia e o seguinte. Queríamos muito fazer a ascensão ao Vulcão Villarrica. Acabamos fechando tudo com a agência Volcan Villarrica pelo valor mas porque gostamos do atendimento também, apesar de não terem o melhor equipamento (esqueci completamente os valores, mas a ascensão ao vulcão foi por volta de 35 mil pesos por pessoa e o “tour por la zona” por volta de 10 mil pesos, vou ver se encontro nas minhas anotações a informação correta e volto para corrigir).

 

Almoçamos no restaurante Bambu, ali na Avenida O’Higgins mesmo, que é a avenida principal na qual a cidade gira em torno. Escolhemos o menu do dia que tinha uma salada imensa como entrada, um pernil de cerdo (porco) com purê de batatas como prato principal e salada de frutas com iogurte caseiro de sobremesa. Tudo por 4800 pesos por pessoa. Achei barato demais pela qualidade da comida. Lá eles tem um suco de framboesa fresquinha que é uma maravilha, tomei em todos as oportunidades lá no sul. Bom demais. Experimentem.

 

Às 14h00 horas a van da agência passou para nos buscar no hostel e pegamos a estrada. Aquela região é toda linda. Tem um “q” de suíça, um charme todo europeu combinado com uma simplicidade extrema. Me encantei. Fazendinhas com carneirinhos, vaquinhas, casinhas em estilo alemão e o Vulcão Villarrica ao fundo. O percurso já foi um passeio a parte.

 

Paramos no acostamento para tirar algumas fotos no Rio Trancura, uma vista muito bonita ali da estrada. De lá seguimos para os Salto de Marimán, uma parque muito bonito, cheio de árvores, passarelas de madeira. Os saltos em si além de muito bonitos impressionam pela quantidade de água, aliás água é o que não falta no sul chileno – Chora, Cantareira rsss - .

 

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De lá, seguimos para os Ojos de Caburgua, que são o ponto no qual aguas subterrâneas de um rio próximo emergem, criando quedas d’agua (muita agua). Tem um tom turquesa bonito, mas pela iluminação não consegui captar nas fotos. O parque também é muito bonito, arborizado, com mesinhas, passaria algumas horas por ali fácil.

 

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Seguimos em direção ao Lago Caburgua, que impressiona pela imensidão. A tonalidade da água também é muito forte. Há uma bela vista da paisagem e da vegetação da região. Queria ter mais tempo para ficar ali.

 

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A partir dali seguimos para as Termas de Quimey-co, que são um “lusho” rsss. Gente, o lugar é a cara da riqueza. Um spa muito do chiquetoso construído em meio à vegetação da região. Até para quem não entrou nas termas foi bacana, só pelo visual.

Dessa vez não fugi e resolvi me arriscar. Apesar do frio fora das piscinas, as aguas são muito quentinhas. Relaxante mesmo. Dá vontade de dormir. Fui alternando entre as piscinas de diferentes temperaturas como recomendo e sai de lá muito relaxada. Que delicia!

 

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De lá seguimos retornando à Pucón e nosso guia parou em uma vendinha na beira da estrada, que vendia os produtos produzidos na fazenda que ficava logo atrás. Queijos, compotas, licores, mel. Tudo tão bonitinho e tão gostoso. Experimentamos várias coisas e me arrependo por não ter levado tudo rsss. Comemos um sanduiche de pão caseiro com três tipo de queijo que era de rezar, além do chocolate quente ser ótimo também, diferente de tudo que já experimentei. Quase fiquei por ali mesmo. Conhecemos um pouco da propriedade e depois retornamos à Pucón com o Villarrica se exibindo o tempo todo para nós na estrada.

 

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Passamos na agência para provar os equipamentos para a ascensão do Vulcão Villarrica que faríamos no dia seguinte. Não achei os equipamentos muito bons, muita coisa velha, tentaram me empurrar umas coisas que não me serviam muito bem e só trocaram quando reclamei, mas enfim, nada que me parecia comprometer a segurança. Não sou nenhuma especialista, mas, talvez se pudesse escolher outra vez, escolheria uma agencia mais bem recomenda como a Aguaventura.

 

Fomos ao supermercado comprar algumas coisas para comer no dia seguinte. Fiquei impressionada como os preços no supermercado são menores que em Santiago, além de ter várias coisas interessantes, típicas da região. Queria comprar tudo. Adoro ir em supermercado quando viajo rsssss, cada doido com a sua mania, né?.

Não conseguimos jantar esse dia por conta do mega sanduiche de queijo da fazendinha. Tomei um antiflamatorio e um analgésico pois estava com muita dor nas costas e no joelho desde o dia anterior. Acho que na correria acabei me lesionando todinha. Mas queria porque queria fazer a ascensão do Villarrica, então nem cogitei desistir. Não foi a decisão mais recomendada, mas enfim...Dormimos cedo porque o dia seguinte tínhamos que estar com o dia ainda escuro na agencia.

 

continua...

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muito legal o relato, a mudança do deserto pro atacama pro sul do Chile em um dia deve ser incrível. acompanhando aqui o relato ::otemo::

 

Obrigada, hlirajunior. O contraste das duas regiões valeu todo o perrengue do percurso. Incrível mesmo.

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Dia 14: Pucón. Ascensão ao Vulcão Villarrica. As 5h00 da manhã já estávamos na agência para preparar o equipamento, nos vestir e seguir para a base do Vulcão. Nesse ponto deixo uma crítica à agencia, esqueceram de entregar os crampons ao meu namorado, nos mandaram para a van e quando íamos reclamar insistiam que tinham entregado. Ele teve que insistir para que lhe dessem o restante do equipamento. Dois erros, um não ter atenção na distribuição dos equipamentos para os clientes e o segundo em mesmo após serem avisados, não darem importância. Meu casaco estava com o fecho do braço solto, ou seja, entrava uma friaca enorme pela manga. Não quiseram trocar.

 

Com o grupo preparado seguimos em uma van até a base do vulcão. Caminhamos até o teleférico e pagamos 9 mil pesos por pessoa para subir até a base da estação de esqui. Nossos guias nos aconselharam, pois poupa cerca de 1 hora de caminhada.

O visual da subida do teleférico já é muito bonito arvores imensas em meio a neve logo abaixo dos nossos pés e aquele mundão branco que é o vulcão vai se tornando cada vez mais imponente.

 

Iniciamos o trekking por volta de 8 horas da manhã com um grupo de 9 pessoas e 3 guias. A subida desde o início é bem puxada. Cerca de meia hora depois já estava morrendo de calor, mesmo ainda estando no inverno, tamanha era a intensidade da atividade física.

Nunca tinha feito trekking em neve e senti bastante dificuldade na utilização do piquete, senti falta dos meus bastões de caminhada, mas imagino que seja mais pela falta de intimidade com o piquete.

 

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Após cerca de 1 hora de caminhada comecei a sentir muito minhas costas e meus joelhos e desacelerei um pouco, me afastando do grupo. Um dos guias seguiu no meu ritmo e o grupo seguiu em um passo mais forte.

A dor era intensa, mas eu sou teimosa e insisti. O guia foi incrível e me incentivava a todo momento, acho que só aguentei tanto pelo excelente trabalho que ele fazia, não só garantindo a minha segurança mas dizendo a todo momento que eu podia, que chegaríamos juntos no cume (até então eu não havia contando a ele que estava com dor, com medo que me aconselhasse a desistir). Apesar do equipamento dessa agencia não ser o melhor, o profissional que esse guia é, fez valer a pena a escolha.

 

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Fiz mais algumas paradas, ia me recompondo e continuava. Quando faltava cerva de 1h30 para atingir o cume, desisti de vez. A bota pesava uma tonelada nessa altura, minhas costas doíam demais e meu joelho eu já nem tinha rsss. Mais algumas pessoas do grupo desistiram e as encontramos nesse ponto, além de desistentes de outras agencias, na maior parte, mulheres.

Não foi fácil desistir. Tinha sonhado chegar até a cratera do vulcão durante meses planejando a viagem. Odeio a sensação de fracasso. Mas tinha que respeitar o limite do meu corpo, que eu já havia excedido – e muito – naquela ocasião.

 

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Ficamos por cerca de 40 minutos sentados naquela altura, conversando e apreciando a vista lá de cima que era estonteante. A visão da imensidão da montanha branca de neve e os lagos lá embaixo. Coisa única.

 

Começamos a descer. O percurso é feito quase todo de esqui bunda. Eles dão uma pranchinha para sentar e aí adeus, se escorrega muito rápido. Pra frear se usa o piquete. Adorei aquilo! Hahahaha. Acho que nunca ri tanto na minha vida. Mas tem que ser bem orientado, porque a coisa é bem perigosinha. Como eu estava com o best guia ever, não tive problema. Ele sempre indicava o percurso e em locais perigosos íamos caminhando. Foi muito gostoso. Quero subir outra vez só para descer daquele jeito rssss.

 

Finalizando a descida, ficamos no deck do restaurante da estação de esqui assistindo o pessoal esquiar e tomando um chocolate quente a preço de ouro rsss.

Cerca de 1h30 depois o grupo que foi até o cume chegou e seguimos retornando à Pucon, chegamos por volta de 18h00.

Depois que retornei ao Brasil, descobri que tive uma lesão no joelho e estou até agora fazendo fisioterapia. Então posso me considerar uma vitoriosa por ter chegado até onde cheguei com o joelho todo ferrado. Mas eu volto um dia, ahhh volto.

 

Lá eles falam que qualquer pessoa com o mínimo preparo físico consegue fazer o tour. Bom, eu não seria tão otimista. Eu não sou nenhuma grande atleta mas sou muito ativa, treino todos os dias, além disso, na época corria cerca de 8 km (porque agora não tá dando sem joelho né, rsss), faço trekking as vezes nos finais de semana. E não, não achei nada fácil. Não só pelo joelho, mas realmente a subida é muito puxada. Acredito sim que não é necessário ser montanhista mega experiente, mas que qualquer pessoa com um BOM preparo físico é capaz de fazer o percurso até o final. Sempre bom cada um respeitar o limite do próprio corpo.

 

Quanto à agencia, na estação de esqui conversei com uma menina que subiu com a Aguaventura e os equipamentos dela eram absurdamente melhores que os meus, que estavam só o pó da rabiola rsss, parecia algo mais antigo, mais batido mesmo. Experimentei a bota dela e fiquei “de cara” de como era mais leve que a minha. A mochila então nem comento. Me mandaram ir com uma minha mesmo que não tinha alça para distribuir o peso na cintura. Para quem já não estava boa das costas, sobrecarregou mais ainda. Então acredito que valha investir um pouco mais, porque equipamento é muito importante, tanto para facilitar o desempenho como principalmente pela segurança. Porém, repito, o guia era espetacular.

 

Retornando ao hostel, destruídos, comemos qualquer coisa por lá mesmo, tomamos um banho e fomos dormir feito pedra, tamanho era o cansaço.

 

continua...

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