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Compartilhando meu Projeto de Vida - Viver e Trabalhar Viajando


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  • Membros

Olá amigos,

 

durante os últimos meses andei me questionando muito sobre as minhas vontades de o que fazer na minha vida, com o que eu quero trabalhar, quais são meus sonhos... Me dei conta de quão cegamente eu estava levando adiante a ideia de seguir uma "vida padrão", isto é, me estabelecer aqui na cidade onde moro (Porto Alegre), trabalhar 8 horas por dia empregado em alguma empresa, estruturar família, este clássico modelo de como deve ser a vida de alguém que "teve sucesso". Mas os meus questionamentos fizeram essa ideia ir por água a baixo. Basicamente, porque não é isto o que eu quero. Eu não quero viver trabalhando para outra pessoa, não quero me estabelecer para sempre em uma cidade e deixar de viver o resto do mundo. Contudo, esta ideia de tomar um rumo diferente do que eu estava me encaminhando ao longo de toda a minha vida até aqui é algo que me deixa com muito medo por vários motivos:

 

- Parece ser uma ideia que pode ser só de momento, porque envolve um alto risco e é muito mais seguro continuar minha vida seguindo o fluxo normal do que seguir a minha vontade de viajar pelo mundo trabalhando com o meu próprio negócio. Além disso não acredito que eu tenha experiência suficiente ainda para prever o que quero para o futuro da minha vida, mas sei o que não quero, então vou correr atrás do que for necessário para essa ideia levantar voo.

- O desafio assustador de ir embora do conforto e segurança que eu tenho estabelecido aqui em Porto Alegre.

 

Motivação para criar o tópico

 

Com este tópico eu quero compartilhar com vocês o meu projeto de vida que andei pensando e remodelando ao longo dos últimos meses e que vou continuar remodelando pelos próximos meses (ou anos, ou durante a vida inteira...). O principal motivo de criar este tópico é estabelecer um comprometimento pessoal com o meu projeto para que ele não fique apenas no papel. Além disso, posso ter a oportunidade de ouvir as opiniões de cada um de vocês e assim enriquecer os meus planos com cada uma das suas contribuições, sejam elas a favor ou contra as minhas intenções. E como efeito colateral, quem sabe dar o impulso para outras pessoas questionarem seus destinos.

 

Quem sou eu

 

Meu nome é André, tenho 21 anos e sou de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde moro desde que nasci. Estudei durante dois anos Psicologia e hoje estou cursando Ciência da Computação na UFRGS. Sou uma pessoa que é muito a favor de mudanças e tem muita vontade de que elas aconteçam, mas muitas vezes duvido da minha própria capacidade de fazê-las acontecer. Tenho uma mente muito aberta e adoro conhecer a história de cada pessoa. Até hoje viajei muito pouco, fui apenas para Santa Catarina, Paraguai e dei uma passada ligeira pelo Paraná, Argentina e Uruguai.

 

Meu Projeto

 

O meu projeto é a partir da minha carreira em Tecnologia da Informação fazer da minha vida uma viagem sem data de volta. TI possibilita uma flexibilidade muito grande em relação a o que e aonde trabalhar, posso por exemplo trabalhar fazendo freelas em casa, trabalhar para uma empresa remotamente a partir de casa...

 

Contudo minha intenção é ter uma experiência de trabalho fora do país ainda antes de terminada a faculdade. Estou agora no 2º semestre da faculdade e tenho a intenção de no ano que vem trancá-la para viajar no segundo semestre para a Europa (ou Oceania) para viver a experiência de estar em um país totalmente desconhecido e ter que sobreviver de alguma maneira, a qual pretendo que seja trabalhando em trabalhos informais e assim conseguir tirar o dinheiro de volta para o Brasil. Uma das características dessa viagem seria de viajar inicialmente só com o dinheiro da ida e de alguma maneira tornar a viagem autosustentável, gerando o dinheiro de volta (e quem sabe até um extra haha). Acredito que muitos de vocês podem ter feedbacks bacanas para compartilhar sobre se essa viagem é viável ou não, se alguém já fez e tal. Já vi alguns tópicos com esse tipo de assunto e alguns realmente me motivaram ainda mais para correr atrás dessa ideia. (http://bit.ly/1wcnQIa, "Como viajar pelo mundo sem dinheiro")

 

Além dessa ideia de trabalhar sem local fixo, a minha grande ideia é estabelecer virtualmente o meu próprio negócio em TI para que além de estar viajando eu possa colocar a andar a minha carreira, fazendo valer as minhas ideias e conseguindo gerar algum dinheiro com elas. A minha ambição não é muito grande, não desejo ganhar muito dinheiro porque realmente me deixaria mais satisfeito estar vivendo feliz do que estar ganhando muito dinheiro de uma maneira mecânica e triste. Porém, a "estrutura" desse meu negócio ainda é muito abstrata, não tenho certeza nem de que nem de como vou fazer para que aconteça. O que eu sei é que essa vontade de trabalhar e ser o meu próprio chefe é algo que me motiva muito a estudar cada vez mais. Toda vez que eu estou sem vontade de dar duro em cima dos livros eu me lembro dessa minha meta e me levanto para dar o melhor de mim.

 

Minha ideia inicial é rumar a Europa quando estiver iniciando minhas viagens, porém ainda é um destino que eu não tenho muita certeza, posso mudar, ou não, vai depender muito das informações que eu for digerindo ao longo dos próximos meses.

 

Em qual etapa do projeto estou agora

 

Por enquanto eu estou pensando como farei a viagem do ano que vem, pensando na burocracia e em como vou fazer pra viver lá. Além disso estou pensando em correr atrás da cidadania italiana. (18.10.14)

Escolhido o país que irei e a data, inicialmente irei fazer a minha cidadania italiana na Itália região de Veneto e irei para lá em agosto de 2015 junto com um grande amigo meu. No momento eu e meu amigo começamos a aprender italiano e agora estou fechando o semestre da faculdade. (22.11.14)

 

ATUALIZADO 22.11.14

 

Quais minhas dúvidas

 

Alguém já viveu uma viagem só de ida e sem dinheiro para volta? (eu sei que existem muitos relatos, mas seria interessante se você pudesse compartilhar sua história e relacionar suas experiências com as minhas dúvidas :D ) (tópicos e links relacionados: http://bit.ly/1wcnDF8, "É possível viver mochileiro?")

Alguém de vocês vive ou viveu nesse estilo de vida? Como foi?

Algum de vocês trabalha com TI fazendo freelas? Como é a rotina? (http://bit.ly/1ulBQw1, "Como trabalhar na internet e ganhar dinheiro viajando")

 

E qualquer feedback, crítica, elogio, xingamento, benção, macumba que vocês quiserem dar, por favor, posta aí que vai ser ótimo!

Editado por Visitante
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  • 4 semanas depois...
  • Membros

Olá André!!

 

Quem bom poder encontrar pessoas com o mesmo sentimento mochileiro.

Nunca sai do país, mas pretendo realizar essa mochilada pela Europa, estou planejando e sair do Brasil em março/2015 sem data para voltar, pretendo viver ao acaso, sendo voluntário onde nos dão alimentação e estadia em troca de 4 a 6 horas de trabalho por dia. Talvez utilize couchsurfing para viajar por toda a área central da Europa, wwoof é o programa de voluntários que vou utilizar, conheci ontem uma pessoa que está na Europa, viajou por 47 países hoje está na Alemanha e só vai voltar para o Brasil pq rompeu o ligamento do joelho, senão iria continuar. Ele disse que sim, é possível viver dessa maneira, é uma vida simples, mas possível e bem prazerosa. Gasta 5 euros por dia em media.

Eu vou deixar minha faculdade, 4 período de adm em comércio exterior, carreira de 2 anos, familiares, amigos, futuras namoradas kkkkk.

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  • Membros

Olá Diego!

 

Caraca meu velho, que incrível encontrar mais pessoas com essa intenção. Sobre esse detalhe de ser voluntário para receber estadia e alimentação, você já tem alguma ideia de como procurar por esses lugares ou você vai encontrar por lá mesmo? E em relação à parte burocrática da coisa (passaporte, visto,...), como você vai fazer?

 

E para atualizar como anda a situação do meu projeto, faz mais ou menos 1 mês desde a criação deste tópico e hoje não resta mais dúvida que vou realmente fazer isto. Existe um medo intrínseco a todas pessoas quando o assunto é tomar uma atitude de alto risco como essa. É preciso se dispor a largar o conforto e segurança de uma vida estável no Brasil (no meu caso) para então rumar um futuro que os primeiros passos vão ser muito muito doloridos (essa é uma verdade que eu já aceitei: não basta ser tomado pela euforia da ideia e acreditar que serão apenas flores, muito pelo contrário, a vida vai se tornar mil vezes mais "hardcore"), existindo até mesmo a possibilidade de algum dia não termos comida ou moradia garantida, o que exige uma grande coragem para ir em frente. Contudo, a pergunta que eu me faço quando surgem esses medos e aflições não é "o que eu quero?", na verdade a pergunta mais importante a se fazer é "O QUE EU NÃO QUERO?" e para essa pergunta eu tenho uma resposta muito sólida: eu não quero viver uma vida trabalhando numa empresa, 8 horas por dia, formar uma família, comprar uma bela casa, ter uma bela esposa, ter alguns filhos e esperar minha aposentadoria por quase 30 anos da minha vida. EU NÃO QUERO ISSO. E isso já me basta para pegar estes medos que naturalmente surgem dentro de mim e lidar com eles como estímulo para seguir em frente. Hoje eu digo com absoluta certeza que nunca estive tão estimulado a viver. Hoje eu acordo todos dias às 6h da manhã, fico o dia inteiro trabalhando em cima do que está sendo necessário para realizar este sonho e durmo à meia noite, com uma felicidade dentro de mim como nunca tive antes na minha vida.

 

É óbvio que o mundo não é um pudim. Eu não me iludo com este meu sonho pensando que vou ser feliz o tempo inteiro. Não, eu tenho certeza que vou estar em momentos muito mais depressivos do que se não tivesse correndo atrás dele. Mas eu sei o que eu não quero, e pra escolher o que a gente quer do nosso futuro (que é muito incerto) é mais preciso fugir do que você não quer do que se iludir com algo que se quer.

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  • Membros

Em relação à cidadania italiana, consegui bastante informação pela internet (foi o suficiente para mim, não precisei até agora sanar nenhuma dúvida ainda diretamente com o consulado italiano de Porto Alegre).

 

[linkbox]Segue abaixo tudo que me auxiliou a sanar minhas dúvidas:

http://www.dupla.cidadania.nom.br/duvidas_cidadania_italia.htm

http://www.dupla.cidadania.nom.br/passoapasso.htm - há outras seções que vale muito a pena conferir

http://www.cidadaniaitaliana.com.br/ - site com diversas informações

http://www.genoom.com/ - consegui aqui minha árvore genealógica

http://www.consuladoitalianoportoalegre.com/ - MUITAS INFORMAÇÕES, mesmo para quem não é de Porto Alegre

http://tirandoacidadania.blogspot.com.br/ - um blog com o relato inteiro de uma moça que fez a cidadania lá na Itália

http://www.minhasaga.org/ - mais um blog, com a saga de um brasileiro para conseguir a cidadania[/linkbox]

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  • Membros

Olá André kkkk o mundo não é pudim foi ótimo!! auheuahea

Bom, também trabalho em escritório..8 hrs... e tal.. sei que é tediante, sentimos que precisamos de mais... precisamos aventurar, sei que meu futuro será atrás de uma mesa de escritório :/.. sei que um dia terei familia essas coisas que a sociedade tradicional impõe kkkkk mas se for para ser assim, prefiro aproveitar o momento, a idade, a oportunidade, para fazer o que quero, sempre gostei de viajar e conhecer cada vez mais as coisas, as pessoas, as culturas, sempre achei fenomenal, sei que a jornada não é fácil, mas já tive tantos problemas na vida, já fui nômade tantas vezes que desapeguei das coisas que não são necessárias e aprendi a correr atrás do que realmente preciso, e o que preciso agora é aproveitar a vida fazendo o que quero.

Sim, eu vi o filme do cristopher mccandless kkkkkkkkk fiquei inspirado por ele.

 

Sobre o programa de voluntários tenho alguns e recebi ótimos comentários sobre... mas na boa, só vamos saber quando chegar lá, já partir daqui tudo preparado acho que fugiria do que queremos hehehehe perderíamos a parte da aventura de conseguir algo lá.

Sobre visto, cara meu passaporte é brasileiro, ou seja, terá limitações de datas, mas fiz umas pesquisas e vi uqe tem gente morando na europa por 1 ano ou mais sem voltar ao Brasil, fazendo aquela jogada de sair e entrar no espaço schengen o que seria relativamente bom para nós por que realmente seríamos nômades, 3 meses acho que seria um tempo mais que ideal para estar em um determinado lugar.

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  • Membros

Olá André,

 

Curti sua idéia e as novas formas de trabalho que estão surgindo permitem estes novos estilos de vida.

 

Eu sou um misto do paradigma que você diz que não quer, com um pouco do paradigma que você quer construir.

 

Como sou solteiro e tenho independência financeira, consigo viajar um pouco e, tenho colegas solteiros que viajam muito mais...

 

O paradigma que você contesta usa as seguintes variáveis na linha do tempo: Estudo, Trabalho e Família. Estas são as variáveis que as pessoas usam ao longo da vida.

 

No meu caso, eu priorizei estudo e trabalho e pude substituir a variável “família” por viagens.

 

Pelo que entendi, você está querendo substituir as três variáveis. Daí a razão da insegurança! Além disso, fica a questão de você ter que assimilar (mudar internamente) e ter explicação para família, amigos, etc.

 

Minha sugestão....

 

No seu caso, um bom começo seria isto que você está fazendo mesmo. Planejar morar sozinho em um outro país. Porém, você precisa conciliar nele estudo, viagem e trabalho. Imagino que só o fato de você estar morando em outro país já lhe permitirá conhecer pessoas e lugares novos sem necessidade de muitas viagens e grandes deslocamentos no curto prazo.

 

Faça um gráfico com três colunas: Estudo,Viagem e Trabalho em um eixo e, no outro, as fases de sua vida (tempo). Talvez, de cinco em cinco ano. Em um primeiro momento, você gastará mais tempo de sua vida com Estudo. Tenha calma.rs. Esta fase já está quase no final! (*)

A coluna estudo vai diminuindo com o passar do tempo e aumentando a de trabalho e viagens. Note que a variável importante é o tempo. Ele é o senhor da razão.

Feito isto, em um segundo momento, você vai moldar a variável trabalho para que ela fique mais flexível permitindo lhe explorar a outra variável (viagens). Como assim moldar?

 

É que a variável trabalho (fonte de renda, em primeira instância, além de outras que posso debater contigo depois) precisa ser adequada ao seu estilo de vida. Mas ela depende do tempo. Ex.: a folha de São Paulo não contratará os serviços de um correspondente no exterior que não tenha um bom background. Você me responderá que não precisa ganhar muito para isto. E eu lhe respondo: sim, mas o problema não é só o financeiro, mas sim a questão do tempo. Profissões ou tarefas com pouco background tendem a ocupar muito o tempo e não dão o conhecimento, a visão de mundo necessária para ir muito longe.

 

Portanto, não me convenço de que dê para substituir, de uma só vez, as três pernas do tripé que suportam o paradigma atual de crescimento e desenvolvimento das pessoas (Estudo, Trabalho e Família) (**).

 

Apenas conhecer novos continentes e mundos, necessariamente, não traz felicidade, da mesma forma que construir uma vida centrada apenas no sucesso profissional, como você mencionou no seu texto, pode não trazê-la.

 

As variáveis trabalho e estudo ainda são fundamentais para conhecer e entender mundos e pessoas, inclusive a nós mesmos e, a felicidade ainda depende deste caminho.

 

Porém, é necessário moldá-las e substituí-las ao longo da vida. E acredito que este é o caminho para a felicidade interior.

 

Com isto, acredito que você consiga assimilar internamente estas mudanças e justificá-las, pois as mesmas estão em consonância com as transformações do mundo moderno.

 

Se o texto estiver difícil de entender ou alguma passagem dele estiver incompreensível, não hesite em pergunta-me.

 

Obs:

 

(*) Alguns dirão que a variável estudo é permanente, ao que responderei que concordo plenamente. E nesta etapa da vida será potencializada com viagens.

 

(**)Ainda que as três variáveis estejam, neste século, passando por mudança profundas em todos os seus aspectos, não conseguimos ainda eliminá-las ou substituí-las completamente.

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  • Membros
(...) sei que meu futuro será atrás de uma mesa de escritório :/ (...)

Quem sabe não né, isso com certeza não é uma certeza, só se realmente for o que tu decidir.

 

 

(...) já fui nômade tantas vezes que desapeguei das coisas que não são necessárias(...)

Sério?? Bah realmente fiquei muito curioso em conhecer essas histórias. Como foram essas experiências?

Eu ainda não vivi de uma maneira "nômade".

 

(...) já partir daqui tudo preparado acho que fugiria do que queremos (...) perderíamos a parte da aventura de conseguir algo lá

Eu penso de uma maneira diferente, acho que ter informação é essencial e a aventura não começa só quando nós estivermos lá, a aventura já começou. E também não vejo como uma "aventura à parte da minha vida no Brasil", no meu caso estou indo buscar uma maneira de vida diferente. Eu tenho a intuição de que não quero que minha vida possa ser definida através de uma foto (um cara de terno em uma empresa, 8 horas por dia, todo dia atrás de uma baia), quero que a única maneira de explicar a minha carreira seja através de um filme, com diversos protagonistas e cenários.

 

 

cara meu passaporte é brasileiro, ou seja, terá limitações de datas (...)

Cara no que for possível te ajudar te ajudarei, é sempre importante ter parcerias que nos ajudem quando rolar alguma necessidade ;)

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  • Membros
Pelo que entendi, você está querendo substituir as três variáveis. Daí a razão da insegurança! Além disso, fica a questão de você ter que assimilar (mudar internamente) e ter explicação para família, amigos, etc.

Super bem colocado BITY, inicialmente é bem impressionante (e amedrontador) querer mudar de uma maneira tão forte. Ao longo dos últimos três meses digeri muitas opiniões, tive diversas discussões (principalmente com meu melhor amigo que irá junto) e o principal que tirei com tudo isso é o fato de que a sensação de medo é impossível de retirar de dentro de si, o que pode mudar é a maneira que se lida com ela, e hoje eu vejo esse medo como um estímulo para ir além!

 

Faça um gráfico com três colunas: Estudo,Viagem e Trabalho em um eixo e, no outro, as fases de sua vida (tempo). Talvez, de cinco em cinco ano.

Cara, maravilhosa ideia, obrigado pelo insight!

 

Profissões ou tarefas com pouco background tendem a ocupar muito o tempo e não dão o conhecimento, a visão de mundo necessária para ir muito longe.

Concordo com o que você falou que se eu ficasse sem estudo e em profissões com pouco background a minha visão de mundo vai ficar muito limitada, concordo completamente! Mas não me entenda errado, nunca cogitei fazer isso porque não pretendo estudar ou porque quero alguma coisa mais fácil, muito pelo contrário. Uma das coisas que mais me fascina é o que eu faço em Ciência da Computação, e o que mais me motiva a viajar é que ser autodidata vai me possibilitar estudar a fundo as coisas que eu quero trabalhar e que vou ter oportunidade de fazer muitos cursos e workshops sobre a minha profissão, o que vai ser super fascinante. Meu sonho maior em relação a carreira é começar o meu próprio negócio online :)

 

Portanto, não me convenço de que dê para substituir, de uma só vez, as três pernas do tripé que suportam o paradigma atual de crescimento e desenvolvimento das pessoas (Estudo, Trabalho e Família). (...) (**)Ainda que as três variáveis estejam, neste século, passando por mudança profundas em todos os seus aspectos, não conseguimos ainda eliminá-las ou substituí-las completamente.

Eu acredito que seja bem difícil mesmo ou até impossível substituir/eliminar elas, só que o que eu estou fazendo não é nem uma substituição nem uma eliminação. O que me guia é o fato de ter amado a faculdade de Ciência da Computação, e justamente por ter me encontrado nesse ramo foi que decidi tomar um caminho específico dentro da variedade de escolhas que eu posso escolher (fazer uma faculdade no Brasil e depois sair, ou então faculdade e depois ficar no país, ou ser autodidata sem viajar e trabalhar em uma empresa, ou viajar sendo autodidata e etc etc).

 

 

(*) Alguns dirão que a variável estudo é permanente, ao que responderei que concordo plenamente. E nesta etapa da vida será potencializada com viagens.

Foi justamente o que eu pensei quando você falou que a fase de estudo estava acabando haha Não vejo outra possibilidade se não o estudo contínuo durante a vida inteira.

 

Bah BITY obrigado pela atenção e pela opinião, conversar com uma mente aberta e compreensível que enriquece as pessoas.

E aliás cara, você já viajou para onde e qual teu próximo destino?

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  • Colaboradores

E ai, André, tudo certo?

 

Achei muito interessante seu tópico, e pode ter certeza que você não é o único a ter tal vontade. Tenho hoje 22 anos, recém graduado em Relações Internacionais pela UFSC, e sou doente por viagens, é algo incontrolável. Passo o ano inteiro guardando dinheiro no estilo mão de vaca master para conseguir ao menos uma viagem internacional por ano. E deu certo, ao longo da faculdade estagiei bastante e consegui juntar uma grana legal, pois morava com meus pais, reduzindo drasticamente os custos de vida. Resultado disso é que hoje conheço 24 países, um número bem alto para a minha idade, e sou longe de ser um cara rico, simplesmente priorizo viajar em minha vida ao invés de encher a cara todo final de semana em baladas caras ou desfilar por aí com roupas de grife. Acho isso tudo uma futilidade, e no dia-a-dia sou um cara bem econômico.

 

Minha fissura por viagens começou com 12 anos, quando aleatoriamente abri um atlas e não desgrudei dele pelo próximo 1 ano. Decorei todas as capitais de todos os países e criei uma obsessão pelo mundo. Mas com 12 anos, sem dinheiro e sem perspectivas, não sabia como conheceria aquele mundo gigante. Como? Eu me perguntava todos os dias, e aquilo me agoniava de uma maneira que não sei explicar. O divisor de águas foi quando morei no Canadá, dos 16 aos 17 anos, e pela primeira vez saia do Brasil (já tinha ido pro Paraguai, mas só Cuidad del Este). Voltei para o Brasil e logo em seguida ingressei na universidade pública, arranjei estágio e comecei a ganhar dinheiro. Ao mesmo tempo fui conhecendo o estilo de vida mochileiro, viajando e aproveitando muito mais com muito menos dinheiro, e decidi começar minha vida de viajante independente. Aos 18 anos visitei o Oriente Médio e mochilei por 36 dias pela América do Sul, duas viagens inesquecíveis. A partir daí aumentei minha lista a cada ano, APENAS com os 1000 reais do estágio.

 

Sei que me empolguei, mas quero chegar no seguinte ponto: hoje estou formado e abrindo minha empresa. Também não quero para mim uma vida inteira trabalhando para os outros e recebendo ordens, quero gerir meu negócio. Isso está diretamente - mas não só - relacionado com minha paixão por viajar, pois tendo meu negócio terei que ralar muito nos primeiros anos, mas caso ele se estabilize posso ter mais liberdade para curtir minha vida e minhas viagens. Acredito que essa sua vontade de sair pelo mundo esteja relacionada com o fato de você ter viajado pouco. Eu também era assim quando era mais novo e inexperiente em viagens, queria tudo de uma vez só, viver no mundo. Hoje não penso assim, uma viagem de cada vez, anualmente, é o que me faz feliz. E por que isso? Porque a parte boa da viagem está justamente no fato de ser aquilo que você espera o ano inteiro, isso faz dela algo mágico, como um sonho que se torna realidade. Se o problema está na sua rotina, mude ela, hoje sou um cara feliz no meu dia-a-dia, e totalmente realizado em minhas viagens.

 

Veja, não quero com isso desmotivar seu sonho, apenas dizer que às vezes almejamos passos largos demais sem nunca ter dado o primeiro. Começar com uma viagem menor, uma vivência no exterior a trabalho ou estudo, é o ideal para você. Aí sim você entrará no mundo dos viajantes, passará a entendê-lo melhor. Com 14 anos dar uma volta ao mundo era o que mais queria, hoje não tenho essa vontade porque conheço a realidade de um mochilão, seja ele curto ou longo (já fiz alguns beeem longos). Seu projeto de trabalhar independentemente é legal, faça-o mesmo que não saia de Porto Alegre, pois uma coisa não tem a ver com a outra.

 

Não sei se meu texto ficou claro, e sei que me empolguei um pouco e acabei quase que contando a minha vida toda ::lol4::, mas é que realmente achei o tópico interessante e me senti na obrigação de dar uma opinião.

 

Abraço!

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  • Membros

CA-RA-CA João! Que massa deve ter sido fazer esse mochilão pela América do Sul e viajar pro Oriente Médio cara, achei muito irado.

 

Como você, eu vejo esses gastos com roupas e festas caras uma futilidade e tenho basicamente o seu mesmo ponto de vista. E o incrível é que com só 22 anos você já fez tudo isso, puxa, admirável tua capacidade. E bah com certeza você tem milhões de outras histórias para contar que eu fiquei super curioso em ouvir :D

 

Estar viajando em si não é o que eu vejo como o mais importante dessa minha vontade. Eu sou aficionado por conhecer as histórias das pessoas, sinto uma satisfação sem igual quando alguém fala algo pra mim que me deixa boquiaberto (como o que você falou de aos 18 ter viajado ao Oriente Média e Am. do Sul!), essa sensação de conhecer experiências de outras pessoas é uma coisa tão forte em mim que pretendo tatuar algo que simbolize isso (só não sei ainda o que seria haha). Esse foi um dos motivos de eu ter feito dois anos de Psicologia na faculdade, os quais infelizmente serviram para eu descobrir que exercer a profissão de psicólogo é bem diferente do que eu sentia vontade de fazer.

 

Mas então, voltando ao foco, não tenho nenhuma dúvida que minha mentalidade vai mudar ao longo dos próximos anos. Como você falou, essa pode ser uma curiosidade minha por ter viajado pouco. Ou pode realmente ser a minha intuição me dizendo que não quero estar fixo em um lugar. Isso quem vai dizer vai dizer é o tempo que, como o BITY falou, é o senhor da razão :D . As pessoas não podem ser tão egocêntricas e acreditar que o que elas pensam sempre é o certo. Poxa, realmente pode ser que daqui uns dois anos eu veja que quero uma vida estável. Ou não. A única maneira de descobrir isso vai ser através do clássico método "tentativa e erro" e por isso não posso assumir nada antes de ter vivenciado essa experiência que minha intuição diz que vai ser essencial.

 

Vou compartilhar alguns relatos que me inspiram bastante nessa empreitada e que valem muito a pena a leitura:

[linkbox]http://www.nomadesdigitais.com/comece-por-aqui/ - incrível história que explica o conceito de nômades digitais

http://www.alifeofblue.com/forever-nomad/ - outra história tão incrível quanto a de cima[/linkbox]

 

OBS: Atualizei a parte "Em qual etapa do projeto estou agora" do post inicial.

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