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Eu ia continuar meu relato hoje, mas minha internet está com problemas e não estou conseguindo. .. Já voltei a trabalhar pós férias e meu relato deve sair com mais lentidão! Agradeço a compreensão!

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Pronto, consegui escrever mais um pouco sobre o relato da nossa viagem! E lá vai:

 

No dia seguinte, em Sevilla, de mapa na mão, andamos pela cidade e fomos conhecer a Catedral e La Giralda, dá pra ir à pé sem problemas... mas eis que avistamos o Espacio Metropol Parasol, que ficava perto do lugar onde ficamos hospedados (mas para o outro lado) e demos um pulinho lá também! Após tirar algumas fotos nesse espaço moderno, seguimos para ver o antigo. Fomos até a Catedral e a fila (no sol) estava bem grandinha, mas até que andou rápido e compramos o ingresso (que vale para os dois: Catedral e Giralda). Entramos na Catedral e contemplamos todos os seus espaços. Fomos até a entrada para La Giralda, que fica por dentro e enfrentamos a subida para o topo, que é cruel... Mas chegando lá em cima, avista-se os sinos dentro da Giralda e a cidade toda, linda, por fora. Cada espacinho é disputado pelos turistas! Descemos, fomos ao Pátio de Los Naranjos e descansamos um pouquinho, inclusive do calor, que estava terrível! Saímos da Catedral, nos desvencilhamos das ciganas querendo vender “raminhos da sorte” e ler as mãos dos turistas e seguimos para almoçar numa rua cheia de restaurantes que ficava perto. Escolhemos um , mas não vou recomendar o restaurante pois não achamos o atendimento e a comida lá tão boa assim. O meu marido seguiu reclamando do seu mal-estar e muita tosse e após o almoço, seguimos pela rua à procura de uma farmácia. Encontramos uma e perguntamos por um remédio para tosse (através de mímica, pois não lembravamos das palavras que queríamos dizer para relatar o que ele estava sentindo). Após comprar um xarope para tosse, avistei uma lojinha que tinha na porta uma saia de dança e queria ir lá ver, mas fiquei meio receosa de ver o preço, pois até então eu só tinha visto lojas vendendo roupas de Flamenco com preços acima de 200 Euros! Mas o meu marido me incentivou a ir lá e perguntar pela saia e fui. O preço dela estava razoável (tipo uns 25 Euros) e o vendedor (e dono) da loja falou que a esposa dele usava para dar aulas de Flamenco lá. Não deu outra! Fiz milhaaaares de perguntas para o dono da loja sobre a esposa dele e descobri que ela teve aulas com o pai do Israel Gaván, que é um bambambam do Flamenco e teve também propostas para dar aulas no Japão. Ai que invejinha de não ter nascido em Sevilla e ter essas oportunidades! Mas o chato é que depois que o pai dela falesceu (que era o maior incentivador dela pra dançar), ela desencantou e não quis mais dançar e nem dar aulas.... Poxa, que pena... Falei que fazia aulas de Flamenco no Brasil e ele ficou encantado e me perguntou se eu não gostava de samba (eu hein!).

Após esse breve momento de conversa com o dono da loja, saímos para visitar mais lugares, já que o tempo já estava meio avançado! Fomo ao Real Alcázar, que fica ali do ladinho e nesse momento a fila de compra dos ingressos era minúscula e entramos. Eu tinha separado umas 2h para visitar tudo, mas lá dentro achei pouco! Queria ver cada cantinho do lugar e das salas e pátios... e os jardins também!

O Real Alcazar é um complexo palaciano composto por vários edifícios de diferentes épocas. Atualmente é utilizado como lugar de alojamento dos membros da Família Real ou de personalidades que visitam a cidade. Afonso X, o Sábio fez as primeiras reformas criando três grandes salões góticos. Posteriormente, Pedro I o Cruel, em 1364, decidiu construir o que se converteu no primeiro palácio de um rei castelhano que não estava protegido atrás das muralhas e defesas de um castelo, atingindo assim, o seu definitivo aspecto mudéjar que conserva na atualidade e que assombra pela sua riqueza e elegância. As obras iniciadas por Pedro I impulsionaram a realização de mais transformações por soberanos posteriores, como os Reis Católicos; nele Carlos I celebrou a sua boda com Isabel de Portugal; num dos seus quartos nasceu, em 1848, a infanta Isabel, neta de Fernando VII. Afonso XIII, grande apaixonado pela cidade, também realizou diversas reformas. Pedro I admirava o estilo arquitetônico dos muçulmanos que invadiram Sevilha em 711 e a dominou até o ano 1248 quando esta foi reconquistada pelo rei católico Fernando III. Por isso ele contratou artesãos de Granada, onde foi construído o majestoso Alhambra, para construir seu próprio palácio Mudéjar, onde antes havia um antigo palácio mourisco. Ou seja, foi uma “prévia” do que veríamos em Granada, sendo que achei tudo (tanto em Sevilla quanto em Granada) encantador!

Ficamos quase 3h lá dentro e, cansados, só saímos porque o lugar ia fechar. Seguimos andando e chegamos o Barrio Santa Cruz, com suas lojinhas e bares. Voltamos para o hotel , nos recompomos e seguimos para assistir um novo show de Flamenco. Pela manhã eu tinha perguntado para os funcionários do hotel sobre um show de Flamenco para assistir e eles nos recomendaram (e ajudaram a reservar) no Museo Del Baile Flamenco. Nós chegamos na cidade na época da Bienal de Flamenco de Sevilla, só que infelizmente ficamos sabendo dela em cima da hora e já não dava para comprar mais ingresso nenhum e também fiquei com medo de não conseguir assistir nenhum show pequeno na cidade, já que ela toda estaria voltada para a Bienal. Como eu tinha lido que na quinta-feira alguns lugares faziam show de graça, mas já era sexta, fomos nesse mesmo, que era recomendado. Fiquei com medo também de ser algo só para turista ver, mas fomos lá conferir!

Eu tinha colocado o Museo Del Baile Flamenco na minha lista para irmos lá visitar a parte do museu... Mas devido ao tempo que ficamos no Real Alcazar, não foi possível ir lá visitar o museu e chegamos no horário que somente dá pra ver o show.

Fomos à pé e seguimos por uma rua comprida mas cheeeeia de lojas com roupas e acessórios para quem dança Flamenco. Fiquei encantada, mas era tudo muito caro! Talvez em lojas mais afastadas da parte turística dê para comprar coisas mais em conta, mas não tivemos tempo de ir procurar!

Chegamos no lugar na hora que ia começar o show. O lugar é pequeno, mas mais acolhedor do que o que fomos em Madrid assistir flamenco também. Sentamos na lateral, pois eram os únicos lugares que tinham livres e achei que não ia dar pra ver nada direito, mas estava enganada. O show foi surpreendentemente ótimo. Os bailaores dessa casa dançam muuuuito e os músicos também não ficam atrás! E no começo eles ainda explicam o que são os palos (ritmos) e quais deles vão ser tocados/cantados/ dançados, para quem não entende. Os bailaores dançam com muita emoção e técnica! Adorei e saí de lá extasiada!

Na saída do show, você passa por dentro da lojinha deles e ficamos um bom tempo olhando a lojinha e conversando com uma família de brasileiros que também estava lá para assistir o show. Quando iam fechar a lojinha e nos avisaram que teríamos que sair, saímos e encontramos os bailaores e o guitarrista saindo também e eu pedi para tirar foto com eles! Que emoção! :D

Voltamos para o hotel para descansar, mas primeiro procuramos algum lugar para comer e perto do hotel (quase de frente para a Alameda Hércules) tínhamos visto uma lanchonete que vende pizza, achamos interessante e fomos lá conferir. Eles fazem a massa de forma natural, com mais de 24h de fermentação natural e farinha italiana. A pizza é quadrada e você escolhe (no melhor estilo “tapas”), quantos e quais pedaços de pizza você quer, paga por eles e se quiser, pode escolher mais depois. Existem vááários tipos diferentes de pizza e até uma que acho que faz sucesso lá, que é a pizza de batatas! É bem gostosa mesmo! Aprovamos! O nome do lugar é Buoni Le Pizze.

No dia seguinte, prometi ao meu marido (já que eu que tinha feito o roteiro e estava com ele nas mãos) que o dia seria menos “intenso” de visitas, já que estávamos um tanto cansados devido ao dia anterior.

Eu tinha posto a Casa de Pilatos no roteiro, mas esta ficava um tanto distante e como eu queria conhecer o Rio Gualdaquivir mais do que a Casa de Pilatos, fomos para a direção do Rio primeiro.

Andamos um bocado, mas dá pra ir à pé. Chegamos a Puente Isabel II, ficamos admirando o Rio Gualdaquivir e passamos a ponte para o outro lado, para conhecer um pouquinho de Triana. Triana é tradicionalmente associada aos ciganos, (dizem que é o berço do berço do flamenco), mas hoje é raro encontrá-los no bairro, que se tornou um dos locais mais exclusivos e caros da cidade. Andamos um pouquinho para dentro do bairro, passeando, e depois voltamos para andar pela Calle Betis. Andamos um pouquinho margeando o rio e depois voltamos para o outro lado dele, atravessando a ponte de novo. Seguimos em frente novamente e encontramos a Plaza de Toros (tiramos foto só por fora, pois para visitar por dentro, já tínhamos visitado a de Madrid e achamos que seria muito amor às toradas – o que não temos- visitar outra Plaza de Toros!) Seguimos em frente novamente e achamos a Torre Del Oro. Essa torre mourisca às margens do Rio Guadalquivir data do século 12 e já foi parte das muralhas que protegiam a cidade, tendo uma edificação gêmea na outra margem. Com a tomada de Sevilha pelos católicos, a torre passou a ter uma série de funções – capela e depósito, entre outras. Vimos só por fora também, já que dentro tinha um Museu Militar Naval e não ficamos muito interessados em pagar entrada para visitar. Seguimos novamente margeando o Rio e compramos uma granizada de limón numa barraquinha, para abrandar o calor. Estava ótima! Continuamos a andar passeando e resolvemos escolher algum restaurante para almoçar.

Como estávamos na dúvida de onde almoçar e não conseguíamos acessar a lista de restaurantes que eu tinha preparado previamente com dicas de restaurantes para ir, resolvemos voltar pelo caminho pelo qual tínhamos ido e olhar os restaurantes no meio do caminho. Achamos um simpático, com o nome Abacería, que ficava perto de outros igualmente simpáticos, porém esse foi o que o cardápio mais nos atraiu. Entramos e pedimos algumas tapas que estavam bem gostosas. Não nos arrependemos!

Seguimos passeando de volta para o hotel e fomos até a Alameda Hércules, que é um local, tipo uma praça, repleto de bares em volta, que à noite fervilha e de dia os locais passeiam com família e cachorros. Ficamos um pouquinho observando a vida local. Foi quando o meu marido traçou uma rota para um local que ele queria conhecer muito, um Aqueduto Romano em plena cidade (ou o que sobrou dele) e saímos andando para lugares não-turísticos de Sevilla (o que foi bom para conhecer mais da vida local). Após andar um bocado, chegamos ao Caños de Carmona (o aqueduto no meio da cidade, como se fosse um canteiro central) e tiramos várias fotos. Andamos mais um pouco e chegamos em outro pedaço de Aqueduto, que estava mais “acessível” na calçada de pedestres. Não tinha ninguém tirando fotos nem nenhum turista ou morador da cidade interessado nele... lamentamos, é interessante ficar imaginando como seria na época em que eles eram úteis! Meu marido soube deles através de um vídeo no Youtube que a pessoa que estava filmando a cidade estava num carro e o carro passou rapidamente pelo aqueduto... E ficamos curiosos! Para achá-los no Google Maps tivemos que achar a Igreja de San Benito, que fica próxima.

Após visitar os aquedutos, voltamos andando por algumas ruas estreitíssimas de Sevilla (que lembraram as ruas medievais de Toledo) e chegamos na Alameda Hércules de novo. Escolhemos um restaurante de massas chamado Pomodoro (que o Rodrigo lembrou dele, pois estava na minha lista de restaurantes recomendados, que eu “colhi” as informações através daqui do Mochileiros e de sites que eu li) e fomos lá provar. Nesse restaurante eu fiquei na mesa (a mesa é numerada), enquanto o meu marido enfrentou a fila do balcão e pediu nossas massas e deu o número da mesa. Ele pagou tudo, levou as bebidas e os talheres para a mesa. Quando a massa ficou pronta, o garçom levou direitinho para a nossa mesa. A massa estava muito gostosa, mas também é no melhor estilo “tapas”, ou seja, porções. Eu tinha pedido uma massa que tem recheio e achei a minha porção pequena, mas o Rodrigo pediu um tagliarini e a porção foi generosa. Eles não tem queijo parmesão nem azeite nem nada do tipo que você possa se servir na mesa, como teria aqui no Brasil, é a massa que foi pedida com o molho e pronto! No menu existem vários tipos de massa e pizza, mas como tínhamos comido pizza no dia anterior, e a pizza tinha mais cara de pão do que de pizza, resolvemos não arriscar.

Eu disse que a massa estava gostosa?! Pois é, voltamos ao hotel e eu sofri com uma cólica infernal e não sei se a culpa foi do jantar... mas não tive outros sintomas e achamos aquilo muito estranho. Dormi de cansaço, pois a cólica estava terrível mesmo após tomar remédio!

Enquanto estivemos em Sevilla, não conseguimos visitar alguns lugares como o Arquivo das Indias, a Casa de Pilatos, o Museo del Baile Flamenco ou as Muralhas de “La Macarena” (restos da muralha árabe que em tempos passados rodeavam a cidade que só descobrimos que existia, quando chegamos lá! Eu não tinha lido nada a respeito dessas muralhas quando estava pesquisando os pontos turísticos a serem visitados em Sevilla. Acho que é outro lugar que não se investe muito em turismo lá na cidade). Acho que se tivéssemos mais um dia, talvez seria o ideal para se visitar tudo o que queríamos... Mas o nosso turismo por Sevilla não foi de todo ruim, conseguimos aproveitar muito dentro de nossas limitações!

No dia seguinte era dia de ir a Granada!

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Continuando o relato... Estávamos indo para Granada!

 

Acordamos cedo, fechamos a conta no hotel, pedimos um táxi e fomos para a estação de trem novamente. Pegamos o trem para Granada. Esse trem não era o de alta velocidade, era chamado “média distância”, eu acho (não conseguimos comprar pelo site da Eurail quando fomos comprar, o de alta velocidade de Sevilla para Granada). Na verdade, o destino final nem era Granada, era outra cidade, mas o nosso destino era Granada (e no ticket estava escrito “Sevilla – Granada”).

Subimos com calma, colocamos nossas malas no compartimento com ajuda de um outro turista que falava inglês e fomos para o lado errado e nos deparamos com a primeira classe do trem, tudo muito espaçoso e bonito. Esse mesmo turista perguntou se ali era a primeira classe e respondemos que não sabíamos (mas devia ser). Fomos procurando o número dos nossos assentos e percebemos que era para o lado oposto, na classe econômica. E quem estava sentado na nossa poltrona?! O mesmo turista que nos ajudou e depois nos perguntou sobre o lugar (que estranho!). Falamos que ali era o nosso lugar e ele levantou envergonhado e foi para outro canto. Nesse trem, a questão de leitura do código de barras da passagem e funcionários para verificarem se tudo estava certo era mais deficiente. O trem era mais simples e a velocidade menor. Tinham pessoas sem malas no trem também, indo de uma cidade a outra.

Fiquei um pouco tensa, pois no início da viagem vimos pela televisãozinha que tinha um determinado número de cidades entre Sevilla e Granada. Mas de vez em quando, quando aparecia o trajeto de novo, parecia que algumas cidades tinham sido “acrescentadas” no trajeto. Na verdade, acho que elas sempre estavam lá, mas não estavam sendo mostradas (será que era porque essas cidades eram muito pequenas?!). E percebemos que o tempo de parada do trem para as pessoas descerem era bem curto e ficamos tensos para pegar as malas e descer do trem a tempo de tudo! E acho que por causa da tensão, a viagem pareceu interminável! E ainda tinha um casal falando em português próximo a gente sobre aluguel e venda de imóveis e o assunto estava bem chato! No trem também tinha banheiros, máquina de salgadinhos e de refrigerante. Legal!

Assim que no visor apareceu o nome Granada, várias pessoas (o trem quase todo) se levantaram para descer e assim o fizemos também. Pegamos nossas malas e ficamos próximos a porta. Assim que a porta abriu, deu tempo de descer até com calma!

Saímos da estação de trem e tinha uma fila de táxis com os turistas que saíram primeiro já embarcando. Nos dirigimos para o final da fila e o último estava lá na curva, com um caminho de paralelepípedo, o que dificultou eu carregar minha mala. Assim que chegamos, percebemos que só tinha mais uns 2 táxis nessa fila e gente chegando para embarcar. O taxista do táxi que pegamos ficou reclamando que tínhamos que esperar a fila andar e o taxi chegar na porta da estação para a gente embarcar... mas se fizéssemos isso, com certeza perderíamos o nosso lugar e outros iriam embarcar. Saímos em direção ao hotel e ainda ficou gente na porta da estação esperando novos táxis chegarem.

Como era domingo, 15h da tarde, as ruas estavam meio vazias... Chegamos no hotel que fica numa rua meio estreitinha, mas cheia de restaurantes árabes e gente falando árabe nas ruas (achei o máximo, me senti no verdadeiro reduto mouro da Espanha). O táxi não foi caro, mas não me lembro o valor certinho... Chegando na porta do hotel, a porta estava fechada (talvez porque fosse domingo), tocamos a campainha e tivemos que esperar. Essa espera me deixou meio irritada, que se desfez com o atendimento da funcionária, que foi muuuito simpática. Ao subir para o quarto, nos deparamos com um quarto melhor do que o das fotos que vimos na internet e ficamos muito felizes! Tinha até uma porta que dava para uma sacada, que dava para ver Alhambra. E eu tive outro fricote ao ver Alhambra pela primeira vez, assim, ao vivo!

Descemos e fomos almoçar. Perguntamos para a funcionária do hotel onde trocar o ingresso que compramos para visitar a Alhambra no dia seguinte e ela explicou onde ficava a lojinha (que eu acho que era oficial da Alhambra) que tinha uma funcionária que podia ajudar. Fomos andando até lá e olhando os restaurantes árabes pelo meio do caminho. Eu queria entrar em todos, mas meu marido ficou meio receoso com a cara de alguns. E tinha uns que nem eu queria entrar, que tinha uma cara de fast food podrão... Achamos um Subway no meio do caminho e resolvemos entrar. Nos deparamos com uma foto do Pelé e um Subway muito parecido com o que tem aqui e resolvemos almoçar lá mesmo. Só que tinham quatro pessoas fazendo seus pedidos que estavam muuuuito enroladas. Pelo que eu entendi, eram senegaleses e estavam injuriados que a atendente não falava nem inglês e nem francês (e eles falavam muito mal o espanhol) e estavam pedindo vários sanduíches com vários ingredientes e depois desistiam daqueles ingredientes e pediam outros, deixando a atendente maluquinha! E ainda a tratavam como se eles fossem muito superiores a ela... ficamos esperando o maior tempão para conseguir pedir. Outros clientes que estavam na fila atrás de nós desistiram e foram embora enquanto os quatro estavam fazendo a confusão! Assim que fomos pedir, a atendente, talvez com medo de que fossemos igualmente confusos, falou para a gente ir pensando com calma nos ingredientes! Pedimos nossos sanduíches rapidamente e comemos com calma. Seguimos para a lojinha e encontramos uma máquina de troca de ticket e nem precisamos recorrer a ajuda da funcionária da loja. Era só inserir o cartão de crédito com o qual foi feita a compra pela internet do ingresso, selecionar o item para a “troca” do ingresso e a máquina o imprime. Fácil, fácil!

Bem, aí vem um capítulo à parte: Como o cartão de crédito do Rodrigo tinha sido roubado e bloqueamos, mas depois o recuperamos, resolvemos testar usando o mesmo (afinal, o ingresso já tinha sido pago e só precisava do chip do cartão para trocar pelo ingresso na máquina) e deu certo! Mas quando ele foi roubado, não sabíamos que íamos recuperá-lo e que tudo ia terminar bem, então tentamos comprar, pela internet, novos ingressos (no dia que chegamos e fomos roubados mesmo) com o meu cartão, mas já não tinha mais o horário pela manhã, que queríamos, e tivemos que comprar o de 18h. Diante disso, fomos até a funcionária da lojinha e perguntamos o que poderíamos fazer com o ingresso que compramos a mais. Ela explicou que teríamos que imprimi-lo elevá-lo na Alhambra, e com o ingresso na mão, poderíamos ir até a bilheteria a cancelar ele. Como era só pra noite do dia seguinte, ainda haveria tempo de cancelar. Mas tínhamos que estar com o bilhete nas mãos. De quebra, ela me deu um folheto explicativo e com mapa de Alhambra, a que tínhamos direito. Explicou também onde que teríamos que pegar o ônibus C3 (na Plaza Isabel La Católica) que subiria até lá. Seguimos a explicação e subimos até a Alhambra e decidimos que no dia seguinte também usaríamos o ônibus, já que a subida é cruel! Pena que o ônibus na verdade é um mini-ônibus e ele sobe e desce lotado quase sempre!

Chegamos na bilheteria e tivemos que explicar a nossa história várias vezes para pessoas diferentes, até nos indicarem uma portinha meio escondida (que estava escrito que era para guias turísticos pegarem as credenciais) onde poderíamos cancelar a entrada. Explicamos a situação novamente para a funcionária e a mesma pegou os meus dados (nome, telefone e e-mail, só!) e falou que em 15 dias eu iria receber um e-mail com o cancelamento e ia ter a devolução do dinheiro na fatura do meu cartão de crédito. E descemos de ônibus de novo para a parte da cidade onde estávamos hospedados.

Eu fiquei encantada com a resolução de tudo! Primeiro eu achei que tínhamos perdido o dinheiro (e as entradas) que tínhamos comprado com o cartão de crédito que tinha sido roubado. Depois achei que tínhamos perdido o dinheiro do que compramos com o meu cartão (na minha cabeça era certo que era um dinheiro perdido já!) e depois veio a esperança de receber o dinheiro de volta! Quase não acreditei! No dia seguinte recebi o e-mail de cancelamento e em menos de 15 dias apareceu a devolução do dinheiro na minha fatura. Nesse caso eu recebi menos do que paguei (porque a cotação do Euro que eles usam na compra é a cotação do dia que fecha a fatura e a cotação da devolução que eles usam, é a do dia da devolução... e nisso sempre tem uma diferença de cotação!), mas pelo menos foi muito menos do que eu achei que ia perder!

E por favor gente, comprem com antecedência a entrada para Alhambra, pois ouvimos um senhor reclamar na lojinha que estava tentando comprar as entradas assim que ele chegou na cidade, para o dia seguinte, mas só tinha pra 2 dias depois!

Passeamos um pouquinho pela cidade, que a essa hora já estava um pouco mais movimentada. E fomos procurar um restaurante para jantar... Mas ficamos tão indecisos (os restaurantes que eu achava legais, o Rodrigo não gostava muito) que ficamos horas andando de um lado para o outro e ficamos cansados. Voltamos para o hotel e pedimos ajuda sobre qual restaurante eles recomendariam e o funcionário (que agora era outro) recomendou alguns. Não gostamos muito da cara de alguns restaurantes que o funcionário tinha recomendado (era no mesmo estilo de “tapas” e ficar em pé no balcão e queríamos nos sentar!) e acabamos entrando em um restaurante árabe que estava recomendado por outras pessoas aqui no Mochileiros e em blogs pela internet também. Não é um restaurante lá muito barato, mas a decoração é muito bacana, com música árabe e o garçom foi muito simpático... Não no primeiro momento, já que tinha falado que já ia fechar e só nos aceitava como clientes, se fôssemos pedir algo rápido! Mas depois ele ouviu a gente conversando entre a gente mesmo e perguntou se éramos brasileiros, falou que tinha amigos brasileiros e puxou um pouco de conversa (e aí sim foi simpático). O nome do restaurante é Sultan. Já sabíamos o que íamos pedir, pois já tínhamos olhado o cardápio na porta e realmente pedimos muito rápido, como o garçom tinha sugerido de forma tão delicada! E a comida realmente é deliciosa lá! Mas o tempero estava um pouco mais picante do que estamos acostumados!

Voltamos para o hotel e descansamos, pois no dia seguinte era dia de acordar cedo para ir para Alhambra! Ficamos no hotel Posada Del Toro. Não lembro muito bem como fomos parar nele e como o selecionamos no Booking e no Tripadvisor. O hotel é simples, mas bem bacana e muito bem localizado! Todos os funcionários eram bem simpáticos. O quarto nos surpreendeu, achamos melhor do que nas fotos, mas o café da manhã era bem fraquinho... Mas básico, dava para se sustentar até o almoço!

No dia seguinte acordamos cedo e rumamos para Alhambra pelo mesmo ônibus do dia anterior, só que mais cheio, com aluno de escola e tudo! (me senti de volta aos ônibus cheios do Rio de Janeiro!). Chegando lá em cima, entramos e fomos seguindo as placas com as indicações dos lugares a serem visitados. Como várias pessoas já explicaram por aqui (mas não custa repetir), o lugar que tem horário fixo para visitar dentro de Alhambra são os Palacios Nazaries. Nesse, de qualquer jeito você tem que estar na porta deles no horário estipulado senão perde o dinheiro da visita. Os demais lugares você pode visitar em qualquer horário, sendo que na maioria tem um funcionário com um leitor de código de barras que lê o seu ticket e você só pode entrar naquele local uma vez (mas pode se demorar o tempo que for lá dentro). Chegamos por volta das 9h (escolhemos 11h para os Palácios Nazaries) e fomos para o Generalife. São jardins fabulosos, encantadores! Seguimos o passeio com tempo normal, andando sem ser muito apressado e admirando tudo!

Após o Generalife, seguimos para a Alcazaba, que é a parte que tem as torres, a “defesa” do lugar. Visitamos tudo, tiramos muitas fotos e ajudamos outros turistas a tirarem fotos também. Saímos e achamos o Palácio Carlos V. Tiramos mais fotos (achei que teria mais coisas para se ver lá dentro, mas a visita foi realmente rápida), saímos e faltava alguns minutos para a nossa hora nos Palácios Nazaries. Deu tempo de um pit stop no banheiro, comer um salgadinho e seguir adiante.

A visita aos Palácios Nazaries é indescritível... Eu ficaria horas e horas lá dentro tentando registrar cada detalhe. E a cada momento que olhamos, focamos em detalhes diferentes... Muito lindo. Ao sair, ainda vimos alguns jardins com fontes, tiramos mais fotos e decidimos que tínhamos que almoçar e descansar. Saímos da Alhambra (eu meio a contragosto, queria visitar mais e mais!) e decidimos comer em um restaurante ali do lado, mesmo que fosse mais caro (mas eles são tão bonitos!). Comemos no Restaurante La Mimbre (o preço não foi dos mais baratos, mas a comida estava divina!). O Rodrigo pediu um salmão que vinha com legumes e eu um omelete de batatas e presunto e dividimos tudo!

Perguntamos para o garçom (muito simpático), como poderíamos fazer para visitar o Mirador San Nicolás e o mesmo indicou voltamos para perto da Plaza Isabel La Catolica e pegar o ônibus C4, já que a subida era cansativa. Após o almoço, descemos para a Plaza, mas termos dificuldades em achar o ônibus, resolvemos dar um pulinho no hotel primeiro. E aproveitamos que estávamos no hotel, cansados de andar muito, e tiramos um cochilinho!

Ao acordarmos, descemos e perguntamos para o funcionário do hotel onde exatamente pegávamos o ônibus C4. Ele nos indicou como subir à pé (era só pegar a rua íngreme que ficava praticamente em frente ao hotel e subir e subir e subir. Se tivéssemos dúvidas, era pra pegar à esquerda, sempre esquerda.... Até chegar em uma farmácia, que era onde viraríamos à direita) ele garantiu que a subida não era tão ruim assim. E para descer, era só ir margeando o Rio Darro e passa pelo Paseo de lós Tristes (que tem esse nome porque as pessoas que passam por ele estão “deixando” Alhambra pra trás) e chegar na Plaza Nueva, que ficava perto do hotel. E resolvemos subir à pé mesmo... Mas vou lhes contar: Que subidinha filha da mãe! Por vários momentos tive que parar pra tomar um ar antes de retomar a subida! Chegamos em um ponto que o Rodrigo achou estranho e eu reconheci que já o tinha visto no Google Steet View. Não tinha farmácia e nem nada que pudesse indicar que ali era o lugar que viraríamos à direita, mas fomos olhar o mapa e era o próprio... se o Rodrigo não estivesse com seu “desconfiômetro” ligado, iríamos continuar virando à esquerda e ir parar sei lá onde!

Quando você perceber que todas as ruas têm nome de Maria, desconfie que está chegando perto do Mirador!

Chegamos no Mirador e realmente a vista de lá é linda! Dá pra ver Alhambra com toda sua imponência! E conseguimos ir bem no momento final-da-tarde-pôr-do-sol! Mas o chato é que após chegarmos e tirarmos algumas fotos, o lugar foi enchendo de turistas (não sei de onde veio tanta gente!) e foi difícil continuar lá!

Resolvemos voltar e fomos descendo. Em alguns momentos achávamos que tínhamos pegado ruas erradas, mas olhávamos no mapa e confirmávamos!

Passamos por alguns museus, mas não entramos, pois já estava na hora de fechar. Passamos por um carro de um cara com muito jeito de cigano tocando uma Rumba Flamenca nas alturas (o que aqui no Rio de Janeiro seria um Funk nas alturas!) e achei o máximo!

Foi nessa descida também, com calçadas superestreitas, que quase levei o maior tombo e quase caí na frente de um carro que, por sorte estava parado! E olha que eu estava de tênis! Ao tropeçar, para não cair, dei um pulo todo desconcertado na frente do carro e acho que dei susto no motorista!

Passamos pelo Paseo de los Trisres e pelo Rio Darro e chegamos na Plaza Nueva e qual não foi minha surpresa ao nos depararmos com um espetáculo de rua de dança Flamenca?! Achei o máximo!!! Em Sevilla, onde eu achei que teria dança aos montes, eu não vi unzinho sequer e aqui em Granada estava lá, dois bailaores (um casal), uma cantaora e um guitarrista. Lindos! Lindos! Lindos! Assisti tudo com gosto, gritando Olé e aplaudindo até o intervalo. E na hora do intervalo, seguimos em frente para jantar, pois estávamos com fome.

Resolvemos seguir uma sugestão do funcionário do hotel (que nos foi dada na noite anterior) e fomos jantar em um bar de tapas chamado Los Diamantes (que também tinha boas referências no Tripadvisor). O meu marido estava morrendo de vontade de comer camarão e pedimos um prato com umas iscas de peixe + camarão e um outro prato que são umas berinjelas fritas que ficam muito parecidas com batata frita. Não sentamos porque não tinha cadeira pra todo mundo. Ficamos em pé em um balcão lateral. Esse bar é famoso pois as pessoas pedem as bebidas e “ganham” um prato de tapas à escolha do próprio bar. Mas nós resolvemos nessa noite não beber e escolher nossa própria comida! Assim que eu comecei a comer, fui me sentindo mal, com sensação de queda de pressão. Fui para o banheiro para lavar o rosto e ver se “tomava um ar” quando de repente a comida voltou toda! A comida não estava ruim e não sei o que aconteceu, se era muita fritura de uma vez só ou se o tempero que não caiu bem... Mas sei que dali fomos embora e com o Rodrigo preocupado comigo... Mas fiquei bem depois que botei tudo pra fora! E já estávamos saturados das tapas na Espanha!

Fomos descansar porque no dia seguinte iríamos conhecer outros pontos turísticos em Granada!

  • Amei! 1
  • 2 semanas depois...
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No dia seguinte acordamos e seguimos para a Catedral de Granada. Achei essa Catedral mais clara do que as outras e acho que por isso gostei mais dela. Nós custamos um pouco a achar a entrada, pois quando andamos, através das indicações do mapa, achamos a Catedral, mas primeiramente achamos a saída (alguns turistas estavam saindo por ali) e a entrada ficava pelo outro lado. Como sempre, ficam alguns pedintes na porta... Continuamos, seguimos as indicações do mapa e com um pouco de custo encontramos a Plaza de Bib-Rambla, que não é nenhuma praça que as pessoas comentem que visitaram, mas para mim foi muito importante, pois li um livro que conta a história da guerra civil espanhola, e a história era centrada nessa praça. Fiquei muito feliz em conhecê-la! Seguimos novamente pelo mapa e com muito custo novamente encontramos a Alcaiceria. Não achei nada de mais... Só é um pouquinho interessante em conhecer... Mas muito apertado e com muitas lojas que já perderam a essência da Alcaiceria e mais parece um shopping com muitos produtos chineses! Vimos muitas lojas vendendo ervas para chá e achei muito interessante!

Andando por ali pelas redondezas, sem querer encontramos o “Corral del Carbón”. Tem uma placa na frente explicando que é isso, mas na verdade não explicava muito... Não sabíamos do que se tratava e olhamos só superficialmente (não entramos) e tiramos várias fotos, pois a arquitetura é linda! Estava meio vazio, o que nos deixou na incerteza se poderíamos entrar também. Depois pesquisamos e descobrimos que é da época nazaríe e servia de armazém de mercadorias para vender ali mesmo e também para abrigar os vendedores que passavam pela cidade. Mais tarde no século XVI, os cristãos adaptaram para representações teatrais.

Voltamos para a Plaza Bib-Rambla e almoçamos no Bistrot Granada, um hambúrguer gourmet, bem gostoso! Nesse momento estava um vento, como se fosse virar o tempo... E nós ficamos na praça observando os turistas passarem em fila, junto com seu guia, ou sozinhos ou em pares.

Por ali por perto também vimos uma feira e procuramos um mercadinho para comprar sabonete, pois os que tínhamos levado, por um erro de conta, acabou antes da hora! E em Barcelona, nosso próximo destino, talvez os preços fossem bem mais caros.

Em seguida, nos embrenhamos pela cidade e fomos parar no Parque Garcia Lorca, um parque um pouco distante, de entrada gratuita, que eu li relatos de blogs pessoas que moravam em Granada e que gostavam muito desse parque. Vimos a parte da cidade mais “moderna” e diferente do que vimos nas proximidades de Alhambra. Esse parque não é muito grande e é bem simples. Tinha somente alguns moradores locais passeando na hora que fomos, mas também, não fomos em um horário que poderia ter bastante gente, como por exemplo no final da tarde. A atração principal do parque são as flores e acho que principalmente as rosas. Os canteiros são bem arrumados, de forma que formem desenhos muito bonitos.

Voltamos para as proximidades do hotel com direito a passada em loja que vende artigos de dança flamenca (mas tudo muito caro!). O meu marido ficou falando que tínhamos que ir numa apresentação de dança Flamenca em Granada também (ei, peraí, essa fala tinha que ser minha!) e eu preocupada em ele descansar, pois ele ainda estava se sentindo bem sem energia por causa da gripe/sinusite. Eu estava me dando por satisfeita em ter assistido aquela apresentação de rua na Plaza Nueva. Mas ele me convenceu e fomos em uma apresentação em um local perto do hotel, chamado La Alboreá. Ficamos preocupados pois não reservamos nada antecipado. Mas como chegamos cedo, ainda encontramos lugares disponíveis. O casal de bailaores que se apresentaram, a cantaora e o guitarrista são muito bons também (mas ainda achei os de Sevilla melhores!) e pelo nome deles, parecem que são todos da mesma família! Saí novamente extasiada por ter assistido tanta pasión com alma flamenca e voltamos para o hotel para descansar. Primeiro fomos lanchar e decidimos que seria pizza. Andamos para lá e para cá procurando uma boa pizza e resolvemos ficar numas mesas, numa praça (Plaza Romanilla) perto da catedral com uma estátua diferente de um homem com um burrinho, e nos sentamos nas mesinhas de um restaurante chamado El Aguador. O garçom foi muuuuito simpático e a pizza estava muito gostosa! Só nos arrependemos do lugar onde sentamos que tinha perto uma mesa com quatro senhoras que fumavam acendendo um cigarro atrás do outro, estavam feito chaminé!

Bem, no dia seguinte, era dia de rumar para Barcelona!

 

Para viajar para Barcelona, vimos que de trem levaria por volta de 8h de viagem. O Rodrigo comparou com o avião, que levaria somente por volta de 2h de viagem e o preço era muuuito parecido e comprou as passagens de avião. O chato de se ir de avião é que geralmente os aeroportos são numa parte mais afastada da cidade. Acordamos bem cedo e não conseguimos tomar o café da manhã do hotel (só consegui “roubar” uns pãeszinhos com recheio de chocolate que eram embalados individualmente), fechamos a conta do hotel e pedimos um taxi. Fomos para o aeroporto, mas o táxi foi bem caro, tipo mais de 30 Euros. Neste momento nos arrependemos de ter ido de avião!

Entramos no aeroporto e ficamos meio perdidos em onde fazer o check in, o aeroporto não era bem sinalizado. Entramos em uma fila de check in para Madrid sem querer e atrás do que parecia uma delegação de jogadores de basquete (se eu não me engano da Austrália) e eu fiquei muito nervosa em perder o voo. Percebemos que estávamos na fila errada quando alguém do guichê gritou Barcelona e nós corremos para a fila do lado, que estava minúscula. Fizemos o check in e fomos para uma cafeteria tomar o café da manhã com os pãeszinhos roubados.

Sofremos naquela espera normal de aeroportos até embarcar em um aviãozinho da Vueling, parceira da Iberia, por onde voamos. Não sei o porquê mas nos colocaram em poltronas separadas e pedimos para a senhora que iria sentar entre nós para trocar de lugar e ela adorou, pois não queria sentar no meio, queria a ponta do corredor mesmo! Ela seguiu trabalhando em seu laptop e nós cochilando em nossos lugares.

Ao desembarcar em Barcelona nos deparamos com um aeroporto imenso de cidade grande novamente. Seguimos procurando uma saída ou alguma informação que pudéssemos chegar no centro da cidade e perguntamos em um balcão de informação como chegar ao metrô. Foi quando a atendente, bem simpática, nos informou que existia o Aerobús e por ele poderíamos chegar muito mais perto do hotel, sem ter que trocar de linha de metrô (ele iria quase que direto, com poucas paradas). O preço era por volta de 6 Euros. Ela nos indicou onde teríamos que descer (na Plaza Catalunya) e onde teríamos que pegar esse Aerobús. Como estávamos traumatizados com a história do metrô de Madrid, resolvemos pegar esse ônibus mesmo. E realmente foi muito prático! Compramos os tickets na máquina, subimos no ônibus, colocamos as malas em um compartimento próprio dentro do ônibus e sentamos e olhamos tudo pela janelinha. Ele fez algumas paradas antes de chegar na Plaza Catalunya, a nossa parada, que era a última.

Pegamos nossas malas, descemos do ônibus e ficamos tentando nos encontrar e saber como faríamos para chegar no hostel. Perguntamos a um jornaleiro como fazer pra chegar lá e ele nos indicou e disse que teríamos que andar sete quarteirões. Ahn... ele disse sete?! Resolvemos pegar um táxi, pois estávamos com as malas que nesse momento já pesavam mais do que quando saímos de casa com elas, mas o taxista não quis nos levar e falou que andando, era rapidinho. Resolvemos ir à pé, já que não tinha jeito!

A cidade é enorme, com gente de tudo quanto é tipo e nacionalidade e acho que tive um choque cultural pois estávamos saindo de uma cidade menor e pacata para essa loucura de cidade. Minha primeira reação foi não gostar e me sentir oprimida... mas depois até que eu gostei de lá, sim!

Pegamos as Ramblas e seguimos puxamos nossas malas... E lá é cheio de turista puxando suas malas, portanto não nos sentimos sozinhos! Hehehe. O problema é que o chão não colabora muito e a mala não desliza muito bem... Pior que isso, só se o chão fosse de pedras portuguesas!

No meio do caminho a roda da minha mala prendeu em um buraco e ela caiu, entortando a alça. E eu fiquei com uma verdadeira mala sem alça para carregar! Pìor que isso, só dois disso!

Seguimos em frente, sem dar tempo para o cérebro registrar que estávamos em sofrimento! E chegamos na rua do hostel, finalmente. E acho que nós realmente andamos uns sete quarteirões! Achei que caminhamos uma eternidade... Mas a primeira impressão de quando se chega a um lugar é sempre assim mesmo... depois, caminhar sem as malas para cá e para lá nas Ramblas foi fácil!

Chegamos no Hostal e fomos bem atendidos. O quarto era bem simples e a janela dava para uma parede. Descemos para almoçar e, adivinha?! Achamos um Burguer King perto e foi para lá que nós fomos!

Ficamos no Hostel Fernando, que foi muito bem recomendado aqui no Mochileiros e não nos arrependemos. É simples, mas mais barato do que todos os hotéis de duas e três estrelas que pesquisamos pela internet.

A cidade estava cheia de bandeiras da Catalunha e estava ouriçada com o plebiscito da Escócia, que abria precedentes para eles pedirem a separação da Catalunha da Espanha também.

Almoçamos e seguimos para o Parc Guell, pois como a cidade tem muuuita coisa para se ver, comprei o ingresso pela internet para esse mesmo dia para as 16h, para dar tempo de chegarmos e irmos para lá... Mas depois eu meio que me arrependi, pois estávamos bem cansados da viagem, mesmo que essa tenha sido curta!

Perguntamos no hostel e eles nos informaram onde poderíamos pegar o ônibus para ir para lá (era perto da Plaza Catalunya). Antes, entramos em uma estação de metrô mais próxima e compramos um bilhete (como nos foi recomendado pelo staff do hostel). O bilhete de 10 viagens serve para o casal e ele dá direito a andar de metrô e ônibus também. Fomos para o ponto de ônibus e achamos que ele iria parar ali de qualquer forma e não fizemos sinal. Uma velhinha que estava no ponto fez o sinal em cima da hora e o motorista acabou parando um pouco longe. A velhinha ficou reclamando do motorista e o motorista reclamando da velhinha! Me senti como no Rio de Janeiro de volta! Foi aí que descobrimos que temos que fazer sinal para o ônibus, mesmo na Espanha! Se não me engano, o número do ônibus é 24.

Achei que o trajeto demorou um bom bocado, vimos alguns turistas que também queriam chegar lá descerem antes da hora porque tinham visto uma placa apontando o parque, mas na verdade a placa estava só indicando a direção.

E quando o ônibus subiu, subiu subiu e subiu, eu sabia que estava no caminho certo. Mas achei que poderia ser melhor explicado. Nós só sabemos onde teríamos que saltar do ônibus porque uns dois rapazes orientais ficaram falando que era ali e desceram e nós descemos atrás (e parecia não ter mais nenhum turista dentro do ônibus!)

Encontramos então, ao atravessar a rua, uma das entradas do parque. Na bilheteria as pessoas não conseguiam comprar mais as entradas para a parte restrita do parque para aquele mesmo dia. Pedimos informação e o rapaz nos explicou como chegar nessa parte mais restrita, entrando por onde entramos (e quando imprimimos as entradas, junto tinha um mapa do parque, o que facilitou bastante).

Seguimos (já estava perto da hora de entrar) e pegamos a fila para a entrada da área restrita. Estava um sol de rachar, mas nós não estávamos com roupas adequadas, pois tínhamos viajado de avião com um ar condicionado potente no mesmo dia e quando descemos, soubemos que tinha acabado de chover, então ficamos receosos de colocar roupas mais frescas!

O parque é realmente muito bonito e fiquei encantada com a genialidade de Gaudi. Só passamos por algumas situações meio estranhas, como a turista que queria tirar foto da paisagem, e ficou brigando com os outros turistas (que estavam tirando suas fotos e passeando também) que estava saindo na foto sem querer. Gente estranha!

Passeamos pelo parque todo e voltamos, cansados, para o hotel pelo mesmo ônibus. O ônibus da volta já tinha uma gravação e uma telinha falando o nome dos lugares das paradas (que o da ida não tinha). O mais legal é que o ônibus não tem catraca e as pessoas entram e colocam seus tickets de passagem na maquininha sem problemas! Só vi uma vez uma moça entrar pela porta de trás do ônibus e o motorista ficou reclamando até não poder mais, mas parou no mesmo momento em que ela foi para a maquininha e validou seu ticket. Aqui no Brasil essas coisas não iam dar certo... triste, triste...

Fomos jantar em seguida e o Rodrigo, meu marido, pesquisou um restaurante mexicano, relativamente perto do hotel, para irmos, já que estávamos cansados de hambúrguer e pizza (mas cidades pequenas não tem tantas opções e agora estávamos em cidade grande!). Fomos no Rosa Del Raval. O restaurante é decorado todo com temática mexicana e gostamos muito. A comida estava muito gostosa e o atendimento foi bom. Só achamos engraçado, pois as garçonetes estavam como que forçando a gente a falar inglês, enquanto queríamos falar em espanhol (e elas faziam cara de quem não entendia nada, quando falávamos em espanhol!)

 

Voltamos para o hostel em seguida para descansarmos, pois os dias em Barcelona tendem a ser cheios!

  • Hahahaha! 1

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