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Chile: do deserto à Patagonia em 21 dias (Relato finalizado)


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O Salar de Tara é um pedaço de um dia inteiro fazendo um rally a 5000msnm pelo deserto. É um conjunto de novas experiências e surpresas. E, até o final deste post provaremos que este é o melhor e mais sensacional passeio no Deserto do Atacama, quee você terá que reservar cerca de $ 42000 (R$ 168,00) para fazê-lo, pois, como é um tour quase privado, precisa de reserva e somente quando tem 4 interessados sai uma 4x4. Nossa dica é, assim que chegar a San Pedro, já reserve e diga que está interessado em fazer, assim a agencia já diz uma previsão de saída do tour. É caro? Sim. Por isso feche junto com os outros passeios do Atacama e barganhe um desconto. Este tour, fizemos com a Atacama Connection, com o guia Pedro, muito bom e especialista em Salar de Tara, segundo ele, o passeio que ele mais gosta de fazer e levar os turistas.

 

Saindo as 9am de San Pedro, começamos a subir pelo altiplano chileno. Paramos na base do vulcão Licancabur e tomamos um lanche: biscoitos e chá de coca. Importantíssimo para agüentar até o almoço e para enfrentar a altitude. A esta altura, 3750msnm, encontramos uma planta bem característica, como se fosse uma minúscula couve-flor bem verde, que ao esfregá-la na mão e depois aspirar o seu odor (não muito ruim), parece que seu pulmão foi triplicado de tamanho, e a assim a altitude não incomoda.

 

Saindo da estrada internacional que liga o Chile a Argentina e Bolívia, entramos no Salar de Pujsa, nossa primeira parada e início da orientação por montanhas e horizontes, porque não tem marcas de estrada ou rodovia pelo deserto. Pujsa é um lugar que beira o nada se não fosse um lugar livre para milhares de flamingos e vicunhas se alimentarem. Neste Salar é o primeiro contato com o sal bem granulado numa imensidão contável.

 

Ganhamos altura e a vegetação vai ficando cada vez mais rasteira. Chegar aos quase 4600msnm é algo inacreditável, mas a paisagem de lagos congelados em meio de rochas, e ver uma pequena nascente de água doce nos trazem uma sensação de nada. Enfim, você está no deserto. Não deixe de tirar uma foto em cima do lago, mas cuidado, pise bem firme para saber se o gelo realmente está duro. Todo redor foi construído pela ação do vento, que a 4600msnm castiga, levando a sensação térmica por volta dos 0ºC.

 

Alguns quilômetros dali, no meio do deserto, alcançamos os ‘Monges de la Pucana’, paredões isolados de 25m de rocha esculpidos pelo vento, e com forma de monges que guardam um local. O impressionante é pensar, imaginar ou tentar saber como estão ali, como se equilibram, como foram feitos. A solução para tudo isso é usar a imaginação.

 

Depois de umas descidas e subidas imitando Genipabu, o carro para. O vazio é absoluto e nos perguntamos porque paramos ali. O guia pede que olhássemos para baixo. Diversas, milhares de pedras de cor negra estão pelo chão e o areia não existe mais. Estamos num campo de pedras preciosas, o perfeito souvenir deste valioso vazio. Por fora uma pedra áspera, negra e sem graça, então, experimente pegar uma na mão e jogar contra a outra. Ela se quebra, e dentro uma pedra sem cor igual, lisa e preciosa; todos queriam encontrar 2 ou 3 diferentes para trazer de souvenir.

 

Na entrada do Salar de Tara, a mais ou menos 4200msnm montamos nosso almoço. Mesa, toalhas e um almoço frio com pão, snacks, atum, tomate, palta (abacate), alface, cenoura ralada e de sobremesa morangos em conserva com creme. É um almoço selvagem, caso queria comer mais, não se esqueça de levar alguma coisa adicional. Não conseguimos comer muito, a altitude limita o estomago.

 

Depois do almoço era hora de perder o fôlego mais uma vez. Entramos em Tara e suas catedrais nos dão as boas-vindas. Enormes paredões de formação geológica, que lembram castelos, é a entrada para um lugar de paisagem colorida, montanhosa, com um raso lago de água azul-piscina, vegetação rasteira e um solo branco de sal. No lago, bando de llamas estão bebendo água ou descansando, aproveite para tirar fotos do contraste que existe ali.

 

É um passeio que temos sensações e momentos de reflexão únicos. Mesmo aquela hora que você está no carro, indo de um lugar para outro, sua mente retoma as paisagens e literalmente viajamos pelo pensamento infinito. É a verdadeira sensação de estar no meio de um nada, um deserto.

 

Mais fotos: http://picasaweb.google.com.br/fhmartins/13SalarDeTara?feat=directlink

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Saudades do Brasil? Temos uma solução paliativa. O 'Casa de Piedra' não é um restaurante brasileiro, está longe disto, mas traz um item no cardápio que lembra muito nosso prato básico: o arroz com feijão. Também, não é um restaurante caro, os pratos giram em torno de $ 6000 (R$ 24,00) e são bem servidos para 1 pessoa.

 

Como o próprio nome diz, uma arquitetura feita de grandes pedras e um ambiente acolhedor com 2 salões, o primeiro que dá acesso à rua e outro ao fundo mais informal, ambos com aquecimento por uma fogueira a lenha bem colocada na padere lateral. Considerado como um dos mais típicos restaurantes atacamenhos, o 'Casa de Piedra' mescla a cultura regional com as famosas 'parrilhadas', churrascos com cortes especiais feitos na brasa, uma característica no cone sul.

 

Mas não foram os suculentos pedaços de carne, as massas e os pratos regionais que atraíram nossa atenção, e sim um item escrito no cardápio na porta: Chilli con carne. Aí pensamos, será que podemos pedir uma porção de arroz e fazer uma feijoada cover? Sim, podemos.

 

O couvert, um pão sovado bem quente acompanhando a famosa mistura de tomate e ají, e lembre-se, se quer uma manteiga, peça, pois eles não tem costume de trazê-la à mesa.

 

O prato principal, o tal do 'Chilli com carne' veio à altura. Uma combuca de barro traz o feijão preto bem denso e não estava picante por causa do Chilli. Os pequenos pedaços de carne dentro estavam macios e cortados em quadrados de 1 ou 2cm. O arroz, para 2 pessoas e bem solto, acompanhou para fazer e lembrar o Brasil.

 

E uma curiosidade para quem gosta de Fanta Laranja: este refrigerante no Chile é mais gostoso, pois tem mais xarope que no Brasil. Vale experimentar.

 

Recomendamos ao garçom que se algum brasileiro estiver no restaurante e pedir uma sugestão, que ele sugira esta. Com certeza, vai arrancar elogios e muito mais clientes brasileiros.

 

SERVIÇO:

Restaurante Casa de Piedra

http://www.sanpedroatacama.com/r-casadepiedra.htm

Caracoles 225 - San Pedro de Atacama - Chile

Fone: +56 55 851271

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Antes da matéria completa sobre o Salar de Uyuni, colocamos aqui todas as informações para quem quer ir e conhecer a maior superfície plana de sal do mundo. Existem 2 excelentes empresas que fazem este tour de 3 ou 4 dias, e escolhemos a Cordillera Traveller depois de muita pesquisa no fórum Mochileiros, blogs e comentários em sites. O preço deles é ligeramente mais caro, mas compensou cada momento de tranquilidade por não ter problemas com hospedagem nos refúgios e alimentação.

 

A) Preços de baixa temporada na Cordillera, com tudo incluso (hospedagem, alimentação, guia, carro)

- 3 dias / 2 noites: US$ 120 (Saída de San Pedro de Atacama, Chegada em Uyuni ou Saída Uyuni, Chegada em San Pedro de Atacama)

- 4 dias / 3 noites: US$ 150 (Saída e Chegada em San Pedro de Atacama - Chile)

 

Independente de onde você está saindo, Uyuni ou San Pedro, faz-se o mesmo tour. O que muda é a ordem dos lugares que passamos, isto é, para quem sai de Uyuni é o inverso de quem sai de San Pedro. Ex: quem sai de San Pedro conhece o Salar de Uyuni no terceiro dia, e quem sai de Uyuni conhece o salar no primeiro. Toda orientação deste preview, que escrevemos, é na ordem de quem sai de San Pedro, pois fizemos o tour de 4 dias (saimos e voltamos para o Chile).

 

B) Refúgios: muito bem estruturados, melhor que muito hostels. Uma curiosidade: o clima é tão seco e frio que eles guardam tudo no armário e tudo fica muito gelado.

 

1a. Noite: Nao tem banho, só banheiros. Aluga saco de dormir por 10 bolivianos (R$ 3,33). É a noite mais fria, pois você está a 4600msnm. Vende cervejas por 10 bolivianos (R$ 3,33) a garrafa de 1L (Paceña), também vende creme dental, escova de dentes, desodorante, pente para quem precisar.

 

2a. Noite (Hotel de Sal): Tem banho quente. O quarto por ser de sal é meio que uma calefação. Aluga cobertor adicional por 10 bolivianos. Vende cerveja e snacks, mas a 500m do hotel tem um mini-minúsculo mercado onde a pack de 6 long-neck de Paceña custava 15 bolivianos (R$ 5,00).

 

3. Noite: Tem banho quente por 5 bolivianos (R$ 1,50). Frio, mas tinha 3 cobertores na cama.

 

C) Comida: Sempre farta e boa.

Basicamente no almoço e jantar: entrada (salada ou sopa), prato quente, bebida, sobremesa (fruta).

 

Café da manhã: Leite, achocolatado, café (nescafé), pão, torrada, manteiga, geléia

 

Café da manhã no 1o. dia na imigração boliviana: tudo acima + queijo e presunto

 

D) Carros:

Não são novos mas não estão caindo aos pedaços... os motoristas são ótimos mecânicos e ele tem tudo o que precisar caso aconteça alguma coisa, até uma mangueira de ar comprimido ligada no motor pra inflar o pneu ele tinha. Zero perrengue no deserto.

Peguei o motorista, guia e mecânico Ruben. Muito bom e adora musica brasileira (samba, axé, pop, rock, reggae). O carro dele tinha som com entrada de mp3... Leve o cabo para entrada auxiliar, pois será muito útil.

 

E) Altitude:

Li muitos relatos de muitas pessoas que passaram mal e tudo mais, viajei com certo medo. Até pastilhas de nicotina (Nicorete) eu comprei para não fumar na altitude, e no final, eu passei super bem, como se estivesse no nível do mar. Não senti exatamente nada x nada. Acho que uma coisa boa que eu fiz foi ter ficado em San Pedro durante 5 dias, assim nosso corpo aclimatou. Para não falar que não senti nada, única coisa que eu não poderia fazer era andar muito rápido, levantar muito rápido ou fazer esforço, porque ai faltava ar. Mas todos os remédios de dor de cabeça, náusea, etc., voltaram lacrados. No segundo dia estávamos até fumando.

 

Ficamos muito satisfeitos com o serviço deles. Inclusive a atendente, na hora da compra, falou que na 3a. noite era bem precário e não teria janta, pois chegaríamos tarde. Quando chegamos, achamos que o motorista tinha errado de refugio, pois tinha tudo: banho quente, cama boa e janta. Existe sim o perrengue, mas se você escolher a agência errada. Recomendamos a Cordillera de olhos fechados. E lembre-se, pechinche. O tour da Cordillera era US$ 175 pelo site e na agência saiu por US$ 150. Aguarde a matéria completa no próximo post.

 

MAPA COMPLETO DO TOUR SALAR DE UYUNI

http://s144.photobucket.com/albums/r199/fhmartins/Diversos/?action=view&current=mapacordillera.jpg

 

FOTOS DOS REFUGIOS E REFEICOES: http://s144.photobucket.com/albums/r199/fhmartins/CordilleraTravel/

 

SERVIÇO:

Cordillera Traveller

http://www.cordilleratraveller.com/

Toconao x Caracoles - San Pedro de Atacama - Chile - Fone: +56 55 851291

Av. Ferroviaria, 314 - Uyuni - Bolívia - Fone: +591 2 6933304

Contato: Flavio (Dono) ctraveler@123mail.com

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Pessoal, desculpe a demora da postagem. Essas últimas 2 semanas mal consegui ligar o note em casa e no trabalho não conseguia me concentrar devidamente para escrever as matérias. A crise se foi e o bicho voltou a pegar.

 

3L de água para cada dia, snacks, biscoitos recheados, chiclete, barra de ceral. Feitas as compras, hora de arrumar tudo para que nós estejamos, no dia seguinte, às 8am em frente ao escritório da Cordillera Traveller na Caracoles. Começamos aqui uma viagem estilo Big Brother. Seis pessoas, no mesmo jipe 4x4, convivendo 24hs juntas rodando o altiplano boliviano até o Salar de Uyuni, o maior deserto de sal do mundo. Uma viagem intensa de muitas paisagens surreais, capazes de deixar até Monalisa boquiaberta.

 

Saindo de San Pedro de Atacama o grupo inicial de 12 pessoas, passa pela imigração chilena onde damos a saída formal do país. Lembre-se de não esquecer o papel branco da imigração, sim, aquele que é carimbado quando você entra no país. Caso tenha acontecido o pior e você perdeu o papel, peça (educadamente) ao oficial verificar no computador a sua entrada no Chile (eles verificam isso pelo número do seu RG ou passaporte). Cerca de 200km estrada a frente, 4200msnm de altura, chegamos na imigração boliviana, bem precária e minúscula comparando com a chilena. Aqui vale outro lembrete: carteira internacional de vacinação contra a febre amarela. Sim, a Bolívia pede esta carteira de vacinação para autorizar a sua entrada no país. Para tirar, basta tomar a vacina 10 dias antes da viagem (de preferência no Brasil), e levar sua carteira de vacinação na ANVISA no aeroporto para que eles a transformem em internacional. Enquanto fazemos os trâmites da imigração boliviana, o pessoal da Cordillera prepara um super café da manhã reforçado na base do vulcão Licancabur (exato, a imigração boliviana fica lá): leite, achocolatado, pão, queijo, presunto, manteiga, chás e biscoitos; tudo para que aguentemos bem o 1º. dia da viagem que será moderadamente puxado.

 

Após o café da manhã o grupo de 12 pessoas se dividem em dois de 6. Cada grupo, apelidados de Turma do Sal, entra no seu 4x4 respectivo e segue viagem. São praticamente 3 dias de intenso rally, uma experiência que dificilmente você já passou. E como você está no deserto durante 3 dias, a amplitude térmica é enorme, pois durante o dia, no inverno, chega até uns 18ºC e a noite para terríveis -13ºC. Se estiver ventando, pode diminuir uns 5 a 7ºC destas temperaturas. Mas firmes e fortes, frio é o de menos, queremos, na verdade, nos aventurar pelo desconhecido.

 

Esqueçam o asfalto e pé na areia! Começando os solavancos pelas “estradas”, uns 20 min a dentro chegamos na entrada do Parque Nacional onde pegamos as entradas, já incluídas no preço do passeio (estar com a Cordillera tem essa vantagem). Não perca, pois será pedido umas 2 ou 3 vezes até você finalizar o passeio, e se você não estiver com eles, será cobrado novamente. Fazemos uma parada na Laguna Verde e na Laguna Blanca, águas altiplânicas de cor intensa. A partir daí, flamingos e vicuñas ou llamas farão companhia por todo trajeto. Depois, paramos nas “Termas de Polque”, onde a água está a 38ºC e quem quiser pode se banhar (não se esqueça de deixar a roupa de banho na mochila de mão, pois as malas estarão na lona em cima do carro); quem não se banhar, pode aproveitar a paisagem inóspita que cerca o lugar. Última parada do dia são os “Geysers Sol de la Manãna”, que devido ao horário já estavam com pouca atividade, mas se consegue ver as borbulhas de lama, mega aquecidas com a lava vulcânica. Perto das 15h chegamos ao refúgio da primeira noite. Almoçamos e depois começamos a nos integrar mais, compartilhando jogos de baralhos e conversando sobre tudo. Como o refúgio é algo para dormir no meio do nada, nos aventuramos a andar perto, mas era um nada cheio de nada. Lembro que estamos nesta noite a mais de 4200msnm e dormir pode ser um martírio por causa da altitude, absuse do chá de coca, e faça o mínimo do esforço. Ás 20h é servida a janta, bem farta, e às 22h desligam o gerador; um convite a uma (talvez) boa noite de sono.

 

O segundo dia é o dia mais cansativo, tudo porque percorremos quase 400km no deserto, então não esqueça o cabo USB para você ligar o seu i-algumacoisa no som do carro. Todos a postos depois do café da manhã, saímos para empurrar o carro. Claro, -13ºC a noite, com certeza não ia pegar de primeira! Já estávamos perto da Lagoa Colorada, uma lagoa com um fundo sedimentado de fosseis, que faz com que a água tenha uma coloração que vai do marrom ao laranja. Deserto a dentro, encontramos antigas formações rochosas, esculpidas pelo vento: é a região das “Arboles de Piedra”. Muito cuidado para subir nas pedras, e abuse das fotos. Depois de 1h mais ou menos, paramos para almoçar. Sim, almoçaremos a la “Salar de Tara” no meio do nada. A tarde, passamos em mais três lagoas: Hedionda, Honda e Canapa. No inverno, se acostume ver parte das lagoas congeladas, para nós brasileiros uma novidade em tanto. Chegamos no segundo refúgio no final do dia, antes do sol se por. O “hotel” é de sal; chão, paredes, bancos, cama, tudo é de sal. Perto deste hotel tem um minúsculo vilarejo, cerca de 500m caminhando. Lá encontra bebidas (vinho, cerveja, vodka) a preços muito populares (convertendo bolivianos para real, é claro). Tudo isso, pois depois da janta fizemos uma festinha da nossa Turma do Sal, no quarto! Seria a ultima noite de confraternização, o início do fim desta viagem.

 

Saindo do Hotel de Sal, estamos a poucos quilômetros do Salar de Uyuni. E ai, preparem os óculos escuros, pois sem eles, você terá a percepção de estar visitando o sol. Entrar no salar é algo impressionante. A vegetação hora verde, hora amarela some, e a imensidão branca toma conta do lugar. Você está no maior salar do planeta, com uma área de 12 mil km². Percorremos o salar pelo meio e quem tiver viajando no verão, terá a chance de vê-lo com uma lâmina d´água de 1cm, fazendo aquela impressão de espelho. No nosso caso, estava seco, tão igual o clima. Paramos na ilha do pescado (ingresso também incluso pela Cordillera) e percorremos uma pequena trilha (cuidado com o esforço!!! Altidude de +/- 3400msnm) pela ilha, vendo e admirando os diversos tipos de cactus, muitos com mais de 6m de altura e crescendo 1cm por ano, outros com 10m já mortos. Na portaria de acesso à ilha, tem uma maquete de todo salar, pra ter uma noção básica do tamanho da criança. Depois, cruzando o salar para o leste, chegamos ao museu de sal, onde antigamente era um hotel, fechado pela vigilância sanitária boliviana (pois coerentemente no meio do salar não teria como ter tanta higiene). Hoje, este lugar é o museu e um barzinho, com uma praça cheia de bandeiras de diversos países. As fotos são um espetáculo a parte. Devido ao plano e cores, as câmeras fotografam o inusitado, as imagens que poderiam ser feitas somente com um photoshop! Ilusão de ótica, você está num salar! E realmente é sal, em uma parte do salar, a única permitida a sua exploração pelos povos locais (o governo não autoriza estrangeiros), podemos, digamos, provar um tolete de sal que tiramos do chão tranquilamente, e realmente, é sal! Nesta parte, a exploração são feitos sacos de sal de cozinha (após adicionar mais alguns elementos) e tijolos para construção (como o hotel que ficamos na segunda noite). A imensidão branca deixa você chegar a 120 – 140km/h sem problemas porque é um reto plano quase infinito. O salar foi um lago imenso que há milhares de anos, secou. Quando saímos da ilha do pescado a sua largura chega a 100km.

 

Depois do salar seguimos em direção a cidade de Uyuni. Antes da entrada da cidade passamos pelo cemitério de trens; do tipo a vapor, foram abandonados há anos ao lado da via férrea que vai até Calama (no Chile). Tempo para fotos no meio da paisagem fria e enferrujada, que nos faz facilmente remeter a 30, 40 anos atrás. Chegamos a Uyuni e a Turma se despede. 3 dias intensos de conhecimentos, alegrias e descobertas.

 

Aos que retornam ao Chile, espera o próximo 4x4, para um caminho de volta ligado no turbo. O caminho não é o mesmo, pois a volta você faz em apenas 1 dia. Pegamos a estrada de volta a fronteira com o Chile, agora uma estrada melhor e rápida. Praticamente cruzamos o deserto em 6h. O tempo entre chegar do salar e sair para o retorno é quase 1h, tempo suficiente para percorrer as lojas de artesanato boliviano e comprar pela metade do preço tudo que tem em San Pedro do Atacama. Aproveite!

 

A chegada ao refúgio no vilarejo de Villa Mar é por volta das 19h30. É servido uma janta e ficamos de papo pro ar e fazendo planos para o futuro. Esta é a terceira noite e no dia seguinte as 5am saímos em direção à fronteira chilena. Na fronteira, pegamos a van que nos leva a San Pedro de Atacama, e atenção a alfândega chilena, eles são extremamente rigorosos! Nada de alimentos e outras guloseimas. Desça primeiro da van e já vá deixando as mochilas na esteira, assim você não fica tanto tempo na fila esperando todo mundo. Para quem quiser saber mais sofre os refúgios e refeições, leia o post anterior.

 

Uma mega aventura, chega de novos amigos e muitas histórias.

 

MAIS FOTOS: http://picasaweb.google.com/fhmartins/15Uyuni

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Viajar de avião nas rotas domésticas no Chile é muito barato, desde que sigamos algumas regras: comprar a passagem com antecedência, obedecer o mínimo de noites no destino e emitir a passagem no site chileno da LAN. Seguindo este princípios consegui cruzar o país, de Norte a Sul, por míseros US$ 90 (já com taxas). A LAN tem um excelente serviço, muito parecido com o da TAM, inclusive elas têm operações code-share e mantêm acordo de passageiros frequentes.

 

Muitos perguntam se não têm problemas em emitir uma passagem no site chileno, mesmo nao estando no Chile, e nós respondemos: não há problemas. A LAN, na mesma direção das aéreas americanas, aboliu o check-in presencial, isto é, agora é obrigatório o check-in pela internet (web check-in) ou nos totens nos aeroportos. Os balcões de check-in da LAN são somente para despacho de bagagem, e não, as atendentes não conferem se a passagem foi emitida em domicílio chileno, brasileiro, paraguaio, tailandês... logo, boa viagem! Falando sobre documentação, os aeroportos chilenos, diferentes dos brasileiros administrados pela Infraero, são concessionados, logo cada um é de um jeito. No aeroporto de Santiago (SCL), por exemplo, o documento é conferido na porta de embarque, nos aeroportos de Calama (CJC) e Puerto Mont (PMT) ele é conferido no despacho de bagagem. Em resumo: pode comprar sem problemas os tickets pelo site chileno da LAN.

 

Todos os vôos domésticos são em aviões AirBus A318/319/320 equipados na configuração padrão 3-3, com um excelente espaço para as pernas e com uma poltrona com a cabeceira que é regulável, evitando um possível torcicolo na hora do sono. Extremamente organizada, a aérea até diferencia chefe de cabine por outra cor de uniforme, e o staff de terra sempre, bem informado, está passando informações sobre o voo no saguão de embarque.

 

No embarque, os passageiros são recebidos pelo sistema áudio-visual do Airbus de uma maneira diferente: as telas retráteis passam fotos da diversificada paisagem chilena e o som é uma música lounge bem leve. Antes da decolagem, a equipe de bordo distribui os fones de ouvido (muito bons por sinal) para que todos possam curtir a parte de entretenimento que inclui episódios dos Simpsons, programas de entrevistas, e 8 canais musicais que vão de música latina ao pop rock internacional.

 

O serviço de bordo é simples, mas não se limita a uma barra de cereal e uma bebida. Pelo que percebemos o catering se divide em 3 opções conforme o horário do vôo: manhã, tarde e noite. Diferente que muitas aéreas e tendendo ao costume chileno, você pode tomar seu café/chá/água e pedir também um suco ou refrigerante. Para petiscar a caixa é padrão, varia conforme o horário e basicamente vem uma torrada salgada (Club Social), um muffin ou um canudo waffer recheado de chocolate e uma barra de ceral gigante ou um pacote de amendoim salgado. Desta forma, se você viajará nos horários de almoço/janta, coma no aeroporto ou segure a fome para o destino; como os vôos no Chile duram no máximo 3h não será um grande martírio. E outra, aeroporto de Santiago tem Starbucks em plena sala de embarque, Infraero, por que você ainda não teve essa idéia? hehehe

 

Não estranhe ao desembarcar num vôo domestico no aeroporto de Santiago (SCL), pois ele é feito na área de embarque. Resumindo, você desembarca pelo saguão de embarque e as escadas rolantes, para a área de bagagens, ficam no final dos portões. Estranho, mas facilita nas conexões, pois você não precisa dar voltas e voltas para chegar ao seu novo portão.

Muitos podem não se importar com assento, mas se sua viajem é durante o dia e você quer tirar algumas fotos siga a seguinte orientação: se a viagem é para o Norte, sente do lado direito; se a viagem é para o Sul, sente do lado esquerdo. Assim, você estará aproveitando a orientação da Cordilheira dos Andes e todos os rochedos estarão na melhor visão ao seu lado. Resultado disso, viajando para o Sul, tiramos ótimas fotos dos vulcões da Região dos Lagos. No desembarque em Santiago é muito fácil ver policiais com cachorros farejadores; os implacáveis carabineiros, a polícia menos corrupta da América Latina, são organizados ao extremo, então não se assuste, pois é procedimento de rotina no principal aeroporto do país.

 

Considerando que o Chile, para voos domésticos, tem apenas 2 aéreas e a LAN detém o maior market share, a empresa não descuida do excelente serviço por ser a número 1. Temos a ideia que viajar de ônibus pode ser mais barato que avião, mas com planejamento e antecedência, provamos que o avião pode trazer muita economia de dinheiro, e principalmente de tempo.

 

Mais fotos: http://picasaweb.google.com.br/fhmartins/14LAN?feat=directlink

 

SERVIÇO:

LAN Chile

Site Brasil: http://www.lan.com/index-pt-br.html

Site Chile: http://www.lan.com/index-es-cl.html

 

FLIGHT TEST:

Aérea: Lan Chile

Rota: Calama (CJC) – Puerto Montt (PMT) (conexão em Santiago - SCL)

Horário: 9h

Data: 10/06/2009

Classe: Econômica

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Distante quase 1000km de Santiago, chegamos a Puerto Varas onde encontramos, da mesma forma que no Sul do Brasil, uma forte influência alemã, e contrastando com o Atacama, estamos numa região com lagos em abundância, muito verde e florestas. Bem-vindos a Região dos Lagos na Patagônia chilena.

 

Puerto Varas também é conhecida como a cidade das rosas, pela grande quantidade plantada em suas ruas. Possui uma arquitetura característica alemã, jardins bem cuidados, e os vulcões Osorno e Calbuco emolduram a paisagem no horizonte. Durante o verão é um balneário que atrai muitos turistas devidos aos esportes aquáticos e as praias que se formam a beira do enorme Lago Llanquihue.

 

Com acesso pela Rodovia Panamericana, a entrada de Puerto varas fica 20 min de Puerto Montt, onde fica o aeroporto mais próximo. De lá, saem ônibus (somente nos horários de chegada dos vôos) diretos a Puerto Varas ou se preferir, um taxi sai cerca de $ 14.000 (R$ 56,00). Ficamos no Hostal Erika, uma casa bem aconchegante, com quartos amplos e com banheiro dentro. Não é bem no centro, dista mais ou menos 6 min. andando pela orla. A Dna. Erika mesmo que recebe os hóspedes e prepara o café da manhã bem servido, com leite, café, pão, frios e a conhecidíssima torta da região: Kuchen (leia-se ‘quiurrên’). Uma torta leve e não muito doce, que mistura frutas vermelhas, principalmente a framboesa e murta que são típicas da região. Se você não gravar este nome, não tem problema. Durante os dias em Puerto Varas você vai cansar de ler 'Kuchen'.

 

O centro dedicado ao turista fica na orla e é bem prestativo dando informações, folhetos e indicando o que fazer durante a sua visita. Planeje no máximo 2 ou 3 dias inteiros para ficar aqui, tempo suficiente para percorrer as outras 4 pequenas cidades a beira do lago, conhecer o Vulcão Osorno e os Saltos de Petrohué. Nos próximos posts detalharemos tudo. Também, muitas pessoas fazem de Puerto Varas uma "escala" antes de seguir por 6h de estrada até Bariloche.

 

A cidade também tem um comércio bem barato. Parkas, roupas, botas são compradas por um preço bem mais baixo que no Brasil. O Casino Enjoy, sempre aberto, é um convite a diversão noturna juntamente com pubs e bares que ficam próximo. O city tour em Puerto varas pode ser feito sem ajuda de agencia. Basicamente arquitetônico, vemos que todas as casas têm o mesmo estilo e feitas de madeira. Como o inverno é frio, todas são muito bem calefadas, com o sistema de forno/lareira a lenha. Podemos ver a igreja, construída em 1915 e restaurada em 2004, a orla e as 2, 3 parelas cheias de lojas, restaurantes e um comércio de artesanato.

 

Prepare o casaco, e curta o clima da Patagônia.

 

Abraço.

 

Mais Fotos: http://picasaweb.google.com/fhmartins/16PVaras

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Dino´s en Puerto Varas

Comer em Puerto Varas não é barato. Na maioria dos restaurantes o cardápio passava perto dos $7.000 (R$ 28,00) o prato, mas descobrimos um restaurante-bar-lanchonete que com certeza indicaríamos neste fórum!

 

O Dino´s é o típico restaurante que oferece de tudo para você, pratos básicos ou elaborados, passando por todo tipo de culinária: peixes, carne, frango e massas. Localizado na praça principal e com um bom salão, dificilmente tem espera no jantar e no almoço. Mais uma vantagem é: tem Wi-fi Free! O restaurante é tão popular que facilmente você encontra brasileiros nas mesas.

 

Agora, acredite se quiser, é baixa temporada na região e o restaurante fez um cardápio low cost e resolvemos testar. hehehehe Como entrada, empanadas de queijo (porção 6 unidades $2.800 - R$ 11,00) e como prato principal talharini a bolonhesa ($3.000 - R$ 12,00). Perfeito! Muito saboroso e realmente vale a pena!

 

É um restaurante bem eclético, tem de tudo para todos os gostos e budgets!

 

Bom Apetite!

 

 

 

SERVIÇO:

Dino´s Restaurante

Santa Rosa, 426 - Puerto Varas - Chile

Fone: +56 65 237288

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Os passeios mais básicos em Puerto Varas estão em volta deste lago de difícil pronúncia. Todos os passeios são oferecidos pelas agências locais, mas há maneiras de fazê-los 'por conta'. Caso não queira esquentar a cabeça, e quer comodidade, 2 agências dominam o lugar: a CTS e a Turistour.

 

1. Vulcão Osorno

Caso queira fazer por conta este tour, você terá que alugar um carro, pois os ônibus públicos não chegam até o meio do vulcão, que é a entrada da estação de esqui. Caso contrário, faça o tour de meio dia em uma das agências acima.

Saindo de Puerto Varas, percorremos o Lago Llanquihue pelo lado direito por mais ou menos 1h. Passamos pelo colégio alemão, muito bonito e de arquitetura bem típica, e seguimos rumo ao vulcão. No caminho diversas 'Cabañas' - mini pousadas para o verão, movimentadíssimo à beira do lago. O Osorno é considerado o 2o. "mais vulcão" do mundo, tudo por causa da sua forma cônica perfeita. Este vulcão está "dormindo", isto é, há atividade, mas não há sinais de fumaça ou algo do tipo; sua cratera superior está coberta por uma geleira, a chamada neve eterna, mas em sua volta existem outras 40 mini crateras, algumas da pra ver a partir da estrada que nos leva à estação de esqui. A estrada, que começa na entrada do Parque Nacional Vicente Lopez, o mais antigo do Chile datado de 1905, nos traz uma paisagem cada vez que avançamos na altitude. A terra é vulcânica, e por ser assim é rica de minerais o que a faz cheia de minerais, por isso, o verde tão abundante, característica do ano inteiro. Pode ser inverno rigoroso, o verde sempre impera!

Chegando na estação de esqui, você já está no meio do vulcão! Tinha pouca neve, mas imaginei como seria esquiar ali... fica pra próxima (Pucón, hehehe). Pegamos o teleférico, que é pago a parte $ 8000 (R$ 32,00) e subimos até a 2a. base, onde podemos já estar acima das nuvens e gastar muitos 'mb' no chip da Cybershot. A paisagem é incrível! Solo completamente vulcânico, inclusive com muitas pedras de lava petrificada e uma paisagem insólita. Bem pertinho de nós o ápice do vulcão coberto de neve, que de longe parece um mega chantily cremoso e de outro lado, lá embaixo, o Lago Llanquihue.

Voltando a 1a. base, antes de ir embora, a Turistour ofereceu um chocolate quente, bem propício naquele por-do-sol patagônico.

 

2. Saltos de Petrohue e Lago Todos os Santos

O passeio pode também ser feito por agências, inclusive junto com o tour do Vulcão Osorno, mas fui por conta, conhecendo e perguntando sobre tudo a quem aparecesse.

Os 2 lugares não estão juntos. Eu recomendo ir primeiro ao Lago Todos os Santos e depois aos Saltos, e ai retornar a Puerto Varas; tudo porque fazendo nessa ordem, você estará fazendo do mais longe para o mais perto.

Os mini-bus saem da 'Calle San Bernardo', 3 quadras da praça principal, do casino. Partem de 30 em 30 minutos e você deve perguntar se eles vao até o Lago Todos os Santos. A primeira parte até lá custa $2000 (R$ 8,00) e demora +/- 1h20. Fazemos o mesmo caminho do tour anterior, do vulcão, porém não viramos a direita para subir, e sim seguimos reto. Esta é a estrada internacional, pois o Lago Todos os Santos é o ponto de partida para o Cruce de Lagos com destino a Bariloche (Argentina). No fim desta estrada, no ponto final do ônibus, está o lago de um verde-esmeralda inconfundível e verdadeiro. Há alguns barcos na beira do lago que cobram cerca de $3000 (R$ 12,00) por pessoa para uma volta de +/- 20 min.

Pegue o mesmo ônibus que você chegou e peça para o motorista de deixar na entrada dos Saltos de Petrohué. Este trajeto custa $400 (R$ 1,60) e demora cerca de 15 min. Não dá pra ir a pé, são cerca de 6km. Pagamos a entrada dos Saltos ($1200 - R$ 4,80), e as trilhas, 3 no total, são tranquilas e muito bem sinalizadas. Os Saltos são pequenas cataratas, com a água do Lago Todos os Santos. Uma beleza única com o Vulcão Osorno de coadjuvante ao fundo. Pode tirar fotos de vários ângulos, pois há pontes metálicas para todos os lados.

Para voltar, o ponto é na frente da entrada. Esperamos 30 min e lá veio o mini-bus para voltar a Puerto Varas. Trajeto feito em 1h pagando $2000 (R$ 8,00).

 

3. Frutillar

Também fizemos por conta e o mini-bus sai de vários pontos, tem letreiro "Frutillar" e custa $1200 (R$ 4,80). O ônibus faz o trajeto oposto ao do vulcão e saltos; entra na cidade de Llanquihue, mas é bem simples. Depois chega em Frutillar, +/- 40 min de Puerto Varas. Cidadezinha pacata no inverno e movimentada no verão, Frutillar é dividida em duas: Frutillar Alto, onde mora a população local e Frutillar Bajo, onde estão as casas de veraneio, hoteis e o agito. Tipicamente alemã, Frutillar é um pedaço da Alemanha no sul do Chile. Uma avenida costeira lindíssima, muito florida com várias figuras de música, pois é a cidade de um famoso festival de música que ocorre durante o verão.

Tudo remete a arquitetura alemã: a prefeitura, a escola, as casas. Na rua paralela encontramos o museu da colonização, com fotos e casas-réplicas da época da colonização alemã, com muitos objetos e lifestyle da época.

Não deixe de comer um 'Kuchen' em um dos vários cafés que tem pela orla; coma e admire a tranquilidade, a vista e a beleza imóvel.

 

Mais fotos: http://picasaweb.google.com/fhmartins/17PasseiosPVaras

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