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Em fevereiro de 2014 iniciei uma viagem de semi volta ao mundo.

Passei 6 dias no Marrocos e compartilho meu diário de viagem no http://parttimelady.blogspot.com.br com muitas fotos.

 

Dia 1

ai do hostel em Madrid, no começo da tarde. Foram cerca de 45 minutos até o aeroporto e então, no fim da tardem chegava no aeroporto de Marrakech. Estava muito apreensiva

sobre como seria minha primeira viagem sozinha, uma mulher, a um país islâmico, apesar do Marrocos ser talvez o pais islâmico mais liberal que há.

Saindo do aeroporto tive que negociar por 100 dirhans (dh) um taxi até a medina, que é a parte antiga da cidade, cercada pelo muro.

A primeira coisa a saber sobre o Marrocos é que lá as coisas não tem preço fixo e que tudo

é negociado. Em geral, o primeiro valor que eles te dizem é cerca do dobro do que acaba sendo o valor final, as vezes bem mais.

Enfim, o taxi me deixou na medina, perto do riad onde ficaria hospedada.

Primeiramente, outra coisa a saber sobre o Marrocos é essa mania dos taxistas te deixarem perto do local e te apontarem dizendo

"fica por ali" Mas enfim, medo de não achar o local que ficaria hospedada mas enfim, tudo deu certo e achei.

Fiquei hospedada no Riad Casa Sophia, os Riad são tipo umas casas marroquinas com pátio central aberto, È interessante ficar lá devido a atmosfera mais árabe dos locais.

O que fiquei, Riad CASA SOPHIa, adorei, bem localizado, aconchegante com funcionários super prestativos e educados que falavam comigo numa mistura de todos os idiomas.

Estava um pouco apreensiva sobre andar sozinha pela medina já no fim da tarde, mas o pessoal do riad me tranquilizou.

O primeiro destino foi óbvio o principal destino de Marrakech, a praça Djaalma del Ferna, onde tudo acontece, e para onde todas as placas apontam.

A praça é bem grande, e a primeira vista é ultra mega confusa, sim, depois de 10 vistas continua a ser caótica e ultra mega confusa mas você passa a se acostumar. Cercada por restaurantes

pra turistas, tem vários souks ao redor( que são os mercados marroquinos ) e tem vários vendedores ambulantes, carroças, turista, barraquinhas que vendem o melhor

suco de laranja que já tomei por apenas 40dh, e um mercado de comida, onde se pode comer Cuscus ou Tagine por 30dh.

Quando o sol vai se pondo, ai que a praça vai

ganhando mais vida, com o mercado de comida a todo vapor, vendedores de doces e artistas de rua marroquinos, esperando que voce os pague.

Em Marrakech tudo, absolutamente tudo é pago, então tenha cuidado com o que você aceitar, inclusive informações. Sempre pergunte o preço antes. O da comida costuma ser meio fixo ( não gosto de negociar preço de comida) mas de

produtos e serviços é bem negociável.

E foi quando o sol começou a se por e a praça a ganhar vida, pude ouvir o Chamado, que é um som chamando os marroquinos as mesquitas. Pode ser ouvido

varias vezes ao dia pela medina. Foi minha primeira de muitas experiências com o Chamado.

E bem em frente a praça, pode ser ver a mesquita de Koutobia, a mais famosa e mais bonita medina do Marrocos. Infelizmente, só mulçumanos podem entrar na mesquita, e os

turistas podem se contentar apenas em vê-la por fora e visitar os jardins que a cercam.

Foi o que fiz, segui em direção a mesquita. Depois de vê-la por fora, voltei em direção a praça pro jantar, e depois segui pro riad de volta, antes tendo minha primeira,

experiência de compras num souk marroquino, onde uma calça que cujo preço inicial foi 150dh acabou saindo por 50dh. Fazer compras no Marrocos é uma experiência.

 

 

Dia 2

Tinha um roteiro bonitinho, tinha até um mapa… Mas faltava algo....

Os marroquinos acham meio inútil colocar placas com nomes de ruas, e quando colocam, muitas estão em árabe, poucas em francês, então, se locomover sozinho, pode ser uma grande aventura.

Meu plano inicial era ir as Tumbas Sandinas, um antigo mausoléu dos antigos reis saandinos. Achei as tais tumbas por pura sorte. A taxa de entrada é bem barata, algo em torno de 1 euro. Lá realmente é bem pequeno, não me atraiu tanto e não demorei muito por lá. Meu plano depois disso era ir até o Palacio El Badi, mas depois de

voltas e voltas pela cidade, foi simplesmente impossível pra mim, encontrá-lo. Achei entao a praça El Mellah e como ela ficava bem perto do Palácio Bahia, acabei indo

pra ele. O pálacio é interessante, com alguns dos cômodos com tetos e paredes muito bem decorados. Creio que fiquei cerca de 1h lá dentro e então, meio sem querer, achei

o tal palácio, El Badi, bem próximo. Na verdade, achei as ruínas do palácio. Ele foi construído no século XVI pra celebrar a vitoria sobre os portugueses mas atualmente só restam as ruínas mesmo. Lá dentro também é possível ver o Minbar do século XII. O minbar é uma espécie de púlpito usado nas mesquitas, e é nele que o imã faz o sermão. Este ficava na Mesquita Koutobia mas atualmente está no El Badi. Normalmente, você deve

pagar uma taxa extra pra visitá-lo mas o segurança acabou deixando eu entrar mesmo assim sem ticket.

Foi no El Badi que conhece algumas meninas que estavam viajando sozinhas também.

Uma francesa, uma alemã e uma mexicana. A Alemã, a Eva viria a se tornar uma cia inseparável durante o restante da minha estadia em Marrakech.

Acabamos nos desencontrando na hora do almoço, e acabei indo sozinha pro Café de France, na praça principal. De lá, segui por dentro dos souks, lembrando sempre

que fazer compras no Marrocos é uma atração turistícas. Vendedores ultra persistentes que não desistem mesmo de fazer uma venda. Estão sempre oferecendo preços altos,

contando histórias, perguntando de onde você é e dizendo que tem um primo no local ( mesmo q você invente um local que não existe) e que por isso te farão um preço especial

que é super caro ainda e onde o produto final acaba saindo pela metade ou menos do valor inicial. Eles parecem adorar todo esse processo de barganha. Enfim, atravessei o souk e cheguei ao meu destino A Medersa Ben Yourself,

um antigo colégio islIamico, atualmente, aberto pra visitações apenas. Comprar a entrada combinada com o museu de Marrakech sai bem mais barato. Além de visitar

as celas onde os alunos dormiam, tambem é possível ver o pátio principal muito bonito. Bem ao lado da Medersa fica o museu de Marrakech que em si nem chamou tanto

minha atraçã pelas obras. O que me atraiu realmente foi sua arquitetura muito bonita, vontade de ficar um bom tempo lá admirando. No museu, acabei reencontrando as

meninas, e depois segui pro riad pra descasar. A noite, novamente uma volta na praça, a principal atração noturna de Marrakech.

 

 

Dia 3

As 10:30 tinha marcado de encontrar Eva, minha nova amiga alemã, em frente ao Café de France. De lá seguimos em direção a mesquita Koutobia, onde ficam inúmeras carruagens chamadas chalesi.

Queriamos negociar um passeio de 1h30 pelos murros e portões da cidade. Não sei bem o que aconteceu, mas Eva e eu fomos péssima negociadoras e acabamos pagando

300dh por um passeio com um condutor que creio que nos enganou um pouco. Enfim, ele percorreu os muros da Medina, pelo lado de fora, passando pelos seus principais portões. Foi um passeio interessante, mas poderia ter sido melhor com um condutor melhor.

Foi interessante porque tivemos uma visão de fora da Medina e passamos por locais mais residências que normalmente como turistas não passaríamos, e tudo isso sentadinhas na carruagem.

Depois do passeio, ele nos deixou de volta em frente a praça principal, e seguimos em direção aos Souks, na direção do Museu de Marrakech pois queríamos ir as

Taneries, os locais onde o couro dos animais é trabalhado até seu destino final.

É um local bem comum e autentico de Marrakech. A aparência do local era de uma favela e o cheiro bem ruim mas por 50dh cada, ele nos explicou o processo de como trabalham

o couro, desde o momento que chega a pele dos animais, até o destino final, onde é colorido e dado forma. Depois nos deixou numa lojinha onde um vendedor nos

mostrou seus produtos sempre na esperança de fazer vendas.

Como andamos bastante pra achar e pra voltas das Taneries, quando chegamos de volta a praça, estávamos cansadas e depois de um maravilhoso almoço vegetariano no Earth Café, acabamos indo cada uma pro seu riad. Amanha um dia

longo nos esperaria. A noite ainda sai a praça Jaama, pra um jantar rápido, e acabei comprando uns biscoitos marroquinos de um dos vários vendedores que ficam por lá.

A praça a noite tem uma alma bem diferente do dia, com as barraquinhas de comida a todo vapor e artistas marroquinos fazendo suas performances.

 

Continuo o relato no

http://parttimelady.blogspot.com.br/p/marrocos.html

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