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  • Membros de Honra

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-Olá Paulo

Valeu a indicação. Eu já tinha ouvido falar da MIxila. Mas não tenho indicação na carta topográfica que da região. Li algumas referencias num relato do Peter. Contudo não muito alusivo, ao que me parece fica no cannion do capivari. Quando fores , agradeceria se pudesse-me passar mais referenciais.

 

Boas Trilhas...

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  • Membros de Honra

...

-Pessoal, perdoem-me, de antemão, pela pergunta meio noob.

Acontece que estou acostumado a fazer travessias em locais bastante ermos, sem muita presença humana. E em vários relatos, li momentos me que se deixava os equipos (mochilas) em determinados lugares( algumas vezes lugares expostos até), enquanto se fazia o ataque a alguma cachoeira ou cannion. Como algumas trilhas da chapada apresentam algum movimento ( no meu caso, fumaça por baixo e vale do pati...) esta atitude de se deixar o equipo a ermo, não seria um tanto ''arriscada'' no quesito furto?

 

Quando fiz alguma travessia onde precisava despreender-me da mochila, sempre procurava deixar esta num local escondido ( teve vezes que até pendurei numa árvore..), mas ao que percebi, dentro de um canion, achar algum local ideal para se deixar o equipo pode ser até meio cmoplicado...

 

Enfim... tem este risco de furto, ou sou eu e minhas neuroses? ::toma::::mmm:

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  • Membros de Honra

Ram, existe sim o risco, assim como em qualquer outro lugar em que existam pessoas e até animais (sim até eles são capazes de fazer estrago em mochilas para roubar comida).

 

Na chapada até onde sei é bem dificil de acontecer, princpalmente nessas trilhas mais demoradas, o pessoal acaba se encontrando várias vezes e talvez intimide um pouco. Nunca ouvi nenhum caso mas obvio que é bom ficar sempre atento e não deixar nada de bobeira.

 

Em alguns lugares como a subida do castelo ou a fumaça por baixo eu deixei a mochila para andar leve e não tive problemas, mas tinha sempre o cuidado de deixar dentro da barraca ou então intocada em algum lugar. Dinheiro e coisas de valor também é importante levar.

 

De resto pode ficar tranquilo.

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  • Membros de Honra

Olá Ram_Alen;

Como lhe disse no tópico do meu relato o ciclo natural das chuvas vai de novembro á junho/julho. Em novembro e dezembro as chuvas costumam ser mais brandas que janeiro e fevereiro onde os níveis pluviométricos costumam ser mais acentuados, de março a julho as precipitações atmosféricas passam a ser bastante esparsas.

Este ciclo natural das águas é vital para o delicado equilíbrio ecológico da região, pois nos três meses de seca parte da vegetação é consumida pelo fogo todos os anos:

http://www.mochileiros.com/fogo-destroi-quase-metade-da-chapada-diamantina-t30163.html

Em virtude da catástrofe do ano passado este ano os trabalhos de prevenção de incêndios por parte das comunidades, grupos brigadistas e órgãos de meio ambiente começaram cedo, os poucos focos que surgiram foram rapidamente debelados e mês passado receberam um reforço:

http://www.meioambiente.ba.gov.br/noticia.aspx?s=NEWS_GER&id=5365

 

Sobre as trilhas obrigatoriamente guiadas... Somente as das grutas e cavernas que se encontram em propriedades particulares como Torrinha, Lapa Doce, Gruta da Fumaça, Poço Azul entre outras. As taxas de visita custam entre R$ 10,00 e R$15,00, sendo a Caverna da Torrinha a mais cara dependendo o percurso que você irá fazer e se estará sozinho ou em grupo.

Em Ibicoara a trilha para o Buracão também só é permitida com a presença de um guia credenciado, pois fica dentro do Parque Natural Municipal do Espalhado e o acesso é controlado.

 

Com relação a esconder os equipamentos na trilha, costumo carregar sempre alguns sacos de lixo pretos de 100 litros para ensacar os equipamentos em travessias de rios e que servem também para ocultá-los em meio a vegetação ou entre pedras quando preciso além de protegê-los melhor de animais e caso peguem chuva.

 

Abraço. 8)

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  • 2 semanas depois...
  • Membros de Honra

Ram e a quem mais possa interessar, o Mixila é sensacional, o canon é indescritivel assim como a sensação de chegar na cachoeira com a agua bombando e espirrando para todos os lados e as andorinhas (que dão o nome original à cachoeira) entoando um canto ensurdecedor. Um espetáculo da natureza.

 

A trilha pra se chegar lá é de navegação fácil, a saída é pelo ribeirão de baixo (todo mundo em Lençois te informa), caminha 9 km em estrada até cruzar o Rio Capivara e enfim começar a trilha de verdade, esse trecho é 0 de dificuldade. Depois começa uma sumida de um pequeno trecho de terra e outro em laje (subida do bode), mas tudo com uma lógica razoável e sem grandes dificuldades de encontrar a trilha. Logo depois do fim da subida chega uma vista da toca, onde basta voce descer e subir um canon que chega lá. Aí é so subir o leito do rio que chega nas Andorinhas.

 

A dificuldade técnica quando fui estava grande, tinha chovido muito e como o canon mal bate luz existe muito limo nas pedras, essa combinação deixa a arte de pular pedras bem perigosa. Pra completar ainda existe um trecho de escalada que a aguá tinha tomado conta, pra ir ainda deu pra vencer a correnteza, mas pra voltar só com corda mesmo. A chance de o ocorrer tromba d'agua também muito grande, é indispensável parar de tempos em tempos para escolher uma referência (pedra) e ver se a água está subindo e a que ritmo.

 

A região da cachoeira também é bonita, tem a cachoeira das lajes que é interessante e pouquissimas pessoas já foram, mas também não é nada imperdivel. E tem o Capivari por baixo e por cima, essa sim inésquecivel, o volume de água e a beleza eram tamanhos que me senti aos pés da garganta do diabo. É sempre bom lembrar que quando eu fui as cachoeiras estavam muito cheias mesmo, não sei o nível de beleza delas quando o nível de água baixa.

 

A trilha da primeira é díficil de encontrar e vai precisar varar muito mato (tudo fechado), a segunda já é mais fácil de achar. Outra coisa bem interessante da região é que ela está muito bem localizada, de lá é possível enmendar para o 21, Vale do Capão, palmital e fumaça por baixo, todos acessíveis seguindo o leito do Capivari. Mas vale o alerta: a região é de encontro de rios e portanto muito propicia a tromba d'agua, so corregos são estreitos e qualquer chuva mais forte o nível da água sobe muito.

 

Em breve posto um relato com fotos e mais alguns detalhes.

 

Abraços,

Paulo

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