Chapada Diamantina - Lençóis/Capão/Vale do Pati/Andaraí/Igatu/Ibicoara Trip anti hegemônica 2014

Binhogt · Agosto 27, 2014

Tudo começou com uma postagem que coloquei aqui no "mochileiros.com" no carnaval deste ano, em busca de companheiros para fazer o Vale do Pati na Chapada Diamantina. Como não apareceram candidatos, acabei fazendo esse roteiro com um casal de amigos em cima da hora.

Meses depois recebo um e-mail de uma pessoa(Edvane) me pedindo dicas e informações sobre este trekking e a partir daí começamos trocar algumas conversas.

Logo surgiu um convite pra eu participar dessa trip e junto me incluir num grupo do whatsapp. Confesso que inicialmente, resisti muito em participar do grupo e quando soube da quantidade de pessoas envolvidas na viagem (inicialmente seriam 10 e logo subiu pra 12, sendo todos desconhecidos), fiquei meio assustado e pensei umas 10x se iria ou não. Mesmo com toda resistência, topei ingressar no grupo e consequentemente nesta trip que ficaria marcada para sempre em minha vida.

12 desconhecidos, de diversas partes do Brasil, idades e costumes diferentes, em busca de um objetivo ãã2::'> . Não!!! Isso não é um reality show...era o inicio da TRIP ANTI HEGEMONICA!!!

Primeiro dia 02/08/14:

Foi o dia do encontro geral para a partida em direção à Chapada Diamantina. O local definido foi o Aeroporto Int. de Salvador, já que todos chegariam nesta data.

O horário combinado de partida seria as 03 da manhã do dia 02, ja que os ultimos integrantes chegariam nas ultimas horas do dia primeiro. Como combinado cheguei no local as 02:30 e logo em seguida já estavam os outros 2 carros que iriam levar o grupo.

Todos se apresentaram, conversamos um pouco e logo começamos a arrumar as bagagens nos carros.

O grupo foi dividido da seguinte forma:

Carro 1: que foi alugado em Salvador: Edvane (BA), Eliza (SP), Rodrigo(RJ), Erika (DF) e Letícia(PR).

Carro 2: Breno(PE)-dono do carro, Cris(SP), Aline(RJ), Tacio(SP) e Bárbara(RJ)

Eu que fui de moto sozinho acompanhando o comboio.

Ainda teve o Marcelo(PE) que foi de ônibus direto pra Lençóis antes do grupo.

Pegamos estrada às 4 da manhã rumo à nosso destino. Tempo nublado e uma chuva bem leve pra batizar nossa viagem.

Mal a viagem tinha começado e o primeiro louco ãã2::'> deu sinal de vida. Breno se perde em plena BR-324!!!

Corrigido o erro, e Breno devidamente medicado com seu remedinho tarja preta, o carro 2 encontrou com os demais em Feira de Santana. A partir daí andamos mais agrupados para evitar este tipo de ocorrência...rsrsrs.

Por volta das 07 horas paramos para tomar café da manhã num desses pontos de beira de estrada e logo outra louca deu o ar da sua graça. Dessa vez foi a Aline (esta tem um destaque especial...aguardem) que ao pedir um misto quente invocou com o presunto (que não era de Parma), com o queijo (que não era Suíço) e também com o café com leite (que não era longa vida) Pensei comigo mesmo: "Essa caiu de pára-quedas no lugar errado!"

Mas como a fome fala mais alto, ela acabou comendo um pão com requeijão que eu havia pedido e ainda me empurrou o sanduíche dela.

Voltamos para a estrada e seguimos direto até Lençóis que seria nossa primeira parada dentro do Parque da Chapada.

Chegamos na cidade por volta das 11 horas e fomos direto à Pousada da Hélia para efetuar o check in. Descarregamos as coisas e fomos direto dar uma volta no centro para buscar algum lugar para almoçar. Comemos em um restaurante a Kg bem agradável e com boa comida típica local.

Saindo da comilança, fomos fazer a digestão numa pequena trilha rumo ao Ribeirão do Meio. Trilha curta e fácil pra relaxar o stress da viagem.

Lá alguns relaxaram nas piscinas naturais e outros se aventuraram no esqui-bunda que é o grande atrativo do local. Uma grande rampa em que você desce deslizando até pousar no poço principal. Ali outra louca se manifestou...Cris criou uma modalidade nova de descida exibicionista com direito a strip-tease no final

À essa altura eu já tinha certeza que haviam aberto a porta do hospício e que todos estavam ali juntos

Perto das 15 horas saímos de volta em direção à cidade para corrermos rumo ao Morro do Pai Inácio. O local encerra às 17 e pra variar chegamos atrasados e quase não entramos

No alto do Morro você tem a visão do pôr=do-sol mais lindo que se posso imaginar. Um momento para sentar,contemplar e sentir toda a energia que aquele lugar proporciona.

Assim que o sol se escondeu, descemos e retornamos à nossa pousada. Saímos pra jantar e beber um pouco e logo em seguida cair na cama pra esticar o esqueleto já que estávamos apenas no primeiro dia.

Segundo dia 03/08/14:

Despertamos cedo, tomamos café e partimos pro Vale do Capão para fazer a Cachoeira da Fumaça por cima (a segunda mais alta do Brasil). Uma trilha de 2 horas aproximadamente com uma subida íngreme e uma parte plana. Um lugar lindo e como qualquer outro lugar da chapada, difícil de descrever devido à magnitude de tudo ao redor.

Na descida comemos os famosos pastéis de palmito de jaca com direito a sucos, cervejas e refrigerantes para hidratar...

Uma parte do grupo sugeriu uma pequena mudança no roteiro e aí surgiu o primeiro problema de uma viagem com tanta gente...a falta de consenso ou flexibilidade.

Mas nada que pudesse estragar o dia. Fizemos uma pequena votação e todos toparam a alteração.

Devidamente alimentados, partimos para a Cachoeira de Conceição dos Gatos. Uma propriedade particular de uma figura emblemática do Vale...Seu Zezão, um cara super gente fina que recebe os visitantes em sua casa como se fossem membros da família. Chegamos, encomendamos nosso almoço e partimos pra cachoeira.

Relaxados, voltamos à casa do nosso anfitrião onde um banquete nos esperava. Carne do Sol, galinha caipira, arroz, feijão, godó de banana(iguaria local) e muitas outras coisas para nos deliciarmos. Destaque para um licor caseiro de limão no final para ajudar na pesada digestão! Quando menos esperavámos, Seu Zezão chega com um pandeiro e logo inicia um forrózinho particular pra nossa galera. Destaque novamente para Breno e Cris que deram uma linda (#SQN) demonstração de como se dança .

Já era noite quando infelizmente tivemos que nos despedir. O carro 1 voltou para Lençóis; e eu e o Carro 2 partimos para a vila do Capão para visitar e curtir esse lugar que para mim é o melhor lugar da chapada. Demos uma volta, olhamos algumas lojas e paramos na frente da igreja pra conversar e dar boas risadas até sermos quase expulsos de lá devido às gargalhadas e besteiras faladas em alto volume...rsrsrs

Retornamos à Lençóis onde alguns foram descansar e eu, Breno, Tácio e Aline saímos para beber e curtir até o limite do dia.

À noite Marcelo se incorporou ao grupo definitivamente e somou um louco a mais...

E aí fomos dormir porque estávamos mortos ....

Terceiro dia 04/08/14:

O dia começou com uma certa tensão no café da manhã devido à fuga de roteiro do dia anterior. Uma pequena discussão que logo foi apaziguada. Mas como todos ou quase todos(eu), estavam de férias, resolvemos não dar importância a tal fato e demos continuidade em curtir tudo de bom que aquele lugar nos proporciona.

Mais uma vez o grupo se dividiu. O carro 1 seguiu para a cidade de Andaraí para conhecer a cachoeira do Ramalho e Fervedor e os demais(Carro 2, eu e Marcelo) seguimos para fazer a trilha da Cachoeira do Sossego em Lençóis ainda. Esta trilha tem um grau de dificuldade médio intercalando tipo de terreno, hora em meio à mata e hora seguindo pelo leito do rio sobre as pedras. A cachoeira é um espetáculo que nao há como descrever. Uma energia fora do comum! Aproveitamos algumas boas horas nos banhando, tomando sol e curtindo a vibe do local.

No retorno da trilha, cruzamos com um grupo de gringos com certa dificuldade em transpor algumas pedras. Bárbara se ofereceu para ajudar e acabou mergulhando pé e bota dentro d'água. Fui auxiliar os demais e quando terminei de atravessar a última pessoa, acabei escorregando num momento displicente. Desloquei meu dedão da mão esquerda e num momento de presença de espirito sem igual o coloquei no lugar na mesma hora. Pressão baixou na hora e pensei se aquilo comprometeria o restante da minha viagem, já que eu estava de moto e no dia seguinte iniciaríamos um trekking de 4 dias. Mas logo fui me recompondo e seguimos adiante.

Chegando ao centro da cidade, aproveitei para descarregar as fotos e vídeos da minha máquina(que ja estava lotada!) enquanto o restante das pessoas organizavam as mochilas para o trekkink do dia seguinte.

Nos despedimos de Lençóis à noite rumo à Andaraí, que seria nossa chegada do Vale do Pati. Ali deixamos o carro e minha moto na pousada que ficaríamos hospedado no retorno. Alugamos 2 táxis para levar a gente para Mucugê para nos reintegrarmos aos demais. A chegada em Mucugê foi tensa! Mal chegamos e iniciou-se uma discussão um pouco exaltada demais para quem estava ali apenas para curtir. Mas nada que não se resolva. Para acalmar os nervos, eu, Breno, Aline e Rodrigo saímos para conhecer o único local possível de se visitar naquele horário(já se passava das 22 horas), o Cemitério Bizantino de Mucugê.

Uma curiosa construção do século 19 na entrada da cidade repleto de miniaturas de igrejas e de capelas em formas góticas e pontiagudas. As obras, todas muito branquinhas, ganham iluminação azulada ao anoitecer. Voltamos à pousada e fomos dormir muito cansados e desgastados.

Quarto dia 05/08/14:

Acordamos, partimos pro café da manhã(muito fraco por sinal) e logo já estávamos enchendo nossa "Veraneio" de mochilas rumo ao povoado de Guiné, que seria nosso "START" para o Vale do Pati. Um pequeno trajeto de 20 km até o ponto de saída.

Desembarcamos e logo todos estavam de mochilão nas costas para começar a trilha rumo à nossa primeira parada que seria a Igrejinha, um ponto de apoio para os visitantes. Antes disso uma parada num mirante para apreciar toda beleza e magnitude que só estando presente para sentir. Caminhamos por aproximadamente 4 horas até pararmos para comer, beber algo(nesse caso uma cerveja gelada caiu muito bem) e descansar um pouco.

Saindo da Igrejinha, seguimos em direção à Cachoeira dos Funis e mais algumas pequenas cachoeiras que estão pelo caminho. Mais alguns km's de caminhada e logo paramos para um bom mergulho e uma boa reenergizada para finalizar nosso dia com chave de ouro.

Depois de algumas horas, saímos da cachoeira e fomos para nossa primeira base no Vale, a casa do André(um dos 12 filhos de Dona Raquel), onde dormiríamos por 2 noites. Chegando lá, todos se instalaram, tomaram banho e em seguida fomos todos jantar. Comida caseira de ótima qualidade, feita no fogão à lenha, e muito farta para saciar a fome de 12 pessoas que pareciam refugiados da Somália. Tudo servido na casa de Dona Raquel que era nossa vizinha.

À essa altura todos já estavam bem íntimos e com seus devidos apelidos.

Logo após o jantar, retornamos à nosso lar temporário e lá começamos um som com direito a violão, fogueira, batida de maracujá e muita catuaba. Foi com esse clima que umas horas depois convidei a Aline pra conversar um pouco. Resultado: acabamos ficando!!! (essa história ainda continua mais na frente...)

O tempo estava bom com um céu claro e repleto de estrelas que sugeria ser impossível acontecer o que nos esperava no dia seguinte.

Quinto dia 06/08/14:

Programa FUNAI

Decidimos fazer a trilha do Cachoeirão por cima. No meio do caminho fomos recebidos com muita chuva e frio que tornou a trilha meio torturante . Lá chegando, o local estava tomado de nuvens e a visibilidade era "ZERO"...rsrsrs.

À essa altura estavam todos encharcados dos pés à cabeça. Comemos numa pequena toca abrigados da chuva e em seguida retornamos à casa do André para tomar mais um banho GELADO e curtir nossa ultima noite lá.

O melhor da noite ficou reservado para após o jantar. Um autêntico Pé-de-Serra tocado pelos filhos da Dona Raquel. Muito frio e chuva, mas nada que um forró não pudesse esquentar regado á varias garrafas de Catuaba. Antes que estejam se perguntando, Eu e Aline estávamos progredindo...rsrsrs :'> :'>

Uma noite inesquecível!!!

Sexto dia 07/08/14:

O dia começou com 2 baixas no grupo. Marcelo que tinha que retornar para Recife e Edvane que decidiu não seguir até o final.

O clima mudou completamente e o sol resolveu dar o ar da sua graça. A bola da vez era o Morro do Castelo, um lugar onde você tem uma vista de quase 360 graus de todo Vale do Pati. No acesso, você cruza uma pequena gruta e lá do alto você só tem uma coisa a fazer: sentar e contemplar toda beleza do lugar!!!

Descemos o morro e passamos na casa do André para nos despedirmos de nossos anfitriões e pegar nossas mochilas para partir em direção à Prefeitura(outro ponto de apoio).

Uma caminhada de 01:30 hora e já fomos recebidos por Jailson, filho da Dona raquel também (falta de TV dá nisso né...rsrsrs), com uma boa cerveja gelada.

Largamos tudo na varanda e fomos tomar um bom banho de rio pra relaxar um pouco. Na volta, nos instalamos nos devidos quartos, tomamos banho(gelado sempre!!!) e ficamos na varanda da casa conversando, bebendo Catuaba (sim, ela estava presente em toda parte!) e jogando Dominó e Uno. Era nossa última noite no Vale.

Aline e Eu cada dia que passava nos entrosávamos mais. Tava tudo muito bom!!!

Sétimo dia 08/08/14:

Era hora de deixar o Vale do Pati e deixar nele toda saudade dos dias espetaculares que passamos lá. Um clima de nostalgia tomou conta de mim, mas seguir era preciso pois ainda havia muito por caminhar e muitas outras coisas para desbravar. Saímos cedo da Prefeitura rumo à Andaraí para enfrentar a Ladeira do Império e a "Caliente" área do Ramalho que é a porta de entrada da cidade. Algumas longas horas de caminhada e logo chegamos no primeiro bar da chegada da trilha e a sensação de missão cumprida.

Fazer o Vale do Pati é uma viagem de auto-reflexão, onde você supera seus limites, exercita o espirito de equipe(neste caso) e aprende a rever seus valores. Você com certeza sairá diferente de lá. Nem que seja com os pés ferrados de bolhas e calos...rsrsrs

Depois de beber algumas cervejas, águas, etc... seguimos para nossa pousada onde já estavam nossos carros e moto.

Almoçamos e uns aproveitaram para lavar roupas e botas e organizar o que fosse necessário.

Aproveitamos a estrutura da pousada e jogamos um pouco de sinuca para descontrair. À noite saímos para dar uma volta pela cidade e comer umas besteiras locais.

Aline e Eu já parecíamos um casal que se conhecia há anos...rsrsrs

Oitavo dia 09/08/14:

Acordamos sem compromisso com horário, comemos e fomos conhecer um dos atrativos de Andaraí chamado Poço Azul. Um lago de água tão cristalina que impressiona a qualquer visitante. E como ele está numa gruta, existe uma fenda onde os raios de sol penetram e criam um efeito surreal. Almoçamos ali memso e logo fizemos flutuação onde todos aproveitaram para tirar muitas fotos do local.

Na saída para Ibicoara, resolvemos passar em Igatu. Confesso que foi uma grata surpresa. A cidade é super charmosa e bem "roots". Lembra muito o Vale do Capão. Gente simples e hospitaleira que deixa qualquer um se sentindo em casa. Demos uma volta de reconhecimento de área e logo conhecemos a primeira celebridade do local; Seu Amarildo, um grande fã da Xuxa e Roberto Carlos. Ele tem uma pequena lojinha onde se encontra de tudo, inclusive licor de "Alguma Coisa"...rsrs.

Visitamos o museu, cemitério, igreja, etc...e fomos presenteados com uma lua "Super Moon" impressionante.

Gostamos tanto da cidade que resolvemos dormir por lá. Nesse momento foi fundado um grupo dissidente chamado 'fudendo roteiros" com Breno como presidente, eu como vice e Aline de bucha já que estava comigo e não tinha como fugir.... Ainda tinha a Cris, Tácio e a Barbara como conselheiros...rsrs

Jantamos no restaurante do Léo um estrogonofe delicioso acompanhado de umas cachacinhas com mel. Conhecemos um nativo chamado Martinho que nos sugeriu uma trilha para 3 cachoeiras em sequencia. Topamos de cara e logo acertamos o roteiro.

Nono dia 10/08/14

Como combinado, às 08:30 horas estávamos prontos. Partimos de Igatu em direçao à entrada da trilha que fica às margens da estrada que leva à Mucugê.

Numa trilha bem tranquila chegamos primeiro à Cachoeira Três Barras. Uma linda queda d'água com um gigante poço onde se pode nadar à vontade.

Na sequencia nos deparamos com a Cachoeira dos Cristais com suas paredes repletas destes elementos que dão o nome ao local. Realmente impressionante os blocos de cristais encrustados nas paredes!!!

Por último chegamos à Cachoeira da Fenda, enfiada no meio de 2 paredões essa cachoeira é de uma beleza extravagante com água super gelada, já que não existe nenhuma incidência de luz solar sobre ela.

Na volta fomos presenteados com um visual incrível. Um jardim de flores que refletia suas cores devido à luz do sol. Coisas que você só vai ver na Chapada Diamantina!

Retornamos à estrada e partimos direto para Ibicoara. Última cidade a ser visitada pelo grupo.

Chegamos e já era noite e acabamos nos hospedando em uma pequena pousada na entrada da localidade.

Ibicoara não é uma cidade bonita, mas o que ela tem de mais espetacular estava por nos mostrar no dia seguinte.

Décimo dia 11/08/14:

Acordamos cedo como de costume, tomamos café da manhã e logo fomos dar uma volta no centro da cidade. Demos uma volta pelo comércio local, sacamos dinheiro, Aline e Tácio jogaram na Mega-Sena pra ver se voltavam milionários da trip, mas infelizmente não foi dessa vez que eu daria o golpe do baú na Aline Então continuei curtindo com ela meu último dia com a galera.

Fomos recebidos por nossos guias que nos levariam até a Cachoeira do Buracão.

Saimos todos em seus respectivos carros e moto por uma estrada de terra percorrendo uns 30 km's até chegar no portal do Parque Municipal do Espalhado. Para chegar até lá você passa por areal, atravessa rio...uma verdadeira aventura! Onde a recompensa está no final de tudo.

Ao iniciar o trekking, passamos pela bacia do Espalhado que dá o nome ao parque. Logo em seguida passamos pela Cachoeira das Orquídeas. Descemos mais um pouco e estávamos na cachoeira Recanto Verde. Uma cachoeira linda e peculiar onde a água da queda se esconde por entre as pedras sem formar poço.

A poucos metros dali o grande presente nos esperava. A cachoeira do Buracão dispensa apresentações, descrições, etc..

O lugar é simplesmente EXTRAORDINÁRIO!!! Uma cachoeira de cerca de 85 metros com um volume de água absurdo que você só chega depois de nadar por entre os cânions. A visão que se têm da queda após a travessia a nado é digno de um “Óóoohhh!!!” de admiração. Acredito que é um dos lugares mais bonitos e inesquecíveis que já visitei. Uma sensação ímpar na vida de qualquer um que ali esteve!

Retornamos extasiados com tanta beleza à Ibicoara para jantar e descansar. No restaurante encontramos novamente com toda equipe da Globo, liderada pelo repórter José Raimundo, que estava fazendo uma matéria para o Globo Repórter que vai ao ar em setembro.

Meu coração já batia mais forte de saudade sentindo que meus últimos momentos ali estavam chegando.

Décimo-primeiro dia 12/08/14:

Chegou a hora de partir!

Moto arrumada, bagagem colocada e 550 km's de estrada até Lauro de Freitas.

Essa trip foi inesquecível pra mim. Posso dizer que já viajei por muitos lugares nesse "mundão" e é a primeira vez que paro 1 dia inteiro pra fazer um relato de viagem.

Tenho certeza que fiz grandes amizades, especialmente Breno, um irmão-parceiro, que terá minha amizade para sempre!!! Destaque máximo para Aline, que esteve comigo em todos os momentos. Você é uma mulher especial de verdade!

Agradeço a todos pelos maravilhosos dias que passamos juntos. Vocês são PHODAS (com PH mesmo)!!!!

Engatei a primeira marcha acompanhando os 2 carros que ainda partiam para conhecer a cachoeira da Fumacinha ...e no primeiro cruzamento peguei meu caminho de volta pra casa com a alma lavada e a certeza que Deus coloca as pessoas certas em nosso caminho sempre.

Que a amizade e união desse grupo permaneça como a flor típica da Chapada Diamantina - "SEMPRE VIVA"