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Relato de Viagem RTW / (Volta ao mundo)


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Ah sim creio que o dificil e parti mesmo, eu so tenho pensando em viajar daki 4 anos por causa da facu, como eu faço arquitetura essa viagem vai me "render" muita coisa boa, tambem existe o fator que tenho bolsa, logo nao tenho como largar o curso, ou trancar.

mas vou começar aos poucos, to planejando fazer um mochilao pela america do sul, argentina, uruguai e chile, se der tempo quero ir para o peru tb, ja e um bom começo, ne?Rsss

 

como vc disse o dificil e sair pq vc sente muito medo, mas vamos la!!!!!!! a hora vai chegar rapidim...rs

falows

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Grande Virunga!!

 

Parabéns pelo relato. Show de bola!!

Com um texto descritivo e detalhado assim a gente se transporta por esses lugares por alguns momentos e faz a vontade (q já tenho há anos) de fazer uma RTW crescer muito!

Tenho data marcada pra essa trip: Março/2012. Como sou casado, creio que os custos serão bem diferentes, mas ainda tô bem curioso pra conhecer o tal "caminho das pedras" para uma viagem completa pelo preço só dos tickets!!

Vou acompanhar o relato até o fim...

Abraço e parabéns novamente...

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Ah sim creio que o dificil e parti mesmo, eu so tenho pensando em viajar daki 4 anos por causa da facu, como eu faço arquitetura essa viagem vai me "render" muita coisa boa, tambem existe o fator que tenho bolsa, logo nao tenho como largar o curso, ou trancar.

mas vou começar aos poucos, to planejando fazer um mochilao pela america do sul, argentina, uruguai e chile, se der tempo quero ir para o peru tb, ja e um bom começo, ne?Rsss

 

como vc disse o dificil e sair pq vc sente muito medo, mas vamos la!!!!!!! a hora vai chegar rapidim...rs

falows

 

Pois é, tempo e condições favoráveis pra arrumar grana vc vai ter, basta focar e seguir em frente.

 

Qto a começar aos poucos eu acho uma boa idéia, principalmente pq sua trip RTW tá bem longe ainda. Se não tivesse eu acharia mais jogo focar, tomaria cuidado para não gastar grana pq pode ter certeza q os gastos quase sempre superam as expectativas.

 

Boa sorte

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Grande Virunga!!

 

Parabéns pelo relato. Show de bola!!

Com um texto descritivo e detalhado assim a gente se transporta por esses lugares por alguns momentos e faz a vontade (q já tenho há anos) de fazer uma RTW crescer muito!

Tenho data marcada pra essa trip: Março/2012. Como sou casado, creio que os custos serão bem diferentes, mas ainda tô bem curioso pra conhecer o tal "caminho das pedras" para uma viagem completa pelo preço só dos tickets!!

Vou acompanhar o relato até o fim...

Abraço e parabéns novamente...

 

Diga lá brother, td bem ?

 

Valeu pelos elogios, nem eu acredito nos detalhes dps de quase um ano e olha q tirei bastante coisa mas eu vou dar uma acelerada e uma boa cortada senão não acabo nunca, quem sabe eu ainda consiga terminar antes de sair de férias. Além do mais, como estou tbém em fase de preparação para uma possível RTW, o tempo tá corrido. Isso, é claro, se o meu bolso e o tal vulcão yabadabadoo (desculpa mas eu não sei escrever aquele nome...pronunciar entao, só se eu fosse islandês !) da terra da Bjork permitirem.

 

Pra março de 2012 faltam quase dois anos, mt tempo ainda mas nao custa dar uma olhada em roteiros, idéias, custos, lugares, período, etc. Vou querer ler seu relato tbem, heim ? Qto aos custos, bem, já q vc vai em casal de repente rolam até uns lugares mais maneiros para acomodação, numa dessas vcs podem pensar em alugar apes, por exemplo, mas tem q ver se compensa e ai vai depender de qto tempo vcs vão ficar nos lugares.

 

Como vão estar em dois, podem tentar barganhar preços em certos passeios, mas eu não contaria mt com isso não.

 

O negócio é se ligar no preço médio, qto mais tempo ficar em lugares caros mais cedo sua trip pode terminar a não ser q vc seja expatriado ou gringo (nem preciso falar q é td mais facil pra eles, né ? ) q além da grana ainda tem a possibilidade de arrumar empregos formais (isso vale mais para os gringos) para reforçar o caixa.

 

Pense nisso quando estiver fazendo o roteiro mas eu imagino q não deve ser fácil planejar uma trip dessas com 2 pessoas afinal como vc vai conciliar os 350 lugares q vc quer ir com os 693 lugares escolhidos pela sua esposa ? rsrs Cuidado pra não meter os pés pelas mãos e cair no risco, normal por sinal, de querer visitar tudo. Só para exemplo, o meu roteiro q tem q ser curto e enxuto muda quase todo dia e isso pq tá praticamente acertado, vamos ver se o vulcão deixa.

 

Falando nisso, fica um toque : mesmo que vc queira não é possível visitar todos os lugares que vc quer ir. Pense nisso pra não ficar nenhuma frustração depois. E mais, durante a trip o roteiro vai mudar msm entao pra q estressar ?

 

Boa sorte !

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  • 2 semanas depois...
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E aí pessoal, td blz ?

 

Pois é, o tal do Murphy que tentou melar minhas férias/trip no ano passado apareceu de novo na mesma época e tive que me ausentar por um tempo, mas dessa vez eu dei uma bicuda nele e acho q só vai voltar daqui a 5 anos, menos mal. Resolvido isso, vou tentar dar uma adiantada no relato pois conforme prometido vou terminar ele um dia e como as férias estão se aproximando, vou ver se consigo finalizar antes delas.

 

Chega de papo furado então simbora passear na cidadezinha escondida com população simpática nos cafundós do sudoca asiático.

 

Peguei a direção oposta do lugar de onde saiam as excursões em busca do butanding e fui caminhando tranquilamente pela estrada que cortava uma área muito verde. Dei uma olhada just in case pra ver se tinha companhia porque vai que os seguidores do Ricky Martin resolvessem aparecer, mas felizmente nem sombra deles e o caminho foi tranqüilo sem companhias indesejáveis, apenas o visual bonito e a tranqüilidade de uma tarde ensolarada de domingo.

 

Atravessei a ponte, continuei andando pra onde eu pensava que era a direção da pequena cidade confiando na minha intuição (leia-se chute) e no meu GPS (aquele inexistente), a estrada deu uma afunilada e as primeiras casas começaram a aparecer, assim como uma serie de ruas estreitas com casas de muro baixo e muitas crianças na rua.

 

Algumas delas puxavam papo, curiosas como todas as crianças. Nisso o movimento foi ficando mais intenso a medida q eu me aproximava do centro observando tudo e todos. Na igreja estava rolando uma missa e logo ali ao lado eu reconheci o lugar que eu tinha descido do jeepney quando cheguei na cidade.

 

Por ser uma tarde de domingo e a cidade ser pequena pensei q não ia encontrar muita coisa afinal de chatice eu tô craque desde que vim morar no sertão mas na verdade não foi nada disso q encontrei, muito pelo contrário, a cidadezinha tava bombando. Me perdi (novidade...) pelas ruelas e acabei encontrando um mercado de rua bastante movimentado, algo q peguei gosto desde minha primeira viagem pra ásia pois se tem algo q eu gosto de visitar nos lugares em q visito é mercado. Pra mim ele mostra bem a pulsação de um lugar, a vibe de uma cidade.

 

O mercado vendia de tudo mas no geral era até bem organizado e quis me lembrar essas feiras q temos em Sampa. Aqui no sertão eu nunca vi mas fiquei sabendo que é pq moro num bairro onde não existem feiras de rua. Uma pena mas...sei lá...Brasília sabe como é.

 

Fui andando sem rumo e me deparei com um hotelzinho bem bacana mas numa olhada rápida percebi q ali tbém aceitavam mochileiros pois preços praticados estavam uma pechincha até para assalariados dando a volta ao mundo. Adoro a Ásia !

 

Mas como a temporada já tinha passado de repente era uma oferta especial mas enfim, numa próxima vez quem sabe eu não me hospede lá ?

 

Um pouco mais adiante eu me deparei com uma vendinha e resolvi comprar algo pra beber. Cheguei lá e cumprimentei uma senhora q estava com a família assistindo tv, em ingles, e perguntei se tinha algo gelado pra beber e fui prontamente atendido. Como era uma vendinha, bastante ajeitada por sinal, a oferta era grande, peguei um refri e sentei ali mesmo. Pedi mais outro, paguei, agradeci e fui embora chocado com o preço. Nossa, foi muito barato, acho q nem dava escala pra fazer contas. Me senti um gringo ou expatriado q “esquece” que é brasileiro, esse povo de vida facil (nossa, me lembrou até aquela musica do cazuza) q viaja o mundo todo com o cambio sempre favorável mas ao contrário deles não fiquei fazendo questão por um ou dois centavos a mais. Bando de frufrus.

 

Continuei minha exploração pela cidadezinha e quando percebi já era hora de voltar afinal ainda tinha uma longa caminhada pela frente e não estava com minha lanterna.

 

No caminho já próximo a igreja eu vi um casal de mochileiros sendo q a mina tinha um estilo bastante diferente daquele q a gente costuma cruzar pelo brasil, era bem loira, alta, bastante estilosa e cabelo curto com um corte diferente bagunçadamente arrumado. Coisa de gringa.

 

Pelo estilo e cor do cabelo deduzi q era escandinava mas pela altura poderia ser holandesa. No dia seguinte eu ouvi ela conversando em inglês e descartei essa segunda opção. Pra não falarem por aí q eu fico em cima do muro vou dar minha opinião : ela era européia e não se fala mais nisso...

 

Eles haviam acabado de chegar, ainda estavam com suas respectivas mochilas, pareciam q estavam procurando acomodação e um tanto perdidos, aquela cena tipica de quem acaba de chegar num lugar novo precisa resolver algo fundamental como achar um lugar aceitável para passar a noite.

 

Continuei seguindo o caminho inverso que fiz quando fui para a cidade q continuava movimentada mas aos poucos a muvuca do mercado ia diminuindo. Caminhei admirando a paisagem e acelerei um pouco o passo para chegar na minha acomodação e pegar o resto do sol que já estava prestes a se por no horizonte.

 

Cheguei, matei o tempo um pouco conversando com os simpáticos funcionários do resort e aproveitei para avisar q iria sair cedo na manhã seguinte e queria saber como fazia para acertar as contas. Também pedi para me acordarem pois meu despertador de repente virou indiano então achei melhor acertar com uma pessoa do próprio hotel para me acordar no horário combinado e não perder o passeio na manhã seguinte bem cedo.

 

Tomei um banho, fui jantar e pensei até em voltar à cidadezinha pra dar um role noturno mas pela logística da coisa, descolar transporte, etc resolvi q não valeria a pena entao me recolhi, dei uma adiantada no livro e fui dormir afinal o dia seguinte começaria bem cedo.

 

Na manhã seguinte acordei, arrumei minhas coisas, tomei café, paguei as contas, me despedi do pessoal do resort, peguei minha mochila e tomei o rumo do local combinado para me encontrar com os franceses e partir para mais uma rodada no mar para ver se o tal bicho existia ou era que nem cabeça de bacalhau ou enterro de anão : todo mundo sabe que existe mas ninguém nunca viu.

 

Cheguei no local e como ainda tava muito cedo o escritório tava fechado e nem sinal dos franceses, que estavam hospedados no hotel bem ali na cara do gol.

 

As únicas pessoas presentes eram o cara que aluga equipamento de snorkel e mais um mochileiro que tinha acabado de passar a noite no ônibus vindo da capital Manila. Nos cumprimentamos e começamos a bater papo enquanto a muvuca não começava. Falei pra ele como funcionava a coisa, disse que estava indo num passeio meio que privado e por isso iria sair mais cedo porque teria que voltar a tempo de pegar meu transporte para ir embora naquela mesma tarde pouco depois do almoço.

 

Nisso eu fui ver um equipamento para alugar mas o gringo ingles disse que se quisesse poderia emprestar pelo menos as nadadeiras porque ele tinha dois pares, o cara era instrutor de mergulho nas filipinas. Prontamente aceitei a oferta e só aluguei a mascara. As nadadeiras do cara eram muito legais, peguei uma no modelo split fin e como eu acho esse lance de mergulho um mundo pra lá de fascinante, o papo foi pra esse lado.

 

O cara iria voltar para Inglaterra por um tempo e depois se mandaria para o mar vermelho, no egito. Como eu conheço razoavelmente bem aqueles lados o papo fluiu solto.

 

Pelo q vi nas Filipinas você mergulha menos e consequentemente a grana é menor mas o mergulho e a operação de mergulho é muito melhor do que por exemplo a da Tailândia, comercial ao extremo (Austrália também...) e apesar de não mergulhar pelo que pude ver na tailândia eu entendi o que o cara queria dizer. Na tailândia me parece que muitas vezes o dive master tá de ressaca da noite anterior ou coisa pior, chapadasso, o que no alto da minha ignorância eu não acho que seja legal para alguém responsável por um grupo de mergulhadores de diferentes níveis no fundo do mar mas enfim, essa é a minha opinião e certamente não acontece apenas lá.

 

Papo vai papo vem fiquei sabendo que o inglês não iria passar muito tempo ali, iria ver o bicho – caso o mesmo desse a honra de sua presença – e depois se mandaria pra não sei aonde. Falei com ele que se quisesse poderia falar com os franceses e assim ele nos juntaria a nós, o que diminuiria o custo do charter e facilitaria a vida de todo mundo.

 

Expliquei que como tínhamos ido no dia anterior e não vimos nada conseguimos uma barbada (valeu francês !) de não ter que pagar a taxa de novo, só o charter do barco. No caso dele, teria que pagar alem do barco a tal taxa no que ele prontamente aceitou e ficou bom pra todo mundo.

 

Nisso o francês chegou, expliquei a situação pra ele que concordou de imediato e era só esperar o pai dele que estava se arrumando e em breve a gente estaria liberado para partir.

 

Enquanto o francês foi resolver não sei lá o que chegou um casal com a tal gringa – aquela de cabelos bagunçadamente arrumados – que desceu do triciclo, veio na nossa direção e perguntou se alguém trocaria uma nota alta porque ela precisava de trocado pra pagar o motorista. Reconheci ela do dia anterior e pelo inglês praticamente sem sotaque me liguei que ela não era holandesa (não sei da onde era) mas certamente era de algum lugar da escandinávia pelo estilo, cor dos olhos, ingles quase sem sotaque e uma atitude, postura e um certo arzinho de arrogância e nariz empinado que me atraem bastante numa gringa. Isso, é óbvio, além do corpo esguio, sorriso bonito e olhar penetrante. Era nórdica, descendentes de vikings, bonita, charmosa mas como a maioria das gringas possuía uma sensualidade semelhante a de um, sei la, robocop. Pois é, mulher brasuca e francesa não tem pra ninguém...

 

Após isso resolvemos ir eu e o novo amigo para arrumar um lugar pra deixar a mochila dele. Caminhamos um pouco e deixamos no bar do hotel onde estavam hospedados os franceses. Já que estávamos por ali mesmo o cara resolveu tomar um café enquanto a gente não saia.

 

No mesmo lugar estava um garota magra, loira, cabelo curto, de corpo atlético e rapidamente puxamos conversa. Ela era americana mas falava sem o irritante sotaque anasalado, tinha chegado no dia anterior e iria embora naquele dia após o almoço. Estava trabalhando em Manila por um mês e depois fiquei sabendo que essa sim tinha um emprego de dar inveja, viajava pra cima e pra baixo pelos quatro cantos do mundo em cidades que variavam de Paris à Jacarta. Volto nela mais tarde.

 

Ficamos batendo papo e aproveitei para sacar a diferença entre os sotaques e nessas ampliei meu vocabulário um pouco mais. Aprendi, também, como um inglês pede um pouco de agua para pingar no café e ajudar a esfriar um pouquinho porque o barco já tava saindo e a gente tinha que correr...

 

Fomos para o barco começar o safari marinho mais cedo em busca do butanding, pra inveja de todos os presentes afinal eles iriam sair no mínimo uma hora mais tarde. Isso tudo numa segunda feira de manhã. Adoro férias.

 

Notei que a mãe do francês dessa vez não foi junto, ela preferiu ficar na tranqüilidade do hotel. O barco seguiu em direção ao horizonte e lá fomos nós mais uma vez bastante confiantes. Pra mim só o fato de estar ali já tava bom demais, se o bicho desse o ar da sua graça seria melhor ainda caso contrário tudo bem também. Numa viagem tudo é novidade então o que a mãe natureza mandasse, com exceção de chuva, já estava bom demais. Eu continuo fazendo parte daqueles que acham que no geral não tem viagem ruim, ruim é não viajar.

 

O tempo passou, o instrutor de mergulho de inglês sacou uma câmera DSRL e ficou tirando fotos e o resto da galera só curtindo e de olho no mar em busca de uma sombra com pintas brancas.

 

Passou um tempo e já deu pra perceber que não estávamos mais sozinhos pois os outros barcos também começaram suas buscas o que achei até bom porque quanto mais olhos procurando, melhor.

 

Ficamos nesse rame-rame por um longo período até que de repente o spotter, com seus olhos treinados e visão privilegiada lá de cima, falou alguma para o barqueiro e o “bio” e a agitação tomou conta do barco. O capitão manobrou com destreza, ninguém entendendo nada mas o primeiro butanding do dia havia sido avistado e era isso que importava.

 

Deixa eu só abrir um parenteses aqui e explicar quem são os butandings. Para auxiliar na explicação vou colocar algumas fotos ao longo do texto assim fica mais fácil, lembrando que as fotos foram escandalosamente extraídas da net.

 

Butanding nada mais é do que a forma como os locais chamam o maior peixe do mundo : tubarão baleia. Apesar do tamanho que pode chegar a uns 12/15 metros e ter uma boca cujo diametro seria capaz de engolir dois mergulhadores ao mesmo tempo, para sorte nossa ele só come planctons, pois é, o maior peixe dos mares se alimenta da menor das criaturas, a base da cadeia alimentar, mãe natureza sabe como é. Ele foi batizado de baleia não só pelo tamanho mas também pela técnica de alimentação através da filtragem.

 

É um peixe migratório e habita os mares tropicais (e alguns nem tanto) mundo afora atrás de plancton e tem um absurdo bom gosto para escolher lugares paradisiacos e achar comida : Maldivas, Filipinas, Moçambique, Australia, Tailandia, Galapagos, Ilhas Coco, Seycheles, Tanzania e de vez um quando um perdido aqui na costa brasileira, dentre outros lugares. Falei q ele tinha bom gosto... Mar Vermelho também seus dias mas devem ser assim...tipo Brasil...raridade aparecer um desses.

 

Como predador natural, adivinha quem ? O homem. Nenhuma novidade até aí mas como muitas especies de tubarão, ele corre o risco de virar história por culpa da industria pesqueira e pelo consumo de suas barbatanas. O mercado é forte na Asia, barbatana de tubarão é uma iguaria carissima em certos paíse e com a pujança asiática, chinesa principalmente, comer sopa de tubarão é sinonimo de status. Li em algum lugar que até nao tanto tempo atrás os maiores fornecedores eram a galerinha da comunidade europeia, vai vendo. Os gringos, protetores-mor da natureza, confirmando a hipocrisia desse papinho eco-chato são os primeiros a vender a alma pro diabo, pagando bem que mal tem ?

 

De volta as filipinas, o mais interessante é que reza a lenda que os habitantes da regiao sabiam da grande concentração de butanding ali há mais de um século mas eles pensavam que eram perigosos e foi só quando em 1998 um grupo de mergulhadores chegaram por ali e interagiram com os bichos, foi documentado e aí chamou a atenção da midia e consequentemente do turismo pro local.

 

Algumas fotos do peixe mas de diferentes lugares, a maioria delas foi tirada nas filipinas mas infelizmente quando eu estava lá a agua não tinha essa visibilidade :

 

20100430003752.jpg

 

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20100430002722.jpg

 

Que belo peixão, heim ?

 

20100430002012.jpg

 

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Nos preparamos e aos berros de “go go go” caímos todo mundo n´agua ao mesmo tempo com o “bio” nadando lá na frente. Nessa primeira caída acho q só ele viu então ficamos juntos esperando o barco nos resgatar.

 

Continuamos nossa busca agora acompanhados por outros barcos e a festa começou. Tudo bem que quando um butanding é avistado vira aquele d´s nos acuda mas que é divertido isso é. Às vezes vira um certo caos e uma verdadeira corrida maluca para ver quem chega primeiro no lugar onde o bicho foi avistado e assim fica melhor colocado para despejar a galera primeiro.

 

20100429222358.jpg

 

Na segunda vez alguns integrantes do nosso barco viu uma sombra e eu nem isso, mesmo com o “bio” apontando pro fundo insistentemente pra uma coisa que só ele viu. Por mais vagaroso que o tubarão-baleia nade (5km) ainda é muito mais rápido do que uma pessoa e rapidamente ele foi embora e eu não vi nada.

 

A busca continua...

 

Rodamos um pouco mais e percebemos que tinha uma galera na água mais adiante e uma certa aglomeração de barcos esperando sua vez para despejar mais gente n´água, rapidamente nos dirigimos até lá pra ver se também teríamos chance de cair n´agua de novo.

 

Chegando lá tinha um “bio” que nadava a milhão parecendo um torpedo e certamente ele tava seguindo o bicho. O nosso barqueiro posicionou o barco lá na frente, todo mundo á postos e após aquela combinação de “tchibum” com “splash” finalmente eu consegui ver alguma coisa com a precisa ajuda do “bio” e dessa vez eu vi uma cauda passando bem abaixo de mim com um monte de manchas brancas. Não deu outra : "PQP, um butanding !!!" Nossa, incrível ! Apesar de ter sido uma rápida olhadela nem preciso comentar que ficou na minha memória até hoje.

 

Cheguei a ver outras vezes mas a primeira impressão é a que fica. Infelizmente a visibilidade da água tava muito ruim, apesar da temperatura agradável e da falta de ondas o mar apresentava uma cor turva então para ver as imagens como as da foto não foi possível.

 

Como foi a primeira mas decididamente não ultima vez que vi o grande e inofensivo leviatã eu me dei por satisfeito mas na próxima vez vai ter q ser que nem das fotos !

 

Depois de mais algumas caídas e visões do bicho bastante prejudicadas pela cor da agua já era hora de voltar pra praia e seguir viagem. Uma pena porque deu pra ver que os outros botes estavam tendo visões constantes e até um helicóptero vindo sabe-se lá não sei da onde ficou dando uns rasantes sobre nossas cabeças.

 

No caminho conversando com os companheiros de aventura o francês me disse que viu o bicho mas lamentou a fraca visibilidade e o inglês comentou q teve uma visão da boca enorme vindo em sua direção e que desviou na ultima hora. Humn, realmente vou ter q checar esse bicho outras vezes e já tem lugar (mas não data) marcado : México e Moçambique.

 

Chegando na praia, nos despedimos do inglês e da tripulação do barco e a van já estava nos esperando para nos levar até o aeroporto e dali cada um seguiria seu rumo. Os franceses ficariam em Manila e eu iria para a decepção da viagem : Boracay. Aquilo ali só não é pior do que Phuket porque...bem...não existe lugar pior do que Phuket. Mas Boracay tá se esforçando...

 

Cobrimos o trajeto em mais ou menos duas horas e o frances foi contando mais sobre o pais. Quando chegamos na cidade com o aeroporto deu pra ver a bonita vista do vulcão em forma de cone perfeito. Vulcão esse que vez em quando deixa todos em alerta e muita gente tem q sair de casa quando ele resolve acordar e mostrar que está vivo.

 

No aeroporto, uma surpresa. A americana estava lá e como já nos conhecíamos ficamos conversando e matando tempo a espera do nosso vôo, que atrasou umas 3 horas.

 

Papo vai papo vem descobri q a empresa onde ela trabalhava numa multinacional e passava algo em torno de 4 a 5 semanas em cada lugar. Apesar de não estarmos nem no meio do ano ainda ela já tinha passado por cinco cidades em continentes diferentes : Jacarta, Paris, Amsterdam, Chicago (onde ela morava) e pra onde ela estava indo no dia seguinte e Manila. Iria passar um mês em Chicago e depois teria 5 semanas em Shangai e mais umas 4 em Paris. Chato né ? Anotem aí o nome da empresa pra mandar currículo : Laboratórios Abbot e já sabem, se conseguirem algo me falem pra eu mandar meu curriculo também !

 

Depois de um certo tempo sem informações eu comecei a me preocupar porque ainda tinha mais um vôo para Boracay e se esse vôo para Manila atrasasse muito, como ia ficar ? O frances e a americana me aconselharam a ir falar com alguém da companhia aérea e La fui eu. O aeroporto era uma piada, pequeno, quase sem estrutura, maquina raio X não funcionava o que eu achei falta grave porque as Filipinas infelizmente tem regiões com ataques terroristas e numa dessas eles poderiam se aproveitar da segurança falha e fazer aquele estrago. Mas pelo menos existia um agente que pedia para todos abrirem suas respectivas bagagens para uma rápida olhada.

 

Pedi permissão para sair da área onde eu tava e fui falar com um funcionário da cia aérea que para não fugir a regra ficou muito feliz em poder me ajudar. Liga daqui liga de lá e depois ele me disse que caso não houvesse tempo hábil para fazer a conexão em Manila eu seria recolocado num vôo para um aeroporto próximo de Boracay e de lá eu seguiria de van para meu destino.

 

Como se não bastasse o cara ainda me deu o telefone de um big boss da cia aérea para caso tivesse problemas poderia ligar diretamente pra ele. Eu fiquei bobo, imagina um passageiro da GOL estrangeiro perdido aqui no Brasil com o telefone de um Constantino Jr da vida para resolver problema de reserva de voo. Ah, e o telefone funcionava porque o funcionário ligou pro big boss e ele se comprometeu a me ajudar caso fosse necessário. Fiquei bobo, falem-me em respeito ao passageiro.

 

Voltei feliz da vida para o sala de embarque e contei o que havia acontecido. Tudo resolvido. Pouco depois a americana falou pra mim : “olha, a gente vê o que vai acontecer quando chegarmos em Manila e caso as coisas não funcionem do jeito esperado se você quiser e não tiver acomodação pode passar a noite no meu hotel (a mina fica num hotel cinco estrelas com motorista a disposição) sem problema algum. Meu vôo sai amanhã bem cedo"

 

Eu agradeci a oferta, dei uma disfarçada e fui tentar cancelar o tal vôo quando de repente me veio aquela musica do Black Eyed Peas que diz mais ou menos assim :

 

I gotta feeling

That tonight's gonna be a good night

That tonight's gonna be a good night

That tonight's gonna be a good, good night

 

Qual foi o resultado disso tudo ? Só no próximo relato mas já vou avisando que vai demorar um pouquinho porque estou saindo de férias... Mundo, aí vou eu.

 

Abraços e valeu pela companhia,

 

Virunga

 

 

 

 

 

 

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  • 3 semanas depois...
  • Colaboradores

Aêee Virungaaa! Salve, salve!!

 

Nossa que linda as imagens! E tu ainda conseguiu ver algooo!! huhuhu Parabéns!!

 

Poxa a cada relato uma novidade bacana! Gente que vc vai conhecendo e trocando ideias! E essa americana aí, q trabalho chato hein... passar mtas temporadas de um país ao outro, só na manha...hehehe Vou já visitar o site da empresa dela e enviar meu CV...srsrsr

 

E agora vou ter q espera mais hein?! Outra RTW nessas férias?! Desde já desejo sucesso e diversão para vc!

 

Bjs e até mais!

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  • Membros

 

Oi Thalitaaaaa, td bem ?

 

Q bom q vc continua curtindo !! Mt coisa pra ver nesse mundao, quanto mais a gente ve mais coisa aparece.

 

O relato tah no finzinho mas ainda nao terminou, no momento foi uma "parada tecnica" afinal estou de ferias e conforme prometi vou termina-lo.

 

Falando em ferias, vc acertou... to numa outra RTW. Comecou um tanto confusa pq eu jah tinha saido do pais qdo descobri q a RTW ia pintar entao foi um d's nos acuda para amarrar as pontas (foi dificil...) qdo eu ja estava em viagem mas agora acho q ela ja estah nos trilhos. Comecei pela tresloucada e mt bacana amsterdam, depois fui pra belissima veneza, vim pra california (Venice beach eu achei meia boca pracas e com a maior quantidade de porcaria pra vender por metro quadrado, acho q soh perde pra loja do corinthians...rsrs). Amanha sigo pra uma paradisiaca ilha com nome de sandalia e a trip continua pra asia...

 

Ainda bem q nao dou ouvidos as dicas Tabajara q a gente ve por aih em certos blogs, revistas de viagens e outras fontes caso contrario uma hora dessas eu estaria na cidade de Aparecida do Norte fazendo promessa pra quem sabe um dia fazer uma trip dessas. Espero q as pessoas possam fazer o msm mas pra isso tem que usar muito a cuca e o bolso vem depois, mas se ficarem acreditando em certas dicas por aih, meu d´s, vão ficar em casa pra sempre.

 

Vou ver dps se faco um relato (mas dessa vez bem resumido) dessa nova trip mas nao prometo. Mas antes tenho q terminar esse relato, pode deixar.

 

Bjs e ateh a volta.

 

valeu pela visita,

 

Virunga

 

 

 

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  • Membros

Tb to curtindo muito seu relato, e to torcendo para vc fazer outro dessa viagem atual.

Vc ja tinha falado e realmente e verdade, quando vc pesquisa parece que aquele lugar dos sonhos que parecei inalcançavel pode se tornar real, eu to planejando minha trip para o proximo ano, acho q vai ser uma mini rtw...rssss

boa sorte ai na viagem

abraço

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  • Membros

oi zenjr

 

Valeu pelo apoio, legal saber que vc ja percebeu que nao eh nenhum bicho de sete cabecas como alguns fazem parecer e dah sim para chegar naquele lugar que a gente pensava q soh veriamos atraves de revistas e documentarios de tv a cabo.

 

Ainda bem que numa trip dessas o que parecia impossivel torna-se possivel porque se nao fosse assim uma hora dessas eu nao estaria escrevendo de uma ilha onde os policiais andam de saia e as mulheres com roupas coloridas e uma flor na orelha, um povo sorridente e hospitaleiro. Benvindo a Samoa !!!

 

Grande abraco e boa sorte nos seus planos para a mini-rtw, vou querer ler os relatos tbem !

 

Virunga

 

 

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  • 4 semanas depois...

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