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Relato de Viagem RTW / (Volta ao mundo)


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Faaaaaaala edu.apr, tudo bem ?

 

Muuuito bom ! Demais saber que você percebeu a idéia principal desse relato. Dou a maior força afinal o sol nasce para todos inclusive para proletários como nós ! rsrs Lá na frente quando chegar a hora de bater o martelo e caso necessite de alguma ajuda para fazer o ajuste final, fique à vontade para perguntar porque é justamente nessa hora que eu gosto de “pitacar”.

 

Como você não é corinthiano e nem funcionário público então terá direito a desconto e garantia na consultoria, só não seja mais um paraquedista como a maioria. :) Brincadeira, aqui comigo (quase) todo mundo tem vez.

 

Já que falta bastante tempo para a sua trip então dá para pesquisar legal, planejar e “apertar de todos os lados” porque infelizmente a coisa continua se deteriorando para os brasucas que almejam viajar para o exterior com esse dólar e o IOF batendo lá na casa do dr Carvalho. :(

 

Agora que as viagens internacionais encareceram para quem ganha a vida em reais, quem quiser viajar para fora vai ter que ficar mais esperto, seletivo e antenado. Só para se ter uma idéia e botar uma pilha, pelo que ando pesquisando no que diz respeito à parte aérea, com um pouco de sorte, 20/25 mil milhas e, sei lá, U$ 2.000,00ish doletas já daria para fazer uma trip RTW bem legal (viu como dá pra espremer e fazer caber no bolso de um assalariado ?), ou seja, pagar exageradas U$ 7 mil doletas por uma passagem RTW beira o surrealismo (eufemismo para ridículo).

 

Abraço.

 

VIRUNGA

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  • 2 meses depois...
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God do céu que saudades deste relato!! Credo Viruga, virei tua discípula foi?! Mais de 2 anos sem vim aqui e há algumas noites vidradas (agora na telinha do celular, não mai so PC nas horas off do trabalho...kkk).... Tu demora a postar e eu demorei p voltar... Mas olha eu simplesmente adoro sua forma de escrever e compartilhar conosco esta trip!! E eu não terminei de ler não... Ainda estou há 2 folhas atrás.... Kkk mas n resiti e quis me fazer presente para qnd VC voltar, perceber "que aqui me tens de regresso"!!

Bjão grande!!!

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God do céu que saudades deste relato!! Credo Viruga, virei tua discípula foi?! Mais de 2 anos sem vim aqui e há algumas noites vidradas (agora na telinha do celular, não mai so PC nas horas off do trabalho...kkk).... Tu demora a postar e eu demorei p voltar... Mas olha eu simplesmente adoro sua forma de escrever e compartilhar conosco esta trip!! E eu não terminei de ler não... Ainda estou há 2 folhas atrás.... Kkk mas n resiti e quis me fazer presente para qnd VC voltar, perceber "que aqui me tens de regresso"!!

Bjão grande!!!

 

Oi Thalitaaaaaa, tudo bem ?

 

Que bom que você voltou, seja mais do que bem-vinda !!!

 

Falando em voltar, acredite ou não mas é bem provável que hoje eu coloque mais uma parte do relato, que baita coincidência, né ? Parece até que estava combinado. rsrs.

 

Pois é, fazia um tempinho que eu também não aparecia por essas bandas então vou pegar carona na sua citação “aqui me tens regresso” 8) ! Pra falar a verdade, era para eu ter postado ontem mas não consegui. E sim, eu demoro mesmo pra postar e numa dessas a coisa vai ficando para trás e como não é uma viagem muito, como posso dizer, "convencional", corre o risco de cair no esquecimento. Mas pode deixar que eu demoro mas apareço.

 

Gostei muito de saber que você curte isso aqui, como eu disse outra vez, espero que as pessoas que acompanham esse relato se divirtam tanto como eu que escrevo.

 

Como você não terminou de ler (2 folhas atrás) então não se preocupe, têm mais páginas saindo do forno (trocentas folhas à frente ! hehe) , espero que continue gostando.

 

Volto logo.

 

Se cuida !

 

Beijão

 

VIRUNGA

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Bem, amigos e amigas, como vão ?

 

Demorei de novo (é mesmo ? Não me digam ! 8) ), mas já deixei temporariamente o lado claro da força e estou de volta para a gente take a walk on the wild side e dar continuidade nisso aqui.

 

Já que é assim, fim da secura e da carência então bora logo tirar o atraso (ueeepa ! Sei que vocês já estão carecas de saber mas não custa nada relembrar que mesmo após mais um longo hiato tudo aqui continua no bom sentido, é claro !), afinal esse relato conseguiu a proeza de ser mais arrastado do que o julgamento da pizza do mensalão e quero terminá-lo sem ter que recorrer aos embargos infringentes, convocar “rolezinhos” ou antes mesmo que o Fluminense entre com recurso, mas do jeito que a coisa (não) flui isso aqui vai ficar mesmo no ritmo de Martinho da Vila: “É devagar...é devagar...é devagar...é devagar...devagarinho”.

 

Meu d´s, a coisa já começou cedo. Pausa para o remédio.

 

Então, pra falar a verdade essas coisas continuam sem muita relevância pois o que realmente conta é que pelo menos aparentemente o assunto RTW aos poucos vai deixando de ser um tabu para se tornar realidade para a brasucada, tanto é que, blimey !, já estão até banalizando afinal hoje em dia viajar para Sydney ou Hong Kong (qual será a próxima : Buenos Aires, Dubai, Tegucicalpa, Nova Delhi ou Ciudad del Leste ?) ou até mesmo pela Transsiberiana virou sinônimo de “Volta ao Mundo” e apesar do esforço de muitos (já descontando a seara de objetivos, prazos, vontades, estilos, roteiros e orçamentos diferentes) em pagar mais caro por tudo (coisa de brasuca orelha), acho que uma hora dessas já deu para perceber que uma trip RTW está longe de ser um sonho distante ou uma viagem impossível e muito custosa, principalmente para quem tem mais que dois neurônios.

 

Já praqueles que não têm tantos neurônios assim e cujos Tico e Teco só funcionam alternadamente senão entram em curto-circuito, nada de desespero, não precisam bater a cabeça na parede pois conforme já vimos anteriormente a pessoa nem precisa ser assim tão perspicaz, apenas terá que compensar com uma carteira mais recheada.

 

Tem de tudo nessa vida. Incrivel saber que uns gastam inacreditáveis U$ 50 mil numa RTW “econômica” de um ano e ainda acham “o bicho” financeiramente falando, outros “especialistas” chegam a pagar alarmantes U$ 3ish mil apenas em transporte para colecionar bandeirinhas e carimbos de países asiáticos ou europeus (dia desses havia passagens para Ásia na casa de palpáveis mil doletas) enquanto alguns vão ainda mais longe, literalmente, pois viajam para dois ou três continentes e gastam superlativos U$ 5 mil só em passagens, valores que até um faraó egípcio, um marajá indiano, um bilionário brega-cafona-megalomaníaco nadando em petrodólares em Dubai ou o próprio Rei do Camarote achariam um baita exagero.

 

Acho que esses valores representam um coquetel molotov em qualquer orçamento que se preze e contribuem para achar que viajar pelo mundo é algo muito caro beirando o impossível, o que não é bem assim. Falem-me em queimar a largada. #acordabrasucada

 

E grana todo mundo sabe que é algo complicado, quanto mais queremos controlar, colocar numa casinha pra dar de comer todo dia na boquinha e cuidar bem, mais ela se rebela e engole nossas cabeças numa bocada só. Parece investimento em Bolsa. Ou orçamento de viagem. Tá, tá, eu sei e vou ter que falar : algumas mulheres são assim também. :wink:

 

Tudo bem que “cada bolso é cada bolso” (e vice-versa) e este a$$unto costuma ser meio espinhoso, mas como a idéia aqui é dar uma geral e mostrar que essa trip é algo factível e não precisa levar as suadas economias de ninguém à lona (lembrando que não estou dizendo que é barata, mas sim que é possivel fazer com que fique substancialmente mais acessível e assim possa caber no bolso de muitos), com mais ou menos esse montante (olhem que legal !), timing, antecedência, alguma sorte e sem ter que apelar para certos artificios de contabilidade criativa e outras formas de mandracarias by Guido Mantega, já daria para pensar em fazer a trip toda sem tropeços financeiros (e nada de mendicância, por favor ! RTW é uma trip de respeito), obviamente não num ano sabático mas numa auspiciosa trip de férias padrão FIFA (pra mim RTW é sempre padrão FIFA), o que significa que já dá pra brincar bem, convenhamos.

 

Todavia é bom tomar cuidado que a inflação tá pegando, já foi mais barato rodar o mundo. E esse papinho de gastar U$ 5,00 doletas ao dia é só isso mesmo : papinho.

 

Digo isso porque acho de extrema importância o postulante tomar cuidado pois se não pesquisar direito e aprender a filtrar não só as informações mas de onde elas vêm (isso vale para a vida como um todo e não apenas para viagens) pode acabar caindo no canto da sereia e perceber tarde demais que “galinha que segue pato morre afogada”. #abreoolhogalera

 

Não me aterei aos detalhes que influenciam no preço de uma RTW pois estes já são sobejamente conhecidos, mas creio que indigestos U$ 50 mil para uma pessoa numa mochilada RTW viajando sem luxo (já ouviram falar em “hariquiri financeiro” ?) é tão impressionante quanto pagar 70 mil reais num Corsa e, aqui entre nós, com 70 mil reais você compra um Honda Civic e não um Corsinha, certo ? #naotamojuntomesmo

 

E nada me tira da cabeça que esse negócio de pagar muito mais caro pelas coisas é coisa de pobre ou emergente.

 

Quem ama o caro, barato lhe parece.

 

Tudo isso confirma aquela tese (tese não, fato mesmo) que brasileiro, que se acha muito esperto e costuma ser muito orgulhoso (????) do tal “jeitinho brasileiro” tratando-o como se fosse um elogio (????), na real é um tolo que muitas vezes aceita pagar mais caro pelas coisas. Um caso recente foi o bafafá com o novo PS4, onde até Hitler ficaria puto com o preço cobrado no Brasil. Duvidam ? Então vejam isto :

 

 

Quando falo que esse mundo tá muito doido mesmo ninguém acredita, mas depois que até eu gostei da Índia...bem, já não sei de mais nada. Peraí, gostar da Índia ? Sim, acham que eu vou gostar do quê, da Austrália ?

 

Retomo.

 

Essas bizarrices chocam de frente com aquela idéia principal aqui que é dar um empurrãozinho básico e quem sabe jogar umas idéias ao vento para, meio que às vezes um tanto quanto enviesado e sem fornecer a chave da caixa preta, tirar um coelho da cartola, mostrar o segredo da descoberta da pedra filosofal ou revelar alguma receita pronta (simplesmente porque ela não existe, além do mais um dos grandes baratos de uma trip RTW é a pesquisa), pavimentar um caminho mais condizente com a realidade financeira da maioria e assim dar um incentivo para as pessoas se jogarem no mundo via RTW a um preço acessível. E se não puderem fazer num periodo sabático, então que seja nas férias mesmo.

 

Não sei se alguém aí no outro lado da telinha que está lendo essas perturbadas e mal traçadas linhas já percebeu (agradeço a preferência, voltem sempre !), mas “RTW para todos” é algo que possui um certo je ne sais quoi que me atrai bastante, admito. E também admito que gostaria de ver cada vez mais e mais pessoas fazendo essa trip (a única razão para se arrependerem é por não terem feito antes), principalmente aquelas que não tiveram muitas oportunidades ou grana para tal (presente e presente).

 

Tudo bem que continuo não tendo mas mesmo assim ainda consigo dar as minhas voltinhas por aí ainda que com o bolso sempre em dieta. E acho que está para surgir um atalho melhor e que apresente um melhor custo x beneficio para (re)visitar e experimentar um pouquinho as belezas e as agruras desse nosso mundão.

 

Gostaria muito que outras pessoas também fizessem e curtissem, mas para isso elas têm que fazer acontecer a não ser que grana não seja empecilho (aí podem até se dar ao luxo de viajar de carro ou barco), sejam gringos ou expatriado$ (muito fácil e barato, né ? Chega a ser até sacanagem, onde fica o desafio ?), aqueles costumazes viajantes “independentes como um taxi” que vivem de, se me permitem, “jabás independentes” (a viagem é 0800, o tratamento é VIP e a opinião é “própria e reflete unicamente a opinião do(a) autor(a)”, desde que rasguem muita seda da empresa ou serviço que bancaram a trip) ou que tenham a sorte de um Bilbo Bolseiro e sejam convidados para a aventura da vida.

 

Pena que com a estilingada do dólar (quem mandou votar no PT ?) a brincadeira tornou-se mais cara para nós meros mortais assalariados da atrasada e insignificante Terra da jabuticaba, da bunda, da corrupção, do açaí, da impunidade, do #imaginanacopa e fadada ao fracasso desde o seu Descobrimento (se d´s é brasileiro deve ter se mudado de mochila e cuia para o Tahiti, Austrália, NZelândia, Canadá, Suécia...) e como se não bastasse ainda se esmera em virar uma Venezuela (ué, mas não era a Jamaica ?), mas no que diz respeito aos custos ainda continuo achando que concorre ombro a ombro com uma boa mochilada pela Europa (se fizer alguns ajustes, consegue) ou um intercâmbio para estudar outro idioma. Com o acesso e a quantidade de informação que temos disponíveis hoje em dia só paga mais caro, independentemente do estilo de viagem de cada um, quem quer.

 

Falando nisso (ah não, lá vem...), acho que sempre houve bastante informação sobre RTW, o que mudou é que agora tem mais coisas em português também. Humn, quer dizer, “em” português ou “para” português porque, na boa, quem em sã consciência acha que torrar uma fábula em algo que pode ser feito por um terço do preço é um bom negócio deve ter um ou mais parafusos a menos.

 

Para aqueles que acreditam no mito que não existia tal informação, das duas uma : ou não souberam procurar direito ou, bem mais provável, têm intelecto de Dilma Rousseff, black bloc, corinthiano ou petista, o que não quer dizer que estejam sozinhos haja visto o nível das dúvidas que volta e meia aparecem e poluem os fóruns de viagens. É essa a tal geração Y ? É isso aí que vai mudar o mundo ? Credo, acho que tá mais para geração Big Brother.

 

E digo mais (ihhhh, lá vem de novo...), não saber dessas coisas é como não saber quem foi Gandhi. Falando nisso...ahn...bem...well...tipo assim...quem foi Gandhi mesmo ? :)

 

Quanto mais pessoas perceberem que é possivel fazer uma trip RTW por um preço bacana, quem sabe mais pessoas vão deixar de apenas sonhar, perder o medo (frio na barriga pode), parar de ficar apenas lendo relatos de terceiros e ficar achando que não são capazes ou que não têm grana para tal, tomar coragem e se jogar numa trip dessas e aí sim o meu objetivo principal em escrever isso aqui, além de me divertir horrores e relembrar viagens passadas enquanto as futuras não chegam, será atingido.

 

Viram ? Nada a ver com algum desejo secreto e obscuro de competir para ver quem viaja mais, gasta menos, visitou mais países, ficou mais dias sem tomar banho, postou mais fotos rodeados de criancinhas pobres (um clássico... Meu d´s, em quem esses orfãos do Che Guevara se inpiram ? Sebastião Salgado ? Desde quando a miséria e o abismo social são belos e poéticos ?), viajou de maneira mais “autêntica” (???) ou alguma baboseira do tipo, deixo isso para os colecionadores de bandeirinhas. Eu ainda prefiro colecionar apenas experiências.

 

Já que é assim então vou continuar batendo na mesma tecla mesmo sabendo que às vezes soa mais repetitivo do que aqueles chatos e enfadonhos enredos e desfiles de escola de samba.

 

Mas acho legal ter em mente que em certos casos (leiam-se roteiros) é possivel visitar os mesmos lugares gastando menos da metade (me refiro principalmente à parte aérea, o verdadeiro “bolso de Aquiles” numa trip dessas) do que se fizesse uma RTW (lembram-se dos desconcertantes U$ 5 mil para dois ou três continentes citados no começo da nossa conversa de hoje?), daí a importância em saber distinguir se precisa mesmo fazer uma circunavegação no globo ou não, ainda mais agora com o dólar (vocês viram a tungada do IOF ?) custando os olhos da cara, um pulmão e mais um rim. #ficaadica

 

Enfim, boa viagem pra quem prefere seguir por esse caminho (qual a melhor opção ? Sei lá, façam uma simulação), mas acho que não pega muito bem chamar de RTW. #arrumaummapa

 

Como diria o filósofo Wanderley Luxemburgo: “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”.

 

Hora de voltar ao relato afinal estamos aqui para nos divertir ou para medir o IBM – Indice de Burrice Mochileira ?

 

Fim do momento descontração.

 

Sigam-me os sábios.

 

Mas antes vamos chamar o DJ para botar um som e animar essa joça aqui :

 

“Hey DJ, bring the action !”

 

Where do you go nobody knows

I´ve gotta say I´m on my way down

Where do we go to draw the line

Let me hear some noise

If you´re having a good time

 

Fast forward para o embarque no aeroporto de Bangkok rumo à Londres.

 

Chá de aeroporto realmente é um pé nos países baixos. E eu que pensava que irritantes mesmo eram esses relatos longos cheios de elucubrações e devaneios que parecem não ter fim, chuva nas férias, horário político, rasante de pernilongo, feriado no fim de semana, pasta de dente na gravata, passagem aérea cara, papinho furado de ambientalista, artista ou ativista, internet lenta, grana curta, cinema com versão dublada, propaganda no youtube e sotaque de carioca (NR. Menos mal que pelo menos para este último é apenas o sotaque pois os meus contatos com a cariocada sempre foram os mais positivos e divertidos possíveis, tanto particular como profissionalmente).

 

Já cansado de esperar e com câimbras por passar muito tempo em bored mood face on e aproveitando que já havia passado aquele momento que se assemelhou mais com uma mistura de “Budalelê” com “Buda-me-livre” para ver quem embarcava primeiro, me levantei e fui esperar a minha vez para adentrar no majestosamente belo seven four seven que assim como eu, acompanhado por mais uns impacientes 300 passageiros, não estava com muita paciência de ficar de bobeira ali no aeroporto e queria ir embora o mais brevemente possível. Welcome on board!

 

O aviãozasso que eu iria voar era branco com detalhes vermelhos e azuis, o verdadeiro impávido colosso (ui !) voador estava só esperando a galera embarcar para enfim tomar o rumo da Terra da Rainha, do Big Ben, do puts-puts (eu ia falar phat bass, mas não veio de lá), dos famigerados táxis negros e dos buzuns vermelhos de dois andares, do chá das cinco, do Jack Estripador, do Led Zeppelin, da Harrod´s, do Iron Maiden, do 007, dos intragáveis Beatles, dos guardinhas com chapéus engraçados, do povo civilizado (pelo menos quando estão sóbrios) que dirige na mão errada e do sotaque mais bonito do mundo (ou alguém aí acha que sotaque inglês bonito é o australiano ?).

 

Um bonito e vistoso pássaro gigante de metal (concordo moçada, essa foi cheesy que só...) enchendo a mamãe Boeing de orgulho por mais um filho prodígio que esbanja sucesso e provoca suspiro por onde passa. Vida longa ao Jumbo.

 

Aproveitando a deixa, esqueci de comentar sobre uma outra aeronave que também manda muito bem (no outro post citei os grandalhões 747 e o A380, mas é claro que rolam outros).

 

Desta vez me refiro ao descontinuado e compridão A340 que também é bastante mal educado quando o assunto é longo alcance. No seu lançamento numa feira em Paris ele fêz uma demonstração tão espetacular que além de enterrar uma conhecida fábrica de aviões na época, assombrou o mundo todo. Preciso falar que foi uma RTW ou não é necessário ?

 

Só não saberia dizer se foi um bate-e-volta disfarçado de RTW ou uma RTW disfarçada de bate-e-volta.

 

Pois é, sabem o que eu mais gosto numa RTW ? De tudo. Ok, ok, os vôos podem ser cansativos...

 

Ao ponto.

 

Já que estamos falando sobre aviões...

 

“DJ, é com você de novo !”

 

Can we pretend that airplanes

In the night sky

Are like shooting stars

I could really use a wish right now

Wish right now

Wish right now

 

Pois é, depois de um tempo interminável naquela fila mais lerda que atendimento de órgão público chegava a minha hora de deixar a maravilhosa terra dos sorrisos, dos templos dourados e dos ladyboys (pra quem não se lembra ou não conhece, digamos que é uma espécie de gaúcho tailandês. Ou vice-versa).

 

Finalmente embarquei na aeronave e como o meu assento era lá atrás, toca a caminhar em direção ao fundão do avião que já estava lotado.

 

Para a minha decepção fui agraciado com uma poltrona na fileira do meio, nada de janelinha ou corredor desta vez. Sniff. Mas sussu, tá de boa afinal o lance mesmo é viajar, nem tô aí para essas minudências (neologismo ? Não, eufemismo para “viadagens”).

 

Reitero que certas bichices estão mais voltadas para aquele povo esquisito e gente estranha que viajam mais preocupados se vão encontrar wi-fi no deserto, na praia ou na montanha, se tem serviço de quarto no hostel (?!?!?), concierges (vocês sabem, esse povo viajado e descolado é tão “independente” que dá gosto), ar condicionado em pleno safári, edredon importado numa teahouse no Annapurna, feijoada no Camboja ou travesseiro com pena de ganso canadense, cama king size e TV de tela plana de 60 polegadas com resolução 4K com tv à cabo de 200 canais em pousada econômica de pescador humilde (viva o desapego, o abandono da zona de conforto e a tal da vida simples...) do que a jornada da viagem em si. Ai, ai...eu me divirto com essas coisas.

 

O que não faltam hoje em dia são enfants gâtés, doidivanas e Marias Antonietas dos trópicos metidos à viajantes hardcore. “Tragam os brioches !”.

 

“DJ, já sabe o som, né ?”

 

And we'll never be royals

It don't run in our blood,

that kind of lux just ain't for us

We crave a different kind of buzz

 

Ao meu lado esquerdo havia um casal que eu desconfiei ser do leste europeu devido ao déficit de vogais no seu vocabulário enquanto ao meu lado direito, já no corredor, havia um tiozinho born in USA com uma característica (seria um dom, uma benção talvez ?) que me fêz quase morrer de inveja durante o vôo inteiro e não foi a primeira vez que isso aconteceu com os meus companheiros de vôo. Volto nisso mais pra frente.

 

Aproveitei esse tempo pré-vôo para me inteirar sobre o sistema de entretenimento do avião. Havia uma seleção razoável de filmes, joguinhos diversos (será que tinha Tetris ? Tinha !) e músicas.

 

Estava lá eu tranquilamente montando o meu playlist para ouvir durante o longo vôo e nesse interim quem apareceu ? Ela, a loirinha conterrânea da chapada-porém-talentosa-mas-não-faz-o-meu-tipo Amy Winehouse, a faux-riponguinha toda pintalegrete que para a minha surpresa sentou-se na mesma fileira, porém infelizmente lá na janela. Como desgraça pouca é bobagem, ao lado dela havia um casal então sem chance de pedir para trocar de lugar comigo e, na boa, esse negócio de ficar trocando de lugar dentro de avião lotado é coisa de gente inconveniente, aquele pessoal chato que fica fazendo uma espécie de dança das cadeiras atrapalhando e incomodando todo mundo.

 

Esse povo, juntamente com os pais de crianças pentelh@s, também merece um lugar cativo de destaque na asa do avião, mas só pelo lado de fora. E sem cinto de segurança.

 

Aproveitando o aparecimento da inglesinha, agora já dentro da aeronave, peço licença pra chamar o DJ.

 

“DJ, manda bala !”

 

I need you tonight

´cause I'm not sleeping

There's something about you girl

That makes me sweat

 

How do you feel

I'm lonely

What do you think

Can't think at all

Whatcha gonna do

Gonna live my life

 

So slide over here

And give me a moment

You moves are so raw

I've got to let you know

I've got to let you know

You're one of my kind

 

Putz ! Agora esse DJ filho da mãe entregou a minha idade na cara dura mas xapralá ! 8)

 

Sem descontar as opiniões das pattys deslumbretes e dos surfistinhas-merrequeiros-metidos-à-Kelly-Slater, na minha humilde, crua e cruel opinião a Austrália mesmo lá com os seus encantos (sem ordem de preferência, à saber: proximidade de lugares como Nova Zelândia, Fiji, Tahiti, Samoa, Tonga, Ilhas Cook e outros paraísos do Pacifico, vôos baratos para a Ásia, Parque Nacional Marinho de Exmouth, ACDC, Sydney, coalas, tubarões grandes, qualidade de vida (fácil quando se ganha muito bem), didgeridoo, Stephanie “well behaved women rarely make history but Steph does a really good job” Gilmore (e nem tô considerando os ganhos dela de quase U$ 2 milhões/ano...) e a Grande Barreira de Corais) pode até ser um lugar sem sal, mas pelo menos deu ao mundo algumas das melhores bandas de rock de todos os tempos.

 

“Australia, tasteless but never soundless”.

 

Voltando.

 

Com todos embarcados não demorou muito para o comandante fazer o seu discurso de boas- vindas. O pronunciamento foi mais ou menos assim, sem tecla SAP afinal quem quiser se aventurar pelo mundo é de bom grado que conheça pelo menos os rudimentos da lingua mais falada no mundo civilizado.

 

Vamos, então, ao welcome speech do comandante do avião (juro que a rima foi sem querer, sorry...) :

 

Sawadee kaaaaaaaa misteeeeeeeer...welcomeeeeeee siiiiiirrr...excuse meeeeeeeeeee…Thank youuuuuuuu…Keep your seatbelt fastened “duling” (*) the “entile” (*) flight pleaseeeeeeee...Khop khun Kraaaaaaap !!!!!

 

(*) Cebolinha´s accent :)

 

Oops, sintonizei errado !!! Pois é, a Tailândia não me sai da cabeça. Foi mal...rsrs

 

Recomeço.

 

Good evening ladies and gentlemen, boys and girls (essa parte do“boys and girls” ele pegou emprestado em Singapura. Vamos fazer de conta que é a mesma tripulação…) this is your captain Jack Sparrow speaking (quem preferir pode usar captain Philips. Eu deixo :wink: ).

 

Moçada, menos ! Vocês não acham que eu iria me lembrar do nome do capitão daquele vôo, né ? Eu mal lembro o que almocei hoje. Minha memória para viagem é boa mas tem limites. :wink:

 

Continuo.

 

Welcome on board to the flight “XXX” with destination to “Landehn” (adoro o jeito posh como a gringaiada pronuncia “London”. Mas ela merece). The flight time will be around (pausa para prender a respiração) twelve hours and fifty minutes (putz ! essa parte deu vontade de chorar, ou melhor ainda, de tomar uma caixa inteira de DRAMIN...).

 

Depois ele se desculpou pelo atraso dizendo que houve um enrosco qualquer em Singapura, falou mais algumas coisas mas nem prestei muita atenção, estava pensando no fato de que passar aterradoras 13 horas afivelado numa poltrona de avião (como se eu tivesse opção...) não é bem o que eu chamo de diversão (o quê, rima de novo ? WTF !!!! Ah não, para tudo !).

 

Cruzes ! Daria até para fazer uma singela estrofe, vejam só :

 

“(...)

falou mais algumas coisas mas nem prestei muita atenção,

estava pensando no fato de que passar aterradoras 13 horas afivelado numa poltrona de avião

(como se eu tivesse opção...)

não é bem o que eu chamo de diversão

(...)”

 

Meu d´s, que horror ! Foi mal, moçada, sorry...

 

Outra pausa para tomar o remédio. Depois dessa, tem que ser em dose dupla.

 

Voltamos à nossa programação normal (“normal”, onde ?).

 

Depois ele se desculpou pelo atraso dizendo que houve um enrosco qualquer em Singapura, falou mais algumas coisas mas nem prestei muita atenção, estava pensando no fato de que passar aterradoras 13 horas afivelado numa poltrona de avião (como se eu tivesse opção...) não é bem o que eu chamo de diversão (grrrrr !), mas pelo menos eu compensaria no fuso horário, já estava na hora da minha trip me devolver aquele dia perdido que me tomou das férias quando cruzei a linha do tempo no vôo Los Angeles – Tahiti. Esse dia perdido me foi sendo entregue aos poucos, meus dias foram ficando mais longos à medida que eu viajava no sentido oeste.

 

Se eu viajo no sentido oeste por causa disso ou devido ao jet lag (nunca tive problemas com este, diga-se de passagem) ? Não, eu costumo viajar nesse sentido porque do jeito que eu faço os vôos costumam ficar mais baratos, só não me perguntem o porquê.

 

Seriam os roaring forties ? Será o fato de viajar na direção anti-rotação da Terra ? Será porque o vôo fica mais longo (modo de falar afinal a distância é a mesma só que o vôo geralmente demora mais) ? Será uma maior oferta de assentos ou será o Benedito ? Cartas, digo, emails para a redação.

 

Aí pra terminar o comandante disse algo mais ou menos assim, num fôlego só em alto e bom tom :

 

Thankyouforflyingwithusandwehopeyouenjoyyourflight

 

Como problema sem solução solucionado está, então eu não tinha muito o que fazer a não ser me preparar para as próximas longas horas, quem sabe tirar um cochilo (“sonho meu...sonho meu”) ou encarnar o burrinho do Shrek e perguntar de tempos em tempos para as comissárias a fatídica pergunta :

 

“Are we there yet ?”

 

Em pouco tempo já era hora de partir. FINALMENTE !

 

Falando em partir e “are we there yet”, vou ficando por aqui, tenho que partir mas prometo retornar para finalizar isso aqui porque “yes, we are almost there”. Falta pouco.

 

Espero vocês lá, digo, aqui.

 

Valeu moçada, aquele abraço.

 

VIRUNGA

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  • 9 meses depois...
  • 3 semanas depois...
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Faaaaala Bob, tudo bem ?

 

Fazia um tempo que eu não aparecia por aqui, valeu pela mensagem e obrigado pelo elogio.

 

Tomara que as dicas lhe sejam úteis (é só descomplicar que não tem erro, você vai ver) e em breve seja você escrevendo para todos aqui, vou ler com certeza.

 

Preciso ainda terminar o relato, vou me esforçar (o trabalho não dá trégua) e espero que consiga antes de partir para uma possivel RTW nas minhas férias ainda no primeiro semestre, pelo menos esse é o plano.

 

Bom planejamento e se informe o máximo que puder para não cair nas armadilha$. Incrivel que com tanta informação disponivel sobre RTW o pessoal continua batendo cabeça, gastando nas passagens o preço da viagem inteira e depois querem dar dicas econômicas, vai entender...

 

RTW é pra meter o pé na jaca mas não necessariamente meter (tanto) o pé no bolso, ainda mais com esse maldito “dólar PT”.

 

Abraço grande, keep traveling.

 

VIRUNGA

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  • 5 meses depois...

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