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14º Dia (15/07)

 

Esse seria finalmente o dia tão esperado por todos nós. Eu estava ansioso para chegar em Cusco, conhecer os feitos impressionantes do Incas, mas ao mesmo tempo estava um pouco triste porque comecei a fazer os cálculos e percebi que já estava na metade da viagem e que a mesma infelizmente chegaria a um fim, o que considerei um bom motivo para aproveitar cada minuto do mochilão :mrgreen:

 

Pegamos um ônibus que sai de Lima e faz uma parada em Ica, onde embarcamos para Cusco depois de umas horas de atraso. O ônibus era ótimo, no Peru a maioria deles superava muitos dos que existem no Brasil. O único problema era a minha dor de barriga que não passava mesmo com os remédios, mas no mais a viagem a noite foi boa. Saímos de Ica umas 19h e já sabíamos que a viagem seria longa (em média 14h), por isso o jeito foi tomar um dramin e tentar descansar...

 

Depois de dormir a noite inteira acordamos com uma má notícia. A estrada estava bloqueada por causa de um protesto ou algo do tipo, e por isso iríamos chegar na cidade mais tarde que do o esperado. Eu já havia lido que isso é normal de acontecer, principalmente na Bolívia, então acabei aceitando e aproveitamos para sair do ônibus e esticar um pouco a perna. O lado bom disso foi que o bloqueio era na beira de um rio e então compramos umas frutas das vendedoras que estavam aproveitando a oportunidade para ganhar um dinheiro dos passageiros famintos, e sentamos nas pedras perto do rio, onde até tiramos um belo cochilo. Como disse antes, imprevistos são normais, meu plano era chegar em Cusco mais cedo e já garantir os passeios para os próximos dias, mas com aquele bloqueio não tinha certeza se isso iria ser possível. Por isso nessas horas o importante é relaxar e tentar aproveitar o lado bom.

 

Ficamos parados umas 2 horas na estrada, sentados nas pedras e aproveitando o sol forte que não víamos a muito tempo ::mmm: Quando o protesto acabou, voltamos ao ônibus e o restante da viagem foi rápido. Incrível é a paisagem daquela região, na minha opinião a mais rica em vegetação de toda a viagem. Não demorou muito e já estávamos em Cusco. Chegamos na cidade umas 15h. Desembarcamos do ônibus e depois de pegar nossas mochilas tomamos um táxi para o posto de Migração da cidade, porque eu tinha perdido o documento de migração que me deram em Tacna e teria que tirar outro porque o Wild Rover pede o número desse documento para os hóspedes, e também me disseram que se eu não apresentasse isso na saída do país teria que pagar uma multa alta. Não demorou muito e me atenderam, o problema foi que tive que andar alguns quarteirões para pagar uma conta (multa menor de 14 Soles) no banco. No local da migração encontrei outra brasileira, Nelise, e foi incrível porque nós conversamos bastante por facebook e skype mas achei que não nos encontraríamos na viagem por causa das datas diferentes. Fomos juntos pagar a conta porque ela também tinha perdido o documento. Enquanto Alex e Bruna seguiram com as mochilas para o hostel, que era perto.

 

Depois de resolver a parte burocrática paramos num restaurante para almoçar (ou jantar, porque já era bem tarde...). Nelise iria fazer a trilha Salkantay e já estava com tudo pronto para sair no próximo dia. Meu objetivo inicial era seguir esse caminho também mas acabei mudando de ideia porque a turma estava mais animada com a Inka Jungle e também porque eu acabei preferindo quando soube que tinha rafting e tirolesa, duas coisas que eu tinha vontade de conhecer. A diferença básica entre as duas trilhas é que a Salkantay tem um dia a mais de duração e possui mais trekking, além disso se acampa na maioria dos dias, algo que não ocorre na Inka Jungle, que é uma trilha feita na região amazônica do Peru. Vou detalhar melhor mais pra frente mas já posso deixar claro que não me arrependo da escolha que fiz, ouvi elogios das duas trilhas e tenho certeza que ambas são incríveis, mas eu realmente tive momentos inesquecíveis na Inka Jungle.

 

Depois de comer um belo prato feito por apenas 9 Soles seguimos para o próximo Wild Rover da viagem. Como era a nossa segunda hospedagem na rede deles, iríamos ganhar agora um "free drink" como agradecimento :mrgreen:

 

Chegando no hostel novamente senti aquele clima de animação da galera. É um lugar indispensável para aqueles que querem aproveitar também um pouco da farra dos lugares. No hostel de Cusco ficamos em um quarto para 16 pessoas, o que nos fez economizar uma boa grana. Agora realmente estava começando a entender o significado da palavra Mochileiro ::hãã2:: Eu achei até tranquilo, nada perigoso ou desconfortável igual muitos pensam. Mas também não é um lugar para aqueles que querem ter privacidade extrema.

 

Depois de deixar nossas coisas no quarto fomos dar uma volta pela cidade pois precisávamos resolver com qual agência fecharíamos os passeios e também deixar nossas roupas em alguma lavanderia, porque sinceramente já estava quase começando a precisar usar os dois lados da cueca ::tchann:: Subimos a rua do hostel e logo encontramos a lavanderia, onde deixei praticamente toda minha roupa. Depois fomos pesquisar o preço das agências e acabamos fechando com uma que fica perto de uma praça. Não lembro o nome porque perdi o papel onde havia anotado ::putz:: Não sei se recomendaria essa agência por motivos que vou relatar com calma depois.

 

Dica: Procure fechar todos os passeios em Cusco com apenas uma agência, isso garante um desconto. Também não caia na conversa fiada dos vendedores, eu por exemplo fiquei animado quando falaram que nas nossas refeições a comida seria estilo banquete, o tanto que conseguíssemos comer, algo que na prática não passaram de simples refeições ::putz:: As agências simplesmente contratam os guias, as pousadas, etc, na prática quem presta o serviço diretamente não são elas e por isso muitas vezes fazem propaganda enganosa e na hora não adianta reclamar porque no meio da trilha o único contato que temos é com os guias, prestadores diretos de serviço, que simplesmente falam que a culpa é da agência e não resolvem o problema. Outro ponto-chave são os detalhes principalmente do último dia, que é o mais importante pois se visita Machu Picchu. Eu percebi que aqueles que pagaram um pouco mais tiveram uma vantagem em relação aos demais. Uns amigos que fiz na trilha pagaram +300$ e no pacote deles incluía a volta para Ollantaytambo no trem das 19h se não me engano, eu paguei 200$ e tive que voltar no trem das 23h e cheguei na cidade 1 hora da manhã para depois voltar pra Cusco, enquanto isso outros amigos pagaram em torno de 150$ mas tiveram problema pois no pacote da agência não estava incluído a volta de trem e ao invés disso estava combinado de uma van pegar eles 14:30 na Hidrelétrica, que fica a 2h de Águas Calientes. O problema disso é que eles iriam ter que ficar em Machu Picchu pouco tempo, voltar para Águas Calientes e depois caminhar até a hidrelétrica, e acho que ninguém quer ir pra cidade perdida dos Incas com pressa de ir embora, por isso deixo claro que é muito importante entender cada detalhe da trilha, porque a agência desses amigos não explicou isso direito a eles e no final foram pegos de surpresa :!:

 

Fechamos com essa agência a visita a Maras Moray e City tour em apenas um dia. Geralmente é feito em dois dias mas como não tínhamos muito tempo e queríamos conhecer o máximo de lugares possíveis negociamos e no final deu tudo certo. Para o segundo dia fechamos também o Vale Sagrado e no terceiro iniciaríamos a trilha. No total deu 250$ incluindo guia e transporte para os locais, o preço da trilha e o rafting (25$).

 

Depois de garantir nossa programação dos próximos dias rodamos um pouco pela cidade e comemos um hambúrguer num quiosque por apenas R$2. Também depois de gastar 250 dólares precisava incorporar novamente o espírito econômico do mochileiro ::lol3::

 

Quando voltamos para o Wild Rover a festa já estava rolando, então tomamos um banho rápido e em poucos minutos estávamos novamente entrando no Pub com aquele clássico estilo irlandês. Eu achei o de Cusco melhor pela infraestrutura e também porque a sinuca de lá é junto com o bar, então como eu e Alex já estávamos dando um show nos gringos de Arequipa gostamos da ideia de poder fazer isso enquanto aproveitávamos também a festa junto com a galera :mrgreen: Pedimos a famosa Cusqueña e fomos jogar a sinuquinha de sempre, onde conhecemos várias pessoas e até desafiamos duas alemãs numa revanche em resposta ao jogo da Copa do Mundo ::tchann:: A noite no Wild Rover é simplesmente incrível, ficamos lá rindo, bebendo com a gringaiada e aproveitando a noite que só Cusco pode oferecer. Como estava cansado da viagem acabei indo dormir depois da festa no Pub, ao invés de seguir umas chilenas malucas que eu conheci na festa e que estavam doidas para dar uma passada na famosa boate Mama África, algo que iria fazer no próximo dia :D

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15º Dia (16/07)

 

Como disse antes, meu objetivo em Cusco era conhecer o máximo de lugares possíveis, e sinceramente eu consegui conhecer muitos mas para fazer isso para todos é necessário ficar no minimo alguns meses na cidade, de tanta opção que tem. Mas eu também queria aproveitar a farra, principalmente do Wild Rover, então não tinha tempo pra ficar dormindo. Acordamos 6:30 porque nos disseram na agência que era pra chegar lá as 7:30 para pegar o ônibus para Maras Moray. Acordei até bem levando em conta que não dormi quase nada, outro detalhe do hostel são as camas, que são muito confortáveis.

 

Tomamos um banho rápido e em poucos minutos estávamos na porta da agência. Fui muito ingênuo em pensar que eles teriam pontualidade britânica. Antes de chegar lá ainda passamos num local no centro de Cusco para comprar o Boleto Turístico e saímos correndo com medo de atrasar e perder o ônibus, algo que não aconteceu porque o mesmo atrasou quase 1 hora... Dica: O boleto turístico é recomendado para aqueles que pretendem conhecer muitas atrações da cidade, como Ollantaytambo, Pisac, Maras Moray, Sacsuyaman, museus etc. Porque com o boleto você entra em todos esses lugares e sem ele você precisa pagar por cada entrada separadamente, algo que no final pesa mais no bolso. Com o Ise Card (comprovante estudantil internacional), é possível pagar menos pelo boleto (70 Soles) e também pela entrada de Macchu Picchu. Por isso recomendo levar se tiver, ou se não pagar 130 Soles pelo Boleto normal.

 

Enfim chegou o ônibus e partimos para o primeiro destino de Cusco: Maras Moray. No percurso passamos primeiro num local onde pudemos conhecer um pouco da tradição local e aprendemos como as famosas Cholas usam produtos naturais para fabricar aqueles tecidos coloridos. Legal é a coloração vermelha, que é obtida usando um inseto dos cactos, chamado de Cochinia ou algo assim. Para as mochileiras é bom lembrar também que elas usam isso como batom, se alguma quiser experimentar acho que daria um relato interessante :mrgreen: O ruim desse passeio é que é bem ensaiado para turista, e ás vezes fica até chato a insistência de algumas cholas para vender seus produtos, mas no geral achei bom.

 

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Depois de conhecer um pouco desse costume local dos tecidos e experimentar um chá da folha de Coca, seguimos finalmente para Maras Moray. Desde pequeno tinha vontade de conhecer esse lugar, não é tão divulgado como o City Tour e o Vale Sagrado, mas na minha opinião é imperdível. Chegamos no local e a ansiedade estava a mil. Desci da van e segui para o desfiladeiro, onde fiquei simplesmente maravilhado com aquela obra dos antigos Incas. O nosso guia explicou bastante sobre o lugar, que antigamente foi feito pelos Incas como uma espécie de Laboratório Científico, porque naquela região de altitude elevada não é toda semente que consegue brotar, então a solução que eles pensaram foi criar uma estrutura circular, com vários níveis, onde cada um deles tinha um microclima diferente (isso é perceptível porque quando se está no primeiro é possível sentir bastante calor, já no alto é frio por causa do vento). Dessa forma eles começavam plantando no nível mais estável, o primeiro, e depois iam subindo de nível ano após ano, criando assim sementes mais adaptadas com o clima e a altitude dos Andes. Parece simples História isso, mas eu acreditei quando fui nos mercados do Peru e da Bolívia (principalmente de La Paz) e encontrei centenas de variedades de milho e batata, que até hoje são comidas comuns entre os nativos.

Ficamos caminhando pra lá e pra cá, tirando fotos e estudando cada pedaço daquele lugar sensacional que com certeza iria ficar gravado em nossa memória para sempre...

 

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A próxima atração agora seria as Salineiras de Maras, onde se paga uma taxa extra de entrada (10 Soles se não me engano). Desse lugar realmente nunca tinha lido a respeito, mas é bem legal também. No caminho para a salineira existem várias lojas de artesanato, frutas e roupas. Aproveitamos e compramos várias frutas, que seriam nosso almoço naquele dia. Aquele lugar pelo que entendi foi usado na era da colonização espanhola para extração de Sal e é aproveitado até hoje pela cultura local. É um passeio interessante também, mas nada comparado ao antigo Laboratório Inca :mrgreen:

 

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Depois de descansar um pouco voltamos para o nosso ônibus e depois para a cidade. Como disse antes, geralmente as pessoas fazem esse passeio em um dia e o City Tour em outro, o problema era que eu não podia ficar mais do que 7 dias em Cusco porque se não iria ter que correr muito com a viagem, algo que não queria fazer, mas ao mesmo tempo também não queria abrir mão de conhecer Moray nem as ruínas do City Tour e muito menos Ollantaytambo, então o jeito foi fazer um sacrifício de almoçar apenas frutas, dormir pouco mas em prol de um bem maior: visitar aqueles incríveis lugares, mesmo que fosse em apenas dois dias. Por isso chegando na cidade esperamos outro ônibus e seguimos rumo as ruínas do City Tour.

 

O primeiro lugar que visitamos foi o antigo templo de Sacsayhuaman, que muitos pensam ser uma fortaleza por causa do tamanho dos monólitos que os Incas usaram para contruí-lo. Esse era outro ponto marcante da viagem, é simplesmente uma das ruínas mais famosas de Cusco, onde existem pedras que pesam mais de 100 toneladas e claro que por isso surge o mistério sobre como os Incas, teoricamente civilização com conhecimento limitado, construíram com ferramentes rudimentares aquelas obras gigantescas. Também me disseram que quando se coloca uma bússola no local a agulha fica movendo-se de forma desordenada. Eu não testei isso porque não tinha uma, mas gostaria de conhecer alguém que tentou para poder confirmar.

 

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Depois do misterioso templo seguimos para Qenqo, que é outro sítio arqueológico localizado próximo da cidade de Cusco. Nesse local o mais interessante é a mesa cerimonial que antigamente era utilizada para mumificação e supostos sacrifícios Incas. Interessante é o frio no lugar, algo bom para preservar os corpos mumificados.

 

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O City Tour é um roteiro para aqueles que gostam de história e eu achei super interessante. Realmente depois daquele dia só podíamos pensar que aqueles Incas eram simplesmente os caras mais foda do universo :!: Passamos a tarde conhecendo os sítios arqueológicos e o ultimo foi Tombomocay, outra lugar marcante para mim. Chegamos lá e eu fiquei impressionado porque não parava de ouvir som de aves, então pensei que aquele lugar deveria ter algo especial. Fomos subindo pela trilha e cada vez o som aumentava. Quando fui ver eram algumas cholas que usavam um pássaro feito de madeira, que tinha um orifício para água, e isso quando soprado fazia soar um som igual de um pássaro de verdade. Simplesmente incrível ::otemo:: Aproveitamos para comprar dois desses objetos, um foi presente para o meu pai, que adorou e ficou igual uma criança brincando com aquilo :mrgreen: Também bebemos a água das fontes de Tombomochay, que tinham fama de serem rejuvenescedoras. Alex não achou a ideia muito boa, reclamando quando enchi nossas garrafas, dizendo que eu estava querendo economizar até na água ::hãã2::

 

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Foto tirada em Tombomochay

 

A volta para a cidade foi tranquila. Apagamos depois daquele dia tão trabalhoso. Nem a fome foi suficiente para conter nosso cansaço... Chegando no hostel tomamos logo um banho e vestimos nossas roupas, que graças a lavanderia ficaram novas de tão limpas :mrgreen: Depois passamos numa pizzaria perto para preparar o estômago porque hoje a festa no Wild Rover prometia ser melhor ainda. Depois de arrumar tudo no hostel entramos novamente no Pub, pelo menos mais cheio estava. Começamos pela sinuquinha de sempre, e graças a ela já conhecíamos quase todo mundo do hostel. Tinha bastante brasileiros nesse dia, conhecemos algumas meninas de Belo Horizonte (minhas conterrâneas) e tinha até umas que acabaram lucrando na aposta que fizeram no Drinking Games com o funcionário do bar, algo que garantiu a elas várias Tequilas Free na noite ::lol4:: A festa foi rolando, várias Cusqueñas indo e vindo, e então como já era bem tarde eles tiveram que finalizar a farra do bar e começaram a chamar todo mundo para a Mama África. Dessa vez não pude recusar. Alex foi dormir porque estava meio mal, enquanto eu, um funcionário da recepção e uma americana seguimos para a boate. Nessas horas que volto a lembrar porque disse que num mochilão mesmo indo sozinho nunca se fica sozinho totalmente. Por estarem na mesma vibe, as pessoas acabam se juntando e curtindo as festas junto. O problema foi chegar na balada porque no Pub estava calor então deixei a blusa no quarto, mas quando saí do hostel estava somente com uma camisa de algodão e naquele momento senti que não havia abrigo para o frio a não ser no Brasil ::tchann:: A Mama Africa é bem legal, muitos nativos também frequentam e é incrível como até as cholitas assediam nós gringos ::hahaha:: . Depois dessa boate fomos para uma outra, A El Templo, que na minha opinião é a melhor, não só porque fica cheio da gringaiada animada e maluca, mas também pelo espaço do local e das músicas. Simplesmente esse foi o dia de festejar, fiquei até tarde na balada e depois voltei para o hostel, onde infelizmente ficaria pouco tempo porque no outro dia novamente iria ter que acordar cedo para conhecer o Vale Sagrado dos Incas :mrgreen:

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El Temple realmente é melhor que o Mamma Africa, me lembro de ter dançado bastante em cima do balcão do bar depois de tomar muitos pisco sour hehhhehehe

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Diogo, me tira uma dúvida que tenho mesmo lendo vários relatos e tal: esse passeios tipo city tour, Valle Sagrado, Ollataytambo, entre outros, dá pra fazer em um dia ou precisa de mais? Não inclui MP porque já sei que são pelo menos dois (um pra chegar em AC e outro pra MP e voltar).

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Então Alexandre, geralmente as agências fazem maras moray de manhã, city tour a tarde e o vale sagrado, onde se visita ollantaytambo, dura literalmente o dia todo. Você consegue fazer no mínimo em 2 dias negociando com a agência igual fiz.

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16º Dia (17/07)

 

No último dia como expliquei fugimos um pouco da rotina e fizemos algo que era incomum nas agências. Realizamos os passeios de Maras Moray e do City Tour em apenas um dia, algo que foi cansativo mas que valeu todo o esforço pois conhecemos lugares incríveis. Agora seria a vez do famoso Vale Sagrado dos Incas. Acordamos cedo novamente (esse dia foi difícil por causa da última noitada ::essa:: ), e depois de arrumar tudo seguimos novamente para a agência, onde tínhamos combinado de chegar 7:30 para pegar um ônibus para o vale, e claro que esse também atrasou.

 

A viagem foi até tranquila, levando em conta as curvas e subidas que existem no caminho. A nossa primeira parada foi nas ruínas da antiga cidade Inca Pisac, que achei bem interessante porque nela é possível observar como eram as cidades Incas e como elas eram organizadas. Em Pisac existe uma separação clara da área agrícola em relação à área "urbana". Outro ponto interessante é que nas montanhas é fácil de perceber alguns túmulos a céu aberto, os quais eram usados pelos Incas para colocar seus mortos. O legal dessa cidade é realmente passear por cada canto e imaginar como seria a vida naquele lugar, e foi isso que fizemos durante o tempo que ficamos por lá, subindo e descendo até conhecer cada detalhe daquela civilização incrível, mesmo sob efeito da altitude dos Andes.

 

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Depois de Pisac seguimos para um Mercado de Artesanato bem famoso. Nos separamos porque o lugar era gigantesco e a tentação para comprar as bugigangas também ::tchann:: , o problema era o dinheiro que já estava ficando escasso depois dos gastos em Cusco... Acabei levando só uma bag peruana, que no final da viagem dei de presente paraa minha irmã, o problema foi que fiquei pesquisando vários modelos e também curtindo uma festa típica que estava acontecendo na praça,por isso acabei perdendo a hora, tive que voltar correndo para o ônibus, que já estava saindo sem mim :!: Nessa hora realmente tive muita sorte, porque se eu perdesse o ônibus nem sei o que faria ::mmm:Dica: Pelo que ouvi é melhor ir ao Vale Sagrado em determinados dias da semana porque é quando vários feirantes se reúnem para vender seus produtos, e por isso são nesses dias que o mercado fica maior.

 

Quando cheguei no ônibus, já estavam todos prontos para continuar a viagem, a guia já estava nervosa e eu só pude pedir desculpas tentando justificar que eu havia me perdido e que esse era o motivo do atraso. Alex que me salvou tentando enrolar ela dizendo que eu já estava chegando :mrgreen:

 

Agora o próximo destino do nosso roteiro seria o almoço em Urubamba. Como já estávamos no vermelho, resolvemos comprar uns pães, presunto e mussarela no mercado de Cusco e já tínhamos preparado um sanduíche que serviu como almoço nesse dia. Sentamos na praça, e fizemos nosso lanche lá mesmo, no estilo mochileiro ::lol3:: A vantagem disso foi que conhecemos também um casal de paulistas muito gente boa, e ficamos conversando sobre o frio de Uyuni e relembrando os lugares incríveis que já tínhamos conhecido.

 

Depois de alguns minutos voltamos para nosso ônibus e seguimos para Ollantaytambo, outro lugar que pra mim é indispensável conhecer. Essa cidade é bem famosa porque é conhecida como a Cidade viva dos Incas, por ser bem preservada e também por ter até hoje pessoas vivendo nas redondezas. Chegamos lá e a guia ficou falando que teríamos que subir centenas de degraus se quiséssemos chegar até o Templo do Sol, que se localiza no topo da construção. Sinceramente falando, foi muito cansativo, mas nada comparado à subida noturna de Águas Calientes para Machu Picchu. Eu consegui fazer os dois de forma surpreendentemente boa mesmo sem ter preparo físico nenhum, porque na minha opinião, o que nos move nessas horas de frio de Uyuni, Trekking da trilha Inca, entre outros desafios, é realmente o psicológico, ou seja, a motivação da pessoa e a vontade de atingir aquele objetivo e não somente o condicionamento físico.

 

Começamos a subida e a guia foi parando degrau por degrau para explicar a história da cidade, que é realmente interessante. Eu recomendo fazer esses passeios com guia, mesmo sendo possível fazer sem, porque acho que a beleza desses lugares só é complementada quando se conhece também a história por trás de cada detalhe... Passou-se algum tempo e finalmente chegamos ao topo daquela obra incrível. Outro sonho estava se realizando agora, porque eu sempre tive vontade de ver aquele Templo que inexplicavelmente foi construído com monólitos gigantescos, cada um pesando várias toneladas. Existe uma montanha a uns quilômetros da cidade que pode ser vista do Templo do Sol e foi de lá que, segundo os especialistas, os Incas traziam as rochas. Algo incrível que até hoje ninguém consegue explicar com certeza absoluta.

 

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Depósito de alimentos construído no alto da montanha pelos Incas, que tinha como objetivo melhorar a ventilação e por isso a duração dos alimentos

 

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Rosto esculpido na rocha

 

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Ficamos em Ollantaytambo por um bom tempo e no final da tarde voltamos ao ônibus.

 

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Agora iríamos para a última atração do dia, que seria a parada na cidade de Chinchero. Chegando lá fiquei um pouco decepcionado porque não sabia que no roteiro do Vale Sagrado teríamos que escutar de novo a explicação de algumas mulheres sobre como produziam os tecidos coloridos... Disse antes que isso era um grande teatro e pude confirmar nessa hora, quando elas utilizaram novamente as mesmas piadas e explicações. É uma aula interessante pela parte cultural mas não precisa ser repetida ::tchann::

 

Já tinha anoitecido e estávamos quebrados por causa da rotina agitada dos últimos dias (algo comum em um mochilão :mrgreen: ) . Ainda conhecemos uma igreja de Chinchero

que os espanhóis construíram no topo de algumas ruínas antigas. Não é preconceito nem nada, mas comparado às obras gigantescas dos antigos Incas, aquela igreja mesmo cheia de ouro não era muita coisa...

 

Agora sim era hora de voltar para a cidade. Foi um passeio bem cansativo mas que no final deu tudo certo. Serviu para nos deixar ainda mais surpresos com os sítios arqueológicos e as obras do antigo povo andino. Chegamos na cidade umas 19:30 da noite e fomos direto para o Wild Rover. No hostel encontramos com um rapaz que iria ser nosso guia no próximo dia pela trilha Inca. Havíamos combinado com a agência de encontrar ele nesse horário para ouvir as explicações de como seria a trilha e o que precisaríamos levar. Conversamos um pouco e agora era só aproveitar a farra do hostel e aguardar ansiosamente pela próxima manhã :mrgreen: Descansamos um pouco e depois tomamos um banho para reanimar o corpo, porque aquele seria o último dia de festa em Cusco, um bom motivo para aproveitar ainda mais aquela noite. Por causa do cansaço e também pela trilha dos próximos dias resolvi que iria ficar só um pouco no Pub e não ia me estender para as boates como fiz na noite passada, uma decisão difícil pois a tentação da noite no El tempo é forte :twisted: Por isso ficamos no Pub, conversando com a gringaiada, com que havíamos feito amizade nos últimos dias, jogando a velha sinuquinha e aproveitando, de forma maneirada, a bela Cusqueña ::love::

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