Bolívia e Peru (18 dias) - Junho 2014

[Wesley Fortes]

Eae mochileir@s!!! Hora de compartilhar mais uma trip. Depois de pegar informações valiosas aqui no Mochileiros, nada mais justo. Dessa vez fui para a Bolívia e o Peru, fazendo o roteiro "básico" até Machu Picchu. Como sou professor e anteciparam as férias de meio de ano para coincidirem com a Copa eu e outro amigo professor, o Robson, aproveitamos para fazer o mochilão, já que seguramente viajar pelo Brasil nessa época sairia bem mais caro. Bem... todo mundo que viaja provavelmente sempre quis ir a Machu Picchu, então montei um roteiro, discuti com o pessoal (iam mais dois q acabaram desistindo) e depois fechamos eu e o Robson. Nossa viagem foi em Junho, mas em Fevereiro já compramos as passagens para Campo Grande pela GOL por R$ 285,32 com as taxas. Depois de muitas pesquisas e conversas com quem já tinha ido decidimos levar Reais mesmo e não tivemos dificuldade no câmbio, tanto na Bolívia quanto no Peru. O valor total da trip ficou em aproximadamente R$ 2000,00. Bora ver o que rolou?!!!

 

DESDE JÁ ME DESCULPEM SE O RELATO TIVER FICADO MUITO LONGO, MAS TENHO O HÁBITO (BOM OU MAU...RSRS) DE ESCREVER TUDO ANTES DE PUBLICAR .... MAS ESPERO QUE GOSTEM!!!

 

13/06 - Sexta-Feira

 

Nos encontramos no terminal rodoviário do nosso bairro e pegamos o ônibus até a estação de trem (R$ 3,00). Depois, trem e transferência gratuita para o Metrô (R$ 3,00). Fomos até a estação São Judas, comprei água (R$2,00) e lá pegamos outro ônibus até o aeroporto de Congonhas (R$ 3,00). Nosso voo partiu pontualmente às 13:06 e após 1h45m de voo estávamos em Campo Grande, com fuso de -1 com relação ao horário de Brasília. Acertamos os relógios que manteriam o mesmo fuso também em toda a Bolívia. Saindo do aeroporto indo à esquerda fomos ao ponto de ônibus para irmos à Rodoviária. Você tem que tomar 3 ônibus, mas não se assuste, paga uma passagem só que custa R$ 2,70 rsrs. O primeiro que se pega é o "Industrial" (se não me engano) que te deixa no terminal "Julio de Castilho"; lá outro para o "Morenão" e por fim o "Guaicurús" que te deixa em frente à Rodoviária. Como não tem cobrador e o motorista fica meio isolado peça pra alguém te avisar onde descer. Pra quem está acostumado com ônibus com cobrador Campo Grande não tem cobrador e lá funciona um sistema de cartão. Entramos no ônibus olhamos, não vimos cobrador, não vimos o motorista com o "caixa" do ônibus aí o Robson pergunta: "Como paga?" Aí você paga pro motorista mesmo, ele te dá o cartão e você deposita na catraca...rs. Chegando na Rodoviária fomos comprar as passagens pra Corumbá... compramos para o último ônibus, era executivo e custou R$ 111 e uns quebrados. Como teríamos que esperar ainda muito tempo não quisemos ficar moscando na Rodoviária e compramos um cartão de ônibus com ida e volta (R$ 5,40) para ir a um Shopping e comer alguma coisa pois perto da Rodoviária não tem nada e lá dentro só tem lanche. No ponto encontramos duas cariocas que nos deram dicas de como ir ao shopping...as encontraríamos futuramente. Sem saber acabamos indo pro shopping mais distante da Rodoviária, mas o pior mesmo foi ver a lentidão com que os motoristas de lá dirigem o busão o que tornou o trajeto uma eternidade.... Mas beleza...tempo era uma coisa que tínhamos de sobra... almoçamos (R$ 11,90 + Suco R$ 5,40) enquanto a Espanha tomava um chocolate na Copa. Passamos nas Americanas do Shopping e compramos algumas coisas pra comer durante a noite (R$ 2,50). Esperaaaaamos até meia noite quando nosso ônibus saiu para Corumbá!!!

 

Gasto do dia: R$ 149,90

 

 

14/06 - Sábado

 

Chegamos por volta de 6:00 da manhã em Corumbá e acreditem ou não, um frio da bixiga.... vento cortante.... Perguntamos ao guarda da Rodoviária como chegar à fronteira e ele nos deu duas opções: táxi pela "bagatela" de R$ 30,00 ou R$ 40,00 ou o busão de R$2,40.... Nem pensamos duas vezes, o ponto de ônibus é praticamente em frente à Rodoviária. É necessário ir até o que eles chamam de transbordo onde se pega outro ônibus para a fronteira.. não precisa pagar de novo !! Chegamos na fronteira e vimos muita gente indo direto pra Bolívia... eu sabia que teríamos que fazer os trâmites de saída do Brasil, mas seguimos o fluxo...hehe depois de atravessar a ponte, "geograficamente" já na Bolívia um cara no meio da rua nos disse o que eu já sabia, que tínhamos que dar saída do Brasil e depois voltar. E aqui houve a única proposta de propina de toda a viagem...rsrs O cara ofereceu-se para que quando voltássemos déssemos uma grana pra passar na frente na fila... Voltamos para o lado brasileiro para esperar abrir a imigração por volta de 9:30. Enquanto esperávamos chegaram as cariocas que encontramos em Campo Grande, Suani e Helena que nos acompanharam até Sta. Cruz de La Sierra (Se lerem esse relato, bjs pra vcs!!!). Ficamos ali trocando ideias até que abriram a imigração, fizemos os trâmites e bora pra imigração boliviana. Por viajar com RG tem papéis a mais pra preencher mas é tudo tranquilo. Como já esperava depois de ler vários relatos, fiiiiila na imigração boliviana..... gente passando na frente ($)...depois de mais de uma hora de espera veio a carimbada.... oficial e legalmente na Bolívia. Fomos atrás de câmbio.... perguntei pra um guarda onde poderia fazer câmbio seguro... ele nos levou num "amigo dele" mas a taxa tava ruim. Saímos e achamos uma melhorzinha R$ 1,00 = Bs 2,88. Trocamos um pouco de grana e pegamos o táxi para o terminal de ônibus de Quijarro (Bs 5,00 cada um). Chegando lá...puuuts, muita doideira, já veio um pessoal da empresa Pantanal pra cima da gente pra vender as passagens pra Sta. Cruz pro busão que estava prestes a sair. Nem deu tempo de respirar.... não ficamos assustados mas achamos muito louco aquilo...rsrs pedimos um tempo pra respirar, pois estávamos com fome e queríamos decidir se iríamos almoçar e ir pra Sta. Cruz mais tarde ou no que estava saindo. Depois de um breve papo decidimos ir pra Sta. Cruz nesse busão. Era cama, 3 fileiras da Pantanal, saiu por Bs 100,00. Entramos e o busão saiu e depois de 9hs de viagem estávamos desembarcando em Sta. Cruz. Depois de um lanche em frente à Rodoviária (Bs 7,00), nos despedimos da Suani e da Helena que foram procurar hostel porque iam pra Sucre no outro dia de manhã e nós fomos atrás de busão pra La Paz. Encontramos um dos últimos provavelmente (não lembro o horário), mas teríamos de fazer uma "conexão" em Cochabamba. fechamos por Bs 120,00... o busão não era dos melhores, mas era o que tinha. Banheiro na rodoviária custa Bs 1,00.

 

Gasto do dia: R$ 2,40 / Bs 233,00

 

 

15/06 - Domingo

 

Depois de várias horas com alguém escutando um som de qualidade questionável para todo o busão chegamos em Cochabamba por volta das 6hs. Quase que imediatamente à chegada uma funcionária da empresa veio nos buscar no ônibus pra nos entregar os tickets do busão de Cochabamba pra La Paz. Achei bem ágil e fiquei aliviado por ter dado tudo certo nessa conexão imprevista. O ônibus pra La Paz sairia em meia hora então fomos pagar a taxa de terminal (Bs 2,00) e aproveitei pra comprar uma água (Bs 5,00). No horário nosso ônibus, um pouco melhorzinho que o outro, partiu rumo à La Paz. Há belas paisagens pelo caminho enquanto o ônibus vai subindo e ziguezagueando com aqueles precipícios bem ao lado..hehe. No meio desse caminho fui pego pela altitude. Não senti dor de cabeça nem enjoo forte ou ânsia de vômito (papo legal neh? rs) mas senti certo incômodo e mal-estar que só me abandonariam de vez em La Paz depois de mascar umas folhas de coca. O ônibus fez uma única parada, então desci pra comprar algo. Quando entrei veio aquele cheiro forte de pollo somado a um calor danado.... comprei uma Coca (Bs 7,00) e saí sem pestanejar... Abordei uma mulher local pra perguntar se faltava muito pra chegar em La Paz, ela respondeu que faltavam algumas horas...e começamos a conversar.... quando falei que era brasileiro foi massa vê-la abrir um baita sorrisão e dizer que adorava o Brasil.... conversamos sobre o Brasil, sobre a Bolívia, Evo Morales... Depois o ônibus partiu finalmente para La Paz onde chegamos no fim da tarde. Não tínhamos nada reservado e eu tinha os nomes de alguns hostels, mas minha esperteza me fez esquecer de anotar também endereços e telefones...rsrs. Mas parece que há uma bússola mochileira em nós neh?! Começamos a descer a rua e fomos abordados por um brasileiro que percebeu que estávamos procurando lugar... ele nos indicou e mostrou onde era o PIrwa (depois conheceríamos o amigo desse cara em outro hostel). Chegamos no Pirwa conseguimos apenas uma pernoite pois estava tudo lotado pros próximos dias. Nos instalamos, tomamos banho (banheiro coletivo, fora do quarto), pegamos um mapa no hostel e com as dicas do pessoal do staff saímos pra comer alguma coisa. Achamos uma lanchonete e pedi um hambúrguer com ovo (Bs 20,00) mas não consegui comer inteiro... ainda estava com mal estar. Voltamos pro hostel, dei um alô pro povo de casa pela internet e fomos dormir, o que foi meio difícil pra mim, tossindo feito sei lá o quê!!!

 

Gasto do dia: Bs 34,00

 

 

16/06 - Segunda-Feira

 

Levantamos mais ou menos cedo pra fazer o check-out do hostel (Bs 49,00 a pernoite) e deixamos as mochilas pra irmos procurar outro hostel. Enquanto procurávamos aproveitamos para conhecer um pouco da cidade e fomos andar no Mi Teleférico (Bs 6,00 ida e volta) que liga La Paz a El Alto e oferece algumas belas vistas... nos deparamos com uma manifestação na avenida principal, que não lembro bem o que era... e fomos ao Mirador Kill-Killi; tem uma ladeirinha que judia até chegar lá... subi ofegando...mas subi..rs. A vista de lá é bem bacana...dá pra ver um pouco do Valle de la Luna, tem uma visão legal do Illimani, e meio que uma visão geral de La Paz. Saímos do mirador e fomos ao Wild Rover... sinceramente, não gostamos da localização... seguimos caminhando até o Parque Urbano Central...legalzinho. Voltando fomos até o Loki; melhor localizado que o Wild Rover (isso no meu achismo hein pessoal), tinha lugar, preço na média (Bs 54,00 a pernoite)... Deixamos pré-reservado e fomos pro Pirwa buscar nossas mochilas enquanto decidíamos onde ficar e acabamos optando pelo Loki. Depois de alojados fomos perguntar por indicação de onde comprar os passeios de Tiwanaku e Chacaltaya. Ela não indicou ninguém em específico, só falou que se fôssemos na Sagárnaga encontraríamos várias agências. Sinceramente, não estávamos com muito ânimo pra garimpar e depois de umas duas agências acabamos fechando com a Victours: Tiwanaku por Bs 125,00 e Chacaltaya e Valle de La Luna por Bs 160,00. Sei que se paga muito mais barato por esses passeios.... mas... . Depois de fechar os passeios fomo atrás de lugar pra almoçar e fizemos a feliz descoberta do Littlle Italy... foi nosso ponto de almoço em La Paz. Comida deliciosa ... serve um prato de sopa e pra to principal por Bs 30,00; o suco custa Bs 15,00, refri é mais barato. Depois de uma boa massa fomos andar pela Sagárnaga onde fizemos mais câmbio, e dessa vez por uma taxa melhor que a da fronteira R$ 1,00=Bs 2,92. Fizemos umas comprinhas (Bs 90,00) e no mercado das bruxas comprei um pacotinho de folha de coca (Bs 5,00)... estava decretado o fim do meu mal-estar!!! Subimos pro bar pra ver um jogo qualquer da Copa... saímos um pouco à noite e fomos dormir pra ir a Tiwanaku na manhã seguinte.

 

Gasto do dia: Bs 478,00

 

 

17/06 - Terça-Feira

 

Levantamos cedinho e tomamos café e descemos para o saguão do hostel para esperar pessoal da agência. Enquanto esperávamos conhecemos uma galera de Minas que iriam fazer o Chacaltaya pela mesma agência e um carinha do Rio que iria par a Death Road. Foi nessa hora que percebemos que o carioca estava no mesmo quarto que a gente...rsrs... e conversando mais descobrimos que ele era amigo do brasileiro que nos indicou o Pirwa na nossa chegada em La Paz (mundo pequeno sô!!!). Como estávamos no mesmo quarto os canadenses que dividiam o quarto com a gente também viraram assunto... tocaram o terror... barulhentos, Bebinhos da silva, fumaram.... fo**... Depois de alguma espera o pessoal da agência chegou pra buscar o pessoal que ia pro Chacaltaya e um tempinho depois outro pessoal veio buscar a gente. Na van estávamos brasileiros, belgas, estadunidenses e uma porto-riquenha. O guia era um tiozinho bem bacaninha até... o nome dele era Carlos se me lembro bem. Ele fez puxou uma apresentação da galera, cad um dizia seu nome e profissão e ele relacionava a nossa profissão com algum aspecto da cultura Tiwanaku... bem bacana. Chegando em Tiwanaku o nosso primeiro ponto de parada é o museu de cerâmica... muita coisa bacana lá, mas não se pode fotografar... depois fomos a um monolito que está em uma das áreas que estão em obras...também não se pode fotografar... Depois partimos pra área aberta...e agora as fotos estão liberadas...passamos pela pirâmide principal que ainda está sendo desenterrada e fomos até o "salão de rostos" (não sei se isso mas vou chamar assim mesmo...kkk). Antes de descermos o guia explicou a mistura incrível de engenharia e astronomia nas construções... coisas ligadas a equinócios e solstícios... muito interessante!!! O guia fez uma foto de cada um com o monolito aparecendo lá no portal (essa foto aí do meu perfil) e depois descemos as escadas para ver os rostos e um monolito... há uma variedade razoável de estilos de rostos. A belga que estava no grupo ficou meio emburrada com o guia porque ele usou como exemplo o tipo de nariz dela pra comparar com um dos rostos...rsrs. Aí ele tenteando contornar falando pra ela que era o tipo dos ancestrais dela e ela dava de ombros pra ele...rsrsrs. Depois fomos pro salão maior onde fica monolito principal.... nesse complexo há o portal do sol, que segundo o guia não é original de Tiwanaku. Depois de um bom tempo rodando por Tiwanaku deixamos o complexo e paramos pra comprar ums regalitos... comprei duas réplicas de monolito por Bs 10,00 e ainda ganhei um de brinde!!! Saímos dali para o almoço num restaurante que já estava incluso no pacote.... Salada à vontade, arroz, batata à vontade... tinha duas opções de prato principal: bife de lhama ou trucha... optei pela lhama... gostei pra caramba... uma delícia!!! A bebida não estava inclusa e custou Bs 10,00. Na volta a van parou num mirador à beira da autopista entre El Alto e La Paz pra que tirássemos fotos.... visual massa..... A van nos deixou na agência e fomos para o hostel. à noite saímos pela cidade... e fomos comer um pizza em porção com uma Coca (Bs 18,50). Voltamos ao hostel e encontramos os caras de Minas que tinham ido ao Chacaltaya... eles relataram pra gente que tinham curtido, mas que um deles tinha literalmente travado no meio da subida e teve que ir ao médico e tudo mais... fo**... e descobrimos também que o carioca não tinha ido fazer a Death Road porque a agência confundiu os hostels e não foi buscá-lo... Na manhã seguinte iríamos fazer o Chacaltaya.

 

Gasto do dia: Bs 38,50

 

 

18/06 - Quarta-Feira

 

Acordamos cedinho novamente descemos ao saguão pra esperar o pessoal da agência. Aproveitamos pra fazer já o check-out (Bs 108,00 2 pernoites) e deixamos nossas mochilas no guarda-volumes do hostel pra pegar na volta. Mais ou menos no horário combinado estavam lá e saímos pra apanhar outras pessoas... ah... o trânsito de La Paz... nos roubou um bom tempo.... coisa de doido...rsrs. Depois de mais de uma hora no trânsito paceño seguimos rumo ao Chacaltaya. A estrada até lá já é um passeio à parte... é irado e acaba ficando muito divertido, especialmente quando passa beeem rente aos precipícios...rsrs. A uma certa altura param para que tirássemos fotos e depois chegamos à base. Confesso que assim que desci da van me deu uma tontura momentânea, mas depois fiquei de boa e começamos a subir. O Robson disparou na frente e eu fui subindo na moralzinha.... a passos lentos e com várias paradas. Você consegue imprimir um ritmo legal depois que percebe bem as reações do teu corpo... então eu fui subindo devagar, parando sempre que começava ma taquicardia, tomando água... não conversando com ninguém pra economizar o fôlego rsrsrs. Só conversava quando parava estrategicamente para respirar e tirar fotos.... não demoramos muito para chegar lá em cima... é legal como o pessoal confraterniza por ter chegado lá..hehe... depois de descansar, tirar fotos e ficar simplesmente admirando a paisagem fomos para o ponto mais alto, continuando a trilha até os 5.395m de altitude... O visual de lá é ainda mais incrível; o Huayna Potosí aparece imponente.... mais um tempo para fotos e contemplação... Na volta, como diz o ditado, "pra descer todo santo ajuda"!! Partindo da experiência incrível no Chacaltaya seguimos para o Valle de La Luna.... enfrentamos mais uma vez o belo trânsito de La Paz, teve um casal que não faria o Valle e desceu na cidade... Chegamos lá foi o guia ia nos contando as histórias sobre o lugar, algumas lendas e tals. O Valle de La Luna é bem legal, interessante.... mas depois de você ter feito o Chacaltaya não é aquiiiilo sacam? Na volta dispensamos o lanche que estava incluso no nosso pacote porque iríamos ainda para Copacabana... bom, pelo menos tínhamos a intenção... o motorista fez um caminho alternativo que no livrou do trânsito e nos deixou na Sagárnaga. De lá fomos almoçar no Little Italy (Bs30,00 + Suco Bs 15,00). Depois subimos para a Rodoviária para ir pra Copacabana.... só que já eram mais de 17hs e eles só vendem passagem pra Copacabana até esse horário porque depois disso os ônibus não podem atravessar o estreito em Tiquina... lembrei da alternativa do cemitério, mas nos disseram que teríamos o mesmo problema de horários.....conclusão.... Teríamos de passar uma noite não planejada em La Paz . Na Rodoviária encontramos um casal de brasileiros que também estavam na mesma situação, Letícia e Felipe. Compramos passagem pro primeiro busão para Copa do dia seguinte na Titicaca por Bs 30,00 e resolvemos procurar um hostelzinho baratinho só pra passar a noite...achamos um alojamento bem furrequinho por Bs 30,00, perto da Rodoviária, Casa de la Abuela, se não me engano... NÃO FIQUEM LÁ rsrsrs. Cobertores cheirando ao século passado e o cara mentiu dizendo ter água quente...rsrs. Se acontecer de perderem o horário pra Copa durmam em outro lugar...kkk

 

Gasto do dia: Bs 213,00

 

 

19-06 - Quinta-Feira

 

Logo cedo deixamos o alojamento e fomos pra Rodoviária pegar o ônibus pra Copacabana. Enquanto esperávamos pagamos a taxa de uso do terminal (Bs 2,00) comprei um yogurte que foi meu café da manhã (Bs 4,00). Mais ou menos no horário previsto o ônibus partiu, são mais ou menos 4 hrs de viagem e ao longo do caminho começam a aparecer incríveis paisagens com o Titicaca. Em Tiquina descemos do ônibus para atravessar o estreito; o ônibus vai na balsa e os passageiros no barco (Bs 1,00 ou Bs 2,00)... depois de mais algum tempo de viagem chagamos em Copacabana. Depois de conversar um pouco decidimos passar apenas a tarde em Copa e já seguir para Cusco... não ficamos empolgados com Puno só pra conhecer as Islas Flotantes... Compramos as passagens na Titicaca mesmo por Bs 100,00. Fomos andar por Copa e depois de um tempinho na "praia" fomos subir o Cerro Calvário... é uma senhora duma subida com as estações da via-sacra... deve haver alguma tradição de jogar pedras em cada uma delas, mas não lembrei de perguntar a algum local o significado, mas há amontoados de pedras em casa um... a vista lá de cima é incrível. Ficamos um tempo admirando o belo Titicaca com sua imensidão azulada.... sensação indescritível... se for a Copacabana suba o Calvário, vale muito a pena. Depois de encher os olhos com a bela vista descemos e fomos até a catedral... linda demais... em frente tinha alguns carros enfeitados para serem abençoados... dentro não se pode fotografar, mas é de uma beleza incrível.. estilo barroco se não me engano, portanto imponente.... saímos de lá para almoçar a famosa trucha por Bs 60,00 com suco (a comida mais cara de toda a trip) e depois fomos ver o pôr do sol... Não há o que dizer também do pôr do sol no Titicaca... só vendo.... é quase hipnótico, mas meu lado consciente nos lembrava que tínhamos ônibus pra Cusco logo menos, então subimos, pegamos nossas mochilas, preenchemos uma papelada pra agilizar nas imigrações boliviana e peruana. Chegamos à fronteira rapidinho, é bem próxima de Copa. Descemos fizemos os trâmites... sondei o câmbio de Reais pra Soles...tava sofrível, não trocamos. Não demorou muito nas imigrações, foi razoavelmente tranquilo com relação ao tempo. Depois voltamos pro busão e seguimos até Cusco depois de uma paradinha em Puno, já com fuso de -1 com relação à Bolívia.

 

Gasto do dia: Bs 168,00

 

 

20/06 - Sexta-Feira

 

Às 5:30 da manhã chegamos na Rodoviária de Cusco... sem nenhum Nuevo Sol ($) no bolso. O Robson tinha US$ 10,00 caso precisássemos...mas como já estava bem perto das 6hs decidimos ir perguntar pra uma senhora que vendia algo ali perto se era muito longe até a Plaza de Armas. Ela disse que não e gentilmente nos explicou o caminho. Mochila nas costas partimos seguindo a rua em frente à Rodoviária e depois à esquerda pela Av. El Sol... daí pra Plaza de Armas é um pulo. Uns 15 ou 20 minutinhos de caminhada e pronto. Como tínhamos pegado um mapa de Cusco no Loki em La Paz nos localizamos e fomos até o Che Lagarto, que fica a mais ou menos uma quadra da Plaza de Armas. Chegamos lá e felizmente tinha vaga.. nem pesquisamos outros e acabamos ficando por lá mesmo por S/ 30,00 a pernoite. Diferente de La Paz recomendaram o pagamento na entrada... como não tínhamos nada em Soles fizemos as reservas assim mesmo, deixamos as mochilas e fomos pra Plaza de Armas dar um tempo até que as coisas começassem a abrir e pudéssemos fazer câmbio e procurar pacote pra Machu Picchu. Como na quinta-feira anterior tinha sido Corpus Christi ainda tinha uns vestígios das ruas enfeitadas... Sentados ali na Plaza trocando ideia, de frente pra Companhia de Jesus, fomo s abordados, mas uma vez gentilmente, por um senhorzinho, o Jimmy. Chegou como quem não quer nada e de repente mostrou a que vinha...rsrs... vender o pacote da sua agência para MP. falamos pra ele que estávamos esperando abrir as "lojas" pra fazer câmbio. Vixi, na hora ele já se prontificou a achar um lugar pra gente trocar moeda.. meio com pé atrás mas com uma dosezinha de confiança no cara fomos. Numa esquina da Av. El Sol ele chamou um "chino" que fez um câmbio de R$ 1,00 = S/ 1,08.. Como as cotações que tínhamos visto e ouvido falar eram bem piores (alguns falavam em R$ 1,00 = S/ 0,80) acabamos trocando com o "chino" mesmo... depois descobriríamos taxas bem melhores, mas que não passaram de R$ 1,00 = S/ 1,17. Depois do câmbio o tiozinho nos recomendou um lugar bacana pra tomar café da manhã, topamos. Ele nos levou até lá e nos deixou pra tomar café à vontade e voltaria depois pra nos levar até a agência pra qual ele trabalha. O lugar é o Panam Café...não lembro bem a localização.. mas valeu muito a pena. Pão, manteiga e geleia, café ou café com leite e ovos mexidos por S/ 10,00 e tudo muito gostoso. Depois de um tempinho o tiozinho voltou e fomos com ele até a agência. Depois dele arrombar a porta da agência entramos e ele nos mostrou os pacotes que tinha disponível para MP. Optamos pelo roteiro da hidrelétrica que eles chamam de Machu Picchu by car... Há várias possibilidades e pacotes de 1 dia, 2 dias e 1 noite, ou 3 dias e 2 noites... depois de muita conversa e de analisar os valores optamos pelo roteiro de 2 dias e 1 noite pelo valor de US$ 145,00 (S/406,00) com a Montanha Machu Picchu inclusa. Como tinha referências de valor médio de US$ 150,00 fechamos assim de cara mesmo, sem procurar em outras agências.... Tah...isso não se faz, mas acabamos fazendo...hehehe. Depois de tudo certo, fomos andar um pouco e fomos até a pedra dos 12 ângulos...e foi aqui que a gentileza peruana cedeu espaço ao mercenarismo rsrs. Fomos de boa até lá, tiramos foto, e de repente um cara começou a contar a história e tals... depois nos levou até outro lado do muro onde vê-se um puma e uma serpente (na mesma figura, olhando de ângulos diferentes)... mostrou a diferença dos muros incas e dos "incapaces", os espanhóis. Até aí beleza...só que depois, no fim, ele queria vender as pinturas dele, que eram bem legais, só que ele tava me pedindo S/ 90,00... argumentei, contra-argumentei e ele queria porque queria que eu comprasse como retribuição pelas informações que ele tinha dado... ah...abri a carteira, dei S/ 2,00 pra ele e saí "voado" com ele reclamando...rsrsrs. De volta a Plaza de Armas fomos abordados pelo pessoal do ônibus turístico que faz um pequeno City Tour nos anos arredores próximos de Cusco como Plaza San Francisco, Av. El Sol, Saqsaywaman (por fora)... Não lembro bem qto tempo demora, mas eles esperam encher, tanto que depois que subimos no busão demos umas 3 voltas na Plaza de Armas até sair de verdade. O valor é de S/ 20,00 mas conseguimos por S/ 15,00 cada um. No busão conhecemos um grupo de professoras de Minas. Depois de passar por Saqsaywaman o ônibus para num povoado pra galera entrar na lojinha e comprar "regalitos". Depois faz uma paradinha no Cristo de onde temos uma bela vista da Plaza de Armas. Depois do City Tour voltamos pro hostel, acertamos a estadia, nos alojamos...mandamos um pouco de roupa pra lavanderia (S/ 6,00 o kg se não me engano - paguei S/ 12,00 - ... mas fora do hostel tinha beeem mais barato, na média de 2 a 3 soles). Depois saímos e fomos conhecer o mercado San Pedro... eu achei massa...tem de tudo lá... é muito bacana mesmo!!! Do colorido das roupas até o cheiro das comidas e as carnes penduradas nos balcões...hehehe.. comprei um "regalito" (S/ 7,00). De lá saímos pra almoçar (S/ 25,00 com suco)... demos mais uma volta pelo entorno e voltamos pro hostel... à noite rolou a Fiesta de Luces y Sonidos... foi massa... teve muita música.. e uma baita queima de fogos... muito massa. E assim terminou nossa noite...com muita festa e com a promessa de mais festa no dia seguinte....

 

Gasto do dia: S/ 595,00

 

 

21/06 - Sábado

 

Acordamos mais ou menos cedo e bora pra Plaza de Armas.... sério...aquela praça tem um imã....rsrs As ruas que circundam a praça estavam isoladas, perguntamos pra guarda da polícia turística (super gentis, pra variar) o que iria acontecer e nos explicou que haveria um desfile de alegorias mostrando a cultura e a criatividade cusquenhas... procuramos um lugar bacana e ficamos ali pra ver. Foi bem interessante, realmente criativo e muito crítico também, carregado de cultura e política, acho massa essas coisas. Logo que nos chamou a atenção foi a organização do pessoal, uma certa "disciplina" para que todos pudessem assistir ao desfile. Tinha muita gente sentada nas escadas da catedral...e quem estava embaixo não ficava em pé, pra não atrapalhar os de trás... e o mais legal ainda foi que tinha umas crianças sentadas na calçada e foram colocar uma faixa de patrocínio na grade e o pessoal chiou na hora porque iria atrapalhar a visão dos pequenos... o cara tentou argumentar mas foi vencido e teve de colocar a faixa em outro lugar.... achei o máximo aquilo...rsrsrs. Almoçamos (S/ 25,00) e depois fomos conhecer San Blás....é bem bonito. Depois voltamos enrolamos um pouco no hostel e à noite saímos pra comer uma pizza (S/ 26,00 com refrigerante)...e depois.... mais festa na Plaza de Armas... Oh lugarzinho bom... Rolaram uns shows com bandas locais; eu não tenho certeza, mas parece que um dos que cantaram foi o vocalista do Maná!! Massa... depois uma banda musicalmente ruim, mas visualmente BOA, com umas gurias pouco vestidas para o frio da noite cusquenha e as letras das músicas tão comportadas quanto as roupa.... . O rum comendo solto na praça e um pessoal ofereceu pra gente...recusamos e depois eles nos disseram que seria ofensivo recusar assim de cara e que deveríamos ao menos pegar o copo mesmo vazio e depois passar pra outro... então tá neh.... fizemos isso e ficamos trocando ideia por um tempo. Depois deixamos a praça lotada pra voltar pro hostel porque, afinal, no dia seguinte sairíamos para Machu Picchu pela manhã.

 

Gasto do dia: S/ 51,00

 

 

22/06 - Domingo

 

Pela manhãzinha saímos e fomos pra agência que é perto do hostel (nós mesmos tínhamos optado por esperar lá e não no hostel). Enquanto esperávamos foi chegando o pessoal que iria na mesma van... na hora prevista, mais ou menos, a van partiu rumo à hidrelétrica, mas antes, um pouco mais afastado da Plaza de Armas, paramos pra pegar o pessoal que estava no Loki. Depois da van completa partimos. O caminho é relativamente longo, mas boa parte dele te recompensa com belas paisagens!! Uma das pessoas que a van pegou no Loki era uma brasileira, carioca, muito gata por sinal e fomos trocando ideia um bom tempo.... mas apesar da prazerosa companhia ela estava se sentindo enjoada o que acrescentou um certo grau de apreensão à viagem ..rsrs. Mas correu tudo bem... quer dizer, mais ou menos neh... ela estava num pu** dum perrengue porque tinha esquecido o cartão no caixa automático e, lógico, o perdeu e estava quase sem grana.... mas ela resolveu abstrair o problema e curtir o passeio. A certa altura paramos pra ir ao banheiro e poder comprar algo pra comer e tempo depois para o almoço... O motorista tava meio perdido de onde iríamos almoçar... rodou um pouco e paramos num restaurante pra um almoço bem "meia boca"... "entradinha"(já comeu um pouquinho, bem pouquinho mesmo, de macarrão com molho frios num pirex?...sim...aquilo não era um prato...definitivamente!!!) e um prato principal que nem lembro o que era... Depois de algum tempo, mais belas paisagens, estradas estreitas iradas com precipícios bem ao lado ...rsrs... chegamos à hidrelétrica. Lá assinamos um "checkpoint" e reuniram o nosso grupo para dar as instruções. Instruções dadas partimos pra caminhada rumo a Águas Calientes. E foi aí que perdi contato com a carioca... (Acontece muito isso...de conhecer gente bacana "em trânsito" ... nem peguei nenhum contato dela nem nada... ) . O caminho é tranquilo.... tem subidas só no comecinho...depois é tudo mais ou menos plano margeando a linha do trem e o rio. Lindas paisagens também.... Na caminhada a gente fica como criança curiosa, olhando pra todos os lados, porque sempre tem coisa bacana.... dá um certo encantamento.... pelo menos pra mim. Após umas 2hs de caminhada chegamos em Águas Calientes ainda com alguma luz do sol, bem ao finalzinho da tarde. Ficamos um pouco perdidos até encontrarmos a "Plaza de Armas" de AsCs, onde estariam esperando o pessoal do grupo... fomos os primeiros a chegar. Esperamos um pouco e o pessoal não chegava então o cara nos levou até o hostel onde ficaríamos hospedados (incluso no pacote) e nos alojamos... nos avisaram que teríamos as orientações para o dia seguinte na hora do jantar. Como tínhamos tempo fomos pras termais... eu, não sei porque, não estava afim, mas o Robson foi lá curtir. Fui lá pra dar uma olhada sem compromisso hehe e depois voltei, descendo até a Plaza e fiquei ali um tempo morgando... só olhando o movimento. Perto da 20hs, que seria a hora do jantar, voltei pro hostel e já tinha uma galera (Robson e eu, um casal de argentinos, duas francesas e um espanhol) reunida...esperando pra jantar e ansiosos que fosse melhor que o almoço...rsrs. E foi...uma sopa caprichada... não lembro se teve mais alguma coisa.... mas foi beeeem melhor que o almoço. O guia deu as orientações pro dia seguinte, nossos ingressos para Machu Picchu, os bilhetes do trem de volta pra Hidrelétrica (esqueceram os nossos e nos entregariam no dia seguinte), uma sacolinha com o lanche para a manhã e "listo". No restaurante onde jantamos estava disponível um happy hour de pisco sour, 4 por 1.... ficamos ali trocando ideia e tomando pisco.... trocando ideia e tomando pisco..... o negócio bom... quando resolvemos pedir a conta jah tinham sido umas 6 rodadas!! rateamos a conta e ficou em S/ 24,00 pra cada um. Choramos pro gerente um agradinho, afinal estávamos praticamente só nos no lugar e bebemos pakas... rsrs ele nos ofereceu de brinde tacos com guaca-mole ou mais uma rodada de pisco sour.. e essa hora foi hilária. O espanhol logo perguntou: "Tacos? Son para comer no?" "Entonces, más pisco!" rsrsrs... veio mais uma rodada e depois a gente saiu... afinal teríamos que estar de pé às 4hs da manhã pois subiríamos a pé de AsCs, mas não antes de dar mais uma volta pela Plaza, dessa vez sob o efeito de muito pisco . Na manhã seguinte pisaríamos na belíssima cidade escondida dos Incas!

 

Gasto do dia: S/ 24,00

 

 

23/06 - Segunda-Feira

 

Às 4 da manhã os despertadores dos celulares tocaram.... empolgados e sem ressaca levantamos bem dispostos para subir pra Machu Picchu; pegamos nossas sacolinhas de lanche e descemos para a Plaza. Lá encontramos o argentino, o espanhol e as francesas que subiriam a pé também. Tomamos um pouco do lanche rapidamente ali mesmo na praça e começamos a nossa caminhada ainda no escuro da madrugada... sempre bom uma lanterna pra ajudar, mas esqueci de levar a minha... Paramos na fila para atravessar a ponte que abre por volta de 5hs da manhã... lá mostramos documentos e tickets (se não me engano), e pronto... atravessamos e começa a loooonga subida pelas Escadas Incaicas. Você deve ter um mínimo de preparo físico pra subir a pé...caso contrário, recomendaria seriamente pagar o busão mesmo pra subir. As pernas doem, a respiração fica ofegante... para-se várias vezes durante a subida... é tensa. Depois de subir por 1h e meia ou 2hs mais ou menos chegamos à portaria.... cansados mas felizes por termos chegado. Encontramos o guia do grupo e ele nos orientou a entrar e esperar num determinado lugar... e assim fizemos. O pessoal do grupo se reuniu enquanto esperávamos o guia entrar com o pessoal que faltava.... não demorou muito e estávamos todos. O guia era bem bacana e fez um roteiro conosco explicando detalhes da história e da cultura incaicas... até que depois de 1 hora mais ou menos nos deixou livres pra explorar. Eu nem vou tentar descrever muito como é a sensação de estar em Machu Picchu, porque seria um esforço vão... só estando lá mesmo.... Tudo chama a atenção, tudo parece interessante... Andamos e subimos até à "torre do vigia", lugar disputado... é onde se tira a foto clássica de MP. Dali fomos subindo para a Montanha Machu Picchu... mas o cansaço foi maior que a vontade de subir e é sempre bom respeitar o corpo neh?! Faltava ainda uma meia hora de caminhada quando olhei no relógio e vi que não daria tempo de subir e voltar a tempo de pegar o trem de volta pra Hidrelétrica, então, sem neuras, desisti de subir e voltei... o Robson já tinha voltado e combinamos de nos encontrar perto ali da torre do vigia. Desci e ele tinha ido até a Porta do Sol...fiquei ali sentado, admirando aquela bela vista de MP e sim, de alguma maneira se pode sentir a energia do lugar. Pra resumir: É TUDO INCRÍVELl!!!! Depois de ficar ainda mais um tempo ali só contemplando o lugar, descemos pra pegar o ônibus pra Águas Calientes (S/ 28,06).... chegando fomos pro hostel buscar nossos bilhetes de trem e td OK!! Passamos num mercadinho pra comprar algo pra comer enquanto esperávamos o trem (uma Lays e um refri por S/ 11,00). No horário previsto embarcamos e nosso trem partiu rumo à hidrelétrica. Como tivemos que "correr" um pouco pra voltar pra Cusco, eu recomendaria fortemente fazer o pacote de 3 dias e 2 noites pra vc curtir Machu Picchu até cansar e voltar pra Cusco só no outro dia, mais tranquilo... fica a dica!!! Chegando na hidrelétrica ficamos ali procurando a van que nos levaria de volta a Cusco... não voltaríamos com a mesma galera, então ficamos procurando e atentos a quem chamasse nossos nomes. Nos achamos e bora pra Cusco...tudo certo... a viagem é longa, o motorista fez uma parada e tudo correu bem até que quase entrando em Cusco ele parou a van abriu a porta traseira e nos disse que a agência não queria pagar a nossa viagem (a nossa e de mais 3 pessoas) e que teríamos que lhe pagar S/ 30,00 . De pronto o Robson já falou que a gente não ia pagar, que era um problema entre ele e a agência. Pegamos nosso voucher, mostramos pra ele ele saiu, depois voltou ainda exigindo o pagamento... depois ele ligou do celular dele pra a agência e me passou pra eu falar com eles.... Falei lá, reclamei e eles me pediram pra passar de volta pro motorista... ele ficou conversando lá, depois ligou a van e saiu sem falar se estava resolvido ou não. Daí, entrando em Cusco ele começou a fazer umas ligações, dar umas voltas numas ruas meio afastadas do centro até que entrou um cara na van. Putz, comecei a ficar apreensivo, tah... com medo mesmo.... rsrs Passa um monte de bobagem na cabeça da gente ...rsrs. Mas blz... fomos até a Plaza San Francisco e o pessoal desceu lá; o Robson, eu e os outros 3 fomos na van até a agência. Chegando lá encostou alguém da agência na van, pagou o motorista e só aí ele abriu a porta pra gente.... saímos voando dali...rsrs. Ah...e só pra constar a agência era a "Inka Vacation". Fomos direto pro hostel, pegamos nossas mochilas e fomos realocados em outro quarto. Depois de um banho fomos pra Plaza de Armas, ficamos um pouco, também pelo cansaço, voltamos pro hostel, fiz um pouco de hora na internet e depois capotei.

 

Gastos do dia: S/ 39,06

 

 

24/06 - Terça-Feira

 

Não tínhamos planejado exatamente isso, mas descobrimos durante a montagem do mochilão que no dia da festa do Sol estaríamos em Cusco, e bom.... foi esse dia . Acordamos mais ou menos cedo e... adivinhem... bora pra Plaza de Armas... ficamos ali com a Plaza rodeada de gente ansiosa, principalmente locais. A cerimônia do Inti Raymi começa em Qorikancha e depois segue para a Plaza de Armas. É muito bonito e mais bonito ainda é ver como os cusquenhos valorizam sua cultura e como esperam pelo personagem principal, o Inca Pachacutec. Eu curto muito essas paradas culturais. Depois de um tempo, terminada a cerimônia na Plaza de Armas, ela continuaria pouco depois em Saqsaywaman. Nesse intervalo fomos até a Rodoviária comprar nossas passagens para Copacabana (S/ 40,00) e voltamos devagar pela Av. El Sol e fomos comprar o Boleto Turístico Parcial para o Valle Sagrado (S/ 70,00) na "Municipalidad". Depois aproveitamos pra ir numa agência e comprar o pacote que inclui translado e guia e custou S/ 25,00. Com tudo fechado fomos subindo para Saqsaywaman para acompanhar o restante da cerimômnia (a entrada era grátis por conta da festa)... nesse dia nem almoçamos, rolou só um lanchinho de Lays e Inka Cola (S/ 11,00). Ficamos ali num morro vendo de longe, mas mais ou menos bem, o restante da cerimônia. Bem bacana... O curioso é que estava meio nublado e quando fizeram a oferenda do coração da lhama saiu um facho de luz de entre as nuvens...hehehe Foi uma senhora coincidência, ou não?! Ao terminar a apresentação desci para o hostel pra tomar um banho, usar a internet e dar sinal de vida pro pessoal de casa. À noite saímos pra dar uma tradicional olhada na Plaza de Armas e jantar... menu turístico (S/ 17,00), e escolhi lomo saltado... achei bem gostoso!! Depois de jantar voltamos pro hostel pois no dia seguinte de manhã iríamos ao Valle Sagrado!

 

Gasto do dia: S/ 163,00

 

 

25/06 - Quarta-Feira

 

Acordamos cedo, tomamos um café reforçado (o quanto possível neh), fizemos o check-out, deixamos nossas mochilas no guarda-volumes do hostel e fomos até a agência para esperar o ônibus que nos levaria até o Valle Sagrado cujo roteiro incluía Pisac, Ollantaytambo e Chinchero... não fizemos Maras e Moray. Depois de algum atraso por conta de lugares trocados no ônibus com uns 2 passageiros partimos rumo ao Valle Sagrado... o guia dava várias informações bacanas....e depois de um tempo não muito curto de viagem chegamos a Pisac. Antes de ir ao sítio arqueológico paramos numa feirinha... comprei água (S/ 2,50) e uma camiseta (S/ 18,00). O sítio de Pisac é basicamente um lugar de cultivo.... e tem também as tumbas, hoje todas violadas, segundo o guia. Depois de umas explicações o guia deixou uns minutos livres para explorarmos o sítio, mas com a recomendação de que tal hora teríamos de estar no ônibus ou seríamos deixados para trás. A princípio pensamos que fosse mais uma pressãozinha pra ninguém atrasar, mas..... teve um casal que resolveu andar um pouco mais e acabou ficando pra trás . Vimos que ele realmente falava sério. De Pisac seguimos para o almoço em Urubamba num restaurante self-service que custou S/ 25,00 e você come à vontade, da salada à sobremesa. Enquanto estávamos parados chegou o casal que tinha ficado em Pisac, contando que tiveram de pagar US$ 50,00 de taxi... foram falar com o guia e ele simplesmente disse que tinha avisado o horário e que não atrasaria o passeio.... (eita!). Bem, dali seguimos então para Ollanta... mais explicações do guia, mostrou a montanha que tem à frente do sítio de Ollanta com um possível rosto esculpido (pela natureza? pelo homem?) por onde, segundo ele, passa a luz do sol no nascente no dia do solstício de Inverno... fiquei trocando ideia com umas argentinas... e depois o guia deixou um tempo livre... naquele esquema....atrasou? ficou! Andamos um pouco pra tirar fotos, de olho no relógio, e então saímos pro ônibus pra garantir que não ficaríamos para trás. As argentinas e mais algumas pessoas ficaram em Ollantaytambo para irem até Águas Calientes.... e nós seguimos para Chinchero. Chegamos já com a noite caindo em Chinchero e fomos ver como é feita e tingida a lã e tals, é interessante... depois subimos para ver uma igreja antiga do lugar. Depois disso , retornamos a Cusco. Fomos buscar nossas mochilas no hostel, nosso ônibus para Copacabana sairia às 22hs, então descemos tranquilos pela Av. El Sol até a Rodoviária , deixamos nossas mochilas no guichê da empresa (Titicaca), pagamos já a taxa de uso do terminal (S/ 1,30)... saímos e não encontramos muitas opções para comer, então resolvemos encarar umas salchipapas (S/ 6,50). Gostoso, mas como não como muita fritura achei que aquilo iria conversar comigo a viagem toda... mas felizmente me enganei. Depois voltamos para esperar na Rodoviária pegamos nossas mochilas e encontramos o casal de argentinos e o chileno que foram na mesma van com a gente pra Hidrelétrica e estavam no nosso grupo em Machu Picchu. Eles iriam para Arequipa... trocamos contato e cada um seguiu seu rumo! Na hora marcada o ônibus saiu sem maiores problemas para Copacabana, além dos meus acessos de tosse... fui salvo por uma tiazinha que, talvez mais pelo incômodo que minha tosse causava do que pela compaixão, me deu uma pomada MILAGROSA pra passar na garganta e na língua.... juro, não tossi mais a viagem inteira!!!

 

Gasto do dia: S/ 53,30

 

 

26/06 - Quinta-Feira

 

Depois de uma pequena parada em Puno chegamos na fronteira com a Bolívia, fizemos os trâmites sem problemas...e bem... o problema viria depois... A estrada do lado boliviano estava bloqueada por um protesto... então tivemos de pegar as mochilas no ônibus e ir caminhando um bom pedaço até um outro ônibus que nos esperava depois do bloqueio para seguir até Copacabana. Chegamos no ônibus e ficamos esperando o restante do pessoal chegar.... e só depois conseguimos terminar a viagem. Já estávamos em ritmo de retorno e decidimos que iríamos passar uma noite na Isla del Sol e outra em Copa. Já compramos com antecedência as passagens para La Paz com a Titicaca mesmo (Bs 30,00) e fomos comprar o bilhete para a Isla del Sol (Bs 25,00). Depois fomos procurar algum lugar pra comer...e como almoçar não daria tempo ficamos com um lanche mesmo, "hamburguesas" com Coca (Bs 31,00 - o preço de uma refeição). Mais ou menos no horário marcado fomos pra o barco e rumamos pro lado norte da Isla del Sol... 2hs e meia pelo lindo Titicaca... Tinha uma galera de São Paulo no barco (Juliana, Carla, Patrícia, Mariana e Ivan)... e logo quando desembarcamos nos juntamos com a galera pra procurar hostel... eles já tinham um de referência (que não lembro o nome)... fomos lá, mas decidimos ficar em um outro hostel por Bs 30,00... a mulher disse que tinha água quente, mas.... a água não tinha pressão pra chegar no chuveiro e esquentar... Nos acomodamos, pagamos a pernoite e fomos caminhar pela ilha... nos juntamos com a galera, à qual tinha se somado uma espanhola, e fomos ver as ruínas... no meio do caminho fomos abordados para pagar a taxa de visitação que custa Bs 10,00 e seguimos... devagarinho... olhando tudo ao redor... vimos um ponto que marcamos para na volta parar e ver o pôr do sol e continuamos até a "mesa de sacrifício", "labirinto"... ficamos um tempo por ali tirando fotos e voltamos para assistir ao lindo pôr do sol.... massa demais!!! Descemos do morro, a espanhola foi pro hostel dela e combinamos de ir jantar todo mundo junto... um gurizinho nos levou num lugar maneirinho... simples, mas bem maneirinho... O menu servia sopa + prato principal (peixe ou omelete) e dividimos uns refris... rateamos a conta e deu Bs 27,00 pra cada um. Depois do jantar fomos pro "portinho" (vou chamar assim) e ficamos trocando ideia e depois decidimos ir á praia que há no caminho para o morro e as ruínas... tava muuuito frio mas admirar aquele céu inigualavelmente estrelado compensava.... e além do mais, estávamos bem agasalhados... pena q minha máquina não consegue registrar, mas, sem sombra de dúvidas, é o céu mais lindo que eu á vi na vida !!! Depois de vários minutos contemplando aquele pedacinho de universo que nossos olhos davam conta de ver, nos despedimos da galera, pois eles iriam no primeiro barco para a parte sul da Ilha e nós voltaríamos pra Copacabana.

 

Gasto do dia: Bs 112,00

 

 

27/06 - Sexta-Feira

 

Acordamos cedo pra ver o nascente, eu nem levantei porque dava pra ver da minha cama...era só puxar a cortina...hehehe. Saindo na "varandinha" do quarto deu pra ver o pessoal embarcando pra parte sul da ilha. Arrumamos nossas coisas, descemos pra tomar um café com leite (Bs 5,00) e fomos comprar a passagem do barco pra Copa (Bs 25,00). Esperamos um pouco e logo o barco saiu...fomos na parte de cima do barco e mesmo com sol faz frio....mas é bem bacana.... Depois das 2hs e meia chegamos em Copacabana... depois do desembarque fomos atrás de hostel... Os valores não estavam muito atrativos, e acabamos encontrando um, o EcoHostel 6 de Agosto, por Bs 40,00 a pernoite. Nos instalamos e pra nossa felicidade o quarto tinha água quente...rsrs... fomos dar uma volta pela praça em frente a Catedral e nos deparamos com uma procissão de militares... ficamos assistindo e depois saímos pra almoçar (Bs 37,00 com suco)... fomos procurar câmbio... a taxa em Copacabana é péssima, estava R$ 1,00 = Bs 2,80 e S/ 1,00 = Bs 2,45...tinha gente dando até Bs 2,20 por Real.... eu hein.... Tiramos o resto do dia pra ficar moscando porque afinal de contas os dias seguintes estariam basicamente por conta dos trechos de volta e seria cansativo. Mais à noite saímos pra comer uma pizza (Bs 24,00) e voltamos pro hostel.

 

Gasto do dia: Bs 131,00

 

 

28/06 - Sábado

 

Levantamos mais ou menos cedo e descemos para fazer o check-out do hostel.... dali deixamos nossas mochilas na Titicaca e saímos pra procurar algum lugar pra tomar café... encontramos um lugar bacana que servia um "desayuno" completo com suco, chá de coca, pão, manteiga e geleia, e panqueca ou omelete por Bs 24,00... Dividimos uma Coca (Bs 10,00) e fomos matar tempo até a hora de o busão partir pra La Paz. Tudo certo... até embarcar e ver que nossos lugares estava ocupados por um casal de gringos.... descemos nós e o gringo e depois de reclamar com o cara da Titicaca nós acabamos ficando pra ir pra La Paz num outro busão o ruim é que a viagem leva umas 4 hs e pra ajudar o ônibus foi parando pelo caminho... uma hora fomos parados pelo controle de narcóticos, aí todo mundo teve q descer do ônibus, olharam nossas bolsas de mão e depois nos liberaram... mas dois carinhas na van parada à nossa frente parece que rodaram hein... os caras separaram eles do restante do pessoal, pegaram suas mochilas... um guarda chamou outro que aparentava ser o superior... não sei no que deu porque felizmente nós estávamos liberados.... Depois de mais uma horas de viagem chegamos em La Paz, não sem antes desfrutar do delicioso trânsito de El Alto e cruzar com uma festa de rua na entrada de La Paz... e pra aumentar o grau de mancada da Titicaca o ônibus em que ela nos colocou não ia até à Rodoviária... nos deixou no cemitério, onde tivemos de pegar um táxi (Bs 5,00) que dividimos com outro carinha lá.... Chegando no Terminal fomos à procura das passagens para Santa Cruz... sem muito tempo e disposição para ficar pesquisando fechamos com a TransCopacabana num busão cama, 3 filas, com calefação por Bs 180,00. Comprei uma água (Bs 5,00) pagamos o direito de uso do terminal (Bs 2,00) e esperamos até a hora de partir pra Santa Cruz.

 

Gasto do dia: Bs 216,00

 

29/06 - Domingo

 

Já com o dia clareando pudemos ver a floresta que estávamos cruzando... floresta densa, com muitos riachos... foi bonito o que deu pra ver..... Mais à frente, chegamos a um posto de controle e anti-narcóticos. Como da outra vez todo mundo desce do ônibus, eles olham a bagagem de mão... mas dessa vez também olharam as mochilas no bagageiro.... perguntam coisas básicas como o que você está fazendo na Bolívia, quantos dias vai ficar... essas paradas.... olharam as minhas coisas e documentos e me liberaram e saí pra comprar uma água (Bs 5,00), mas implicaram com o Robson... além de olhar a mochila de mão dele fizeram ele tirar quase tudo de dentro... desembalar umas lembrancinhas que ele tinha comprado... e ainda, depois que já tinha visto a cargueira dele no bagageiro do busão o oficial pediu pro guardinha abrir de novo e verificar.... O Robson foi um dos últimos liberados... logo depois estávamos autorizados a seguir viagem e umas horas depois desembarcamos no Terminal Bimodal de Santa Cruz. Lá demos uma sondada nos ônibus, guardamos as mochilas no guarda-volumes (Bs 3,00) e também esperamos abrir o guichê da Ferroviária Oriental para comprar a passagem pra Quijarro... como era domingo só o trem mais caro estava operando... decidimos pagar os Bs 235,00 do trem pra ver a experiência. Saímos do terminal para fazer um lanche que deve ter custado uns Bs 10,00 (esqueci de anotar...hehe).... Voltamos ao terminal e na hora prevista o trem partiu rumo a Puerto Quijarro. Depois de um tempinho de viagem, vídeo de moda de viola e dois filmes passaram para ver quem iria jantar... no vagão em que estávamos tinha no máximo 5 pessoas... um holandês doidão, com sua esposa colombiana, questionaram e fizeram um barulhinho, pois no panfleto dizia que o jantar estava incluso na passagem e eles queriam nos cobrar... depois que os funcionários do trem fizeram umas ligações liberaram o jantar... pagamos apenas a bebida (Bs 6,00). A viagem longa tornou-se ainda mais longa porque sentia muito frio nas pernas... passei boa parte da viagem tentado dormir e ansioso por chegar logo em Quijarro.

 

Gasto do dia: Bs 249,00

 

 

30/06 - Segunda-Feira

 

Chegamos de manhãzinha em Quijarro e fomos direto pegar um táxi ate à fronteira (Bs 5,00)... dessa vez a fila na imigração estava um pouco menor que da outra vez.... depois da espera... e com o holandês doidão (aquele mesmo do trem) me fazendo rir... fizemos os trâmites de saída e pronto...autorizados a sair. Antes saímos pra procurar algum lugar pra torrar o resto de Bolivianos que tínhamos...mas não achamos nada e acabamos trocando por Reais mesmo... atravessamos a fronteira e estávamos finalmente de volta ao Brasil... digam o que quiserem, a viagem é ótima, mas voltar ao seu país é muito bom . Pegamos uma filinha pra não perder o costume, e fomos abordados por um cara de uma agência que nos ofereceu o serviço de transporte até Campo Grande por uns R$ 20,00 a mais que o ônibus, mas com saída quase imediata... nós e uns gringos que estavam lá topamos. Fizemos os trâmites de entrada e esperamos um carro da agência nos levar até a agência que fica em frente à rodoviária. Ficamos ali esperando, deu fome e eu fui no mercado comprar algo pra comer (R$ 3,50) ... depois de mais um tempo de espera nos disseram que a viagem não iria rolar porque não conseguiram encher a van. Então, fomos pra rodoviária comprar na Andorinha mesmo (R$ 90,80). Vocês devem estar pensando que ganhamos na faixa a ida da fronteira para a Rodoviária né? Pois é... nós também pensávamos, até que o cara da agência foi lá na Rodoviária e nos abordou na fila da Andorinha pedindo um "cinquinho". Como o ônibus sairia beeem mais tarde deixamos nossas mochilas no guarda-volumes (R$ 5,00 e fecha às 18hs), pegamos informações no balcão da Rodoviária e fomos bater perna por Corumbá. Caminhamos pelas ruas de um típico interior brasileiro, mas com os encantos de um aperitivo Pantanal .. andamos pelo porto geral e depois voltamos passando por umas praças bem bonitas.... aproveitamos pra ir num mercado comprar coisas pra fazer um lanche na rodoviária mesmo (R$ 10,00 rateio). Voltamos pra rodoviária onde passaríamos um looongo tempo até a hora de partir rumo a Campo Grande. Durante esse tempo um tiozinho meio "bem louco" falou pra gente que se fôssemos ficar no aeroporto era só avisar ao motorista que ele para lá.. pô...dito e feito!!! Depois da longa espera e de assistir a algumas partidas da Copa achegou a hora de dar adeus (ou até breve!?) à Corumbá!

 

Gasto do dia: R$ 218,60

 

 

01/07 - Terça-Feira

 

Por volta de 6hs chegamos no aeroporto de Campo Grande... nosso voo sairia apenas às 15:30, então fomos ver a possibilidade de antecipar o voo...e puuutz... tinha um voo às 9hs e pudemos antecipar. Fizemos o check-in, despachamos o que tinha pra despachar e fomos tomar um café com pão de queijo (R$ 12,00). Esperamos mais um pouco e na hora, creio que sem atrasos, nosso voo partiu...e 1h45m de viagem depois pousávamos no aeroporto de Guarulhos. De lá pegamos um ônibus até o Metrô Tatuapé (R$ 3,75). De lá pegamos o Metrô (R$ 3,00) e depois fizemos transferência pra CPTM até minha cidade. Por fim...o último ônibus do mochilão (R$ 3,00) até em casa e o mochilão estava "oficialmente" terminado... hehehe

 

Gasto do dia: R$ 21,75

 

IMPRESSÕES

 

Essa foi uma viagem espetacular...recheada de boas experiências... as coisas que se veem, as histórias que se ouvem, as pessoas que se conhecem, tudo, tudo mesmo é muito maneiro...

A questão da segurança segue a linha de não dar mole, como em qualquer lugar do mundo, mas claro, com um pouco mais de precaução porque você é facilmente identificável como viajante. Ouvi muito sobre propina na Bolívia...pode até rolar e rola, como vimos na imigração, mas não é taaaanto assim, nem tão descarado..rsrs.

Essa não é uma viagem muito complicada de planejar... e nem tão cara, considerando o custo benefício.. então eu recomendo muito mesmo a quem estiver a fim de ir que VÁ!!!

Bem, foi mais ou menos isso que rolou nessa trip e espero que vocês tenham curtido o relato e, principalmente, que ele possa ajudar a quem quer se aventurar por aí!!!

 

Até à próxima!!!!

Abraços pros mochileiros, beijos pras mochileiras!!!

[oakspo]

Obrigado por detalhar os preços! viajo sexta que vem e o que mais tá me preocupando é se estou levando dinheiro suficiente. Pelo que li do seu relato até agora (ainda não deu pra terminar) acho que tenho o bastante, mas provavelmente vou acabar comprando mais dólar pra garantir pq sou medroso no sentido de faltar grana kkkkk

[Wesley Fortes]

Obrigado por detalhar os preços! viajo sexta que vem e o que mais tá me preocupando é se estou levando dinheiro suficiente. Pelo que li do seu relato até agora (ainda não deu pra terminar) acho que tenho o bastante, mas provavelmente vou acabar comprando mais dólar pra garantir pq sou medroso no sentido de faltar grana kkkkk

 

Opa....eae cara... Eu também gosto de me planejar bem com relação a $$ e sempre chuto um orçamento de viagem por uma estimativa mais alta. Nesse mochilão mesmo estimei uns R$ 3mil e gastei apenas R$ 2mil... sempre acho melhor sobrar grana q faltar neh? rsrs. Mas na Bolívia a gente se sente meio aliviado por causa do câmbio...hehehe...ainda mais que pelo que entendi vc vai levar Dólares.... Espero q vc faça uma boa trip.... FLW!!!

[carolLua]

Muito obrigada pela riqueza de detalhes...

 

pude perceber que entrou de onibus na bolívia. Porque não pegou o trem?

sabe qual o valor do trem?

 

 

beijoss

[Wesley Fortes]

Oi Carol!!

 

Então, o trem de Quijarro pra Santa Cruz não sai aos sábados, e como cheguei em Quijarro num sábado tive que ir de ônibus mesmo pra Santa Cruz. Só peguei o trem na volta.

Há várias tarifas, mas as mais recomendadas, pelo fato de a viagem ser longa são as classes SuperPulman Bs 100,00 (sai segunda, quarta e sexta) e a Cama Bs 235,00 (sai terça, quinta e domingo). É recomendável chegar cedinho na fronteira porque li relatos de gente que não consegue comprar passagem de trem pro mesmo dia. Na volta comprei na hora em Santa Cruz sem problemas.

 

Fico feliz que tenha gostado do relato... ficou "meio" grandinho pra ler tudo neh...rsrs

 

Beijos pra vc tb!!!