Membros viagemturismo Postado Julho 26, 2014 Membros Postado Julho 26, 2014 Na passagem de ano 2013/2014 tive o prazer de conhecer a Chapada Diamantina! Foi amor à primeira ida! Passei um mês e foi impossível conhecer toda beleza e exuberância da chapada... Partimos de carro, de São Paulo - Capital, numa viagem de 2000 km (só de ida) dividida em 2 dias! Montei minha "base" em Boninal - Bahia, uma pequenina cidade há uns 120 km de distância de Lençóis. Motivo: meu sogro construiu uma casa nessa cidade, ou seja, ele terá que me aguentar por muito tempo indo lá! Boninal não é uma cidade turística como as outras da região, falta infraestrutura e poucos são as atrações: Cachoeira dos Índios e a Cachoeira da Cutia, as dunas de areias brancas, os morros e as pinturas rupestres nos paredões de pedra. Como disse inicialmente apesar de ficar um mês, não conheci toda a Chapada por vários motivos, entre eles, por incrível que pareça, falta de tempo! E outro motivo: filho pequeno (5 anos), não dá prá levar a tira colo em qualquer passeio, principalmente os que exigem caminhadas muito longas. Mas vamos lá. O que conheci: 1 – Morro do Pai Inácio: ir a Chapada e não visitar o Morro é como não conhecer a Chapada. A 1.120 metros de altitude, o morro do Pai Inácio descortina a mais bela vista panorâmica da Chapada. São 360 graus de paisagem de tirar o fôlego, ainda mais ao pôr do sol. Uma subida íngreme de 300 metros - que já descortina cenários fantásticos -, vencida em vinte minutos, leva ao topo do cartão-postal. Subir é de graça, atualmente ele é monitorado pelo GAP (Grupo Ambientalista de Palmeiras), mas para minha “infelicidade”, fui cobrado para subir, 5 reais. Não quis criar confusão e paguei, apesar de me sentir lesado, pois sabia que não era necessário pagar nada! Acho que o motivo foi essa minha cara de gringo RS. O nome do morro deve-se a uma lenda existente na região. Segundo ela, um escravo, Inácio, apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel. Quando um dia ele descobriu o romance, mandou pistoleiros no seu encalço. Inácio foi encurralado no alto dessa montanha e, não tendo como escapar, saltou com a sombrinha da amada. Conta-se que muitos conseguiram ver Pai Inácio correndo entre os vales para nunca mais voltar. DICA: veja o por do sol, magnífico! E leve uma blusa: venta muito lá em cima! O posto que fica na pista serve de apoio e é um ótimo lugar para parar e tirar umas fotos do Morro do Pai Inácio em sua plenitude, assim como o Morro do Camelo! 2 – Seguindo de carro pela estrada, sentido Lençóis, depois de uns 3 km do Morro do Pai Inácio, encontramos o rio Mucugezinho. Fica no lado esquerdo da pista. Muitos carros parados no acostamento e em um terreno do lado direito (não tem placas sinalizando). Este rio origina-se no alto com o nome de córrego da Água Branca, que junta-se à água acobreada que vem da serra do Morrão num interessante fenômeno natural. Em muitos trechos o rio corre sobre lajes, formando escorregadeiras naturais que costumam desaguar em poços (alguns profundos, como o chamado do Diabo). Ali pratica-se rapel e tirolesa. Na pista fica um restaurante e uma loja de souvenir. Descendo pela “trilha”, numa caminhada de poucos minutos encontramos os poços, piscinas naturais de águas límpidas, geladas. Meu filho (5 anos) adorou, existem piscinas naturais rasas, mas lembrando que sempre é bom o acompanhamento de um adulto. Na parte baixa ficam 2 bares, um muito interresante construído dentro de uma pedra. 3 – Lençóis: talvez seja a cidade mais visitada e mais estruturada da Chapada. Muitas lojas, agências de turismo, bares, restaurantes e vida noturna intensa. Construída nos tempos áureos do garimpo na região, numa época de muita riqueza, Lençóis era conhecida como a Capital do Diamante. Tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional desde 1973, a cidade preserva o casario colonial do final do século XIX. Não fiz nenhum passeio turístico para conhecer as trilhas e cachoeiras da região, mas recomendo a contratação de um guia. Informe-se em uma agência de turismo. DICA: só existe o Banco do Brasil na cidade, então se não for correntista desse banco leve dinheiro vivo, poucos os lugares que aceitam cartões! 4 – Gruta da Lapa Doce, em Iraquara, é uma das mais famosas do município que é conhecido como a cidade das grutas! É a terceira maior gruta do Brasil, possui cerca de 17km mapeados, mas a área visitada é de pouco mais de 850m. No seu salão principal, chega a 70m de altura. DICA: leve dinheiro para compra de ingresso, não aceitam cartões. Proibido chinelo! Como chegar: Seguindo aproximadamente 20 Km pela BR-242 após passar pelo Morro do Pai Inácio, pega-se a BA-122 por 14 Km até um cruzamento com estrada de terra. Placas indicam a Gruta da Lapa Doce à esquerda da rodovia e a Pratinha à direita. Percorra um quilômetro até uma bifurcação, dobre à direita e percorra mais um quilômetro. Caminhada cansativa (na minha opinião, um cara sedentário). O guia dita o ritmo da caminhada. Mas os grupos são formados por pessoas de todas idades! Meu filho (5 anos) me surpreendeu e fez a caminhada toda sem colo, graças a Deus, para a sorte do papai um pouco fora de forma! O caminho é marcado pela vegetação de caatinga - pés de umbu e de outras frutas típicas enfeitam a paisagem e atraem os mocós (espécie de esquilo). A entrada da gruta é a partir de uma bela dolina (um paredão de rochas calcárias) e a descida até o interior é de 70 metros. O passeio dura 1h30 e um dos pontos altos é quando o condutor apaga o lanterna para os visitante sentirem o silêncio e a escuridão por alguns minutos. De arrepiar! Gruta da Fumaça e Torrinha também ficam perto. Infelizmente fui numa época que choveu muito por isso não fui a Pratinha, mas com certeza já estão na lista para serem visitadas na próxima viagem. Saindo da Lapa Doce e ainda no município de Iraquara podemos seguir para o complexo formado pelas grutas Azul e Pratinha. Ficam na mesma fazenda, porém em áreas opostas. Lembrando não conheço as grutas Azul e Pratinha mas valem a visita! Situada na Fazenda Pratinha, próxima ao município de Iraquara e com a mesma água transparente e azul dos poços Encantado e Azul, o lago da gruta Azul fica escondido sob as raízes aéreas de uma árvore da fazenda e tem comunicação com o Rio Pratinha. Para chegar até ela há uma pequena, mas íngreme descida. O banho na gruta não é permitido. Já na Gruta do Rio Pratinha, o mergulho é permitido. DICA: não vá a Pratinha se chover, as águas ficam turvas... 5 – Mucugê: passei rapidamente pela cidade, pois estava indo a Brumado. Não conheci nenhuma atração turística, somente a cidade em si. A cidade de Mucugê é uma das mais antigas da região da Chapada Diamantina, fundada no fim do século XVIII. A cidade foi um dos principais centros de exploração de ouro e de diamantes, assim como a famosa cidade de Lençóis, apresentando até hoje os casarões coloniais de estilo português. Favorável para o Ecoturismo, Mucugê é um local bastante visitado por pessoas que apreciam o turismo cultural. De arquitetura colonial totalmente preservada, e ruas bem limpas, chamam a atenção os seus jardins e canteiros muito floridos. O Alto do Capa Bode é considerado um local de contemplação, onde habitantes e visitantes garantem ali terem avistado OVNIs – Objetos Voadores Não-Identificados. Mucugê oferece também locais de rara beleza, como cachoeiras, paisagens, vales e cânions, histórias de lutas pela posse do garimpo, de defesa contra a invasão da Coluna Prestes e de destemidos coronéis que eram respeitados pelo poder e riqueza. Atrações em Mucugê: Cachoeira do Buracão, Cemitério Bizantino, Poço encantado, Poço Azul entre outros Um mês passou voando! E estou programando mais uma ida a Chapada Diamantina! Lugares que quero conhecer e coisas que quero fazer não faltam: Cachoeira da Fumaça Pratinha Torrinha Cachoeira do buracão Gruta azul Poço encantado Poço Azul Encarar um trekking Vale do Capão Marimbus E muitas outras atrações! Mais um mês vai ser pouco! Citar
Membros viagemturismo Postado Outubro 26, 2014 Autor Membros Postado Outubro 26, 2014 http://nosnachapadadiamantina.blogspot.com.br/ Citar
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