Membros de Honra LEO_THC Postado Maio 31, 2009 Membros de Honra Postado Maio 31, 2009 FONTE: A Tarde http://www.atarde.com.br/cidades/noticia.jsf?id=1157077 A experiência de acompanhar uma Copa do Mundo implica na possibilidade de conhecer o lugar e a cultura que, em alguns casos, pode ser bem diferente daquelas de origem de quem testemunha o evento. Para que a vontade de participar valha a pena e para que as expectativas dos torcedores-turistas sejam satisfeitas, o país a Copa tem o compromisso de receber bem, de proporcionar uma estadia agradável a quem se deslocou e pagou para ver o espetáculo. O secretário de Turismo do Governo do Estado Domingos Leonelli está ciente disso e tranquilo, apesar das metas que se propõe a cumprir até 2014. “Temos que completar o metrô, resolver o problema da orla, estar com a nossa estação de passageiros do Porto de Salvador pronta – já estamos com um projetinho para o armazém 1. Vamos ter uma estrutura de turismo náutico, com aluguel de barcos e charters náuticos na Baía de Todos-os-Santos e áreas complementares de resorts”, enumera o secretário Leonelli. Sobre o Pelourinho, ele prevê que terá que “equacionar a questão dos ambulantes, dos pedintes e dos menores”. Pensando nessas complexidades, o secretário considera que algumas carências já foram contempladas. “A iluminação (inaugurada há um mês) foi um passo importante. Evidentemente, nós temos que melhorar as condições de acesso e de receptivo no Centro Histórico. Melhorar o trânsito para o turismo e o conforto em todos os sentidos, especialmente para a regulação dos serviços”, reflete Leonelli. Ele garante que o governo está investindo na área de qualificação profissional e a reconhece como um grande desafio. “Precisamos ter pelo menos 500 taxistas falando inglês, assim como todos os receptivos dos hotéis de três estrelas para cima, garçons e maitres e o nosso pessoal. Todos falando inglês. Nós já iniciamos isso com o Disque Turismo (por telefone)”, anunciou. Segundo Leonelli, os governos passados investiam menos que R$ 500 mil por ano em qualificação profissional. “E o nosso investe no biênio 2008/2009 R$ 12 milhões em qualificação profissional de taxistas, baianas de acarajé etc. O modelo anterior teve muitos méritos. Porém, deixou lacunas. É preciso saber falar inglês, preparar uma cama, informar roteiros, preparar drinque, saber servir uma mesa – uma série de competências para lidar com o turista”, explica. Leonelli diz que está treinando, também, o receptivo para saber lidar com o público GLS e que está havendo preparação para as relações culturais com as especificidades das matrizes locais, como por exemplo guias para os candomblés e programas de turismo étnico. “Importante é nos constituirmos em uma imensa vitrine. Sabemos que mais de 80% do mundo decide suas viagens a partir dos relatos de outros viajantes, o boca-a-boca é o maior divulgador de um destino. Agora, se a experiência não for boa para o turista, se não houver estrutura, o evento pode se tornar um tiro no pé”, adverte o gestor. Tarifas – O secretário informa que o setor hoteleiro já se comprometeu em praticar o preço das tarifas dos dois anos anteriores à Copa. “Isso veio da experiência da Copa da Alemanha, onde houve uma grande especulação. Além disso, o grande beneficio será o da cadeia produtiva do turismo, produção de brindes, lembranças da Bahia, de artesanato, de discos, livros. Tudo isso é parte da economia da produção associada do turismo. Vamos ter que melhorar o nosso artesanato, teremos que ter artesanato que a pessoa queira compra para usar e não só para dar de presente”, expôs Leonelli. “Nos anos anteriores e posteriores vamos ter um esforço promocional para definir o produto turístico baiano. Você terá a oportunidade de vender o Carnaval e destinos alternativos, revelar a Bahia. Você vai ter excursões para a Chapada Diamantina, para os canions do São Francisco, para a terra de Jorge Amado, para a Costa do Descobrimento, e a Baía de Todos-os-Santos poderá voltar a ser a joia do cone sul, na Copa”, enumera. Leonelli lembra que semana passada esteve com um grupo inglês na Ilha de Tinharé, em Garapuá, no Baixo Sul, “onde será feito um resort já pensando na Copa. A Copa, na realidade, é um acontecimento mais turístico do que esportivo”, classifica o secretário de Turismo. Ele enfatiza que o potencial do marketing turístico é infinito: “Vai ser uma injeção de oxigênio”. O secretário, também, avisa que vai ser ampliada a capacidade hoteleira da cidade. “O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) prevê a criação de novo pólo hoteleiro, entre Stella Maris e Praias do Flamengo, com hotéis até os limites com Lauro de Freitas, que serão construídos pela iniciativa privada com incentivos fiscais e tributários da prefeitura com vistas a atender o público da Copa”. CULTURA – “Futebol é cultura“, definiu o secretário de Cultura, Márcio Meirelles, durante o Encontro de Estudos sobre Cultura (Enecult) na Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), semana passada. “Evidente que um evento como este oportuniza uma série de coisas. Tem a demanda trazida pelos que veem de fora e que não vão ficar somente vendo jogo. Por isso, também, o governo está fazendo um investimento, dando essa injeção financeira”, disse Meirelles. “Não é somente a visibilidade da cultura, é a economia da cultura, que se desenvolve além do imediato dos eventos e dos grupos que ficam em foco em consequencia disso. Fica a cultura residual decorrente das experiências das pessoas que vêm de fora, as vivências dos que moram aqui, as trocas do que elas todas vão viver. Ficará, também, o que é construído além da arquitetura e do urbanismo”, colocou o secretário de Cultura. A doutora em ciências políticas Ângela Andrade, superintendente de Desenvolvimento Territorial da Secretaria da Cultura (Secult), disse que ”um evento como esse dá uma dinâmica ao lugar e a cultura se beneficia com isso”. Ela explicou que as empresas se interessam em investir e que circulam mais recursos.
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