Membros icaroricardo Postado Dezembro 4, 2014 Membros Postado Dezembro 4, 2014 Olá Sorrent! Acompanhando o seu relato (tu deve estar bastante ocupado pois tu ainda não está nem na metade da viagem kkkkkkkkkkkkkkkkk), mas ta bem legal, pretendo fazer México/Guatemala/Belize/Honduras em Novembro de 2015. Sobre San Ignácio de fato a cidade não pareceu ser grande coisa, mas pesquisando bem achei algumas coisas que me interessaram e que farão eu desviar um pouco a rota da viagem para visitá-la (será a única cidade que visitarei em Belize!). A tal caverna dos ossos na verdade existe e chama-se Actun Tunichil Muknal, ao que parece lá encontram-se ossadas e artefatos de pessoas que pertenciam a civilização maia: http://narotadosmaias.blogspot.com.br/2012/09/actun-tunichil-muknal-uma-descida-ao.html Eu, particularmente, achei irado a ideia de visitar esse lugar! Além disso existem também dois sítios Maias: Xunantunich e Caracol sendo o último um dos sítios maias mais importantes de Belize! Uma pena tu não ter pesquisado sobre essa cidade nessa sua viagem! =/ Mas é fato também que é impossível saber ou conhecer tudo sobre um lugar ao qual estamos viajando e sempre coisas muito legais acabam ficando para trás! Citar
Membros Sorrent Postado Dezembro 4, 2014 Autor Membros Postado Dezembro 4, 2014 Ikaro, se for para fazer esses passeio aí, blz aí é uma opinião bem pessoal, tem gente que gosta mais de ruínas, outros mais de praia e etc. A cidade em si é que não me agradou. Na cidade eu peguei panfletos falando sobre os passeios disponíveis, o cara do hotel também nos explicou. O que eu achei é que não é nada que justifique uma mudança de rota caso você não esteja indo para lá. Tirando o fato de ter alguns ossos em grutas, os passeios que você encontra por lá não são difíceis de fazer em outros lugares. Fui olhar no google imagens essa caverna aí e realmente as fotos são bem legais e posso garantir que são BEM diferentes das que eles usam pra tentar te vender o passeio mas ainda assim não é algo que vai te animar tanto a ponto de desviar seu roteiro por exemplo depois que você nadar nos cenotes do México. Citar
Membros Sorrent Postado Dezembro 4, 2014 Autor Membros Postado Dezembro 4, 2014 Dia 17 Como resultado de uma noite mal dormida e uma igreja barulhenta na frente do hotel, acordei cedo. Pra me deixar mais puto ainda o banheiro estava caindo aos pedaços, a pia mole, o chuveiro gelado, a porta com um buraco e sem trinco, tinha que fazer uma bola com papel higiênico e colocar no buraco para o caso de ter algum voyeur no hotel. Na noite anterior as meninas haviam falado de um tal mercado de rua que havia na cidade aos sábados, como era cedo, eu precisava comer e tinha tempo livre resolvi conferir. Esse tal mercado eu descobri depois de algumas voltas, fica perto da praça principal, é como uma feira de rua, diversas barracas vendendo toda a sorte de tranqueiras que você puder imaginar. Frutas, roupas, galinha...... tinha até um açougue no meio, daqueles que você nunca compraria algo. Comprei apenas umas frutas e fui embora De volta ao hotel, arrumamos nossas coisas e às 11:00 fizemos o check-out. Como na noite anterior as meninas haviam nos explicado mais ou menos onde ficava o Bellas saímos rodando a cidade certos de que encontraríamos. Rodamos, perguntamos, rodamos mais, perguntamos mais ainda e nada. Conseguimos a proeza de achar um salão de beleza chamado "bella" mas não achamos a hospedagem delas, isso porque a cidade é pequena. Depois de provavelmente uma hora rodando estávamos passando pela rua que tem os bares e vimos Kerrie, Sueme e uma outra doidinha em um deles, foi muita sorte. Nós precisávamos achar elas pois elas haviam fechado um transporte no hotel delas até Tikal na Guatemala e disseram que seria possível nos incluir. Um pouco mais aliviados, tomamos algo no bar e depois seguimos de volta até o hotel delas, o pior de tudo é que o caminho era incrivelmente simples e nós não conseguimos achar em dois dias . Quando estávamos prontos para colocar as mochilas no carro, eis que Kerrie surge com a notícia que não seria possível irmos com elas porque o carro, que não era grande, estava cheio devido a dois hóspedes que resolverem ir de última hora. Como os hóspedes eram prioridade ficamos de fora. Nisso um cara que trabalha no hotel, que mais parecida figurante do The Walking Dead, disse que nos ajudaria achando um carro para nos levar até a fronteira com a Guatemala e de lá pegaríamos outro transporte até Tikal. Ele saiu conosco na rua, parou alguns taxistas, conversou até achar um que nos levaria até a fronteira por B$ 5,00 cada, uma viagem de 15 a 20 minutos. Não tenho como negar que o cara do hotel foi bem simpático e nos ajudou bastante. Vimos rapidamente o hotel delas, aliás ficamos só na entrada e apesar de bem simples me pareceu melhor que o nosso Acropole. Caso você vá para San Ignácio sugiro tentar achar esse Bellas que pelo que eu me lembro não fica muito longe da praça principal. Se enfie nas ruazinhas, vá perguntando e tente a sorte . Eu me considero bastante mente aberta quando se trata dos destinos do mochilão, seja a cidade grande, pequena, rica ou pobre, só que San Ignácio eu senti que não adicionou nada à viagem. Talvez tenha sido apenas uma impressão ruim minha, talvez eu esteja enganado. A cidade oferece sim algumas opções de passeios que muita gente pode até gostar, não foi o meu caso, por isso todas as coisas que eu disse que adorei na viagem, tanto as que eu odiei merecem uma pesquisa antes de viajar para que cada um saiba o que agrada ou não. Talvez San Ignácio não tenha caído no meu gosto por não oferecer nada de novo, e essa diversidade foi algo que começou a nos preocupar e gerou debates regados a muito álcool em Flores, logo falarei mais sobre isso. No caminho para a fronteira comecei a passar mal de novo, provavelmente por causa do calor, tudo ainda reflexo da febre doida que peguei em Caye caulker e enquanto suava frio tentava prestar atenção na conversa do taxista que nos contava um pouco da rivalidade dele com os maias que viviam em pequenos povoados por onde passávamos. O taxista foi bastante simpático e logo que ele nos deixou na fronteira perguntamos para ele qual era a taxa de conversão da moeda para que ninguém tentasse nos enganar depois. Pegamos nossas mochilas e fomos para a fila da migração. Como se não bastasse vir passando mal no carro, piorei ainda mais na fila da migração e em determinado momento tive q sentar pois não aguentava mais. Não foi fácil, lembrem-se bem da questão saúde antes de viajar, eu sobrevivi , mas vai que alguém dá azar . Na saída de Belize você deve pagar uma taxa de B$ 37,50 portanto não se esqueça de levar dinheiro. Resolvemos isso, carimbamos o passaporte e seguimos. Logo após eu pagar a minha, vi que saulo já estava conversando com um tiozinho que era taxista e estava oferecendo transporte até Tikal, ele inicialmente cobrou U$ 50,00 dólares mas chorando ficou por U$ 45,00 no total, 22,50 para cada. O próprio tiozinho, que se chamava René disse que havia ônibus que faziam o transporte por um preço menor mas que demoraria muito mais, e o Saulo estava batendo o pé pois queria ar condicionado . Acabei topando. Seria uma hora e meia de taxi contra umas quatro ou cinco horas de ônibus. Tudo bem que a diferença era grande, só achei ruim o fato de ter topado a primeira opção sem perguntar um pouco mais para saber se o que o tiozinho disse era verdade. Portanto saiba que na fronteira há no mínimo essas duas opções, ônibus ou táxi. No outro lado da fronteira após carimbar o passaporte com a autorização de entrada fomos abordados por várias pessoas oferecendo câmbio de moeda. René que já era nosso assessor para assuntos guatemaltecos confirmou que a taxa deles era correta e então trocamos um pouco. De forma geral U$ 1,00 = Q$ 7,00 e B$ 1,00 = Q$ 3,50. Obviamente é possível conseguir taxas um pouco melhores mas na necessidade troque um pouco, não tudo. Em flores a cotação é bem melhor por exemplo. No caminho até Tikal o motorista foi muito simpático, conversou bastante sobre a Guatemala, as coisas boas e ruins de seu país, parou para nos mostrar uma montanha que parecia um jacaré, fez um desvio de percurso para nos mostrar um lago em que várias famílias viviam em volta, enfim foi legal e assumo que talvez se tivéssemos ido de ônibus provavelmente não teríamos esse tipo de experiência, a única coisa que nos deixou surpresos foi que numa parada para comprar água o motorista comprou uma latinha de cerveja. Coisas das Guatemala . Chegamos na entrada do parque às 15:00 com uma chuva forte que havia começado, Compramos nosso ingresso, que custou Q$ 150,00 (U$21,00) e tivemos que esperar um pouco pois como René nos explicou, se você entrar no parque após as 15:30 o seu ingresso vale também para o dia seguinte, essa informação foi confirmada pelo funcionário do parque que estava na entrada. Na hora ainda percebemos que havia um outro carro na frente fazendo a mesma coisa e descobrimos que era o carro das canadenses mas como a chuva estava forte não pudemos sair para falar com elas. Como a nossa ideia era fazer o tour das ruínas no dia seguinte não compensava entrar antes das 15:30 senão no outro dia teríamos que pagar outro ingresso. Quando deu o horário entramos e René nos levou ao hotel Jaguar Inn que fica dentro do parque. O quarto duplo custava U$ 50,00 para cada mas esse hotel oferecia também camping por U$ 15,00 por pessoa com o equipamento incluído (barraca, saco de dormir, etc), eu como adoro acampar nem pensei duas vezes e já queria ficar lá porém eles não tinham troco para nossas notas de 100 dólares então tivemos que ir ao hotel do lado, o Tikal Inn. Pelo que deu pra notar esses são os dois únicos hotéis dentro do parque, a opção mais comum é ficar em Flores que é a cidade mais próxima e de lá partir para o parque, essa também era minha ideia mas como já disse desviamos o caminho para San Ignácio e como lá é perto de Tikal, não compensaria ir até Flores e depois voltar, seria um gasto desnecessário. Entrando no Tikal Inn encontramos as duas canadenses que haviam acabado de fazer o check-in. O quarto lá custava os mesmos U$ 50,00 com café da manhã e jantar mais o Sunrise e Sunset Tour incluídos mas não havia a opção de camping. O hotel era grande, num estilo bem mais família do que os hostels que estávamos acostumados e como aparentemente estava vazio eu preferia ficar no camping pagando bem menos mas Saulo fez cara de cachorro sem dono e eu topei o quarto. Por um lado pode ter sido bom pois o hotel estava vazio e lá pelo menos tínhamos a companhia das canadenses. O legal é que o hotel por estar dentro do parque está numa região de bastante mata e o quarto ficava meio afastado precisando pegar uma pequena trilha para chegar até ele, essa trilha à noite, sem luz alguma, dava a impressão de estar num daqueles filmes de terror onde o gordinho e a loira gostosa morrem primeiro. Outro detalhe é que o hotel só possuía eletricidade a partir das 18:30 então como ainda era cedo nem banho pudemos tomar, somando a isso o fato de o hotel estar vazio, não ser um hostel, não ter um bar animado e estar longe de tudo foi uma tarde bem monótona. Até poderíamos explorar um pouco o parque, tentar ir até as ruínas só que era cedo mas não o suficiente para isso, logo escureceria então acabamos ficando enrolando na piscina. Depois conseguimos tomar banho, encontramos as duas e fomos jantar pois estava incluído no preço do quarto. A comida era boa (também por 50 dólares tinha que ter a até uma moça de biquíni dançando enquanto a gente comia ) e depois disso ficamos ao lado da piscina enrolando e conversando. Não demorou muito e eu comecei a sentir frio de novo mesmo no calor (maldita febre) e acabei indo para o quarto dormir. Como sairíamos ainda na madrugada para o sunrise tour foi até bom dormir cedo. Antes da minha viagem eu não sabia que havia a possibilidade de se hospedar dentro do parque em Tikal, muito menos que havia camping, estava me baseando apenas no que era mais comum de a galera fazer, que é ficar em Flores. Essa opção tem seus prós e contras mas isso eu vou falar mais pra frente. Citar
Membros Sorrent Postado Dezembro 5, 2014 Autor Membros Postado Dezembro 5, 2014 (editado) DIA 18 Os maias e Star Wars Como resultado da soma da minha febre e do calor que fazia por lá, minha noite foi péssima, pelas minhas contas consegui dormir apenas uma hora e meia. Acordamos às 3:45 AM pois o combinado era nos reunirmos na recepção do hotel às quatro. No breu da recepção, iluminado apenas por uma pequena lanterna, o guia se apresentou, fez uma introdução do passeio e contou algumas particularidades sobre o local. Há uma curiosidade sobre Tikal mas quem não quiser estragar a surpresa não precisa ler, quem quiser, basta clicar no botão abaixo: [mostrar-esconder]Uma cena do filme Star Wars foi gravada no topo do templo onde você sobe para curtir o nascer do sol. A cena é essa: https://www.youtube.com/watch?v=5n3hb__gmAg[/mostrar-esconder] Junto conosco foram as canadenses, Faizal, um argelino gente boa que não sei de onde surgiu e um americano com duas filhas pequenas. Grupo pequeno, ótimo. . Depois da apresentação saímos na caminhada até a entrada do sítio arqueológico que fica bem próximo ao hotel. Essa é a vantagem de se hospedar em Tikal, principalmente se você for fazer o sunrise tour, você já está ali do lado, caso você fique em Flores e queira fazer o mesmo, você terá que sair de lá às 3:00AM, ou seja acordar mais cedo ainda. Já os pontos negativos são, em primeiro lugar o preço do hotel, segundo que em Tikal é um hotel e não hostel então se você estiver buscando diversão, conhecer gente e toda aquela magia do mochilão esqueça pois você não vai conseguir aqui. Minha opinião? Vá para Flores. Na entrada do sítio arqueológico tivemos que pagar mais Q$100,00, isso porque o ingresso normal do parque só dá direito ao acesso às ruínas entre 06:00 e 17:00, o sunrise e o sunset tours são à parte, Q$100,00 cada. Já dentro do parque começamos nossa caminhada entre a mata com o guia sempre contando sobre o lugar, os maias, árvores da hora, além de alguns detalhes que você não teria se viesse durante o dia como macacos cujo grito pode ser ouvido a quilômetros de distância, uma raposa que vimos andando sobre um templo etc. A caminhada até chegar no primeiro templo dura cerca de 30 minutos, não é difícil, qualquer pessoa dá conta, só lembre-se de levar repelente e uma lanterna para o caso do sunrise tour pois pois a caminhada é feita toda na escuridão, eu não tinha nem um nem outro mas sobrevivi. Chegamos ao primeiro templo que é onde você pode subir para curtir o nascer do sol. Lá em cima silêncio absoluto, ninguém abre a boca e só fica curtindo por cerca de 40 minutos. Chegamos sozinhos mas aos poucos algumas outras pessoas também chegaram, vindo de Flores, entre eles inclusive um americano que conhecemos em Caye caulker, um oi rápido e cada um sentou no seu canto pra admirar a vista. Como nós pegamos um tempo um pouco nublado não foi tão espetacular mas ainda assim foi legal, valeu a pena. Pra ser sincero nada de muito emocionante acontece lá em cima e como o tempo não ajudava, depois de um tempo resolvemos seguir o passeio. Nisso o pai com as meninas sumiram, como eles já conheciam o parque não quiseram seguir com o guia, ficamos somente nós 5. Aí rodamos bastante passamos em outros templos e o guia contou muita coisa interessante. Tikal é o chamariz da Guatemala e vale a visita, foi o local(relacionado a ruínas) que eu mais gostei. Teotihuacan está na cidade, Chichén Itzá é legal mas parece um parque do Ibirapuera com umas pirâmides no meio, já Tikal está no meio da floresta com alguns templos ainda visíveis apenas por sobre a copa das árvores, é um clima bem diferente. Andando por lá, cruzamos com um outro grupo que tinha vindo de Flores. Como tínhamos parado para descansar Saulo acabou puxando conversa com umas meninas que disseram que estavam num Hostel chamado Los Amigos, disseram que era bom, que valia a pena e blá blá. Dane-se, era um hostel e tinha gringas, pra mim estava ótimo, não tínhamos mesmo lugar certo pra ir. Saulo que estava até mais empolgado que eu nem pensou duas vezes . Continuamos nosso passeio. Às nove da manhã terminamos o passeio, o horário é estratégico pois o café da manhã no hotel vai até as 9:30 então dava tempo de voltar e comer. Fora que também estávamos andando desde as quatro horas então já estávamos cansados. Outro detalhe é que com o amanhecer o parque fica mais cheio pois nem todos vêm para o sunrise tour, além do mais era domingo, dia que a entrada no parque é gratuita para moradores locais, ou seja criançada correndo pra todo o lado. Já era hora de ir mesmo. Voltamos para o hotel, tomamos o café, enrolamos mais na piscina e depois começamos a nos preparar para partir. As canadenses resolveram ficar pois queriam fazer o sunset tour. Vai gostar de sol e maia assim lá longe viu . Nos despedimos delas mas combinamos de nos encontrarmos novamente em Flores, nosso próximo destino. Fizemos o check-out e o recepcionista nos disse que em frente ao hotel, num posto de informações turísticas conseguiríamos transporte para Flores. Como era domingo não havia ônibus, ou eles eram bem menos frequentes, não me lembro bem, mas o que havia disponível era alguns taxistas que faziam o transporte. Nesse posto os guias te indicam motoristas então o risco é menor de cair numa furada, parece que o preço do táxi é padrão. A viagem saiu por Q$150,00 no total que nós dividimos com Faizal que apareceu do nada e foi conosco. Por volta das 14:30 chegamos em Flores e o motorista que conhecia o Los Amigos nos deixou na porta. Não peguei o endereço mas Flores é bem pequena, não será difícil achar. Fizemos nosso check-in, a diária em quarto compartilhado custou Q$ 50,00. Ufa, finalmente um hostel. Aliás aqui no Los amigos voc~e também pode contratar os tours para Tikal, inclusive o sunrise e sunset. Os preços são: Sunrise Tour: Q$ 100,00 Entrada no parque Q$ 250,00 Saída: 03:00 Retorno: 12:30 Tikal Day Tour: Q$ 120,00 Entrada no parque Q$ 150,00 Saída: 08:00 Retorno: 15:00 Sunset Tour: Q$ 100,00 Entrada no parque Q$ 160,00 Saída: 12:30 Retorno: 18:15 Nosso quarto era o mais barato pois era o mais simples, não havia nem paredes até o teto heheheh, muito legal. Não que o quarto estivesse inacabado mas ele era assim mesmo . Logo que entrei guardei as coisas, tomei um banho descansei meia horinha e já me animei pois vi o que eu precisava, um bar animado. Fui procurar algo para comer e aproveitei para dar uma volta por Flores que na verdade é uma ilha bem charmosa e tranquila. Voltei, encontrei o Saulo e fomos para o bar. O legal de lá é que as bebidas são bem baratas no happy hour. Onde mais no mundo você tomaria um mojito pelo equivalente a dois dólares? Um fato engraçado que aconteceu foi que eu estava com Saulo num sofá em frente ao bar e estávamos tentando lembrar uma frase que as israelenses haviam nos ensinado em Caye Caulker. A frase é a tradução de "Você é muito bonita" em hebreu. Tentamos lembrar, tentamos o google translate mas não conseguimos a forma exata como elas haviam falado. Enquanto tentávamos sentaram dois caras na nossa frente. Começamos a falar sobre o futebol que estava passando na tv e eles comentaram que eram israelenses. Na mesma hora Saulo teve a brilhante ideia de pegar o celular da minha mão (eu estava tentando traduzir a frase no google translate) e mostrou pra eles dizendo: "olha isso, está errado?". O problema é que o google traduziu a frase como "você é muito bonito" como se estivesse falando para um homem e não para uma mulher. Na hora os israelenses olharam com uma cara de "ihhhhhh esses caras são boiolas". Eu sentado tomando meu mojito só fui entender tudo depois que o saulo pegou o celular de volta Foi muito engraçado. Álcool vai, noite vem, encontramos Kristie, a gringa que estava com Kerrie e Sueme no bar em San Ignácio, Faizal também se juntou a nós, uma hora surgiu uma brasileira lá do nada mas nem nos empolgamos muito pois ela estava com o namorado (que maldade ). Já meio alegres começamos uma discussão filosófica sobre a viagem, em parte foi bom e em parte ruim. Como Saulo também estava comigo no mochilão pela América do Sul começamos a comparar as duas viagens, os prós e os contras de ambas. Chegamos a varias conclusões e a primeira delas é de que é errado comparar viagens, principalmente tão distintas, a América do sul com seus desertos e picos nevados e a América Central com suas praias e ruínas, mas o dano já estava causado, não tinha volta. Outra coisa que notamos é que em determinado momento, pelo menos num roteiro como o nosso, há a sensação de se estar apenas correndo de uma praia pra outra ou de uma ruína para a outra, por isso lugares como Caye Caulker são praticamente obrigatórios, são como uma pausa nisso tudo. Se você gostar, pesquisar, procurar, vai encontrar diversos outros sítios arqueológicos pelo caminho, é um prato cheio para quem gosta. Eu gosto também é claro, mas algo que é muito importante pra mim é a diversidade. Por exemplo nas nossas comparações percebemos que na América do Sul conseguimos fazer escalada, sandboard, downhill, trekkings, visitar ruínas, ir a muitas festas e etc, era sempre algo diferente que vinha na sequência. Já na América Central é inevitável você parar e pensar que está na terceira praia consecutiva. São lugares maravilhosos? Sim. Me arrependo? Não. Só é uma coisa que você acaba levando em conta no meio do caminho e talvez faça você não ver tanta graça numa cidade como San Ignácio por exemplo. Uma hora você quer sentar num bar e puxar papo com aquela maravilhosa loira de olhos claros de algum lugar do leste europeu e esquecer que os maias existiram. Isso é uma opinião bem pessoal, cada um sabe o peso que isso tem pra si. Conversando e bebendo alguns mojitos e vodka mango, ficamos até as 22:00 no bar pois é quando ele fecha. Na verdade só o bar do térreo fecha pois ele é bem em frente aos quartos, (inclusive do meu que nem parede tinha ). A partir das 22:00 um outro bar abre no andar de cima, bem legal até. Na verdade às 22:00 só eu fui dormir pois a dor de cabeça ainda me matava, aliás nessa noite que eu percebi que já estava podendo comer bem. Não havia comentado mas desde Caye Caulker quando a febre atacou eu mal conseguia comer, perdi uns bons quilos por isso mas resolvi aguentar. Dei tchau pro povo e fui pro quarto. Dormir às 22:00 num mochilão com um bar aberto a 10 metros do seu quarto? Aos poucos fui percebendo o que toda aquela doença poderia ter me custado. Saulo ficou por lá, foi dar um role sei lá, é mochilão, dane-se Editado Maio 19, 2015 por Visitante Citar
Colaboradores fmayrink Postado Dezembro 5, 2014 Colaboradores Postado Dezembro 5, 2014 Boas dicas! Espero que você termine o relato antes de eu embarcar no fim do mês! rs #anotandotudo Citar
Membros gstabelin Postado Dezembro 8, 2014 Membros Postado Dezembro 8, 2014 Boa, acompanhando, vou fazer roteiro parecido só que ao contrário tirando Honduras no começo do ano. abç Citar
Membros Sorrent Postado Dezembro 8, 2014 Autor Membros Postado Dezembro 8, 2014 Dia 19 No meio da madrugada senti algo se mexendo na cama. Seria algum bicho? Alguma norueguesa? Acabei descobrindo que era uma gata do hostel que ficava pra lá em pra cá pedindo colo para os hóspedes, como meu quarto não tinha paredes e eu estava na beliche de cima ela entrava facilmente. Eu gosto de animais então não me importei, deixei ela lá mesmo até por ela estar grávida. Foi a primeira vez nos últimos dias que dormi bem e consegui acordar cedo e disposto. Logo de cara percebi que perdi minha escova de dentes. Tomei muito prejuízo nessa viagem, perdi meu snorkel em Akumal, minha sunga em Isla Mujeres, meu boné mexicano em Caye Caulker, minha escova de dentes em Flores, fora o que eu ainda iria perder mais pra frente . Desci para o bar com Saulo, encontramos Faizal e tomamos nosso café. O engraçado foi o Saulo que já estava bem enturmado com o staff do hostel, pedindo as coisas pra eles gritando do outro lado do bar. hehehhee ahhhh as histórias de um mochilão. Depois do café nos despedimos do Faizal que estava seguindo viagem para algum lugar da Terra, ainda troquei algumas mensagens com as canadenses que disseram que estavam chegando. Na noite anterior eu passei pra elas o endereço dos Los amigos e elas disseram que viriam também. Como eu precisava fazer algumas coisas como comprar escova de dentes , trocar dólares para pagar a diária e etc, resolvi dar uma volta e ver o que encontrava pelo caminho. Até aproveitei e como passei por algumas agências de viagens no caminho já comecei a pesquisar sobre o transporte para San Pedro Sula, na fronteira com Honduras, que seria nosso próximo destino. Atravessei a ponte que liga a ilha ao continente e logo no final dela à esquerda (não tem como errar) há o shopping Mayamall. Perguntei para algumas pessoas e descobri que lá há um banco onde eu poderia trocar dólares. O banco fica no térreo e foi a melhor cotação que eu encontrei por lá: U$ 1,00 = Q$ 7,80. Para se ter uma comparação, no hostel Los Amigos a cotação é de um dólar para sete quetzales, portanto uma diferença considerável. O problema é que para fazer é troca é necessário estar com o passaporte então lá fui eu de volta até o hostel pra pegar ele e depois voltar de novo até o banco. Não que seja muito longe mas é chato ter que andar tudo de novo. Fiz tudo de novo, voltei ao banco, fiquei lá meia hora esperando minha vez e trocar o dinheiro mas no final deu tudo certo. Dentro do Mayamall há um mercado grande então já aproveitei e comprei minha escova de dentes e algumas besteiras para comer, já pensando na viagem do dia seguinte que seria bem longa. Como vocês podem ver nas fotos, o dia estava com tempo bom. Pois é. Parece que devido a alguma magia negra maia o tempo fechou em poucos minutos e bem quando eu estava cheio de sacolas atravessando a ponte, que alias é o único local descoberto por perto. . Até consegui me abrigar um pouco perto do portal da ilha só que como mais umas trinta pessoas tiveram a mesma ideia, não deu muito certo. . Dá mesma maneira que a chuva veio, ela foi e a vida seguiu normalmente. Cheguei no hostel todo molhado e de cara já encontrei as canadenses que haviam chegado. Colocamos a conversa em dia, enrolamos, comemos etc. Começamos a conversar sobre o próximo destino em Honduras, a minha ideia era ir para Roatán pois havia lido sobre ela em outros relatos mas as canadenses conseguiram convencer o Saulo a ir para a ilha de Utila que segundo o guia delas era bem mais barata e possuía cursos de mergulho a preços bem mais acessíveis. De cara eu não curti muito a ideia de mudar o roteiro de novo no meio da viagem mas como o Saulo estava empolgado com o curso de mergulho comecei a reconsiderar e no final acabei topando também. A diferença é que eu queria ai até La Ceiba em Honduras pois havia lido que lá havia bastante festas e animação e de lá seguiríamos para Utila. Já as canadenses queriam ir de Flores até Rio Dulce, de lá para Puerto Barrios e de lá para Utila. Saulo mais uma vez queria ir com elas mas dessa vez eu não me animei. Conversei com Saulo para tentarmos chegar a um acordo mas não deu muito certo. Resolvemos então ir a uma agência ao lado do hostel para perguntar qual era a melhor opção e matar as dúvidas. Chegamos na agência e contamos para o cara sobre as nossas duas opções e pedimos a opinião dele. Depois de algumas piadas sobre Brasil, copa do mundo e blá (mesma coisa em todos os lugares ) ele nos disse que a melhor opção era realmente pegar um ônibus até San Pedro Sula, de lá pegar outro para la Ceiba e depois o barco para Utila, segundo ele seria mais rápido, mais prático e mais seguro pois Puerto Barrios era perigoso e tal. Como ele vendia as passagens de ônibus para ambos os destinos acreditamos nas dicas que ele nos deu e acabamos comprando as passagens para San Pedro Sula por Q$ 280,00. Contamos para as meninas sobre nossa decisão e como elas iriam seguir o plano delas combinamos novamente de nos encontrarmos em Utila. Em Flores não há muita opção em termos de passeios, como eu já disse é o ponto de parada mais comum para quem costuma ir a Tikal, na verdade até há opções mas nada que seja específico daqui pelo que eu vi, por exemplo havia a possibilidade de contratar passeios para Semuc Champey que era um dos lugares onde eu queria ir mas como nós ainda voltaríamos para a Guatemala depois de Honduras daria pra ir depois e até mesmo por conta própria. Como não havia mais muito o que fazer dei uma enrolada básica, deixei as coisas meio arrumadas e descansei um pouco até as quatro da tarde quando começava o happy hour no bar . Na verdade depois da discussão no dia anterior sobre a viagem nós resolvemos tirar um dia pra fazer absolutamente nada e ficar no bar, precisávamos daquilo. Nos juntamos com as canadenses e ficamos conversando e jogando cartas por um bom tempo, aos poucos chegaram outras alemãs que estavam por lá e logo a mesa estava cheia. Rimos do ocorrido com o Saulo na tarde anterior com os israelenses, ajudamos a Sueme a comprar um presente de aniversário pra Kerrie, enfim, foi um dia fazendo coisas simples mas que no mochilão ficam bem legais (claro, o mojito ainda custava 2 dólares ) Por volta das seis da tarde eu tive que ir pro quarto pois dor de cabeça estava latejando de novo. Expliquei pro povo que ia deitar só meia hora para ver se melhorava e saí. Depois de algum tempo entra o Saulo no quarto e me dá um tapa na cabeça!!! "Tem seis mulheres na mesa, três delas alemãs e você aí deitado!!" Eu estava mal, bastante mas não dava pra deixar de notar a sinceridade e os 120% de razão na voz dele. Eu me odiarei eternamente por isso. Com muito esforço me levantei depois de alguns minutos e voltei pra mesa, mesmo morrendo. Meus remédios nessa noite foram mais alguns vodka mango . Aguentei até as 21:45 aí tive que ir dormir, em partes porque ainda passava mal e também porque tínhamos que acordar bem cedo no dia seguinte para pegar o ônibus para San Pedro Sula. Já era o quinto dia que eu estava mal, já estava meio desesperado por perder quase uma semana de bares, noites, festas e sabe-se lá mais o que. mas eu tinha fé que Pachacuti iria me tirar daquela situação. Citar
Membros Sorrent Postado Dezembro 9, 2014 Autor Membros Postado Dezembro 9, 2014 Dia 20 Acordamos às 4:50 para tomar um banho e arrumar as coisas. De um lado a empolgação de seguir para um país diferente e de outro o tédio de ter que passar o dia inteiro dentro do ônibus. Na frente do hostel tentamos entrar em uma outra van que estava embarcando algumas pessoas mas viemos a descobrir que não era o nosso carro. Quando ele se foi ficamos sentados esperando e achando que haviam esquecido de nós dois. Às 5:30 finalmente o motorista da agência chegou e numa corrida rápida nos levou até o terminal Fuente del Norte onde pegaríamos o primeiro ônibus. Quando o motorista nos deixou no terminal e pediu para esperarmos um pouco perto do ônibus nós percebemos que ele foi comprar as nossas passagens na hora, ou seja, percebemos que caímos no conto do turista desinformado pois o que compramos na agência foi apenas uma corrida de táxi e a informação correta. Podíamos ter feito tudo aquilo por conta própria e economizado alguns Quetzales . Isso sem levar em consideração que o ônibus no qual viajaríamos não era em nada parecido com o que o cara da agência nos mostrou na hora de vender. Esse terminal de ônibus fica não muito longe da ponte que leva à Flores portanto se você for fazer algo parecido, vá até lá por conta própria, esqueça a agência ao lado do hostel Los Amigos. Por ser uma viagem durante o dia ficava difícil dormir e a viagem também não é direta como haviam nos dito, às 10:40 paramos em um posto onde paramos para comer algo e trocamos de ônibus. Nada muito emocionante acontecendo e nem mulheres bonitas para distrair a atenção. Depois de algum tempo paramos novamente para cruzar a fronteira com Honduras, foi tranquilo, só fique esperto pois se você tiver algum problema na imigração o ônibus vai te deixar pra trás como quase aconteceu com um casal que estava demorando demais. Aliás soubemos que não há essa viagem de Flores para San Pedro Sula durante a noite pois não daria tempo de pegar a fronteira aberta então quem curte ganhar tempo viajando a noite, pelo menos nesse trajeto esqueça. Desembarcamos em San Pedro Sula às 14:30. Um dos argumentos que o Saulo usou para não querer vir por esse caminho é que a cidade é bastante perigosa de acordo com algumas informações encontradas na internet e até no guia das canadenses. Eu realmente não duvido dessas informações, pelo menos tive essa impressão quando vi os vário policiais no terminal. Há policiais na entrada do terminal, no desembarque, na praça de alimentação, nos caixas eletrônicos. Ao menos saiba que se você precisar passar pelo terminal rodoviário (dificilmente você vai pra outro lugar além de lá) a situação é bem tranquila, pode ir sem medo. A moeda usada em Honduras é a Lempira e na conversão cada dólar era equivalente a entre 19 e 21 Lempiras dependendo do lugar onde trocasse. As coisas acabam saindo bem baratas por lá na maioria das vezes. Demos uma volta pelo terminal para procurar passagens para La Ceiba e acabamos comprando na empresa Mirna. O trajeto que duraria em torno de 3 horas e meia custou L$121,00 ou seja em torno de U$ 6,50. Enrolamos na praça de alimentação, provamos as maravilhas culinárias hondurenhas que tem "cara de ontem" até nos fast food, assistimos um pouco de um jogo do Brasil que estava passando na sala de espera e às 15:45 partimos. Desembarcamos em la Ceiba às 19:30 mas não em um terminal rodoviário e sim na garagem da empresa. Pegamos nossas mochilas, demos uma rápida olhada ao redor e, embora meio movimentado não era um lugar turístico então não havia algo gritante dizendo para onde deveríamos ir. Ficamos parados na frente da empresa de ônibus e fomos abordados por vários taxistas tentando uma corrida. Como não sabíamos para onde ir, Saulo disse para um deles que estávamos procurando um "hostel com chicas", nisso o taxista fez uma cara de "ahhhhh sei sim, levo vocês lá". Como não tínhamos para onde ir, acreditamos nele e fomos.Rodamos alguns minutos e as ruas foram ficando (ainda) mais escuras e menos movimentadas, de repente ele para o táxi em frente a um hotel, chama alguém, conversa com ele, volta até nós e diz que era ali. Naquele momento me perguntei onde estava toda a diversão que eu ouvi falar que existia em la Ceiba. Talvez tenhamos dado azar, talvez devia ter pesquisado mais, a única coisa que eu sei é que La Ceiba me pareceu tão excitante e empolgante quanto uma cirurgia de remoção de apêndice . Mentalmente já dei a noite por perdida, conversei com Saulo e topamos ficar ali mesmo afinal já era noite e partiríamos na manhã seguinte para Utila. Nem tudo sempre dá certo O hotel nos custou L$50,00 para cada em um quarto duplo mas nem peguei mais informações sobre endereço, nome e etc porque não faz sentido indicar alguém ir para lá, se você tiver que parar em la Ceiba, não faça como eu, pesquise um pouco mais antes de ir, talvez eu só tenha dado azar. Tentamos achar um mercadinho pra comprar algo para comer e nada, rodamos um pouco e tudo vazio. Descobrimos que há duas quadras do hotel havia um "bar" que quando entramos descobrimos que na verdade era um lugar onde moças de família fazem trabalhos honestos por um dinheirinho, digamos que é um trabalho "suado". . Como sou totalmente contra pagamento em troca de sexo logo quis sair dali. Na volta estávamos conversando com o cara do hotel e descobrimos porque o taxista estava conversando com ele. Na verdade ele estava combinando que se nós quiséssemos trazer garotas nós poderíamos, aí ligamos os pontos e percebemos que o "hostel com chicas" a que Saulo se referiu acabou virando na verdade "um hotel perto das putas" . É trágico quando as coisas dão errado no meio da viagem mas estando lá fica tudo mais engraçado e dá pra rir até de uma situação dessas. Na esquina tinha um bar com umas luzes e sons que de longe parecia animador para ao menos tomar um drink mas quando cheguei na porta todos estavam na animação de um velório. Quer saber? Voltamos pro hotel, pegamos informações sobre Utila e enrolamos até a hora de dormir. Saulo ainda quis dar mais uma volta, eu fiquei por lá mesmo. Citar
Membros Sorrent Postado Dezembro 12, 2014 Autor Membros Postado Dezembro 12, 2014 (editado) Dia 21 As três ilhas mais famosas de Honduras são: Utila, Roatán e Guanaja e pelo que vi a maneira mais prática de se chegar até elas é a partir de La Ceiba. Lembrando que chegamos em La Ceiba à noite e sem destino certo, talvez isso tenha comprometido nossas chances de achar algum lugar legal por lá, aqui nesse site você encontra mais algumas informações sobre a cidade. Se você tiver tempo para conhecer as praias de La Ceiba, talvez possa valer a pena. Ao montar o roteiro minha intenção era ir até Roatán que até onde sei é a que tem melhor infraestrutura mas consequentemente é a mais cara. Já Utila é a menor das três ilhas e voltada quase que totalmente ao mergulho. Antes de viajar fiz uma rápida pesquisa sobre cursos de mergulho, e aqui em São Paulo pelo menos o preço variava de R$ 1.200 a R$ 1.500. Como sabia que haveria várias oportunidades de mergulhos no mochilão cogitei a possibilidade de já ir com o curso mas os preços acabaram com toda a minha vontade. Pra ser sincero eu não sabia que Utila era voltada ao mergulho e descobri com as canadenses em Caye Caulker e fico feliz pelo Saulo ter insistido em ir e termos deixado Roatán pra trás, foi uma mudança que eu gostei. Acordamos cedo pois queríamos pegar o primeiro ferry para Utila, tomamos banho, arrumamos as coisas e às oito e meia da manhã o cara do hotel veio nos avisar que o taxista estava nos esperando para nos levar até o ferry (havíamos pedido na noite anterior para ele chamar um logo cedo). A corrida custou L$50,00 para cada e em vinte minutos chegamos ao porto. A empresa que faz o transporte até Utila é a Utila Princess e o preço é U$ 28,00 para a ida e mais U$ 28,00 para a volta e lembre-se de trazer dinheiro pois não é possível pagar em cartão, de preferência traga dinheiro trocado pois o troco será em lempiras e você provavelmente perderá dinheiro no câmbio. Compramos nossas passagens e ficamos esperando a saída, como o ferry atrasou um pouco pudemos notar a diferença entre os transportes para Roatán e o para Utila. Tenho certeza que escolhemos a ilha mais barata. Saímos às 09:40 e o percurso dura 1 hora mas cuidado pois se você tem problemas de enjoo vai sofrer e muito. O barco é todo fechado e balança muito, é bem provável que você chegue na ilha com seus órgãos internos dispostos de forma diferente dentro do seu corpo. Os funcionários distribuem saquinhos para vômito e não se espantem por verem alguém os usando só espere que não seja você. Depois dessa tortura chegamos à ilha. Logo na saída já fomos abordados por uma infinidade de pessoas querendo nos oferecer cursos, hospedagem e o escambau. Ouvi rapidamente um, dois e eis que no meio de um monte de homens barbados surgiu uma gracinha de loira. Mesmo que alguém tivesse oferecido curso e hospedagem de graça nós iríamos ouvir o que ela tinha a dizer. Não há melhor jogada de marketing do que colocar uma mulher bonita para vender o que quer que você vá vender, homem é idiota. Não deu outra, Maia - a loira - nos ganhou e aceitamos ir para o Parrots que é a escola de mergulho onde ela trabalha. Pegamos um Tuc Tuc (que Maia pagou) e seguimos pela ilha enquanto Maia ia nos contando um pouco sobre o lugar, dando dicas sobre onde comer e etc. como a ilha é bem pequena logo chegamos. Quando contamos que somos brasileiros Maia disse que estávamos na escola certa pois a dona era Brasileira, já vimos uma oportunidade de chorar um desconto . Chegamos no Parrots e Maia nos levou para o bar no fundo que estava cheio devido a algum jogo da copa que estava passando, nisso ela nos perguntou o que gostaríamos de beber. Quando pegamos as bebidas e fomos pagar ela recusou e disse "it´s on the house". Não tinha como sair de lá . Poucos minutos depois o jogo acabou e chegou a dona do lugar, Tatiana, uma brasileira mas que sempre morou fora do Brasil. Super simpática e com um português carregado ela, junto com Maia, nos explicou sobre o curso, disse que nos daria um desconto de U$ 20,00 no curso por sermos brasileiros. Aceitamos. O valor normal do curso open water que é o nível mais básico, é de U$ 289,00 e dura 5 dias. Nesse valor estão incluídas as aulas teóricas, práticas, equipamentos, hospedagem e dois mergulhos após o fim do curso. Levando em conta que você vai mergulhar durante o curso, dá pra ficar debaixo d´água por muito tempo. Comparando com as minhas pesquisas de cursos em São Paulo, o bom de se fazer o curso aqui em Utila, além do preço é claro, é o fato de todas as aulas práticas você fazer no mar mesmo, no começo no píer atrás da escola e depois em alto mar sendo que aqui em São Paulo você faria tudo numa piscina. Fizemos todos os acertos, guardamos nossas coisas no quarto e já voltamos para acertar os detalhes da primeira aula que seria no mesmo dia. Ainda era cedo e a primeira aula seria no final da tarde então Maia nos sugeriu sair com dois instrutores para um pequeno tour em umas cavernas que havia lá perto, duas americanas que estavam começando também se juntaram a nós. Conhecemos os caras que na verdade estavam estudando para serem instrutores, pagamos L$50,00 cada pelo Tuc Tuc e partimos e nisso os caras foram contando sobre alguns lugares interessantes na ilha. As "cavernas" na verdade eram umas pequenas grutas onde o pessoal vai pra fumar maconha com alguns lugares onde dá pra mergulhar e desafiar seus medos passando por alguns túneis formados pelas pedras debaixo d´água. São bem pequenas, nada muito emocionante mas serve para passar a tarde. Depois eles nos levaram na Candle Cave que é outra gruta bem pequena mas que só dá pra entrar se espremendo por cantos muito pequenos, não aconselhável para quem sofre de claustrofobia. Lá dentro a escuridão é total há umas velas que quem vai lá deixa para os próximos, por isso o nome Candle Cave. Demos uma gorjeta para os caras e voltamos para o Parrots. Fiquei no píer com um merecido drink nas mãos enquanto Saulo foi fazer alguma coisa. De repente Maia aparece me chamando dizendo que eu estava atrasado, olhei no relógio, 16:45 e a aula havia começado às 16:15, virei num gole e fui. . Conhecemos Abbey, uma simpática australiana que seria nossa instrutora no curso, aliás tenha um inglês no mínimo médio para fazer o curso aqui pois os vídeos, as aulas e as provas são em inglês, no nosso caso inglês de australiano da instrutora que é pior ainda de entender. Depois de uma breve introdução sobre o curso começamos a maratona de assistir vídeos, nesse dia foi só uma hora de vídeo e já descobrimos que depois do curso você poderá "go places, meet peolpe and do things" ou como você descobrirá depois "go places, meet things and do people" . Logo depois do vídeo Abbey voltou e começou com alguns exercícios práticos sobre como montar o equipamento de mergulho. O clima do curso é bem descontraído e a intenção não é reprovar ninguém mas não ache que tudo é festa, você terá matéria, exercícios, terá que aprender ou decorar algumas coisas mas não se preocupe pois não é nada muito difícil. Depois da aula fomos comer no restaurante de comida chinesa que tem dentro do Parrots, se você gosta, não perca, é muito bom. Depois mais bar à noite, uma volta pela rua principal da ilha pra reconhecer o lugar e depois cama pois a aula começaria às sete e meia na manhã seguinte. Editado Janeiro 9, 2015 por Visitante Citar
Membros Sorrent Postado Dezembro 16, 2014 Autor Membros Postado Dezembro 16, 2014 Dia 22 Uma coisa que vale a pena ressaltar é que os quartos para os alunos do curso são bem simples, pelo menos o nosso era. Na verdade em frente à escola há um hotel meio que hostel e no preço do curso já está incluído um quarto lá. Tatiana quebrou um galho pra nós por sermos brasileiros e pegou um quarto de uma pessoa, colocou outra cama e então Saulo e eu ficamos com um quarto só para nós enquanto outros ficaram em quartos compartilhados. Pra ser sincero eu preferia um quarto compartilhado por motivos óbvios mas a Tatiana foi tão simpática fazendo isso por nós que não tinha como recusar. Nessa viagem as questões "mulherísticas" deram errado de várias formas, parecia uma conspiração do universo e ainda havia mais por vir (ok ok nem tudo foi tão ruim ) A única coisa ruim do curso de mergulho é que as aulas eram muito cedo. Nesse dia ela começou às sete e meia da manhã então se assistir aos vídeos já é meio entediante, imagine nesse horário . Durante as aulas não há muito o que dizer, são vídeos e mais vídeos e depois que eles acabam a instrutora continua com mais algumas explicações e exercícios e etc. O curso no Parrots (assim como eu todas as escolas da ilha) é certificado pela PADI, ou seja sua carteirinha terá validade no mundo todo . Caso você tenha interesse em fazer o curso de mergulho e queira ver os vídeos antes pra ir se acostumando, aqui estão os do Open Water: O dia até que foi corrido pois após as aulas da manhã tivemos um intervalo para o almoço, comemos as sobres da comida chinesa, enrolamos um pouco, demos mais uma volta na ilha e por volta de 14:00 já fomos para a água para os primeiros exercícios submersos, não em alto mar mas ali mesmo atrás da escola. Conhecemos Nathan, um canadense que estava estudando pra virar instrutor e no momento era o auxiliar da Abbey, nossa instrutora. Um maluco gente boa e engraçado mas o que nos deixava indignados era o fato de as mulheres parecerem entrar em transe quando conversavam com ele. Eu presenciei esse tipo de cena algumas vezes enquanto estava sentado por lá e só conseguia pensar "putz e eu tenho que me esforçar, xavecar, fingir que me importo e etc". Com ele as calcinhas pareciam cair automaticamente. Mundo injusto. A primeira vez que você vai para debaixo d´água com o cilindro é "ame ou odeie". Embora alguns exercícios sejam meio chatos e outros como o "hover" sejam um inferno (vocês vão entender quando fizerem ) de uma forma geral é muito legal. Eu confesso que não saí do Brasil achando que ia fazer o curso de mergulho mas hoje acho muito bom o fato de o Saulo ter insistido, aquilo é uma experiência sensacional, aconselho a todos pensarem seriamente sobre uma parada em Utila. Mesmo que você não faça no Parrots pois ele talvez não seja a escola mais chique mas considere a possibilidade de fazer esse curso se estiver por lá. Aliás eu até aconselho a pesquisar um pouco antes antes de escolher onde vai fazer. A ilha é pequena e com uma caminhada você consegue passar em algumas escolas. As canadenses por exemplo chegaram no dia anterior e acabaram ficando em outra escola aparentemente mais legal (em termos de infra estrutura) e por preço semelhante. Ficamos até umas cinco da tarde na água e depois que saímos paramos na recepção do Parrots pois descobrimos que era aniversário de um israelense e a Tatiana havia feito um bolo pra ele então rolou meio que uma confraternização. Na verdade nós não conseguimos entender se o cara era funcionário, se era aluno, se era amigo, se era gay, se era hetero...... ele estava toda hora com um outro cara que era uma mistura de Barbie com He-Man. . O que importa é que comemos bolo. No começo da noite Saulo saiu pra comprar umas coisas e eu fiquei no bar do Parrots e nisso chegaram Sueme e Kerrie. Não conseguimos trocar mensagens a tempo então elas acabaram indo pra outra escola. Colocamos a conversa em dia, elas contaram sobre a vinda de Flores até a ilha. Contaram que a vinda via Puerto Barrios também foi cansativa mas que no caminho de barco até a ilha eles pararam em uma ilha menor para ver alguns bichos,tudo aparentemente por simpatia do dono do barco e não porque é algo comum vindo por lá. O importante é saber que caso você venha de Flores há essa duas opções, cabe a você escolher uma delas. À noite as canadenses queriam fumar maconha, como eu não curto muito e estava podre de cansado, fui dormir. Citar
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