Membros Sorrent Postado Agosto 12, 2014 Autor Membros Postado Agosto 12, 2014 Obrigado pelas dicas Sorrent, anotadas!Você teria um desenho do roteiro que vc fez para eu poder adaptar alguns lugares? Uma grande dúvida minha é em relação ao sítio de Cópan, em Honduras, ele fica bem fora de mão dos outros sítios, por essa razão acabei retirando ele do meu roteiro! Estou curioso pra saber como vc fez pra chegar lá e pra ir embora! Abç! Ikaro, logo no começa do relato, depois do vídeo tem um mapa do meu roteiro no google maps, dá uma olhada. Eu não fui exatamente a Copan, mas passei por lá na ida da Guatemala a Honduras. Se você for fazer algo parecido, pela empresa HEDMAN ALAS o ônibus para bem na entrada das ruínas, aí depois você pode seguir pra Honduras ou então pegar outro ônibus para outro lugar na Guatemala. Citar
Membros Everton_oa Postado Agosto 12, 2014 Membros Postado Agosto 12, 2014 Impossivel comecar a ler e nao pensar em viajar! Relato show!!!! Citar
Membros Sorrent Postado Agosto 18, 2014 Autor Membros Postado Agosto 18, 2014 (editado) DIA 8 Acordei às oito horas, tomei um belo café da manhã aproveitando algumas coisas que havíamos comprado no mercado na noite anterior, arrumei minha mochila e agora não tinha jeito, era hora de partir. Passei na recepção, chamei a Vanessa, me despedi dela e segui para o Ferry. Não é fácil deixar um lugar como Isla Mujeres para trás mas por sorte ainda havia muitos lugares pela frente. Como eu já tinha o bilhete de volta comprado não foi nada muito complicado, era só entrar na fila para o próximo barco. Ao sair do hostel em Isla Saulo havia enviado uma mensagem dizendo em qual hostel estava em Playa del Carmen então já sabia para onde ir. De volta a Cancún desembarquei no terminal da Ultramar e peguei um táxi ali mesmo para o terminal de ônibus da ADO, o detalhe é que o primeiro taxista com quem falei queria me cobrar $60,00 pela corrida mas como eu já tinha ideia do preço não aceitei, perguntei mais uma ou duas vezes e consegui por $30,00 que até onde eu sabia, era o preço correto. Aparentemente a fama de trapaceiros dos taxistas ultrapassa as fronteiras. Na ADO comprei a passagem para Playa del Carmen por $58,00. Depois descobri que há algumas vans saindo de Cancún para Playa, não sei o valor mas parece ser um pouco mais barato e como a viagem não é muito longa talvez valha a pena, agora se você preferir o conforto do ar condicionado no calor mexicano, fique com o ônibus da ADO afinal a passagem custa menos de 10 reais. Aliás se você viajar pela ADO guarde sempre sua passagem pois ela dá direito a um desconto equivalente a 10% do valor da sua passagem na sua próxima compra, pena que só fui me tocar a respeito disso depois. Não sei até quando isso vai durar mas quando estiver por lá, pergunte. Depois de uma hora e meia cheguei em Playa del Carmen e mesmo sem saber nada sobre o lugar não tive muita dificuldade em chegar ao hostel, nada que um mapa e 2 minutos no quiosque informações turísticas não resolvesse. Aliás até sabia de algumas opções diferentes de hostel mas como o Saulo já estava em um deles, fui direto pra lá. Ficamos no Rio Playa Hostel, localizado na calle 8. Playa del Carmen é bem movimentada e logo de cara você percebe que ela tem um aspecto de lugar um pouco mais caro, mas vale a pena a visita, bem melhor e mais bonito do que Cancún. Logo na recepção do hostel encontrei o Saulo que estava com Gabriel, um outro brasileiro doidão cheio de histórias mirabolantes pra contar, num estilo bem Forest Gump mas gente boa. Fiz meu check-in, paguei $220,00 pelo quarto compartilhado e fui guardar minhas coisas. O hostel é bom sua localização é boa, um dos donos é brasileiro porém depois de uma volta por PDC vimos que provavelmente há opções melhores e mais baratas. Resolvemos sair os 3 para dar uma volta pela praia pois eles haviam ouvido falar de um tal lugar onde tem muitas argentinas (como se as argentinas escolhessem um ponto isolado da praia pra ficar, rsss ). Andamos por horas e foi bom pra conhecer o lugar, o mar lá é muito bonito e a água é bem gostosa, o único problema na minha opinião é que com os grandes hotéis na beira da praia elas ficam bem cheias mas também não é nada desesperador. Talvez nem seja um problema mas sim porque eu tinha acabado de chegar de Isla Mujeres que é bem mais tranquila. Nessa tarde não ficamos em apenas um só local, caminhamos durante horas pela extensão da praia e às vezes parávamos em algum lugar para aproveitar o mar, sempre à procura do esconderijo das argentinas . Como você já deve imaginar, é claro que não vimos nenhuma bandeira da argentina fincada na areia com garotas de topless em volta e resolvemos voltar, ainda entramos na piscina/restaurante de um dos hotéis na beira da praia para usar o chuveiro e tirar a areia, imagino que isso não deve ser permitido mas vestimos nossa melhor cara de pau e fomos entrando, ninguém falou nada, nós também não, dava até pra ficar na piscina se quiséssemos . O caminho de volta resolvemos fazer não pela orla e sim pela rua paralela à praia, em meio a mansões e histórias do Gabriel. O cara fazia o estilo "descolado" e estava sempre pronto pra xavecar qualquer atendente de supermercado, uma figura mas meio exagerado. Um hora passamos em frente a outro hostel, o 3B que além de ser mais barato ($180,00) no animou bastante pelo que vimos passando pela recepção, .De volta ao hostel tiramos algumas horas para a milenar-arte-de-fazer-porra-nenhuma-na-beira-da-piscina. Um dos destinos bastante procurados nessa região é a ilha de Cozumel. Até pegamos algumas informações mas decidimos não ir. Vou deixar aqui algumas informações que podem ser úteis para quem for. No começo da noite fomos dar mais uma explorada pelas redondezas e a impressão que tive é que à noite com aquela infinidade de luzes das lojas, PDC parece ainda mais cara. Passamos em frente ao Cocobongo para ver os valores e o ingresso custava U$ 65,00 com direito a open bar, resolvemos pensar um pouco antes de comprar. Como em PDC há muitos restaurantes resolvemos comer bem nessa noite. Passamos em alguns lugares olhamos os menus e percebemos que seria bem difícil comer bem por um preço baixo. Na verdade os preços não chegam a ser absurdos são apenas altos para o padrão de um mochilão. De pois de pensar em algumas opções paramos em um restaurante qualquer e comemos. Salada, peixe, fritas e bebidas saíram por $365,00(U$29,00) para cada. O problema nessa noite é que eu estava com alguns sintomas de insolação provavelmente por ter ficado a tarde toda debaixo do sol de 30 graus. Aquela sensação de fraqueza e dor no corpo provavelmente iria comprometer minha diversão no Cocobongo e como Saulo também não estava muito empolgado resolvemos cortar da nossa lista afinal pagar 65 dólares para ir num lugar sem se sentir bem não compensa, ficaríamos no hostel mesmo. Aliás isso foi apenas um presságio do que eu iria sofrer nessa viagem. Na volta do restaurante uns caras ainda nos ofereceram umas pulseiras que garantiam entrada gratuita em um lugar onde moças respeitosas e de família dançam com roupas comportadas e cobram por serviços que colocam um sorriso no rosto de qualquer ser humano. Apesar da tentação resolvemos passar a oportunidade. De volta ao hostel soubemos que a galera se reuniria no bar da piscina e como essa ideia é bem vinda não importa qual seja o país, foi para lá que fomos. Música vai, álcool vem, gringas de um lado, gringas do outro, nem lembrei da insolação . Certa hora estávamos na mesa ao lado da piscina e alguém cobriu meus olhos com a mão: adivinha quem é, ela disse. Menos mal a voz era de mulher mas eu não reconheci, no final das contas era Vilma, a brasileira que conheci no hostel na Cidade do México, foi bom ela ter aparecido pois ela já tinha se enturmado com uma alemã lá no hostel, Angel. Traz ela pra cá, foi a única coisa que conseguimos falar pra Vilma naquele momento . Depois de algumas doses percebemos que ficar bebendo no bar do hostel sairia caro e como Gabriel já estava praticamente sem grana decidimos ir ao mercado comprar uma garrafa de qualquer coisa. Não me lembro se foi o Saulo ou o Gabriel que teve a brilhante ideia de perguntar para uma funcionária do hostel se podíamos trazer bebida de fora, afinal é claro que não podia mas como na vida tudo se resolve com um pouco de criatividade, resolvemos comprar assim mesmo. Um detalhe é que boa parte dos mercadinhos não vende bebidas alcoólicas a partir das 22:00 mas procure bem e você encontrará um que venda, no nosso caso foi o Oxxo. Depois de um breve debate filosófico sobre o que comprar, optamos por uma garrafa de tequila e uma de coca cola, que bela mistura, não? Isso saiu por $180,00 no total. No caminho ainda encontramos um carinha maluco que dizia que era dançarino da Jennifer Lopez e blá blá e dançava na Broadway e blá blá enfim, não entendi porque o Saulo e Gabriel se encantaram tanto com ele. De volta ao hostel, entramos com a garrafa sem problema algum e continuamos no bar. Embora a tequila já estivesse fazendo efeito há um bom tempo não vi muita probabilidade de acontecer "algo de bom" por ali, a alemã estava de olho em outro cara, embora eu não estivesse dando em cima dela, isso chateou algumas outras pessoas. Algumas outras gringas já estavam feito carniça com urubus em volta, ficamos então na companhia da Vilma e da boa e velha tequila com coca que acreditem, fez um belo estrago. Não faço ideia de que horas eram mas só sei que a galera ia sair do hostel e cada um ia pra algum canto pois há muitas opções de festa em PDC. Nisso nos juntamos com uma funcionária do hostel que ia pra um tal de Mezcalina. Depois de uma garrafa inteira de tequila, se dissessem que iam cruzar a fronteira do México com E.U.A. pelo deserto nós iríamos junto. . Sinceramente não lembro muito bem de todos os acontecimentos dessa noite, só me lembro que houveram situações engraçadas e xavecos mal sucedidos de nossos amigos pelas ruas de Playa del Carmen. Chegamos ao tal de Mezcalina e como a entrada é gratuita ficamos lá um pouco, aliás pouco mesmo pois como não estávamos muito animados com o lugar resolvemos ir embora logo. Playa del Carmen é bem legal, há diversos clubs e aparentemente alguns até no estilo Cancún então opção é o que não falta se você quiser sair à noite, o lugar vale a visita mas só acho que eu esperava algo diferente, talvez não tão agitado. Como nossa noite não rendeu nada, não forçamos, lutamos para encontrar o caminho de volta para o hostel e dormimos. Editado Dezembro 5, 2014 por Visitante Citar
Membros Sorrent Postado Setembro 2, 2014 Autor Membros Postado Setembro 2, 2014 Putz foi mal a demora ae, eu estava sem pc e estava complicado fazer o relato no trabalho pois demora muito para escrever cada dia. Agora já estou com computador novamente e vou poder continuar. Citar
Membros Sorrent Postado Setembro 3, 2014 Autor Membros Postado Setembro 3, 2014 DIA 9 Chuck Norris, você por aqui? Graças à bebedeira da noite anterior acordamos tarde nesse dia e pra completar perdemos o café da manhã. Como se isso já não bastasse, o banheiro do quarto estava em manutenção e estávamos sem água, tivemos que rodar o hostel para tomar banho. Depois disso conversamos um pouco e resolvemos partir de Playa Del Carmen. Saulo já estava lá havia duas noites pois ele veio antes de mim, eu fique apenas uma noite mas apesar de o lugar ser legal não senti aquela sensação de querer ficar, pra mim uma noite havia sido o suficiente. Se ficasse mais uma seria pra fazer o que? ir para mais alguma balada? Sinceramente estava pensando mais nas coisas que eu sabia que havia pela frente. Arrumamos nossa mochila, nos despedimos do Gabriel e da Vilma (que descobrimos que estava num quarto bem mais emocionante que o nosso), fizemos o check-out e partimos. Voltamos para o terminal de ônibus que não é muito longe, compramos nossas passagens para Tulum mais uma vez pela ADO por $38 e esperamos. A viagem até Tulum é bem rápida, dura cerca de uma hora e por volta de 13:00 chegamos lá. Eu havia lido a respeito do hostel Lobo Inn e quando desembarcamos no terminal começamos a procurar por ele pois havia lido que ele fica no centro de Tulum , porém ele não fica. Rodsamos um pouco, paramos num posto de informações turísticas e perguntamos a respeito do hostel, na verdade o Lobo Inn fica a dois quilômetros do centro da cidade bem na rodovia, a mesma pela qual viemos de Playa del Carmen, ele fica quase de frente às ruinas. Como ouvimos falar bem de lá, resolvemos parar para almoçar no centro e depois voltar pra lá. Na busca por um almoço decente, de repente vimos uma galera no terraço de um prédio baixo e eles começaram a acenar pra gente nos chamando, quando olhamos para o prédio vimos que era um outro hostel. Chegamos na recepção e o Santiago, um dos sócios veio falar com a gente. Ele era gente boa, nos mostrou todo o lugar que embora simples parecia até bom, e com uma insistente lábia de vendedor ele tentava nos convencer a ficar. Dissemos que iamos pro Lobo e ele insistia em nos fazer mudar de ideia. Dissemos que íamos almoçar e decidir o que fazer, ele ainda nos deixou usar o locker do hostel de graça e nos sugeriu um local bom e barato pra comer, confesso que quase quis ficar no hostel dele, que por sinal é o Hikuri Hostel. A duas quadras dali paramos para almoçar no Tacoqueto, comida boa e barata com suco incluído, aliás descobri que o suco de tamarindo não existe somente no Chaves . O almoço saiu por $60,00 Voltamos ao Hikuri, pegamos nossas mochilas e resolvemos ir mesmo para o Lobo Inn. Demos uma desculpa para o Santiago e saímos. Logo em frente ao hostel passam algumas vans, pegamos uma delas ($15,00) e voltamos ao Lobo Inn. Se você vier de Playa del Carmen e quiser ir para lá também basta pedir para o motorista do ônibus te deixar em frente às ruínas caso ele não conheça o hostel, ele fica quase em frente, não tem como errar. Chegando lá fomos recebidos pela dona do hostel, Silvia se não me engano. Super simpática nos mostrou tudo, nos deu dicas sobre onde ir e como ir, falou sobre a região, logo de cara já curti ter ido pra lá, mesmo o hostel estando vazio. Enquanto estávamos lá conversando com ela eis que surge como uma fênix das cinzas, como uma tartaruga ninja dos bueiros, ele que é uma mistura de Chuck Norris, professor Pardal, e Mcgyver, ele, o onipresente e consertador de todas as coisas e membro permanente da cúpula interestelar mochileira: LOBO. Dá vontade de rir só de olhar pra ele. Sua esposa, como que ignorando toda a importância dele para a humanidade simplesmente mandou: ele é um alcoólatra. . Seguimos para o quarto. Vamos lá, por que ficar no Lobo Inn? Nosso quarto com ar condicionado lá saiu por $180,00 por pessoa, sem ar condicionado sairia por $ 150,00. Esse valor já dá direito a usar as bicicletas do hostel quando quiser. Caso tivéssemos ficado no Hikuri o valor seria de $150,00 pelo quarto mais $70,00 pelas bikes, acabaríamos pagando $220,00 por dia num quarto sem ar condicionado. Ponto pro Lobo . No Lobo ainda há a opção de ficar em umas cabanas estilosas ao lado da piscina se não me engano por $130,00. Como já era de tarde, resolvemos ir apenas à praia pública que fica perto das ruínas. Tomamos um banho, pegamos nossas lobo-bikes e partimos. Do hostel até lá de bike é muito perto aliás quase tudo em Tulum é acessível de bike se você tiver um pouquinho de disposição. Falando em bikes é bom ressaltar que as bikes do lobo tem uma diferença que pode atrapalhar quem não tiver muita intimidade com bicicletas, os freios delas não são convencionais mas sim daqueles que você freia pedalando para trás, eu adorei aquilo. Chegamos no parque onde estão localizadas as ruínas e também o acesso à praia pública. Dentro dele a caminhada para chegar a praia é longa então se você vier de van até a entrada e depois tiver que andar tudo lá dentro vai acabar sofrendo mais do que indo de bicicleta. Chegando na praia vimos um rosto conhecido saindo de lá era a Stephane que havíamos conhecido em Cancún, depois de uma conversa rápida descobrimos que ela já estava descobrindo os prazeres da "comida" mexicana em outros lugares . Nos despedimos com um "até logo" mas sabíamos que não pretendíamos vê-la mais. Ficamos então um bom tempo na praia que é bem bonita e estava quase vazia. Cerveja vai, cerveja vem e no final da tarde voltamos pro hostel. Pensamos em economizar um pouco nesse dia então fomos ao mercado São Francisco de Assis que fica na mesma rodovia do hostel porém um pouco antes do centro da cidade, bem pertinho fomos de bicicleta mesmo. Compramos umas besteiras para fazer nossa comida na cozinha do hostel mesmo. Ainda tentei encontrar um sunga para comprar pois eu havia começado minha saga de perder coisas na viagem. Em Playa del Carmen descobri que havia esquecido minha sunga em Isla Mujeres . Tentei achar uma nova nesse mercado em Tulum mas não consegui apesar de ser um mercado bem grande, percebi que os mexicanos não são muito chegados em sunga. À noite ficamos na cozinha do hostel preparando nossa gororoba e curtindo as músicas do Lobo. Aliás saiba que se você se hospedar lá deve ter uma alta tolerância a músicas dos anos 80 pois é a única coisa que você vai ouvir por lá enquanto observa o Lobo serrando seus canos aqui e ali. À noite Lobo ainda passou por lá com algo que parecia um lança chamas, pensei que ele estivesse apenas salvando a humanidade mais uma vez de alguma ameaça russa mas não, conforme ele explicou é apenas um veneno que ele espalha por lá por causa dos insetos. Pera, eu disse insetos? Alguns bichos lá parecem um pokemon de tão grandes . Certa vez quando estava indo para o quarto tinha um pernilongo voando perto de mim e eu pensei "que coruja bonita" . Nessa noite resolvemos ficar no hostel descansando mesmo ele estando vazio. Pé na piscina, cervejinha, nada de preocupação, ao som de Cindy Lauper, isso é que é vida. Citar
Membros Sorrent Postado Setembro 4, 2014 Autor Membros Postado Setembro 4, 2014 (editado) Dia 10 Mais ruínas Nesse dia acordamos cedo, às 07:45 pois tínhamos planos para o dia todo. Antes de tudo tomamos café da manhã que já estava incluído e tinha leite, omelete, purê de batata, pão e café. Pegamos nossas bicicletas e fomos para as ruínas. Lá dentro do parque, prendemos nossas bicicletas em algum canto pois o lobo também dá a corrente e cadeado, e fomos para a bilheteria. O acesso à zona arqueológica custa $59,00 por pessoa e como era cedo não estava cheio. Até pensamos em pegar um guia mas como estávamos só os dois acabamos não contratando. Essas ruínas são de uma antiga cidade que funcionava como um posto comercial, o lugar é bonito mas tem uma aparência de tão restaurada que parece falso, tudo muito bem cuidado com gramas bonitas, caminhos traçados e faixas de isolamento. Não que eu ache que tudo deva ser uma grande bagunça mas aquilo me pareceu meio artificial. Ainda assim vale a visita pois a mistura de mar com ruínas torna o lugar bem bonito. O legal dessas ruínas em Tulum é que elas ficam bem de frente para o mar. Você tem a vista de cima do morro e ainda há um acesso para a praia. Em pouco mais de uma hora conseguimos rodar o lugar todo, sem pressa, imagino que se estiver com guia deve demorar mais. Como não havia mais o que fazer por ali, fomos embora. Aproveitamos que precisávamos de mais dólares e fomos de bicicleta até o centro procurar uma casa de câmbio. Não foi muito difícil, encontramos um banco e pelo menos mais duas casas de câmbio na avenida principal, o único problema é que a contação não estava tão boa. Pesquisamos um pouco e acabamos trocando um dólar por $12.20 mesmo. Lá no quartel general do Lobo, também chamado de hostel, a esposa dele havia me falado de um outro mercado grande ali perto, um Chedraui e como eu ainda estava buscando uma sunga, lá fomos nós mais uma vez de bicicleta. O mercado também é bem grande e depois de perguntar aqui e ali, explicar com um pouco de mímica o que é uma sunga eu consegui achar uma, bom na verdade não era exatamente o que eu esperava, pois o tecido era bem fino e não segurava nada, se é que você me entende, portanto saiba que se você precisar algum dia de uma sunga mexicana vai se sentir igual àquelas mulheres com calça legging extremamente justas que mais mostram do que escondem, uma propaganda ambulante, ou até pior que isso . Apelidei ela carinhosamente de "sunga sexy mexicana". De volta ao hostel pegamos mais alguma informações com a esposa do 00lobo e resolvemos ir até o Gran Cenote que fica a uns cerca de 6 km do hostel se não me engano, nada muito complicado, mais uma vez fomos de bicicleta. O Gran Cenote não é o único da região mas dizem que é um dos imperdíveis, deixamos então a tarde desse dia para ele e iríamos em outro no dia seguinte. Só se deve ficar espero indo de bicicleta pois o caminho é pela rodovia que embora não muito movimentada pode oferecer algum perigo. A entrada do cenote custa $120,00, até pensamos em deixar nossas coisas pelo chão mas seria um risco desnecessário pois o locker custava $30 e servia para os dois, alugamos um. Se você não tiver nada de valor e quiser deixar suas coisas pelo chão, é possível. Saulo ainda alugou um snorkel por $80,00. Esse cenote é muito legal, melhor que aquele que fomos em Chichen Itzá, o lugar é bonito, a água aqui é cristalina, você consegue ver peixes, tartarugas piranhas e outros bichos. É sem dúvida um lugar imperdível. Caso você queira ainda pode fazer mergulho com cilindro por lá mas não vi o preço, só que várias vezes vi uma galerinha mergulhando só que tão próxima da gente que eu pensava "eu consigo descer aí e ver o mesmo que vocês sem cilindro", até devem ter alguns lugares legais pra ir ali mais fundo mas de uma forma geral não achei muito empolgante mergulhar ali, só nadar mesmo. É um lugar para perder um bom tempo. Já eram umas 15:00 então voltamos para o hostel, comemos e descansamos um pouco sempre ao som de Like a virgin da Madonna. . Nas nossas voltas pela cidade havíamos visto quase em frente ao hostel um lugar que aluga motos e como queríamos ir para Akumal no dia seguinte pensamos nessa possibilidade pois Akumal fica um pouco para trás no caminho, sentido Playa del Carmen. Quando fomos para as ruínas de manhã passei lá e perguntei o preço, as mais comuns são aquelas estilo Biz que saem por U$20,00 por oito horas ou então U$ 30,00 por vinte e quatro horas. Saulo resolveu ir até lá para alugar a moto enquanto eu fiquei no hostel. Estava eu quietinho no hostel quando Saulo aparece com uma moto bem diferente de uma Biz, era uma Yamaha não sei qual modelo. Ela custou U$ 40,00 pelas vinte e quatro horas e como íamos até Akumal no dia seguinte compensou pois ela é mais confortável que uma Biz. O único problema é que eu pensava "vai dar merda a gente rodando de moto aqui sem habilitação, sem porra nenhuma", afinal queríamos ir para o centro à noite e bem no caminho há um posto da polícia com caras bem armados e fiscalização constante nos veículos passando, ou seja, tudo pra dar merda, certo? Mesmo na contramão do bom senso, à noite lá fomos nós dar um rolê de moto, sem documentação, sem passaporte pois ele havia ficado na locadora e com um capacete que não protegia mais do que um balde na cabeça. Próximo ao posto posto policial, todos têm que diminuir a velocidade e nós, com aquele capacete amarelo éramos bem chamativos, vou te contar que não passava uma agulha. . Para nossa alegria passamos reto. Antes de tudo passamos no terminal da ADO para checar os preços de horários para Chetumal que seria nosso próximo destino, na fronteira com Belize. Há um ônibus às 08:30 e outro às 15:45 o que era bom pois não queríamos sair cedo mas também não queríamos dormir mais uma noite em Tulum. Embora eu diga que não queríamos ficar mais em Tulum eu confesso que gostei muito de lá, sem dúvida é um lugar que não deve ser deixado de fora. A única coisa que achei ruim é que como o hostel estava vazio, quando ficávamos lá, dava uma impressão de "nada pra fazer" mas isso acho que foi apenas azar. talvez se ficássemos no outro hostel do centro, o Hikuri teria sido diferente. O centro de Tulum não é um grande exemplo de animação mas pelo menos por lá você encontra alguns bares, lugares pra comer ou pelo menos dar uma volta e esse é o ponto negativo do Lobo Inn, se lá estiver vazio, você fica meio que isolado, é claro que dá pra ir pro centro mas fica meio difícil tomar umas pra se divertir e depois ter que voltar lá pro Lobo. Demos uma volta por lá, nos enfiamos em umas ruas escuras, paramos pra comer umas besteiras e no final das contas acabamos em um bar na avenida principal, lugar simples porém legal e criativo, a frente do bar tinha alguns balanços, daqueles com cordas presas no teto, muito legal a ideia, o problema é ficar lá depois de tomar umas. Rolou um show de percussão muito bacana, só de estar em um bar e não estar tocando sertanejo aqui já era uma maravilha. Cachorros passeavam pelo bar, até uma barata vimos andando despreocupada por lá mas tudo bem, é mochilão, no stress. Chamei a garçonete e pedi "moça me dá uma mamada". Calma, é o nome de uma bebida lá mas não vou negar que a situação foi engraçada e a garçonete ficou toda envergonhada provavelmente de saco cheio de ouvir a mesma piadinha toda vez. Depois de um bom tempo por lá fomos embora e se passar pela polícia antes já era ruim, imagina agora meio alcoolizado. Rezei até pro Lobo. No final das contas acho que os caras já sabem que aquele capacete amarelo é de moto alugada por turista e eles nem implicam com isso, eu acho. Chegamos vivos, não muito sóbrios mas vivos. Editado Janeiro 6, 2015 por Visitante Citar
Membros de Honra Pedrada Postado Setembro 6, 2014 Membros de Honra Postado Setembro 6, 2014 eai Sorrent !! vim conferir o relato, mas agora ainda não li... tá na lista! valeu e boas viagens !! Citar
Colaboradores Aline.Pires Postado Setembro 6, 2014 Colaboradores Postado Setembro 6, 2014 "sunga sexy mexicana"... posso imaginar o quão sexy ela era! hahaha Agora sim consegui ler, mas tá devagar, hein? Quero mais história, Sorrentino! Citar
Membros Sorrent Postado Setembro 9, 2014 Autor Membros Postado Setembro 9, 2014 (editado) Dia 11 A baía das tartarugas e a dos burros Como era dia de ir até Akumal, acordamos cedo para não perder tempo. O café da manhã no Lobo Inn não segue um padrão e nesse dia fizeram para nós uma tortilla de banana com chocolate. Antes a ideia era ir até Akumal de van, no centro da cidade é bem fácil encontrar alguma que vá para lá pois como eu havia dito ela fica na mesma direção de Playa del Carmen, e não deve ser caro. Como alugamos a moto fomos com ela até lá. Apesar de a moto não ser das mais potentes no caminho percebi que ela provavelmente tinha um limitador de velocidade pois ela atingia no máximo cem quilômetros por hora mas tudo bem afinal não estávamos apostando corrida com ninguém . Vinte e cinco minutos depois chegamos em Akumal e foi aí que começou nossa série de burradas. A única coisa que sabíamos sobre o lugar é que dava pra nadar com tartarugas e arraias mas não sabíamos onde, como ou por quanto então logo na entrada da cidade, vilarejo ou seja lá que diabos é aquilo fomos perguntar numa banquinha que aparentemente vende serviços de guia e o escambau. O cara muito espertamente tentou nos cobrar $300,00 para nos levar até as tartarugas. Já sentimos cheiro de enganação no ar e recusamos a oferta. Um pouco mais pra frente perguntamos para uma outra pessoa que disse que tínhamos que seguir na estradinha adiante (a única depois de passar o portal da cidade) até achar um tal restaurante e a baía das tartarugas ficava logo ao lado, bom já era uma informação mais concreta e sem pedir nenhum dinheiro de volta, acreditamos e como estávamos de moto, seguimos. rodamos mais alguns quilômetros e o lugar se tornou um grande aglomerado de grandes casas e pequenos hotéis e nenhuma placa ou nada que indicasse o local das benditas tartarugas. De repente a estrada terminou, bem de frente para a praia, largamos então a moto e fomos andando pela praia na esperança de ali ser o local que procurávamos. Não vou negar o lugar é bem bonito e achamos que poderia ser ali mesmo. Enquanto caminhávamos pela praia, Saulo ia passando nos hotéis e perguntando se algum deles tinha locker para alugar, depois de perguntar em alguns, achamos Agustin, funcionário de um hotel que nos deixou guardar as coisas no escritório enquanto nadávamos um pouco. Ficamos 1 hora no mar e embora o lugar fosse legal não era o que procurávamos. Uma hora Saulo foi comprar algo pra beber se não me engano e perguntou para um outro cara onde diabos ficavam as tartarugas foi então que ele nos explicou e descobrimos a burrada. Na verdade a baía das tartarugas ficava láaááá perto da entrada da cidade mas nós passamos reto. Agora com pressa voltamos à recepção do hotel, pegamos nossas coisas, demos uma caixinha para Agustin e voltamos para onde estava a moto para fazer o caminho de volta. Era nosso último dia ali antes de seguir viagem e ainda queríamos ir em um outro cenote à tarde antes de partir para Chetumal então estávamos com pressa mas eu digo que se tivéssemos mais tempo teria até gostado de ir para esse lugar pois a praia é bonita e estava vazia. Subimos na moto e voltamos na esperança de agora parar no lugar certo. Nem chega a ser tão longe (de moto, claro), apenas alguns quilômetros e alguns minutos depois estávamos na entrada da cidade novamente. Como nos explicaram, logo após a entrada da cidade, depois do portal à direita há o Akumal Dive Shop e é por ali que tínhamos que entrar, nada mais é do que uma loja de mergulho mas por ali você consegue acessar a praia. Fomos até a loja, alugamos um locker e um colete salva-vidas (diziam que era obrigatório) por $90,00 por pessoa. O ponto importante aqui e que deve ser lembrado por todo mundo que for a Akumal é: não pague nada nem ninguém para nadar com as tartarugas, simplesmente cruze o dive shop e vá pra água, no máximo alugue um locker, snorkel etc mas não contrate guia nenhum. Em frente ao dive shop a praia já era bem mais movimentada mas também nada do tipo Rio de janeiro no ano novo, dava pra encarar numa boa. Entramos na água e sem nem demorar muito já passou uma tartaruga enorme do nosso lado. Elas ficam ali na beira da água mesmo nadando junto com você sem cercas, sem restrições sem nada, é muito legal. Só aconselho você a antes de ir para a água dar uma lida nos informativos sobre as tartarugas no dive shop e seguir algumas regras básicas do tipo "não toque nos animais", lembre-se eles estão em seu habitat natural e nós somos os invasores, embora estejam acostumados com os humanos, encostar neles pode assustá-los. Depois de um bom tempo por lá era hora de voltar, até dava vontade de ficar mais mas tínhamos que ir embora. Como já sabíamos que não daria tempo de ir ao outro cenote voltamos direto para o hostel mas caso você vá para lá fica a dica, é o cenote dos ojos, ouvimos dizer que é muito bom. Almoçamos, descansamos, arrumamos as mochilas, pagamos a conta, devolvemos a moto em frente ao Lobo Inn e às 14:30 pegamos uma van para o centro($20), também em frente ao Lobo Inn. Embora o hostel fique na rodovia e a primeira impressão seja que não é uma boa ideia ficar lá, ele é bem prático e eu sinceramente recomendo. No centro fomos direto ao terminal da ADO comprar as passagens para Chetumal, pagamos $238,00 e o ônibus sairia às 15:45 (lembre-se há outra opção bem cedo), demos uma enrolada, tomamos sorvete etc. A viagem até Chetumal dura três horas, é uma viagem rápida mas hoje eu não recomendo pegarem esse ônibus à tarde e logo explicarei o porquê. Chegamos na rodoviária de Chetumal e não conseguimos muita informação pois já estava quase tudo fechado até mesmo o balcão de informações, achamos apenas um banner com informações sobre horários para Belize City e Caye Caulker, de cara já vimos que teríamos que passar a noite por lá e sair somente no outro dia. Logo em frente ao terminal há um hotelzinho daqueles bem pulgueiro mesmo, fomos até lá perguntamos o preço, $75,00 por pessoa em quarto duplo mas não estávamos tão desesperados assim. Ao lado dele há um hotel um pouco melhor, já serve caso você tenha que passar a noite lá e não queria andar muito, é o Costa Azul e o quarto duplo custa $180,00 por pessoa. Perguntamos mais um pouco e descobrimos que havia um hostel não muito longe dali, e como ainda estava claro resolvemos procurar. Cerca de 15 minutos depois achamos o Paakal Hostel e o quarto custava $180,00 com café da manhã ou $150,00 sem. Era o primeiro dia de trabalho da funcionária e ela estava toda enrolada, foi descobrindo as coisas conforme íamos perguntando. Apesar de tudo o hostel é bom, na verdade é uma casa grande que foi adaptada e virou hostel. Nas redondezas não há nada para fazer, aliás não sei se há algo para fazer em Chetumal. Além de tudo o hostel estava vazio, só vimos uma gringa pra lá e pra cá mas sem muito papo. Se você for para Chetumal como nós, apenas a caminho de Belize compensa muito mais dormir uma noite a mais em Tulum, sair de lá no ônibus da manhã e chegar a tempo de pegar os transportes para Belize à tarde. Chetumal é sem graça, aparentemente não há nada de interessante, pelo menos ali por perto do terminal rodoviário e do hostel ao contrário de Tulum que tem algumas boas opções. O jeito foi ficar no hostel enrolando na internet e caçando informações dos próximos destinos até poder sair no outro dia pela manhã. Editado Janeiro 6, 2015 por Visitante Citar
Membros icaroricardo Postado Setembro 12, 2014 Membros Postado Setembro 12, 2014 Olá Sorrent, tudo bem? Estou acompanhando esse seu relato e está sendo muito informativo! Já deu pra pegar boas dicas por aqui! Uma dúvida: No meu roteiro eu inclui Chetumal pela proximidade com outro sítio Maia importante do México, Calakmul (não sei se vc chegou a visitá-lo), porém vc disse que não tem nada em Chetumal pra fazer! Você chegou a pegar informações sobre a cidade antes de viajar? Saberia dizer se é possível ir até Calakmul partindo de Chetumal? Abraço! Citar
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